Resumo de OS EVANGELHOS
CONCEITO GERAL
Os Evangelhos ao mesmo tempo se originam do Antigo Testamento e o cumprem, bem como fornecem um cenário histórico e teológico para o restante do Novo Testamento. Foram distinguidos uns dos outros pela preposição grega kata (segundo), acompanhada pelo nome do escritor. A presente ordem dos quatro Evangelhos remonta pelo menos ao final do segundo século, e cria-se ser esta a ordem em que eles foram escritos. A forma literária dos Evangelhos não tinha correlativo na literatura helênica. Enfim, apenas cerca de cinqüenta dias do ministério de Jesus são focalizados nos Evangelhos combinados. Os quatro relatos complementares fornecem um retrato composto da pessoa do Salvador, operando juntos para fornecer profundidade clareza à nossa compreensão da mais singular figura da história humana. No Antigo Testamento Deus prepara o mundo para a vinda do Messias. No Apocalipse revela-se o resultado do plano perfeito de Deus. O que é o Evangelho.Às boas-novas a respeito de Jesus Cristo, o Filho de Deus são-nos apresentadas por quatro autores: Mateus, Marcos, Lucas e João, embora exista só um Evangelho, a bela história da salvação por Jesus Cristo, nosso Senhor. Quando falamos do Evangelho de Lucas, devemos compreender que se trata das boas-novas de Jesus Cristo conforme foram registradas por Lucas.
1.4. O Espírito Santo em ação
A atividade do ES é evidente em cada fase e ministério de Jesus. Foi por meio do poder do Espírito que Jesus foi concebido no ventre de Maria (1.1820). O poder do Espírito habilitou Jesus a curar (12.15-21 e a expulsar demônios (12.28). Da mesma forma que João imergia seus seguidores na água, Jesus imergirá seus seguidores no ES (3.11). Em 12.28, o ES está ligado ao exorcismo de Jesus e à presente realidade do Reino de Deus, não apenas pelo fato do exorcismo em si, pois os filhos dos fariseus (discípulos) também praticavam exorcismo (12.27). Os discípulos são ordenados a ir e a fazer discípulos de todas as nações, “batizando-os em nome do Pai, do Filho e do ES” (v.19). Isto é, eles deveriam batizá-los “no/com referência ao” nome -ou autoridade -do Deus Triúno. Este tipo de estrutura, comum ao judaísmo, pode revelar o objetivo de Mateus em mostrar Jesus como o cumprimento da lei. No prólogo (1.1-2.23), Mateus mostra que Jesus é o Messias ao relacioná-lo às promessas feitas a Abraão e Davi. O nascimento de Jesus salienta o tema. do cumprimento, retrata a realeza de Jesus e sublinha a importância dele para os gentios. A Terceira parte (11.2-13.52) registra várias controvérsias nas quais Jesus estava envolvido e sete parábolas descrevendo algum aspecto do Reino dos céus, em conexão com a resposta humana necessária.
1.6. O tema central
O tema predominante na pregação do Senhor é o Reino de Deus (9.35), geralmente designado neste Evangelho como “reino dos céus” e focalizado na sua dupla realidade presente (4.17; 12.28) e futura (16.28). A proclamação da proximidade do Reino é também o anúncio de que Jesus encarrega aos seus discípulos (10.7), aos quais, depois de ressuscitado, prometeu a sua permanência duradoura no meio deles: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (28.20. Os Magos O buscavam porque era nascido o rei dos judeus (Mt 2.2). João Batista prega o reino dos céus (3.2,11. 1.8.5. 1.8.5. Mateus é o evangelho da igreja.
Evangelho de Mateus é o único que ocorre a palavra “igreja” (16.18;18.17. A José (1.8-25), a Herodes o grande (2.1-16), à mãe de Tiago e João (20.20,21), concede-lhes mais espaço do que Marcos e Lucas; mas tanto Marcos como Lucas usaram mais o desenho de caracteres do que Mateus. 1.8.5.2. Objetivos Mateus escreveu a história da vida terrena de Jesus especialmente para os judeus. O judeu da época recebia treinamento pessoal, estava familiarizado com as Escrituras do Antigo Testamento. Mateus prova, pela genealogia, que Jesus é o Messias (Mt 1.1-17. 1.8.5.3. O livro se divide em três partes .
1) vida e o ministério do Messias;
2) Reivindicações do Messias;
3) Sacrifício e triunfo do Messias.
1.9. Pontos salientes em Mateus
1.9.1. O Nascimento de Jesus (1.18-25)
1.9.6. A tentação dos quarenta dias
Também se narra em Lc 4.1-13, e, muito abreviadamente, em Mc 1.12-13. O Espírito Santo, Satanás e Anjos tiveram sua parte na tentação de Jesus. O destino da criação estava em jogo. Antes, na eternidade, Jesus sabia que viria ao mundo sofrer como o Cordeiro de Deus pelo pecado humano. Veio, porém, pelo caminho do berço. Jesus era muito grande para pensarmos que tais motivos pesassem muito no Seu espírito. Jesus jejuou 40 dias Jesus era o Messias, para quem a Lei e os profetas apontavam. Os três grandes representantes da revelação divina ao homem. Do alto do monte onde Jesus jejuava, olhando a Leste para o outro lado do Jordão, podia divisar a Cordilheira do Nebo, onde Moisés e Elias, séculos antes, subiram para Deus. Uns três anos depois, estes três homens tiveram um encontro, em meio às glórias celestes da transfiguração, no Monte Hermom, 160 km ao Norte, cujo pico nevado via-se distintamente do Monte da Tentação: companheiros no sofrimento e agora companheiros na glória. Versou sobre a destruição de Jerusalém, Sua vinda e o fim do mundo.
1.11. Estudando as parábolas de Mateus
O estudo das parábolas de Mateus 13 tem como propósito a análise da mensagem central contida neste capítulo do evangelho de Mateus, tendo em vista também o estudo de qual foi o contexto natural da época do ministério público de Jesus que O levou a anunciar estas chamadas Parábolas do Reino. Visto que também seria muito relevante a pesquisa a respeito da perspectiva judaica a respeito do Reino Messiânico e como foi que Cristo quebrou alguns destes paradigmas estabelecidos pelos judeus na espera do seu Rei. Em suma através do Seu batismo Jesus estava se consagrando ao ministério que Deus lhe confiara Lc 3.21,22. Nessa nova fase do ministério público de Jesus na Galiléia é que Ele começa a se tornar popular, pois os galileus estavam informados de que este tal Jesus operava sinais, milagres e maravilhas na Judéia. A vinda do Messias seria o cumprimento da atividade redentora de Deus ao ser humano. . Uma outra idéia que predominava na mente dos judeus é de que o Rei-Messias seria alguém sobrenatural, manifestando esta faceta do seu caráter através da ressurreição dos mortos de todas as épocas, julgando e transformando o mundo e seus habitantes. Uma das maneiras que Jesus Se utilizou para anunciar de que o Reino ainda não estava totalmente instaurado foi através do Sermão do Monte (Mt 5-7), pois este apresenta “os requisitos de Cristo para os que vivem na expectativa da plena manifestação do reino” . O outro discurso que Jesus fala a respeito .do Reino Messiânico são as parábolas em Mateus 13, onde Ele diz que o Reino seria algo a se concretizar plenamente no futuro.
1.13.4. Conceitos escatológicos de Jesus contidos em Mateus 13
Através da parábola do semeador (13.3-8,18-23) Jesus está se referindo às diversas maneiras que os homens poderiam receber a Sua mensagem a respeito do reino. Jesus estava lidando com a tensão da rejeição por parte de alguns grupos judaicos porém ao mesmo tempo com Sua total aceitação por parte da grande maioria dos galileus Já nas parábolas do joio e trigo (13.24-30,36-43) e também da rede (13.4750) Jesus dá um panorama rápido de que a existência conjunta entre o bem e o mal teria uma “separação escatológica definitiva predita para a consumação do século. Outro conceito escatológico que Jesus possuía e estava. passando para Seus discípulos através da parábola do grão de mostarda (13.31,32) é que as influências da mensagem do reino englobaria todo tipo de gente, quer judeu quer gentio, sendo que esta mensagem do reino terá um crescimento rápido e repentino. Ainda que o crescimento da mensagem de Cristo referente ao reino cresça, infelizmente Jesus apresenta que os elementos malignos também crescerão até o final da presente dispensação (13.33). As parábolas do tesouro escondido (13.44) e da pérola de grande valor (13.45,46) serviram para Jesus mostrar qual deveria ser a atitude daqueles que um dia foram ou ainda seriam impactados pela mensagem do reino, uma alegre abnegação total. Foi exatamente isso que aconteceu com os 12 discípulos escolhidos por Jesus, confiaram na mensagem de Cristo. De fato Cristo tinha um propósito muito claro ao anunciar as parábolas de Mateus 13 que era de tornar Seus discípulos conhecedores dos mistérios do reino dos céus (13.11).
2.1. Importância do Evangelho
Este Evangelho, o segundo dos livros do Novo Testamento, contém pouco material que não apareça igualmente em Mateus e Lucas. João Marcos era filho de certa Maria, cuja casa em Jerusalém era lugar de reunião dos discípulos, (At 12.12). Parece, assim que Marcos, nos seus últimos anos, tornou-se um dos auxiliares íntimos e queridos do Apóstolo Paulo. O evangelista anuncia a presença de Jesus no mundo como o sinal imediato da vinda do reino de Deus (1.14-15; 4.1-34). Jesus de Nazaré, o Filho de Deus, é também o Filho do Homem. Participa dos sentimentos humanos e é sujeito ao sofrimento e à morte (8.31). À medida que progride, o desenvolvimento dramático do segundo Evangelho cresce em intensidade, até alcançar o seu ponto culminante no relato da paixão, crucificação e ressurreição de Jesus. O Senhor anuncia três vezes esses acontecimentos aos seus discípulos: “O Filho do homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Os discípulos não compreenderam até o último momento que o sacrifício de Jesus Cristo fazia parte do plano de salvação de que Deus o havia incumbido (8.32-38; 16.19-20). Título de abertura do trabalho de Marcos, “Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus” (1.1), fornece sua tese central em relação a identidade de Jesus como o filho de Deus.
3.2. Autor e objetivo do Evangelho
Entre os quatro evangelistas, é Lucas quem mais se aproxima do conceito atual de historiador. O primeiro é o Evangelho que leva o seu nome; o segundo, Atos dos Apóstolos. Lucas, certamente, preocupou-se em narrar de maneira inteligente e ordenada tudo quanto sabia acerca da pessoa e do ministério de Jesus. Do ponto de vista literário, grande parte dos materiais redacionais comuns aos três Evangelhos sinóticos encontra-se mais depurada no terceiro Evangelho do que nos dois primeiros. Isso é possível graças ao domínio que Lucas possui do idioma e a riqueza do vocabulário que maneja. A amplitude dos seus recursos estilísticos manifesta-se, inclusive, quando, a fim de reproduzir com fidelidade determinadas formas da fala popular aramaica (sobretudo em discursos de Jesus), introduz conscientemente semitismos ou palavras gregas que se distanciam do habitual nível culto dele. A partir do prólogo, o texto de Lucas pode-se distribuir em cinco seções: A primeira seção (1.5-2.52), sem paralelo em Mateus e Marcos, contém os relatos entrelaçados do nascimento de João Batista e de Jesus. Lucas, tal qual Mateus (Mt 1.1-17), insere uma genealogia; mas, em lugar de limitá-la à ascendência hebraica de Jesus, a faz remontar até Adão (3.23-38), para dar ênfase ao caráter universal da obra do Senhor.
3.6. O Espírito Santo em ação
Há dezesseis referências explicitas ao Espírito Santo, ressaltando sua obra tanto na vida de Jesus quanto no ministério continuo da igreja. Em primeiro lugar: a ação do Espírito Santo é vista na vida de várias pessoas fiéis, relacionadas ao nascimento de João Batista e Jesus (1.35,41, 67; 2.25-27), bem como no fato de João ter cumprido seu ministério sob a unção do Espírito Santo (1.15). O mesmo Espírito capacitou Jesus para cumprir seu ministério. Em segundo lugar: O Espírito Santo capacita Jesus para cumprir seu ministério -o Messias ungido pelo Espírito Santo. 1) O Espírito desce sobre Jesus em forma corpórea, como uma pomba
(3.22).
2) Ele leva Jesus ao deserto para ser tentado 4.1;
3) Após sua vitória sobre a tentação, Jesus volta para a Galiléia no poder
do mesmo (4.14);
4) Na sinagoga de Nazaré, Jesus lê a passagem messiânica: “O Espírito
do Senhor está sobre mim. Em momentos críticos daquele ministério, Jesus ora antes, durante ou depois do acontecimento crucial (3.21; 6.12; 9.18,28; 10.21). O mesmo Espírito Santo que foi eficaz através de orações de Jesus dará poder as orações dos discípulos (18.1-8) e ligará o ministério messiânico de Jesus ao ministério poderoso deles através da igreja (24.48.49).
4.12.4.5. O ministério do Senhor
Pelo fato da população da Palestina nos dias de Cristo ter sido em grande parte Bilingue, segue-se quase necessariamente que o Senhor falava em ambas as línguas. Capital. Especialmente ao dirigir-se aos chefes judeus o Senhor Jesus usaria mais o grego. Mateus finaliza com a ressurreição do Senhor. Lucas se adianta mais e encerra com a promessa do Espírito. João completa os quatro, terminando com a promessa do segundo advento. Quão apropriado é que Mateus, o Evangelho do poderoso Messias-Rei termine com o ato esplêndido de sua ressurreição, a prova culminante de seu caráter messiânico e poder divino! Quão perfeitamente adequado é que Marcos, o Evangelho do servo humilde, se encerre com o Servo exaltado ao lugar de honra! Como soa belo e harmonioso o final de Lucas o Evangelho do homem ideal, de coração compassivo, ao lermos sobre a promessa do poder que viria do alto! Que conclusão apropriada vemos no fato de João, o Evangelho do Filho Divino, escrito especialmente para a igreja, terminar com a promessa acerca da sua volta feita pelo Senhor Ressurreto.
Conclusão
Alguns comentários usa muito, por exemplo, o argumento da “redação tardia” dos Evangelhos como uma prova da pouca confiabilidade histórica dos dados neles contidos. Deus se revela concretamente na história na vida das pessoas.
José Maria Teixeira Lima