Resumo de A CEIA DO SENHOR
Warning: Undefined array key "admin" in /home3/teolo575/public_html/paginas/resumo.php on line 64
Resumo
Culto bíblico
Para alguns cristãos, a resposta a essa pergunta parece dolorosamente óbvia: “Deus nos dá liberdade para que o cultuemos seja lá como quisermos. Nós deveríamos fazer o que quer que o Espírito Santo nos inspire a fazer – afinal, nós não queremos apagar o Espírito!”
• Mas e se alguém desejasse cultuar a Deus prostrando-se diante de uma imagem dele?
• Certo, então talvez haja algumas coisas que não deveríamos fazer como se fosse culto, por exemplo, pecar. Mas isso significa que, desde que não estejamos pecando, podemos cultuar a Deus seja lá como quisermos?
• De modo nenhum. A Bíblia indica que, em nosso culto corporativo, os cristãos deveriam fazer apenas aquelas coisas que Deus positivamente exige de nós, seja por mandamento ou por inferência. Diversas linhas de evidência bíblica dão suporte a essa posição:
• Somente Deus tem o direito de determinar como ele deve ser adorado (Lv 10.1-3; Jo 4.20-26; 1Co 14).
• O segundo mandamento proíbe não apenas adorar outros além do único Deus verdadeiro, mas também adorar o Deus verdadeiro de um modo que ele não ordenou (Êx 20.2-6).
• Dado que: a fé é uma resposta afirmativa à revelação de Deus. Dado que: tudo o que não provém de fé é pecado (Rm 14.23). Logo: Deus não aceitará nenhuma adoração que não seja uma resposta afirmativa a sua revelação.
• Dado que: o Novo Testamento requer que os cristãos se reúnam regularmente (Hb 10.25). Dado que: não se deve exigir que os cristãos se submetam a regras e práticas inventadas pelo homem (Cl 2.16-23). Logo: qualquer igreja que, efetivamente, exija dos cristãos reunidos que participem em uma prática que Deus não prescreveu de modo expresso estão injustamente constrangendo a consciência desses cristãos. Em outras palavras, porque a consciência desses cristãos deve se manter livre de requerimentos humanos, nenhuma igreja tem o direito de corporativamente adorar a Deus de um modo que ele não tenha afirmado.
• Como, então, nós decidimos o que pertence ou não a um culto cristão? Nós examinamos a Bíblia para descobrir o que Deus disse que os cristãos deveriam fazer ao se reunirem. Então nós fazemos todas as coisas que Deus nos diz para fazer, e nada mais.
(Parte deste material foi adaptada do capítulo “Does God Care How We Worship?”, de Ligon Duncan, em Give Praise to God: A Vision for Reforming Worship, editado por Philip Graham Ryken, Derek W.H. Thomas e J. Ligon Duncan, III [Phillipsburg: P&R Publishing Co., 2003, sem tradução em português], p. 20-50.)
O Novo Testamento diz que, quando as igrejas se reúnem, elas deveriam ler a Bíblia, pregar a Bíblia, orar a Bíblia, cantar a Bíblia e ver a Bíblia.
1. Ler a Bíblia: Paulo disse a Timóteo: “dedique-se à leitura pública da Escritura” (1Tm 4.13, NVI). As igrejas deveriam ler a Escritura, em alta voz, durante suas reuniões.
2. Pregar a Bíblia: Paulo disse a Timóteo: “Prega a palavra” (2Tm 4.2). O próprio Paulo declarou “todo o desígnio de Deus” à igreja em Éfeso (At 20.27). As reuniões de igreja, hoje, deveriam estar centradas em sermões que tomam o ponto principal de uma passagem da Escritura, fazem dele o ponto principal do sermão e o aplicam à vida de hoje.
3. Orar a Bíblia: Paulo insta que orações sejam feitas na igreja reunida (1Tm 2.8; 3.14-15). O conteúdo dessas orações deveria ser bíblico, de modo a edificar todos os presentes (1Co 14.12, 26). Isso não significa que as orações em um culto de igreja deveriam ser secas e formais, mas que elas deveriam ser biblicamente ricas.
4. Cantar a Bíblia: Paulo disse à igreja em Colosso: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo […]louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Cl 3.16). Isso não significa que as igrejas deveriam cantar apenas Salmos ou apenas as palavras da Bíblia, mas significa que as igrejas deveriam cantar cânticos que sejam encharcados da linguagem e da teologia da Bíblia.
5. Ver a Bíblia: Nós dizemos “ver a Bíblia” porque as ordenanças do batismo e da Ceia do Senhor são, para usar a expressão de Agostinho, “palavras visíveis”. No batismo e na Ceia do Senhor nós vemos, cheiramos, tocamos e provamos a Palavra. As igrejas cristãs deveriam celebrar o batismo e a Ceia do Senhor durante suas reuniões públicas de culto (1Co 11.17-34).