Resumo de A CONTRIBUICAO FINANCEIRA
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CURSO: BACHAREL EM TEOLOGIA LIVRE.
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES.
RESUMO DA DISCIPLINA A CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA.
É preciso que toda contribuição se faça com um determinado propósito, que seja especificada, até porque, no geral, pelo que vemos do costume trazido a nosso conhecimento pelo apóstolo, a coleta deve ser feita “para os santos”, ou seja, a contribuição tem por finalidade a ajuda à própria comunidade, de forma direta ou indireta.
Além deste propósito (que já retira grande número de arrecadações dos nossos dias, cujo objetivo é puramente de enriquecimento de alguns e não o bem-estar da comunidade), o apóstolo Paulo, também, traz-nos outra importante lição, qual seja, o planejamento.
Paulo pede que os coríntios iniciem esta coleta, esta formação do fundo desde já, quando recebem a carta, para que não viessem a fazer coletas quando ele chegasse a Corinto (I Co.16:2).
O apóstolo, sabendo que tal ajuda significava um “plus” aos irmãos coríntios, não queria que o fardo fosse demasiadamente pesado aos santos e, por isso, pedia que se separasse à parte uma quantia desde já, para que não se tivesse um atabalhoado contribuir, além da capacidade de cada um, quando ele chegasse a Corinto, com o propósito de ir para Jerusalém em seguida.
Outro ponto que Paulo faz, a respeito da coleta, é dizer que, quando chegasse, mandaria os recursos para Jerusalém por intermédio daqueles que fossem aprovados pelos irmãos de Corinto, que, inclusive, decidiriam se Paulo deveria, ou não, ir com eles (I Co.16:3,4).
Temos aqui um outro ponto importantíssimo com relação à contribuição financeira na Igreja. Aquele que ordenou a contribuição deve ficar fora da posse dos recursos, posse esta que deve ser mantida com pessoas que gozem de credibilidade e confiança da comunidade.
Temos aqui a lição da transparência, que tanto tem sido defendida e aplicada para dar aparência de honestidade em recursos públicos, mas que, já nos primórdios da Igreja, era a tônica a ser seguida pelos servos de Cristo. Afinal de contas, como nos fala o apóstolo, somos “filhos da luz e filhos do dia, não somos da noite nem das trevas” (I Ts.5:5), “andamos na luz” (I Jo.1:7) e, por isso, todas as nossas obras precisam ser manifestadas, claras e transparentes (Jo.3:21)..
Na contribuição com alegria, vemos não só que nossa pobreza material é enganosa, visto que, ao contribuirmos, vemos as “riquezas da nossa generosidade”, fruto da presença de Deus em nós, como também notamos o absoluto controle de Deus sobre todas as coisas e a Sua fidelidade, na medida em que nossa contribuição levará aos necessitados a terem a bênção da abastança, veremos como Deus cumpre a Sua Palavra, jamais deixando desamparado um justo (Sl.37:25) e, mesmo, aliviando as dores daquele que não O serve mas que, mesmo assim, é alvo de Seu amor através da generosidade da Igreja.
A transparência, diz-nos o apóstolo, tinha por objetivo, em primeiro lugar, a glória de Deus e, em segundo lugar, a prontidão do ânimo dos contribuintes (II Co.8:19). Fazendo tudo às claras, o apóstolo, a um só tempo, glorificava a Deus, como também mantinha a disposição dos crentes em contribuir.
É precisamente isto que tem faltado em muitos lugares em nossos dias. A falta de transparência, além de entristecer a Deus e negar-Lhe a devida glória, já que somos “filhos da luz e filhos do dia”, também enfraquece a disposição dos irmãos em contribuir, máxime nos dias de multiplicação da iniquidade em que vivemos, onde a corrupção destrói grandemente a confiança entre as pessoas, como ocorria nos dias de Miqueias (Mq.2:10).
Quando não somos zelosos e não demonstramos nossa honestidade diante de Deus e diante dos homens, sendo como a mulher de César, que não basta ser honesta, mas tem de parecer honesta, estamos impedindo que muitos venham a se render a Cristo Jesus e a alcançar a salvação.
Muitos crentes não se dão conta de que a falta de transparência traz trevas em vez de luz e, por causa disto, muitos não alcançam a salvação, fazendo com que, em vez de sermos servos de Cristo, sejamos como os fariseus que faziam com que os seus prosélitos fossem duas vezes filhos do inferno (Mt.23:15). Será que temos consciência disto, ou seja, de que a falta de transparência nas finanças de nossa igreja local executa um relevante trabalho para o inimigo de nossas almas, impedindo a real conversão dos evangelizados? Pensemos nisto!
Mais uma vez, o apóstolo, mesmo diante da resistência dos coríntios, não usava de sua autoridade, mas, para obter a contribuição necessária, fazia-se valer da confiança e da credibilidade dos irmãos de Corinto, escolhendo pessoas confiáveis dos contribuintes.
Este gesto mostra aos contribuintes que há um objetivo de se controlar os recursos segundo a vontade da liderança e não segundo a vontade da comunidade que, afinal de contas, é quem vai contribuir.
Isto gera um clima de desconfiança em meio aos crentes que, por causa disso, não contribuem como deveriam, se é que contribuem. Não é à toa, pois, que muitos crentes acabam desviando sua contribuição para outras instituições e movimentos, muitas vezes mais deletérios e muito mais mal intencionados que a sua liderança da igreja local, mas simplesmente porque não confiam na sua liderança que está tão somente a colher aquilo que semeou, na medida em que pôs à frente da administração dos recursos alguém que não gozava da confiança e credibilidade da comunidade.
Paulo, porém, não procedeu desta maneira, mas, bem ao contrário, buscou indicar pessoas que tivessem a confiança e a credibilidade dos coríntios, de modo a impedir que a desconfiança viesse a impedir a realização da obra que, aliás, já se encontrava atrasada.
Temos procurado pôr pessoas com este porte de vida para cuidar das finanças de nossas igrejas locais? Temos buscado estes requisitos para indicar e designar quem cuida do dinheiro arrecadado junto aos nossos irmãos? Com estes predicados, a comissão iria até os coríntios na condição de “embaixadores das igrejas e glória de Cristo” (II Co.8:23), ou seja, pessoas que tinham credibilidade e testemunho a ponto de poder “representar” as igrejas, terem autoridade de falar em nome das igrejas e, mais do que isso, serem “glória de Cristo”. As pessoas que tinham uma vida de boas obras, que dignificavam o nome do Senhor, que faziam com que o nome de Jesus Cristo fosse glorificado.