Resumo de A DOUTRINA DA ELEICAO
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CURSO: BACHAREL EM TEOLOGIA LIVRE.
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES.
RESUMO DA DISCIPLINA A DOUTRINA DA ELEIÇÃO.
A eleição é o princípio fundamental da graça salvadora de Deus. É a soberania de Deus em relação à salvação do homem. Ela faz parte dos decretos de Deus. Ela é uma expressão de Sua providência superveniente. Ela concerne somente a uma porção da raça humana. Todavia, ela é a expressão do amor infinito de Deus para com a raça humana, remindo o homem do pecado por meio de Cristo e trazendo-o pelo Espírito Santo ao seu estado de redenção até onde for coerente com os interesses do final grande reino de Deus.
A eleição é aquele eterno ato de Deus, pelo qual, de Seu soberano prazer e devido a nenhum mérito previsto neles, Ele escolhe certos dentre o número de homens pecadores para serem os recipientes da graça especial do Seu Espírito e feitos participantes da salvação de Cristo.
Com isto queremos dizer que a eleição é sem origem atual: tem sido sempre, assim como Deus tem sido sempre.
A eternidade da eleição se prova por:
-A imutabilidade de Deus: A natureza, os atributos e a vontade de Deus estão isentos de toda a mudança. Toda mudança deve ser para melhor ou para pior, mas Deus é a perfeição absoluta e nenhuma mudança para melhor é possível. E porque Deus possui sempre todo o conhecimento e todo o poder, não pode haver ocasião de mudança nEle. A imutabilidade de Deus nos ensina que o que quer que Deus queira em qualquer tempo, Ele sempre quis. Quando Deus salva um homem, Ele deve ter sempre intencionado e proposto salvá-lo. O propósito e o intento de salvá-lo envolve eleição dele para salvação; logo, a eleição é eterna. Afirmar doutra maneira é negar a imutabilidade de Deus.
-A Presciência de Deus: Em Romanos 8:29 afirma-se que Deus pré conheceu os que Ele salva. Esta presciência envolveu um propósito de os salvar e este propósito de os salvar envolveu eleição. Esta presciência teve um princípio? A presciência de Deus é eterna e, consequentemente, eterna é a eleição.
-Afirmações plenas da Escritura: “Como nos elegeu nEle antes da fundação do mundo” (Efésios 1:4). “Por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação” (II Tessalonicenses 2:13). A primeira passagem supra, então, põe a eleição definitivamente na eternidade. A segunda passagem quer dizer que, para sempre, desde o princípio, nossa eleição foi um ato completo. O que teve lugar antes da fundação do mundo teve lugar antes do princípio do tempo, pois no princípio do tempo o mundo foi criado (Gênesis 1:1). Assim, teve lugar antes do princípio e, desde que na eternidade não há antes nem depois, nunca houve um tempo em que a eleição não tivera lugar. Este é o sentido de eterno.
Certo é que a eleição inclui a todos quantos forem salvos, porque:
1. A IMUTABILIDADE DE DEUS A PROVA;
2. A ONISCIÊNCIA DE DEUS A PROVA; e
3. O FATO QUE NINGUÉM EXCETO OS ELEITOS ENTRARÁ NA NOVA JERUSALÉM PROVA-A;
Salvação, espiritual, temporal e eterna é pela graça por meio da fé (Efésios 2:8-10; Romanos 5:1; Gálatas 3:26). Todos os pagões que morrem sem ouvir o Evangelho estarão perdidos (Romanos 1:19,20; 2:12). A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus (Romanos 10:17).
Onde quer que Deus tenha uma alma eleita, na plenitude do Seu próprio tempo Ele de algum modo mandará o Evangelho chamar essa tal das trevas para a luz. Vide II Tessalonicenses 2:14.
AS DUAS FASES DA VONTADE DE DEUS:
Dissemos que Deus salva a todos quantos ele escolhe ou quer salvar. Doutro lado, Deus “ordena que todos os homens em toda a parte se arrependam” (Atos 17:30). Ele também manda que o Evangelho seja pregado a toda criatura” (Marcos 16:15).
O Evangelho é o chamado geral de Deus! Tomamos o convite de Cristo para incluir expressamente os que lutam pela salvação por meio de observâncias legais, estando assim sobrecarregados. Demasiado é presumir que todos desta classe que ouvem estas palavras veem a Cristo. Assim, este convite é geral!
A eleição não impõe nenhuma restrição aos não eleitos. Ela não os afeta ativamente de modo algum. Ela deixa-os exatamente na mesma condição em que estariam se não houvesse nenhuma tal coisa com a eleição, a saber, uma condição de impotência espiritual e condenação, tal como todos os pecadores estão por natureza.
Uma eleição de alguns para a vida não implica uma eleição de alguns para a morte. A morte do ímpio não é o resultado da eleição, mas dos justos tratos de Deus com ele como pecador. É o justo salário daquele ímpio (Romanos 6:23).
Na eleição, Deus simplesmente escolhe dentre a massa inteira da humanidade depravada aqueles a quem Lhe apraz salvar por justas e santas razões só dEle conhecidas.
Desde as fundações do mundo, não por qualquer disposição, fé, ou santidade que Ele previu neles, mas por Sua misericórdia em Cristo Jesus Seu Filho, passando por todo o resto, segundo a razão irrepreensível de Sua própria livre vontade e justiça.
“Saiba, pois, que o Senhor teu Deus é Deus” (Deuteronômio 7:9). É um dos propósitos da eleição ensinar isto. Todas as questões envolvidas na eleição não podem ser arrazoadas à completa satisfação da mente carnal. Daí, a Palavra de Deus sobre a eleição deve ser aceita pela fé. Quando alguém assim a aceitar, descobrirá que a sua fé foi provada e revigorada. Um Deus exaltado também inspira fé indômita.
Muitos pregadores fazem da diplomacia o guia de sua pregação, em vez de buscarem a direção do Espírito Santo. A razão disto é que eles não possuem a fé para confiarem na benção de Deus sobre as porções de Sua Palavra que não são prontamente aceitas pelos homens em geral. Quando alguém aprendeu a crer e a pregar a eleição, aprendeu a confiar na benção de Deus sobre Sua palavra quando se calcula que ela provoque a oposição dos homens. Isto prepara o caminho para pregarem-se outras muitas verdades necessitadas, mas indesejáveis. Sem a eleição soberana a segurança dos salvos paira no meio do ar sem nenhum apoio lógico.
Sob a eleição o crente não pode dizer mais do que “pela graça de Deus sou o que sou” (1 Coríntios 15:10). Esta gratidão produz serviço devotado pela “fé operando por meio do amor” (Gálatas 5:6), pois “amamos, porque Ele primeiro nos amou a nós” (1 João 4:19).
Deus salva os homens para sua própria glória (Efésios 1:12). A glorificação de Deus, então, deveria ser o nosso primeiro motivo no evangelismo, mais do que livrar homens do inferno. É a eleição incondicional que imprime isto profundamente em nossos corações.
A eleição não é especificamente para pecadores. A eles cabe pensar sobre sua necessidade, mais do que imaginar se foram eleitos ou não.
Todo homem que vier a Cristo descobrirá que foi eleito; mas, ao passo que a eleição não é especificamente para pecadores em geral, contudo Cristo a pregou a pecadores endurecidos (Mateus 11:25,26; João 6:37, 44, 65, 10:26). E, se for pregada, pecadores a ouvirão na certa. Tendo-a ouvido, é melhor que se safe de suas desfigurações. Assim, loucura é falar de se não pregar a eleição a pecadores. Ela tende para a salvação de pecadores nas seguintes maneiras:
-Ela tende a deslocar o pecador de toda esperança nos seus próprios esforços.
-Ela tende a despertar pecadores descuidados.
-Ela dá encorajamento ao pecador despertado!