Resumo de A DOUTRINA DA ELEICAO
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FACULDADE TEOLÓGICA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS
PREDESTINAÇÃO E ELEIÇÃO
CONCEITOS BÁSICOS DA PREDESTINAÇÃO E ELEIÇÃO
ELEIÇÃO
LUCAS 10:20 - Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.
As Escrituras apresentam essa doutrina, não só com a terminologia de “eleição”, mas também sob os termos de “escolher”, “ordenar”, “designar”, “determinar”, “destinar” e “constituir”, pois essa doutrina envolve a determinação soberana de Deus de exercer tais dons e graças em homens caídos específicos a fim de fazer com que certamente venham a conhecer a salvação de Seu Filho. Por causa do caráter dos propósitos do Senhor, essa realização é sempre atribuída totalmente a Deus, e jamais ao homem. Nenhuma obra, mérito ou fé humana, ou real ou antevista, pode chegar a entrar na determinação desse assunto. Isso é óbvio a partir de Romanos 9:11 - Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama.
Ao se referir aos filhos que não haviam nascido, nem tinham feito nada de bom ou mau, e então ao se referir aos propósitos de Deus de acordo com a posição de eleição, mostra-se claramente que uma presciência de atos, mérito ou fé humana jamais entra no assunto, pois se entrasse, aí seria o lugar lógico para se fazer menção, mas o silêncio reina de modo supremo nesse exemplo.
Muitos sustentam uma eleição condicional — condicionada em alguma resposta humana, geralmente fé. Aliás, alguns pregadores mudaram a declaração das velhas confissões bíblicas de fé que quase todos os batistas costumavam sustentar de que “somos eleitos para Sua graça”, e deixaram seu texto assim: Somos “por condição eleitos para essa graça”. Isso soa bom para a mente orgulhosa e humanista do homem! Mas o fato das Escrituras é que, na gramática grega, existe apenas um tempo condicional, e a palavra “eleito” JAMAIS é nesse tempo.
Na verdade, o conceito de Deus eleger aqueles que serão salvos não é controverso. O que é controverso é como e de que maneira Deus escolhe quem será salvo. Ao longo da história da Igreja, tem existido dois principais pontos de vista sobre a doutrina da eleição (ou predestinação). Um ponto de vista, que vamos chamar de visão presciente ou de presciência, ensina que Deus, através de sua onisciência, sabe quem vai no curso do tempo escolher de própria vontade colocar a sua fé e confiança em Jesus Cristo para a sua salvação. Com base nesta presciência divina, Deus elegeu estes indivíduos “antes da fundação do mundo”. Efésios 1:4. “ A eleição é também atribuída a Cristo nas seguintes passagens: Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido” João 13:18.
PREDESTINAÇÃO
Obviamente “conhecer antes” envolve mais do que mera presciência nessas passagens, pois em Atos 2:23 - A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos; a presciência de Deus fez mais do que meramente conhecer de antemão a crucificação de Cristo, mas era realmente parte da força de entrega nela: “A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos”. O outro uso dessa palavra em 1 Pedro 1:20, O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós; onde se traduz “conhecido antes” revela essa mesma coisa, isto é, que essa palavra envolve não só presciência de um fato, mas também a execução de um fato. A presciência de Deus é pois equivalente ao ato de Ele decretar esse fato. Sua predestinação é o cumprimento de todos os eventos que têm a ver com as vidas de Seus eleitos. Portanto, como disse alguém, a eleição tem a ver com pessoas, enquanto a predestinação tem a ver com eventos.
ROMANOS 8:30 - E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou. Nesse versículo temos, se é que podemos assim chamar, uma corrente de ouro de quatro elos, e essa corrente alcança de eternidade a eternidade. O primeiro elo é a predestinação, e o último é a glorificação, enquanto os dois elos no meio são chamado e justificação. O primeiro elo não tem conexão alguma com o último, exceto mediante os elos intermediários. Isto é, não há jeito de o propósito de Deus na predestinação poder alcançar sua finalidade na glorificação, se o chamado e a justificação não ocorrerem. Mas o chamado e a justificação são inseparáveis de “a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (Atos 20:21 - Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.). O arrependimento e a fé, então, sem mencionar outras coisas, são meios mediante os quais se realiza o propósito de Deus na eleição. Portanto, Deus, ao predestinar a salvação para seu povo, predestinou o arrependimento deles, e a fé e todos os outros meios necessários para a salvação deles.
AGOSTINHO APOLINÁRIO DO CARMO
DOUTORANDO EM TEOLOGIA CRISTÃ
INSCRITO 2018103559/2018