Resumo de A DOUTRINA DA EXPIACAO
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CURSO: BACHAREL EM TEOLOGIA LIVRE.
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES.
RESUMO DA DISCIPLINA A DOUTRINA DA EXPIAÇÃO..
A Doutrina da Expiação é um assunto complexo, pois tem muitos lados Pode-se abordá-la a partir de muitos ângulos. Do ponto de vista humano, o pecado é a maior calamidade que poderia sobrevir à humanidade. Por isso, temos que observar as seguintes premissas:
-Que a raça humana inteira estava verdadeiramente em Adão;
-Que Adão pegou deliberada, consciente e rebeldemente do fruto proibido no jardim;
-Que esse ato estava carregado das consequências mais horrendas, pois trouxe um estado de apostasia em toda as raças, pois, desse tempo em diante, todos os filhos de Adão nasceriam no mundo com uma aversão a Deus e uma vontade inclinada para com o pecado;
-Que esse estado de depravação se estende totalmente a todas as faculdades do homem, colocando-as debaixo do domínio do pecado, de modo que “Não há um justo, nem um sequer” (Romanos 3:10,12);
-Que a vontade, intelecto e emoções do homem estão completamente num estado de escravidão pecaminosa e só se libertarão pela graça de Deus;
-Que a única solução possível para esse estado horrível do homem está num plano que foi originado, operado e comprado divinamente para remover a pecaminosidade do homem e para recriá-lo em santidade; e
-Que esse plano divino nós conhecemos pelo nome de expiação.
Nos escritos teológicos a palavra expiação tem uma ampla definição, mas o termo reconciliação é o melhor, pois que dá profundidade ao que é a verdadeira expiação.
O pecado é antagônico à natureza de Deus. Assim, a expiação que tem de remover o impedimento entre Deus e o homem tem de ser algo que ministrará à natureza divina, e que satisfará a santidade divina e possibilitará, sem violar Sua própria natureza, que Deus perdoe o pecador.
Houve diferentes compreensões acerca da doutrina da expiação. As antigas igrejas sustentavam que essa doutrina era particular, isto é, que Cristo morreu somente pelos eleitos. Essa doutrina era chamada de calvinismo estrito ou plano de Gillite.
Os homens rejeitam a doutrina da expiação limitada porque não compreendem o que é; num número menor de casos, os homens a rejeitam porque eles não estão dispostos a admitir que Deus tem o direito soberano de fazer com Suas criaturas conforme quiser, e salvar quem quiser.
Esse grande assunto da proposta da expiação nos conduz de volta à grande sala divina de reuniões na eternidade, e à aliança entre as Pessoas da Divindade em que a aliança da redenção foi concebida e decidida. A aliança da redenção é a própria base da esperança do homem na salvação da ira futura, e para comunhão com Deus por toda a eternidade sem fim, pois mediante essa aliança, o Deus soberano tem se comprometido e se obrigado a passar certos benefícios maravilhosos para Suas criaturas indignas, conforme está escrito.
É difícil entendermos como as pessoas do passado não conseguiam compreender tais declarações gloriosamente claras como essas que encontramos em Isaías 53:4-6: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
Os fatos são evidentes de que Deus propôs, na eternidade passada, realizar uma expiação para suas criaturas caídas e pecadoras, e que Ele deu uma revelação (que estava em constante expansão) acerca desse fato para Suas criaturas, de modo que na época do nascimento de Cristo, o fato de que Alguém especial estava para nascer no mundo era conhecido até mesmo na Pérsia, de modo que homens sábios vieram do Oriente para procurá-Lo.
A realização da Expiação foi exatamente no tempo certo, de acordo com o programa de Deus, pois, muitas vezes, vemos, no início da vida e ministério de Jesus, as palavras “Sua hora ainda não havia chegado”; mas, na medida em que a Páscoa final em Sua vida terrena se aproximava, lemos: “Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim” (João 13:1).
A “plenitude dos tempos” significa mais do que a chegada da hora decretada; significava o tempo em que todas as operações preliminares da providência divina haviam se completado, em que o palco estava completamente preparado para esse evento sem paralelo, em que a necessidade do mundo havia sido demonstrada de forma total.
O advento do Filho de Deus a esta terra não foi um evento isolado, mas o clímax de uma longa preparação:
-Que Ele era agora “nascido de mulher” era o cumprimento do anúncio divino em Gênesis 3:15 e Isaías 7:14; e
-Que Ele era “nascido sob a lei”, qual Seu povo havia quebrado, fornece a chave para aquilo que em outras circunstâncias seria um mistério inexplicável.
O ofício de Jesus como pastor do rebanho também salienta Sua obra expiatória, pois está escrito: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (João 10:11,15,18).
Sua obra expiatória é realizada como substituição pelos eleitos, pois Ele entregou Sua vida “pelas” ovelhas.
Esse foi o principal propósito de Cristo ao vir à terra, sofrer e ser crucificado, e qualquer perspectiva que coloque qualquer outra coisa como o alvo principal de Sua encarnação é uma perspectiva inadequada de Sua expiação. O principal propósito da Sua vinda era reconciliar com Deus um povo alienado.
Vários textos das Escrituras falam especificamente de Jesus como um sacrifício reconciliador:
-(Romanos 5:10.11;
-2 Coríntios 5:18-21;
-Efésios 2:16; e
-Colossenses 1:20 22).
Outros falam dEle como sacrifício expiatório:
-Romanos 3:25;
-Hebreus 2:17; e
-1 João 2:2-4:10).
Essa obra expiatória de Cristo foi realizada tanto para Deus quanto para o homem; isto é, Deus se reconciliou com o homem, e o homem estava se reconciliando com Deus.
Não era possível que Cristo redimisse o homem mediante Seus ensinos maravilhosos, nem pela Sua vida sem paralelo, nem mesmo que Ele se tornasse mártir da verdade; todos esses elementos entraram na composição de Sua morte sacrificial, mas nenhum ou todos eles juntos (sem a obra da cruz de Cristo) em nada teriam ajudado para reconciliar o homem com Deus.
Ele tinha de levar o sofrimento e a maldição da cruz para realizar uma expiação que seria eficaz ao homem.
Uma das declarações da perfeição da obra expiatória de Cristo se acha em Hebreus 7:25: “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”.
O sacrifício de Cristo foi na verdade finalizado na cruz, mas a mediação desse sacrifício continua no céu, de modo que Ele não salva pela metade um de Seus eleitos apenas para vê-lo no fim perdido, mas Ele o salva para sempre.
A expiação de Cristo garante a segurança eterna dos salvos, e qualquer perspectiva da expiação que não enxergue esse fato é uma perspectiva inadequada da obra de Cristo. O próprio fato da intercessão contínua de Cristo em favor do crente torna impossível que ele pudesse chegar a voltar a um estado de alienação de Deus. Ele jamais conseguirá ser tão pecador e rebelde como era quando Cristo o salvou, e se Cristo o salvou quando ele estava no máximo de sua pecaminosidade, certamente Ele poderá continuar a mantê-lo salvo.
Vê-se também a perfeição da obra expiatória de Cristo em sua suficiência para qualquer homem, em qualquer circunstância; os planos do homem envolvendo salvação exigem que boas obras tenham sido praticadas durante um longo período de tempo, mas a expiação de Cristo é suficiente mesmo para o homem em seu leito de morte, pois se baseia totalmente na graça de Deus, completamente à parte de qualquer consideração de valor ou mérito por parte do homem.
A glória da expiação brilha de modo ainda mais surpreendente em sua eficácia para salvar os pecadores, até no momento da morte, livrando-os dos próprios portões do inferno. Os sistemas mundanos de religião não podem dar esperança alguma aos pecadores envelhecidos na maldade; mas o evangelho fala com a alma, como se estivesse pairando sobre os lábios do pecador moribundo.
A IMPORTÂNCIA DA EXPIAÇÃO:
A expiação é o tema central do cristianismo. Tudo que a precede, olha para frente e tudo que a segue olha para ela atrás. Pode-se ver sua importância revendo os fatos seguintes:
-ELA É O TRAÇO DISTINTIVO DO CRISTIANISMO;
-ELA VINDICA A SANTIDADE E A JUSTIÇA DE DEUS;
-ELA ESTABELECE A LEI DE DEUS;
-ELA MANIFESTA A GRANDEZA DO SEU AMOR;
-ELA PROVA A AUTORIDADE DIVINA DOS SACRIFÍCIOS DO VELHO TESTAMENTO; e
-ELA FORNECE A PROVA DEFINITIVA DOS SISTEMAS TEOLÓGICOS.
Quanto à natureza da Expiação, temos que:
-HÁ IDEIAS FALSAS SOBRE A EXPIAÇÃO: A ideia governamental; a ideia de exemplo, que sustenta em comum com a governamental que a morte de Cristo não foi substitucionária, ou seja, sustenta que Deus não precisou de ser propiciado em benefício do pecador; que o único óbice à salvação dos pecadores jaz na prática contínua do pecado pelo pecador; a ideia de Influência Moral; e a ideia de depravação gradualmente extirpada.