Resumo de A DOUTRINA DA JUSTIFICACAO
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CURSO: BACHAREL EM TEOLOGIA LIVRE.
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES.
RESUMO DA DISCIPLINA A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO.
A justificação é aquele ato de Deus instantâneo, eterno, gracioso, livre e judicial, pelo qual, devido ao mérito do sangue e da justiça de Cristo, um pecador arrependido e crente é livrado da penalidade da Lei, restaurado ao favor de Deus e considerado como possuindo a justiça imputada de Jesus Cristo; em virtude de tudo de que recebe adoção como um filho. Deus é o autor da justificação. A Escritura declara: “É Deus que justifica” (Rom. 8:33
É um ato e não um processo. Ocorre e está completa no momento em que o indivíduo crê. Não admite graus ou fases. Do publicano se diz ter descido à sua casa justificado. Ele foi justificado completamente no momento em que colocou sua fé na obra propiciatória de Cristo. A justificação do crente está posta sempre em tempo passado. Em toda a Bíblia não há o mais leve vislumbre de um processo contínuo na Justificação.
No sentido primário do termo a justificação nunca está representada como sendo através das obras ou obediências do homem. É através da graça!
A justificação, no sentido primário, é um termo forense ou legal. É um ato do tribunal do céu. Não faz o crente internamente justo ou santo. Fá-lo justo apenas quanto à sua posição.
O fundamento da justificação é o sangue e a justiça de Jesus Cristo. A fé é um meio de justificação, mas não é o fundamento dela. Nada no homem é fundamento da justificação. Deus requer perfeição. A justificação toma tanto o sangue como a justiça de Cristo para constituir o seu fundamento.
O MEIO DE JUSTIFICAÇÃO: A fé em Cristo é o meio de justificação. Isto é, pela fé é que a justificação é aplicada ou feita experiencial. Ninguém se justifica senão os que crêem. A fé é logicamente anterior à justificação, ainda que não cronologicamente anterior. A justificação é através da fé porque a justificação é só uma de uma série de atos pelos quais Deus nos ajusta para Seu reino aqui e além. Sem fé a justificação se estragaria e não ajudaria a realizar o propósito de Deus em nós. A fé não tem mérito em si ou de si mesma. Ela não é aceita em lugar da nossa obediência. Nem ela produz um rebaixamento do padrão de Deus, de modo que possamos ganhar favor com Deus pelas nossas obras.
BENEFÍCIOS DA JUSTIFICAÇÃO:
-LIBERDADE DA PENALIDADE DA LEI: Em Rom. 10:4 lemos: “Cristo é o fim da Lei para justiça de todo àquele que crê”. E Gal. 3:13 diz: “Cristo nos remiu da maldição da Lei fazendo-se maldição por nós.” Isto quer dizer que, para o crente, a Lei não é mais um instrumento de condenação. Cristo arrancou-lhe as garras para o crente.
-RESTAURAÇÃO AO FAVOR DE DEUS: A justificação torna o crente tão inocente perante Deus em relação à sua posição como Adão foi antes de cair.
-IMPUTAÇÃO DA JUSTIÇA DE CRISTO: Na justificação, a justiça de Cristo nos é imputada ou reconhecida: Rom. 3:22, 4:3-6, 10:4; Fil. 3:9. Estas passagens nos ensinam que o crente não só é inocente perante Deus, mas é considerado como possuindo a perfeita justiça de Cristo; logo, tanto quanto se considera a posição e o destino do crente, ele é reconhecido como sendo tão justo como Cristo.
-ADOÇÃO DE FILHOS: Lemos: “Deus enviou Seu Filho... para remir os que estavam debaixo da Lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.” (Gal. 4:4,5). É na base desta redenção que somos justificados. A adoção é o topo da justificação. Cristo tomou nosso lugar; portanto, quando cremos nEle, tomamos Seu lugar como um filho. É assim que recebemos o direito de nos tornarmos filhos. Está em ordem a adoção para que sejamos “herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo” (Rom. 8:17), e para que tenhamos um direito legal à herança “incorruptível e impoluta, que não fenece, reservada no céu” para nós (1 Pedro 1:4).
-PAZ COM DEUS: Rom. 5:1. O crente tem paz com Deus por causa do conhecimento e através do conhecimento de todos os benefícios precedentes.
Portanto, somos justificados:
1. Judicialmente por Deus. Rom. 8:33;
2. Causalmente pela graça. Rom. 3:24;
3. Meritória e Manifestamente por Cristo: Meritoriamente pela Sua morte. Rom. 5:9; e Manifestamente pela Sua ressurreição. Rom. 4:25;
4. Mediatamente pela Fé. Rom. 5:1; e
5. Evidencialmente pelas Obras. Tiago 2:14-24.
A fé verdadeira colocada em Jesus Cristo é uma fé viva. Frutifica em boas obras que agradem a Deus. Boas no sentido relativo, porque obras perfeitas ninguém tem neste mundo.
A fé morta, por outro lado, é uma fé não colocada em Jesus, mas fora de Cristo, e que não funciona. É morta. Não produz os frutos daquela fé depositada em Jesus Cristo.
Tiago mostra então que há dois tipos de fé, e o homem se revela justo e se declara um justo, um salvo, tendo fé viva ao ostentar em Jesus. E uma fé desta ordem trazendo frutos vai permitir que o homem ostente também frutos de justiça, frutos da verdadeira fé, frutos que glorifiquem a Deus, e que trazem maior galardão aquele que já esta salvo pela fé.
As obras revelam o tipo de fé, se é verdadeira ou não. O homem é justificado pela fé sem as obras, diz Paulo. Mas ele está usando a palavra justificação no sentido de salvação da condenação perante o juiz que é Deus.Tiago diz que o homem é justificado pela fé e pelas obras. Tiago não está tratando aqui de salvação pela fé e pelas obras. Está mostrando simplesmente que o homem se demostra justo, ou salvo, tanto pela sua fé ou tanto pelas suas obras, porque as obras decorrem do salvo como consequências daquela fé verdadeira em Jesus Cristo.