Resumo de ACAO SOCIAL E POLITICA NA IGREJA
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Resumo 92
FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA
CURSO LIVRE DE GRADUAÇÃO
BACHARELADO
DISCIPLINA: AÇÃO SOCIAL E POLÍTICA NA IGREJA
Creio que em grande parte seja verdadeira com notáveis exceções.[2] Entretanto, a despeito de ser ou não desenvolvida e aplicada, a concepção dispensacionalista é capaz de produzir uma teologia do envolvimento social e político que seja coerente com os princípios que norteiam o dispensacionalismo. O objetivo deste estudo é o de esboçar os elementos principais que realmente distinguem essa teologia.
A Aliança Edênica (Gn 1.18-30; Gn 2.15-17) apresenta o princípio fundamental que Deus utilizou, antes da entrada do pecado no mundo, para estabelecer Seu governo e relacionamento com o ser humano; aliança essa que tem caráter condicional. A proibição de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal foi um teste que Deus estipulou para Adão no passado (Gn 2.15-17) e, portanto, não é uma regra que possamos transgredir nos dias atuais (veja, também, Rm 5.13-14). As instituições divinas são convenções que atuam dentro dos dispositivos das alianças bíblicas e que dizem respeito à vida do ser humano na sociedade. A primeira vez que ouvi falar desse ensino bíblico, denominado por alguns de “Instituições Divinas”, foi há aproximadamente 35 anos, por intermédio do pastor Charles Clough.[3] Ele declara: “As instituições divinas são estruturas reais e absolutas que integram a existência social do ser humano
instituição divina é o domínio responsável (Gn 1.26-30; Gn 2.15-17; Sl 8.3-8), que enquadra o ser humano como um indivíduo responsável diante de Deus. O homem foi criado com a responsabilidade de ser o vice-regente de Deus para administrar o planeta Terra sob a autoridade de Deus.
segunda instituição divina é o casamento (Gn 2.18-24). Tal instituição é uma inferência do casamento original de Adão e Eva, registrado em Gênesis 2. É exclusivamente dentro desse contexto que as relações sexuais podem ser desfrutadas e, juntos, marido e mulher devem cumprir o mandato cultural de governar a criação. Constata-se no texto bíblico que a mulher é chamada de “auxiliadora”, trazida por Deus a Adão, já que este tinha necessidade de uma cooperadora que lhe fosse compatível e que o ajudasse a cumprir sua vocação de governar a natureza. “Diferente dos animais, a assim chamada diferenciação sexual no gênero humano não serve apenas para a procriação; também serve para o exercício do domínio
a função da mulher, descrita em Gênesis 2.18 como “auxiliadora”, não foi designada como algo inferior e degradante. Em outras passagens das Escrituras o mesmo termo original hebraico é usado em referência ao próprio Deus na qualidade de “auxiliador” (Êx 18.4; Dt 33.7) [...] Contudo, a Bíblia, indiscutivelmente, dá ênfase ao varão como aquele que recebe o chamado de Deus, um chamado que se configura na escolha de uma esposa [...] Juntos, numa divisão de trabalho, marido e mulher deixam suas respectivas famílias e, ao contrário da idéia de agregação e ampliação familiar, o rapaz, diretamente subordinado a Deus, tem que assumir a plena responsabilidade de liderança do lar
Segundo a Bíblia, a família é a unidade básica da sociedade, não o indivíduo (sob a Lei Mosaica, por exemplo, o direito de posse de uma propriedade pertencia às famílias)”.[11] “A família existe com a finalidade de instruir a próxima geração
A família e o casamento não podem ser dissociados do domínio. Onde houver perversão do domínio e deterioração do ambiente, haverá, por conseguinte, fome e pobreza. A sociedade na qual o casamento é desonrado e famílias são separadas, inevitavelmente entra em colapso. Não pode haver preservação através de um punhado de leis, nem por meio de programas ideológicos ou “redefinições”
Tal instituição divina se baseia na pena capital (Gn 9.5-6), desde que o propósito seja o de reprimir o mal (Rm 13.3-4). Na ordem dada por Deus às instituições civis de requererem a vida pela vida, estava subentendida a autoridade judicial hierarquicamente inferior. Apesar de a pena capital ter se tornado repugnante na cultura ocidental apóstata, ela ainda é a base para o divino estabelecimento do governo civil
, a única finalidade para a qual a humanidade deseja se unir é a de se rebelar contra Deus e ser bem-sucedida na sua rebeldia, conforme se pode constatar no incidente da torre de Babel. Essa é a razão pela qual a história atual ruma para a globalização, à medida que nos afastamos cada vez mais de Deus, e também é o motivo pelo qual o objetivo do Anticristo durante a Tribulação será o de forjar a unificação para o estabelecimento de um governo mundial centralizado que se oponha aos planos e propósitos de Deus. O período da Tribulação chegará ao seu fim com a direta intervenção e o juízo de Deus, assim como aconteceu no Dilúvio de Gênesis. Enquanto isso, Deus retarda a rebelião coletiva da humanidade por intermédio do governo civil e da diversidade tribal. O mesmo ocorre com a humanidade! Se uma tribo se torna perversa, Deus não precisa exercer juízo contra o mundo inteiro. Ele pode usar outros povos para exercer juízo contra aquela tribo perversa, sem a necessidade de um castigo de proporções mundiais. Esse é um dos métodos que Deus utiliza para dirigir as nações neste período entre o Dilúvio e a Segunda Vinda de Cristo.
Os judeus julgaram que Paulo persuadia “...os homens a adorar a Deus por modo contrário à Lei” (At 18.13) e que ele ensinava “...todos os judeus entre os gentios a apostatarem de Moisés” (At 21.20-29). Embora os acusadores de Paulo fizessem um juízo errado a seu respeito, a acusação certamente
O julgassem dessa maneira. Em muitos textos das Escrituras Paulo mostra que a Lei Mosaica foi abolida (Rm 6.14-15; Rm 7.1-6; Rm 10.4; 1 Co 3.7-11; 1 Co 9.19-23; Gl 2.19-3.5; Gl 4.1-7; Gl 5.18; Ef 2.14-22). Além do mais, a Lei de Moisés e o próprio Antigo Testamento afirmam que a Lei foi exclusivamente concedida à nação de Israel