Resumo de ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA
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Resumo Disciplina Administração Eclesiástica
Conceito Geral de Administração.
O termo “administração” vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência), designa o desempenho de tarefas de direção dos assuntos de um grupo. O conceito de Administração é bastante amplo, mas em todas as definições existem duas palavras-chave: gerenciamento e organização. É uma ciência social que está relacionada a todas as atividades que envolvem planejamento, organização, direção e controle.
A administração é essencial em toda a cooperação organizada e a igreja se enquadra ai. No caso da igreja o pastor tem que acompanhar os objetivos propostos pela igreja e transformá-los em ação através de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis a fim de atingir tais objetivos.
Origem.
Desde o início dos primeiros grupos sociais, a fim de conduzir bem os trabalhos, surgiu a necessidade de estabelecer uma escala de comando cuja função seria dirigir e gerir esses trabalhos coletivos. Diga-se de passagem, que a Igreja é um agrupamento humano com um objetivo a ser alcançado, um propósito a ser atingido, um alvo para cumprir.
A administração apareceu como ciência independente no fim do século XIX. “Todo homem procura obter o máximo com o mínimo de esforço”. Este princípio determinou a procura do rendimento máximo para qualquer atividade humana e, conseqüentemente, o estudo de como obter esse rendimento. Frederick W. Taylor nos estados Unidos já no século XVIII comprovou que a baixa produção em qualquer atividade se deve à falta de uma metodologia da produção.
A Administração Eclesiástica.
Embora possamos adotar alguns princípios da administração secular, não obstante, a Igreja precisa ser norteada por outros princípios. A Igreja não se confunde com nenhuma sociedade ou grupos éticos, devido a sua natureza que estrutura-se e se perpetua na regeneração em Cristo Jesus, o criador da comunhão dos santos.
1) O Termo Bíblico para Administração
A palavra despenseiro (Gr. oikonomos) é encontrada dez vezes no Novo Testamento. Por vezes é também traduzida por “mordomo” (Lc 12.42) ou “administrador” (Lc 16.1), e eventualmente, como “tesoureiro” (Rm 16.23) ou “curador” (Gl 4.2). Despenseiro equivale a ecônomo, originalmente um indivíduo encarregado da administração de uma casa grande (Cf. Isaias 22:19, 21; Lc 16:1-17).
No Novo Testamento, despenseiro (oikonomos) refere-se ao administrador da casa e das propriedades de um Senhor. No Evangelho de Lucas, o termo se emprega alternadamente com “escravo” (Gr. doulos). O despenseiro ou mordomo tinha direito legal de agir em nome do seu senhor, e deveria ser fiel e prudente (Lc 12.42, 1Co 4.2). Deus permite aos homens, enquanto suas criaturas, serem despenseiros. Somos despenseiros sobre a criação de Deus.
Os despenseiros não devem considerar as questões da casa como sendo assuntos particulares deles; são meramente despenseiros dos dons que lhes foram confiados, e devem prestar contas de sua administração. E a fiel administração determina que Deus confiará ao despenseiro as riquezas maiores, verdadeiras.
O pastor possui funções privativas e atribuições, que quando desenvolvidas, demonstram que está sendo um bom administrador, um bom mordomo dos bens que pertencem ao Senhor.
Funções precípuas dos administradores.
Como despenseiro da multiforme graça de Deus, você deve:
1. Promover a pregação do evangelho aos indivíduos e as nações;
2. Batalhar pela preservação da palavra de Deus, e também para que ela seja traduzida e disseminada na língua de cada nação;
3. Promover a adoração a Deus, do modo prescrito nas sagradas escrituras, o que inclui o culto público e a celebração das ordenanças;
4. Prestar assistência material aos ministros da igreja;
5. Expressar a comunhão dos santos, incluindo assistência aos domésticos da fé;
6. Batalhar pela prosperidade e expansão de todas as Igrejas de Cristo, em todo lugar e em todas as ocasiões; e
7. Exercer os deveres de necessidade e de misericórdia.
Funções precípuas da administração
Existem quatro aspectos do processo da administração secular que são importantes na vida da igreja:
1) Planejar: Significa estabelecer os objetivos da igreja, especificando a forma como eles serão alcançados.
2) Organizar: É a forma de coordenar todos os recursos da igreja, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o planejamento estabelecido.
3) Dirigir ou liderar: Contrate e forme líderes que administrem a igreja. Delegue autoridade e responsabilidade e cobre resultados. Elogie, premie, e comemore.
4) Controle ou Coordenação: O que não é medido é difícil de ser avaliado. O que não é cobrado não é feito. Esta atividade é que nos permite dirigir e corrigir os trabalhos que não estão sendo feitos dentro do nosso planejamento. Com o controle o líder pode premiar as equipes que atingem os objetivos.
A administração do tempo.
Nada caracteriza melhor a vida moderna do que o lamento, “Se eu tivesse tempo...”
Esta é uma frase muito comum em nosso dia a dia. Aqueles que estão sempre reclamando de falta de tempo geralmente não têm métodos para utilizá-lo e, somente, comprovam que a problemática do tempo é não saber o que fazer com ele. Uma coisa é planejar nosso trabalho; outra é trabalhar nosso plano.
Há uma grande diferença entre estar muito ocupado e ser produtivo. Claramente, podemos observar que existem pessoas que se esgotam trabalhando e não conseguem progresso algum, enquanto outras, com menor esforço, atingem objetivos e são bem sucedidas. Não podemos esquecer também aqueles que vencem na vida trabalhando tanto que chegam a sacrificar alguns valores extremamente importantes como o lazer, a família e, às vezes, até a saúde. Há também aqueles que estão sempre girando em torno de tudo, como verdadeiros furacões, em grande movimento. Contudo, quando analisados com profundidade, pouca coisa apresentam de produtivo.
Tempo: uma estrutura teológica
O Salmo 118:24 não deveria ser apenas um fato, mas nosso alvo em nosso uso do tempo: este é o dia que o Senhor fez. Nosso alvo é que nosso uso do tempo deste dia reflita uma genuína autoria de Deus.
I. Mitos sobre Administração do Tempo
Comecemos por analisar alguns mitos acerca da administração do tempo.
1) O primeiro é que quem administra o tempo torna-se escravo do relógio. A verdade é bem o contrário. Quem administra o tempo coloca-o sob controle, torna-se senhor dele. Quem não o administra é por ele dominado, pois acaba fazendo as coisas ao sabor das pressões do momento, não na ordem e no momento em que desejaria.
2) O segundo mito é que a gente só produz mesmo, ou então só trabalha melhor, sob pressão. Esse é um mito criado para racionalizar a preguiça, a indecisão, a tendência à procrastinação. Não há evidência que o justifique, até porque os que assim agem poucas vezes tentam trabalhar sem pressão para comparar os resultados -sobre si mesmos e sobre os que os circundam. A evidência, na verdade, justifica o contrário daquilo que expressa o mito.
3) O terceiro mito é que administrar o tempo é algo que se aplica apenas à vida profissional. Falso. Certamente há muitas coisas em sua vida pessoal e familiar que você reconhece que deve e deseja fazer mas não faz -"por falta de tempo".
4) O quarto mito é que ter tempo é questão de querer ter tempo. Você certamente já ouviu muita gente dizer isso. De certo modo essa afirmação é verdadeira -até onde ela vai. Normalmente damos um jeito de arrumar tempo para fazer aquilo que realmente queremos fazer. Mas a afirmação não diz tudo. Não basta simplesmente querer ter tempo para ter tempo. É preciso também querer o meio indispensável de obter mais tempo -e esse meio é a administração do tempo.
II. Razões para administrar o tempo
1) Tempo é Vida: o tempo é o recurso fundamental da nossa vida, a matéria prima básica de nossa atividade. Quando o nosso tempo termina, acaba a nossa vida. Não há maneiras de obter mais. Por isso, tempo é vida.
2) Tempo é Dinheiro
É importante se compenetrar do fato de que nosso tempo é valioso. Há pessoas e instituições que estão dispostas a pagar dinheiro pelo nosso tempo. Por isso é que se diz que tempo é dinheiro. Quem administra o tempo, na verdade, ganha não apenas vida: pode também transformar esse ganho de vida em ganho de dinheiro.
Na verdade, o trabalho é uma permuta de tempo por dinheiro: alguém me paga pelo meu tempo (isto é, pelo meu tempo produtivo). E isso nos traz à questão da produtividade.
3) Administração do Tempo e Produtividade
Quem administra o tempo, aumenta sua produtividade. Produtividade é o produto da eficácia pela eficiência. Ser eficaz é fazer as coisas certas, isto é, fazer aquilo que consideramos importante e prioritário. Ser eficiente é fazer as coisas certo, isto é, com a menor quantidade de recursos possível. Ser produtivo é fazer certo as coisas certas, isto é, fazer aquilo que consideramos importante e prioritário com a menor quantidade de recursos possível. E tempo é um recurso fundamental: nada pode ser feito sem tempo. Por isso ele é freqüentemente escasso e caro.
4) Administração do Tempo e Redução de Stress
Quem administra o tempo reduz o stress causado pelo mau uso do tempo. Aqui também a idéia de mau uso ou desperdício do tempo pressupõe a noção de objetivos. É sempre bom lembrar que, da mesma forma que o mau uso do tempo causa stress, o bom uso do tempo normalmente traz satisfação, sentido de realização e felicidade.
Ladrões e economizadores de tempo.
Entendemos por "desperdiçadores de tempo" disfunções que provocam o uso inadequado ou insatisfatório do tempo na perspectiva do pastor e líder ou da igreja.
Vamos detalhar abaixo os principais desperdiçadores de tempo que tenho visto no meu pastorado:
1. Falta de Planejamento;
2. Telefonemas
3. Distrações
4. Visitas inesperadas;
5. Tarefas inacabadas ou falta de disciplina no cumprimento da agenda;
6. Definição clara de objetivos na execução das tarefas;
7. Falta de delegação ou Centralização de poder. Excesso de compromissos: Incapacidade de dizer "não": O excesso de tarefas freqüentemente paralisa: a pessoa não sabe por onde começar e acaba ficando imobilizada.
8. Menosprezo ou ênfase inadequada em certas atividades;
9. Indefinição de prioridades e cobrança incompleta e descontínua;
10. Fragmentação e superficialidade;
11. Excesso de reuniões (algumas desnecessárias) e burocracia interna;
12. Indefinição de prioridades;
13. Má utilização dos recursos (telefone, fax, computador, Internet,);
14. Mesa entulhada ou desorganização pessoal;
15. Arquivamento ineficiente;
16. Proscrastinação: É preciso distinguir a tendência à procrastinação do bom senso que recomenda não tomar uma decisão no calor de uma discussão, ou quando não há informações suficientes, ou coisa equivalente.
Dicas para se economizar tempo.
A seguir, apresentamos sete técnicas eficazes, atitudes e comportamentos que podem economizar seu tempo:
Planejamento: toda hora aplicada em planejamento eficiente poupa três ou quatro na execução e produz melhores resultados.
Organização: a organização é um outro fator facilitador na execução das tarefas; uma aliada do tempo. Ela deve existir principalmente nas informações.
Delegação: atribuição de tarefas para outras pessoas a fim de liberar o tempo para tarefas mais importantes. É a chave da administração eficaz.
Telefone: use-o para evitar deslocamento desnecessário para obter informações.
Comunicação: a linguagem simples, concisa e isenta de ambigüidades assegura a compreensão e poupa o tempo com mal-entendidos.
Tomada de decisões: a análise de decisão tem que ser precisa e baseada em informações seguras para que o problema possa ser atacado de forma imediata.
Concentração: tempo mínimo (anterior a ação) que se julgar necessário para conseguir progresso em menos tempo.
Enumeramos abaixo soluções práticas que o ajudarão a economizar tempo:
1. Estabeleça metas: anuais, mensais, semanais e diárias;
2. Programe suas tarefas e atividades da semana e do dia, em função dessas metas;
3. Faça as coisas em ordem de prioridade;
4. Saiba onde seu tempo é realmente empregado;
5. Estabeleça data e hora para início e fim de cada atividade;
6. Elimine desperdiçadores de tempo;
7. Utilize uma agenda ou um calendário de reuniões;
8. Crie uma lista de afazeres;
9. Organize as tarefas;
10. Organize seu acesso com rapidez de informações usadas com frequência.
Como fazer reuniões criativas.
Algumas dicas que tornarão suas reuniões mais criativas e geradora de resultados:
1. Só convoque uma reunião quando totalmente indispensável;
2. Estabeleça os objetivos;
3. Elabore uma pauta, fixando tempo para cada assunto;
4. Coloque só as pessoas às quais o assunto interessa;
5. Mantenha o rumo da discussão;
6. Sintetize as conclusões;
7. Faça o acompanhamento de todas as decisões tomadas.