Resumo de ANGELOLOGIA
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A palavra de Deus deixa claro que há outra classe de seres superiores ao homem. A doutrina dos anjos é fundamentalmente o estudo dos ministros da providência de Deus
A DOUTRINA SECULAR ACERCA DOS ANJOS
Histórias seculares, histórias religiosas e a arqueologia mostram que quase todas as culturas do mundo aceitam a existência de seres sobrenaturais.
Alexander Hislop comparou a crença e adoração de seres sobrenaturais de nação em nação e de religião em religião. Seu relatório dá maior evidência ao fato de que algo aconteceu em algum lugar nos tempos antigos envolvendo o relacionamento entre os reinos natural e sobrenatural.
Nas tradições pagãs os anjos eram, às vezes, considerados divinos, e outras vezes, fenômenos naturais.
Os assírios e os gregos deram asas a alguns desses seres semidivinos. Platão (cerca de 427- 347 a.C.) falava de “anjos da guarda”. As Escrituras Hebraicas atribuem nomes a somente dois anjos: Gabriel, e o arcanjo Miguel.
Os fariseus acreditavam que os anjos fossem seres sobrenaturais que, comunicavam a vontade de Deus. Os saduceus, negavam sua existência
Orígenes (182 - 251 d.C.) declarou a impecabilidade dos anjos, afirmando que, se foi possível a queda de um anjo, talvez seja possível a salvação de um demônio.
Jerônimo (347 - 420 d.C.) acreditava que anjos da guarda eram dados aos seres humanos quando do nascimento destes;
Gregório Magno (540-604 d.C.) atribuiu aos anjos corpos celestiais.
Tomás de Aquino (1.225 - 1.274 d.C.) formulou algumas perguntas muito relevantes: De que se compõe o corpo de um anjo? Há mais de uma espécie de anjo? Quando os anjos assumem a forma humana, exercem funções vitais do corpo? Os anjos sabem quando é manhã e quando é entardecer? Conseguem entender muitos pensamentos ao mesmo tempo? Conhecem nossas intenções secretas? Têm capacidade de falar uns com os outros?
O cristianismo medieval começou a incluir a adoração aos anjos em suas liturgias, essa aberração continuou crescendo, levando o Papa Clemente X (1670 - 1676 d.C.) a decretar uma festa em homenagem aos anjos.
A despeito dos excessos católicos romanos, o Cristianismo Reformado continuou a ensinar que os anjos ajudam o povo de Deus: João Calvino (1509 - 1564 d.C.) acreditava que os anjos são despenseiros e administradores da beneficência de Deus. Martinho Lutero (1483 - 1546 d.C.) em falou em termos semelhantes.
Na Era do Racionalismo surgiram graves dúvidas contra a existência do sobrenatural. Como conseqüência, alguns céticos resolveram chamar os anjos “personificações de energias divinas, ou princípios bons e maus, ou doenças e influências naturais”.
Já em 1918, alguns eruditos judaicos começaram a ecoar a voz liberal, afirmando que os anjos não eram reais.
O teólogo liberal Paul Tillich (1886 - 1965) considerava os anjos essências platônicas: emanações da parte de Deus.
Erickson, teólogo conservador, acrescentou que poderíamos ser tentados a omitir, o estudo dos anjos, porém não temos outra escolha senão falar a respeito deles.
A DOUTRINA BÍBLICA DOS ANJOS
Não poucas passagens das Escrituras ensinam que há uma ordem de seres celestiais totalmente distintos da humanidade e da Divindade, que ocupam uma posição exaltada acima da atual posição do homem caído
A palavra deriva-se do grego angelos. Seu significado básico é “mensageiro”, o embaixador, que fala e age no lugar daquele que o enviou.
No Antigo Testamento os anjos aparecem como seres celestiais, membros da corte de Yahweh, no Novo Testamento os anjos aparecem como representativos do mundo celestial e mensageiros de Deus.
O termo teológico apropriado para esse estudo é Angelologia, dentro do contexto da Teologia Sistemática, a qual se ocupa em estudar a existência, as características, natureza moral e atividades dos anjos.
Quando consideramos os anjos, como nas outras doutrinas, existe campo para o uso da razão. Contudo, a Angelologia não repousa sobre a razão ou a suposição, mas sobre a “Revelação”.
Os termos genéricos usados para anjos, geralmente indicam sua atribuição ou função: Leitourgos e Mishrathim; são palavras para “servo” ou “ministro”. Hoste: Essa palavra se estende a toda formação do exército celestial. Espíritos. Vigias: Talvez nessa classe de anjos estejam os que tomam decisões e executam os mandamentos de Deus na Terra. Bene Elim: Ou “filhos poderosos”. Bene Elohim: Ou “filhos de Deus”, Este termo inclui Satanás. Elohim: algumas vezes aplicada aos anjos. Estrelas: É o termo simbólico usado para os anjos. Um sacerdote: O sacerdote é chamado “anjo” do Senhor. Santos. Os seres celestiais. A coluna de nuvem. A pestilência. Os ventos. As pragas. Paulo chamou seu espinho na carne de anjo, isto é, “mensageiro de Satanás”. Pastores da igreja. Estrelas. Jesus Cristo diz que tem na Sua mão as sete estrelas. Principados, poderes, tronos, dominações e autoridades. Congregação/ assembléia. Os anjos são mensageiros ou servidores celestiais de Deus
O relato da obra da criação no livro de Gênesis se constitui como o princípio e a base de toda a revelação divina.
A Bíblia Sagrada fortalece o fato de que “Deus fez todas as coisas segundo o conselho da sua vontade”. Num momento específico, conforme sua soberana vontade, Deus criou a matéria e a substância que antes nunca existiram.
a criação material é imensa e abrange todo o universo. O Criador formou a vida física numa combinação do imaterial com o material. A vida dos anjos é apenas espiritual. A vida física foi criada para propagar-se, por isso, os homens procriam e geram outros homens. A vida dos anjos é única e eterna.
Os anjos foram criados por Deus: Ne 9.6: “Tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército. Pode ser que Deus os tenha criado imediatamente após ter criado os céus e antes de ter criado a terra, pois de acordo com Jó 38.4-7, “rejubilaram todos os filhos de Deus” quando Ele lançava os fundamentos da terra.
No contexto do Novo Testamento, os anjos não são apresentados simplesmente como “mensageiros de Deus”, mas também como “ministros aos herdeiros da salvação”
Muitas das suas manifestações são feitas através de formas materiais inexistentes. Entretanto, os demônios, que são anjos caídos da graça de Deus, incorporam em corpos de pessoas vivas ou de animais, e por essas possessões materiais, se manifestam.
Os anjos de Deus não tomam outros corpos para se manifestarem, mas tomam formas de pessoas humanas visíveis para se fazerem manifestos.
Os anjos foram criados para cumprirem os propósitos de Deus. O que define entre bons e maus é o fato de que foram criados como seres morais com livre-arbítrio, e daí, a liberdade de escolha consciente entre o bem e o mal. A queda de Lúcifer deve-se a esta condição dos anjos
A quantidade existente de anjos é única e incontável, porque desde que foram criados não foram aumentados nem diminuídos. A Bíblia utiliza expressões variadas para designar “milhares de milhares”, “multidão dos exércitos celestiais”, “muitos milhares de anjos”
A NATUREZA DOS ANJOS
Não são seres humanos glorificados. Em Mateus 22.30 está escrito “que seremos como anjos”, mas não diz que seremos anjos. As “incontáveis hostes de anjos” são diferenciadas dos “espíritos dos justos aperfeiçoados”
Não são os filhos de Deus em Gênesis seis. Os anjos são chamados “Filhos de Deus” no Velho Testamento. Que os filhos de Deus se refere aos anjos, neste texto de Gn 6, era a posição aceita pelos judeus eruditos dos primeiros séculos da era cristã, substituindo “filhos de Deus” por “anjos de Deus” em Gn 6; Jó 1.6 e 2.1, e por “meus anjos” em Jó 38.7.
Em Gênesis 6 encontramos a corrupção geral do gênero humano bem como um protesto de Deus contra os casamentos entre os da linhagem reta de Sete e os da linhagem ímpia de Caim.
Esses filhos de Deus, sem dúvida, não eram anjos, mas, descendentes da linhagem piedosa de Sete, eles deram início aos casamentos mistos com as filhas dos homens. Essa união entre os justos e os ímpios levou à maldade do versículo 5. Como resultado, a terra corrompeu-se e encheu-se de violência.
Se anjos de fato se relacionam sexualmente com mulheres, este é um prodígio que viola as normas da natureza, e não há nada na Bíblia que diga que anjos têm poderes sexuais, e se esta relação entre anjos e mulheres gerou os “nefilins-gigantes”, como se explica a presença destes, antes deste ato, e depois do dilúvio?
Os livros apócrifos, provavelmente foram produzidos pelos essênios, os quais adotaram a interpretação angélica. E tão somente pelo fato de serem apócrifos, isso lhes nega toda autenticidade em termo de canonicidade.
Os anjos são descritos espíritos, Apesar de serem espíritos, têm o poder de assumir a forma de corpos humanos a fim de tornar visível sua presença aos sentidos do homem. São reais, mas nem sempre visíveis.
Os espíritos têm uma forma definida de organização que está adaptada à lei de sua existência. Eles são finitos e espaciais. Eles têm a capacidade de se aproximar da esfera da vida humana, mas o fato de maneira nenhuma lhes impõe a conformidade com a existência humana. Cristo declarou: “...um espírito não tem carne nem ossos,
No fundamento genuíno criador de Deus, não foi deixada margem alguma para se acreditar na reprodução de seres da escala espiritual.
Aos anjos são atribuídas características pessoais; são inteligentes dotados de vontade e atividade e por ter natureza moral estão sob obrigação moral; são recompensados pela obediência e punidos pela desobediência.
A Bíblia fala dos anjos que permanecerem leais como “santos anjos” e retrata os que caíram como mentirosos e pecadores.
A imortalidade dos anjos está ligada ao sentido de que os anjos bons não estão sujeitos a morte
Eles não são oniscientes. Não são iguais a Deus em sabedoria. Jesus, deu testemunho da limitação do conhecimento dos anjos, quando falou que eles ignoravam o dia da vinda do Filho do Homem.
Não há nenhuma implicação na Bíblia de que alguns anjos são mais inteligentes que outros. Segundo a Bíblia: Os anjos prestam culto inteligente (Sl 148.2); contemplam com o devido respeito à face do pai (Mt 18.10); conhecem suas limitações (Mt 24.36); reconhecem sua inferioridade para com Jesus (Hb 1.4-14). E, no caso dos anjos caídos, eles conhecem a sua capacidade de fazer o mal.
Seu poder deriva de Deus. O seu poder, embora seja grande, é restrito. Eles não podem fazer aquelas coisas que são peculiares à Divindade: criar, agir sem os meios, ou sondar o coração do homem. Eles podem influenciar a mente humana como uma criatura pode influenciar outra.
O poder angelical é superior, mas não supremo.
A alusão ao número dos anjos é um dos superlativos da Bíblia. Eles foram descritos em multidões “que os homens não podem contar”. É significativo que a frase “o exército do céu” descreve tanto as estrelas materiais quanto os anjos, sendo que ambos não podem ser contados (Gn 15.5)
“Enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor” (2Pe 2.11).
Os anjos foram criados; Cristo é Criador: Como Criador Jesus é superior aos anjos, pois maior do que a criatura é aquele que a criou (Is 45.9). Anjos são súditos; Cristo é o Senhor.
Os anjos tomam decisões, quando o bom anjo recusou a adoração de João (Ap 22.8,9), fica subentendida sua capacidade de escolha.
Com o uso da frase “os anjos no céu” (Mc 13.32), Cristo definidamente afirma que os anjos habitam as esferas celestiais. A Bíblia fala de três céus, sendo o terceiro céu, o céu dos céus, o lugar da habitação de Deus, onde o Seu trono sempre esteve.
Os anjos que aparecem como homens, vão ter a aparência de quem estão visitando. Os anjos não se movem no tempo e no espaço como nós, eles são “espíritos puros”, não compostos de matéria, mas compostos de essência e existência, de ação e de potencialidade, escreveu Tomás de Aquino.
Jó diz que quando Deus lançava os fundamentos da Terra, os anjos cantavam rejubilando de alegria. A música é a linguagem universal. É possível que João tenha visto um imponente coro celeste de muitos milhões de anjos que expressavam seu louvor ao Cordeiro celeste através de magnífica música.
Os Anjos “são incomparáveis entre as criaturas, mas nem por isso deixam de ser criaturas”. Como conseqüência, os cristãos não devem exaltá-los. Os falsos mestres ensinavam que era preciso reverenciar e adorar os anjos, como mediadores, para ter comunhão com Deus.
Não devemos acrescentar coisa alguma ao evangelho, nem ter outro intermediário entre Deus e o homem, nem aceitar a filosofia humanista.
Hoje, uma das maiores ameaças teológicas contra o cristianismo bíblico é o “humanismo secular”, que se tornou a filosofia de base e a religião aceita em quase toda educação secular e é o ponto de vista aprovado na maior parte dos meios de comunicação e diversão no mundo inteiro.
A filosofia do humanismo ensina que o homem, o universo e tudo quanto existe é apenas matéria e energia moldadas ao acaso. Afirma que o homem resultou de um processo evolutivo. Rejeita a crença num Deus pessoal e infinito, e nega ser a Bíblia a revelação inspirada de Deus à raça humana.
Afirma que não existe conhecimento à parte das descobertas feitas pelo homem, e que a razão humana determina a ética apropriada para a sociedade, fazendo do ser humano a autoridade máxima neste particular. Crê que padrões morais não são absolutos, e sim relativos e determinados por aquilo que faz as pessoas sentirem-se felizes, que lhes dá prazer, ou que parece bom para a sociedade, de acordo com os alvos estabelecidos por seus líderes; deste modo, os valores e moralidade bíblicos são rejeitados.
Considera que a auto-realização do homem, sua auto-satisfação e seu prazer são o sumo bem da vida. Sustenta que as pessoas devem aprender a lidar com a morte e com as dificuldades da vida, sem crer em Deus ou depender dEle.
HIERARQUIA E CLASSIFICAÇÃO DOS ANJOS
Numerosos anjos participaram da rebelião de Satanás contra Deus e abandonaram o seu estado original de graça, como servos de Deus, e assim perderam o direito à sua posição celestial.
Os Anjos do Senhor.
Existem aqueles que acreditam que era simplesmente um anjo em missão especial representando Jeová. Esta identificação fala de Jesus um anjo, que se assemelha à doutrina mulçumana, mórmon e outras.
Em Mateus o anjo que aparece a Zacarias e Maria é chamado “O Anjo do Senhor’, depois identificado como Gabriel.
Há vários argumentos que afirmam ser uma teofania da segunda pessoa da Trindade (Cristofania). :
A linguagem, malak yaweh, é um título singular e peculiar mostrando que esse personagem era mais do que um anjo. No Antigo Testamento, ele é consistentemente apresentado como Jeová: O anjo apareceu, mas Deus, ou o Senhor, falou.
Este anjo, identificado como Jeová, apesar de tudo é apresentado de forma distinta de Jeová e clama por Jeová. Portanto, este anjo parece ser uma Cristofania, ou pré-encarnação do Filho de Deus, Jesus Cristo.
Quando o Anjo do Senhor apareceu a Josué, ele se prostrou sobre o seu rosto na terra, e o adorou. Se o Anjo do Senhor não fosse o próprio Senhor, o anjo teria proibido a Josué de adorá-lo.
Em Jz 2.1, o Anjo do Senhor diz: Do Egito Eu vos fiz subir, e Eu vos trouxe à terra que a vossos pais Eu tinha jurado, e Eu disse: Eu nunca invalidarei o meu concerto convosco. Estes foram atos do Senhor.
No Novo testamento deixa de utilizar-se do termo “o Anjo do Senhor” como pessoa específica e fala-se de “um Amjo do Senhor”.
Suas tarefas foram: Mensagens ao povo do Senhor (Gn 22.15-18); suprir necessidades do povo do Senhor (1Rs 19.5-7); proteger o povo de Deus do perigo (Êx 14.19); ocasionalmente destruir os inimigos de Jeová (Êx 23.23); punir os rebeldes (2Sm 24.16,17).
Seu primeiro aparecimento foi à escrava egípcia, Hagar a fim de lhe socorrer e foi identificado como sendo “O Anjo do Senhor”. a pessoa de Abraão (Gn 22.11,15); a Jacó (Gn 31.11-13); a Moisés. O anjo do Senhor que apareceu a Moisés na sarça ardente disse: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó”.
logo apareceu a todos os israelitas durante o êxodo (Êx 14.19); mais tarde em Boquim (Jz 2.1,4); a Balaão (Nm 22.22-36); a Josué (Js 5.13-15, a Gideão (Jz 6.11); a Davi (1Cr 21.16); a Elias (2Rs 1.3-4); a Daniel (Dn 6.22).
O Arcanjo Miguel
Biblicamente só existe um Arcanjo, ou anjo-chefe, e esse Arcanjo chama-se Miguel. Ele foi diretamente mencionado em três passagens. Em Judas 9 ele teve uma controvérsia com Satanás. Em Ap 12.7-12. como chefe dos exércitos do céu, participa de uma batalha contra Satanás e os seus anjos. Temos ainda a revelação de que a “voz do arcanjo” será ouvida quando Cristo voltar para buscar a Igreja (1Ts 4.16).
Gabriel
Gabriel foi quem anunció à Maria quanto ao nascimento de Cristo e o Seu ministério como Rei sobre o trono de Davi. Apresenta-se como aquele que “assiste diante de Deus”.
Querubins
Os querubins aparecem pela primeira vez junto ao portão do Éden. Aparecem novamente como protetores, embora em imagens de ouro, sobre a arca da aliança. Ezequiel os apresenta com quatro rostos diferentes: de um leão, de um boi, de um homem e a face de uma águia.
Serafins
O título serafins fala de adoração incessante, do seu ministério de purificação e de sua humildade. Eles aparecem apenas uma vez nas Escrituras sob esta designação.
Anjos eleitos
É preciso aceitar que os anjos foram criados com um propósito. A queda de alguns anjos foi tão antecipada por Deus quanto a queda do homem. Está também implícito que os anjos passaram por um período de experiência.
Governadores
Há indicações de que existam organizações entre os anjos bons. Paulo fala de tronos, soberanias, principados e potestades e acrescenta que foram criados por intermédio dEle e para Ele. : Tronos se referem a seres angélicos, cujo lugar é na presença imediata de Deus. Esses anjos são investidos de poder real que exercem sob Deus; Domínios parecem estar próximos dos Tronos em dignidade; Principados parecem se referir a governantes sobre povos e nações distintos. Poderes – potestades são possivelmente autoridades subordinadas, servindo sob uma das outras ordens.
Anjos especialmente nomeados
Vigilantes. São os que promoviam os decretos soberanos de Deus, e demonstravam o senhorio de Deus sobre Nabucodonosor.
Anjo do abismo. Abadom é identificado no Apocalipse.
Aquele que tem autoridade sobre o fogo esse Anjo é aquele cuja missão é conservar o fogo aceso no altar celeste.
O anjo das águas e Anjos que controlam os ventos essas idéias são extraídas da noção judaica helenista de que cada elemento da natureza é controlado pelos anjos.
Anjos guardiões eles observam os homens, prestando serviços em prol de nações, comunidades e indivíduos.
Uma antiga doutrina judaica ensina que o anjo guardião tem a aparência daquele a quem guarda. Essa idéia pode estar ligada à noção oriental do eu-superior. Presumivelmente, a alma não é o elemento superior do indivíduo, mas sim é um instrumento do eu-superior, que é a verdadeira entidade.
Esse super-eu é o homem em sua forma mais elevada. Nesse caso, o anjo guardião seria o próprio homem, e a alma seria seu instrumento, tal como o corpo é o instrumento da alma. Se esse conceito é veraz, então o indivíduo é seu próprio anjo guardião, ou pelo menos, poderia ser, embora esse anjo exista em uma outra dimensão de seu próprio ser.
Isso não negaria a existência de outros espíritos elevados, que poderiam interessar-se em nossas vidas e aos quais poderíamos chamar de “anjos”.
SUAS ATRIBUIÇÕES MINISTERIAIS
No ministério de Jesus
Adoravam a Cristo
Os trechos das Escrituras que declaram a eternidade de Deus fazem-no em termos de continuidade, e não de intemporalidade, isto é, Deus conhece o passado como passado, o presente como presente e o futuro como futuro.
Anunciaram o seu nascimento
Para que o nosso Redentor pudesse expiar os nossos pecados, Ele teria que ser numa só pessoa, tanto Deus como homem impecável. O nascimento virginal de Jesus satisfaz essas duas exigências: (a) A única maneira de Ele nascer como homem era nascer de uma mulher. (b) A única maneira de Ele ser um homem impecável era ser concebido pelo Espírito Santo. (c) A única maneira de Ele ser deidade, era ter Deus como seu Pai. A concepção de Jesus, portanto, não foi por meios naturais, mas sobrenaturais, daí, o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus .
Protegeram-No na Sua infância
O anjo do Senhor apareceu a José para proteger o menino do rey Herodes. Por meio dos seus anjos, Deus vela por aqueles que Ele ama .
Acolheram depois da tentação no deserto
Um dos aspectos principais da tentação de Jesus girou em torno do tipo de Messias que Ele seria e como empregaria a sua unção da parte de Deus. Jesus foi tentado a utilizar sua unção e posição para servir a seus próprios interesses,
Consolaram-no em sua luta espiritual no Getsêmani
Jesus diz: “Pai, passa de mim este cálice. Sua oração não foi atendida, contudo, foi ouvida, pois o Pai o fortaleceu mediante um anjo do céu, que o confortava.
Acompanharam toda sua vida ministerial
Jesus disse poder contar com mais de 12 legiões de anjos em prol de sua defesa.
Observaram-no na Sua ressurreição
Um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, e sentou-se sobre ela. E disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscai a Jesus, que foi crucificado.
Na sua ascensão acompanharam
Enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco,
Eles o acompanharão na Sua segunda vinda
A retribuição completa ocorrerá somente no fim da presente era, quando o “Senhor Jesus se manifestar desde o céu, com os anjos do seu poder”,
São ministradores a favor dos santos
Entre as múltiplas funções exercidas pelos anjos, destaca-se de maneira especial e particular aquela que diz respeito à orientação e ministração do bem ao Povo de Deus.
A Bíblia nos garante, entretanto, que um dia as “escamas” serão retiradas dos nossos olhos, para que possamos ver e reconhecer em toda a plenitude as coisas que desconhecemos, inclusive a atenção que os anjos nos dedicam.
Há pessoas que poderão não ter sabido que estavam sendo ajudadas, porém a visita era real.
Aplicadores dos juízos de Deus
Os anjos são responsabilizados pela morte dos primogênitos do Egito, pela destruição de Sodoma e Gomorra, pela destruição do exército assírio nos dias de Ezequias, pela ameaça de iminente destruição da cidade de Jerusalém nos dias de Davi, pela punição de Herodes Agripa, por contender com o Diabo por causa do corpo de Moisés.
Comunicadores das Boas-Novas
No Antigo Testamento, eles anunciaram o nascimento de lsaque e de Sansão. Já no Novo Testamento, eles anunciaram o nascimento de João Batista; o nascimento, ressurreição e volta de Jesus Cristo.
Como espectadores da obra de Deus
Toda a vida terrena de Cristo foi “contemplada por anjos” (1Tm 3.16). Em Ap 14.10-11, os anjos observam o infortúnio eterno daqueles que “adoram a besta e a sua imagem”.
Executores de juízos divinos
Castigaram os inimigos de Deus (2Rs 19.35).
Desempenharam uma elevada missão ao revelarem a lei de Deus a Moisés
Quando Deus veio ao topo da montanha, estava acompanhado de milhares de anjos (SI 68.8-17). Observa-se que a aparição de Deus cercada de seres angélicos foi imensamente gloriosa.
H. Halley observa que os anjos estão presentes em quase todos os acontecimentos tanto do Antigo como do Novo Testamento.
Executam sem questionar qualquer comando de Deus
Estendendo, pois, o Anjo a sua mão sobre Jerusalém, para a destruir, o Senhor se arrependeu daquele mal; e disse ao Anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta, agora retira a tua mão.
Prestam socorro sob o comando divino
Obedecendo a Deus um anjo acudiu Elias quando fugia da fúria de Jezabel.
Estão sempre prontos para agir
Não somente Deus está a favor do seu povo, como também exércitos dos seus anjos estão disponíveis, prontos para defender o crente e o reino de Deus. Por conseguinte todos os que crêem na Bíblia devem orar continuamente para Deus livrá-los da cegueira espiritual e abrir os olhos dos seus corações para verem mais claramente a realidade espiritual do reino de Deus
Concluímos que há um relacionamento de causa e efeito nas batalhas espirituais; o resultado das batalhas espirituais é determinado parcialmente pela fé e oração dos santos.
Atuam em situações adversas
Durante o cativeiro babilônico, um anjo livrou o profeta Daniel da cova dos leões.
Auxiliam os filhos de Deus na produção de textos
Um anjo ajudou a Zacarias na redação de seu livro
Estão presentes não dificuldades dos que prestam serviço a Deus
Dois anjos foram testemunhas da ascensão de Cristo (At 1.10,11); um anjo abriu as portas da prisão e soltou os apóstolos Pedro e João (At 5.19); um anjo encaminhou Filipe, o Evangelista, ao eunuco etíope (At 8.28); um anjo soltou Pedro da prisão (At 12.7-9); um anjo orientou o Centurião Cornélio, a chamar a Pedro (At 10.3); um anjo feriu Herodes e ele morreu comido de bichos (At 12.23); um anjo esteve com Paulo indo à Roma (At 27.23).
No final da presente era atuarão grandemente
Não é imaginação, mas realidade, que os anjos são nossos conservos de mil maneiras. Deus mandará um anjo para completar a pregação do “Evangelho do Reino”. Estas “Boas-Novas” são universais e abrangem “toda a criatura”.
Na cura divina
um anjo de Deus “descia em certo tempo, ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse
No conforto e consolação
Nosso amado Salvador, apesar de ser Senhor dos anjos, foi também certa vez confortado por um deles. “...e apareceu-lhe um anjo do Céu, que o confortava...”
SATANOLOGIA
Em tempos remotos, houve rebelião entre os seres espirituais. O mais elevado dos anjos “querubim ungido”, encabeçou essa rebelião.
Tudo nos leva a crer que os anjos foram criados em estado de perfeição. “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom”. Isso certamente inclui a perfeição dos anjos em santidade quando originalmente criados. Não há dúvida que Lúcifer tenha sido o chefe da apostasia. Is 14.12 se refere a ele como sendo a Estrela da Manhã e Filho da Alva, e lamenta a sua queda.
A Escritura deixa claro que a queda dos anjos se deu antes da do homem, já que Satanás entrou no Jardim sob a forma de serpente e induziu Eva a pecar.
A Causa de sua Queda é um dos profundos mistérios da teologia, os anjos foram criados perfeitos. Isto significa que toda a afeição de seus corações era dirigida por Deus. A questão é: como pôde tal ser cair? Como pôde a primeira afeição menos santa brotar em tal coração, e como pôde a vontade receber o primeiro impulso para se afastar de Deus? Diversas soluções para o problema têm sido propostas.:
A primeira é a de que tudo que existe se deve a Deus. Os que crêem nesta doutrina afirmam que, portanto, Ele deve ser o autor do pecado também. Replicamos que se Deus for o autor do pecado e aí condenar a criatura por cometer pecado, então não temos um universo moral.
A segunda é a crença de que o mal resulta da natureza do mundo. É assim que crêem todos os sistemas pessimistas, do budismo até os nossos tempos.
Schopenhauer, (1788-1860) afirmava que a existência do mundo era o maior de todos os males e a fonte de todos os outros males. Von Hartmann, (1842-1905) chamou a criação de crime imperdoável.
Mas as Escrituras declaram repetidamente que tudo que Deus fez é bom; e positivamente rejeitam a idéia de que a natureza é inerentemente má (Cl 2.20-22).
A terceira é a idéia de Georg W. Friedrich Hegel, (1770-1831), bem como da maioria dos evolucionistas, a saber: que o mal resulta da natureza da criatura. Eles afirmam que o pecado é um estágio necessário no desenvolvimento do espírito.
As Escrituras desconhecem um tal desenvolvimento evolucionário e vê o universo e as criaturas como originalmente perfeitas. É bom lembrar que a criatura tinha originalmente o que os teólogos latinos chamavam de “posse pecare et posse non pecare”. Ela foi colocada na posição de poder fazer qualquer uma das duas coisas sem ser constrangida a fazer uma ou outra.
A quarta idéia, apoiada em bases bíblicas, é de que a queda do “querubim ungido” resultou de sua própria escolha. É por esse princípio bíblico que podemos entender a causa da queda.
O que precedeu a queda do “querubim” foi a sua ilusão e engano acerca do seu próprio poder nas hostes angelicais. Imaginando-se superior a todos os demais anjos criados, pretendeu tomar o lugar do Criador. Cinco afirmativas descritas em Isaías 14.13,14 revelam as pretensões do “querubim”.
A primeira afirmativa foi “eu subirei ao céu”. Uma tentativa de estar acima de toda a criação e do próprio Deus.
A segunda, “acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono”. Quando se refere às estrelas de Deus, ele estava falando dos demais anjos criados.
A terceira, “no monte da congregação me assentarei”. O monte da congregação refere-se ao lugar do trono de Deus onde ele queria assentar-se.
A quarta, “subirei acima das mais altas nuvens”. Mais uma vez, ele revela sua intenção presunçosa de superioridade.
A quinta “serei semelhante ao Altíssimo”. Aqui estava a mais grave das pretensões de Lúcifer.
Devemos, portanto, concluir que a queda dos anjos se deu devido a sua revolta auto determinada contra Deus. Foi sua escolha, de si próprio e seus interesses em lugar de escolherem a Deus e Seus interesses.
Sua avidez irrefreada de querer ser igual a Deus, aguçou o interesse de grande número de anjos que resolveu acompanhá-lo. Por esse ato pecaminoso contra o seu Criador, Lúcifer foi destituído de suas funções celestiais e condenado a execração eterna. Mas ele continua como o instigador do pecado no mundo.
As Escrituras registram diversos resultados decorrentes sua queda, entre eles alistamos que:
Todos eles perderam sua santidade original e se tornaram corruptos em natureza e conduta.
Alguns deles foram lançados no inferno (tártaro) e estão acorrentados até o dia do julgamento.
Outros permaneceram em liberdade e trabalham em definida oposição à obra dos anjos bons.
Pode também ter havido um efeito sobre a criação original em Gn 1.
Eles serão, em um dia futuro, atirados para a terra e, após seu julgamento, no lago de fogo.
Outrossim, discordamos da idéia de que a redenção de Cristo tenha incluído os anjos caídos, como querem alguns teólogos. O estado de condenação dos “anjos caídos” é irreversível, assim como é imutável, a situação daqueles que partiram para a eternidade sem Cristo.
Os que advogam salvação para o diabo e seus anjos, deveríam observar os seguintes textos bíblicos:
Anuncia “tribulação e angústia” (Rm 2.9). “Pranto e ranger de dentes” (Mt 22.13; 25.30). “Eterna perdição” (2Ts 1.9). “Fornalha de fogo” (Mt 13.42,50). “cadeias da escuridão” (2Pe 2.4). “tormento eterno” (Mt 25.46), “inferno” e “fogo que nunca se apaga” (Mc 9.43). “ardente lago de fogo e de enxofre” (Ap 19.20). “a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso, nem de dia nem de noite” (Ap 14.11).
Os Anjos Maus
Aqueles que estão livres andam pelas regiões celestiais sob o governo de seu príncipe e líder, Satanás, que é o único que recebe menção específica na Bíblia. Sua principal ocupação é a de apoiar seu líder Satanás na luta dele contra os anjos bons e o povo e a causa de Deus.
Os anjos caídos que estão presos são aqueles que abandonaram sua própria habitação, e tornaram-se tão depravados ou maus, que Deus os encerrou no abismo.
Pedro diz que eles pecaram e que Deus os precipitou no Tártaro, entregando-os ao abismo de trevas e reservando-os para juízo. Judas irmão de Tiago diz: Como castigo do seu pecado, Deus os precipitou no Tártaro. É só aqui que esta palavra aparece no Novo Testamento. Para Homero poeta grego, autor dos épicos Ilíada e Odisséia (séc. IX a.C.), o Tártaro é um lugar sombrio abaixo do Hades.
Satanás e muitos desses anjos inferiores decaídos foram banidos para a terra e sua atmosfera circundante, onde operam limitados segundo a vontade permissiva de Deus.
Satanás, também chamado “a serpente”, provocou a queda da raça humana
A Bíblia indica que atualmente o mundo não está sob o domínio de Deus, mas em rebelião contra seu governo e sob o domínio de Satanás. Nunca devemos afirmar que “Deus está no controle de tudo”, a fim de esquivar-nos da responsabilidade de lutar seriamente contra o pecado, a iniqüidade ou a mornidão espiritual.
O império do mal sobre o qual Satanás reina é altamente organizado e exerce autoridade sobre regiões do mundo inferior, os anjos caídos, os homens perdidos e o mundo em geral. Satanás não é onipresente, onipotente, nem onisciente; por isso a maior parte da sua atividade é delegada a seus inumeráveis demônios.
O cristão deve sempre orar por livramento do poder de Satanás, para manter-se alerta contra seus ardis e tentações, e resistir-lhe no combate espiritual, permanecendo firme na fé.
Atualmente existe uma forte tendência, entre os professores modernistas, em negar a personalidade de Satanás. Falam a respeito do que era antigamente chamado de “diabo” como sendo simplesmente o “mal”.
Satanás não é um símbolo mitológico do mal. É um ser vivo, real, inteligente. Seu nome verdadeiro é Lúcifer, portador de luz.
“Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti” (Ez 28.11-15).
Ele é chamado de “querubim da guarda, ungido”. Querubim é um ser angélico de elevada categoria. Ele é chamado “o ungido”, o que indica favor supremo de Deus. “Ungido” é a mesma palavra que se usa falando do Messias, rei ungido de Deus.
Esta pessoa era o governador e líder dos seres angélicos e evidentemente os guiava em seu louvor a Deus e júbilo. A palavra hebraica traduzida “da guarda” em Ezequiel 28.14 e 16 significa literalmente “quem conduz”.
Entretanto, foi perfeito até “que se achou iniqüidade nele”. Esta falta de eqüidade marcou a queda de Lúcifer e a origem de Satanás (Is 14.12-14).
Lúcifer era possuidor de elevada distinção e detentor de honrosos títulos e posições:
“o aferidor da medida” ele era a imagem perfeita da criação divina, a mais bela e inteligente criatura de Deus (v. 12). “querubim ungido para proteger” (v. 14). “perfeito eras nos teus caminhos” (v. 15).
Os nomes que designam Satanás (“adversário” ):
Diabo. Este termo aparece apenas no Novo Testamento. É uma transcrição do vocábulo grego diabolos que significa “caluniador, acusador”
Dragão. A palavra “dragão” (tannin) parece significar literalmente “serpente” ou “monstro marinho”.
A Antiga serpente. Este termo indica sua desonestidade e falsidade.
Belzebu, ou mais corretamente, Beelzebul. Em sírio, significa “senhor do esterco”. Esse título tinha uma relação com um deus pagão de Ecrom, por nome Baal-Zebub ou Baal-Zebul.
Belial ou Beliar. Este termo é usado no Velho Testamento no sentido de “indignidade”.
Lúcifer. Esse nome não aparece literalmente em nossas versões bíblicas, é a forma latina traduzido por Jerônimo na Vulgata.
Maligno. Esta é uma descrição de seu caráter e sua obra.
Tentador. Este nome indica seu constante propósito e esforço para levar os homens ao pecado.
Deus deste século Ele é responsável por todos os falsos cultos e sistemas que assolam a cristandade hoje em dia.
Príncipe da potestade do ar. Como tal, ele é o líder dos anjos maus.
Príncipe deste mundo. Isto parece se referir a sua influência sobre os governos deste mundo.
O Adversário; O Acusador dos filhos de Deus; O Enganador; O pai da mentira.
Ao tentar Jesus, o diabo queria convencê-lo a desistir ou a adiar sua missão. Do mesmo modo, somos tentados a provocar a ira de Deus e a pecar contra a sua vontade soberana.
É assim que Satanás opera em nossos dias. Ele procura compelir-nos a galgar lugares e posições fora de tempo e contrariar a vontade de Deus. Ele usou várias pessoas para tentar boicotar a obra de Cristo
Satanás e os seus demônios reunirão muitas nações sob a direção do anticristo a fim de guerrearem contra Deus, contra seus exércitos, contra seu povo e para destruir Jerusalém. O evento do Armagedom envolverá a totalidade do mundo.
Após a batalha do Armagedom Satanás será preso por um período de mil anos, “E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, para as ajuntar em batalha.
DEMONOLOGIA
Satanás na sua rebelião contra Deus arrastou consigo uma grande multidão de anjos das ordens inferiores que são identificados (após sua queda) com os demônios ou espíritos e que foram banidos para a terra e sua atmosfera circundante, onde operam limitados segundo a vontade permissiva de Deus.
O termo “demônio” aparece somente três vezes no Velho Testamento (Dt 32.17; Sl 106.37; Lv 17.7). No Novo Testamento, a palavra “demônio” (gr. daimon ou daimonion) assumiu o sentido de malignidade, pois eles são seres espirituais, inteligentes, impuros e com poder para afligir e contaminar os homens moral e espiritualmente.
No grego clássico, os termos daimonion e daimon se referem a deuses inferiores, tanto bons como maus.
Alguns teólogos entendem que os demônios e espíritos maus são diferentes dos anjos caídos. Outros admitem que tanto anjos caídos, espíritos malignos e demônios são apenas nomes diferentes para os mesmos seres.
Teorias falsas sobre os demônios
Os demônios são espíritos sem corpos de habitantes de uma raça pré-adâmica
Biblicamente, nunca existiu raça alguma pré-adâmica que tivesse habitado neste planeta. Por essa razão, a idéia de uma raça pré-adâmica é pura conjectura. Não há nenhuma raça criada anterior à raça humana de Adão e Eva. A única criação de seres vivos e inteligentes existente antes da criação da raça humana eram os anjos, e estes nunca habitaram na terra como raça criada.
Os demônios são seres gerados da relação de anjos com mulheres antediluvianas.
O ensino bíblico e canônico é que os anjos não possuem descendência, nem ascendência ou família. Foram apenas criados e, tantos quantos foram criados no princípio da criação, são tantos quantos existem.
Os Demônios são simples nomes dados a certas enfermidades
Nem todas as enfermidades são causadas por demônios, e nem todas podem ser atribuídas aos demônios. Os demônios não são coisas, nem meras idéias, nem doenças. Eles são seres pessoais e espirituais que podem causar grandes danos às pessoas.
Os demônios são os espíritos de homens malvados que já estão mortos
Não há nenhum apoio bíblico para esta idéia. Os demônios são apenas “anjos caídos”
Segundo a Bíblia os demônios são seres espirituais com personalidade e inteligência. Como súditos de Satanás, inimigos de Deus e dos seres humanos.
Os demônios podem habitar no corpo dos incrédulos, e, constantemente, o fazem e falam através das vozes dessas pessoas. Escravizam tais indivíduos e os induzem à iniqüidade, à imoralidade e à destruição.
Os demônios podem causar doenças físicas embora nem todas as doenças e enfermidades procedam de espíritos maus.
Nos seus milagres, Jesus freqüentemente ataca o poder de Satanás e o demonismo. Um dos seus propósitos ao vir à terra foi subjugar Satanás e libertar seus escravos.
As Escrituras ensinam que nenhum verdadeiro crente, em quem habita o Espírito Santo, pode ficar endemoninhado; isto é, o Espírito e os demônios nunca poderão habitar no mesmo corpo.
Os demônios podem, no entanto, influenciar os pensamentos, emoções e atos dos crentes que não obedecem aos ditames do Espírito Santo, ou influenciando-as por outros meios a fim de que elas se tornem “instrumentos de iniqüidade”.
Possuem uma natureza intelectual. Na etimologia da palavra daimon o sentido é conhecimento, inteligência. Portanto, os demônios não são coisas impensantes, mas conhecem a Jesus e até falam dele como “o filho do Altíssimo” (Mc 5.6,7).
Quanto à natureza moral dos demônios é inegável que eles se corromperam indo após Lúcifer, praticando toda a sorte de perversão e depravação espiritual.
Satanás na sua rebelião inicial contra Deus sublevou uma terça parte dos anjos. A maioria deles está solta sob o domínio e controle de Satanás. Estes são os emissários altamente organizados do diabo que equivalem aos demônios referidos na Bíblia;
Outros estão no poço do abismo, e serão soltos na Grande Tribulação
Finalmente todos os demônios serão lançados juntamente com Satanás para dentro do lago de fogo. “Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41).