Resumo de ANGELOLOGIA
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RESUMO ANGELOLOGIA
ALUNO: SÉRGIO LUIS DA SILVA
No conceito geral, a Angelologia, “doutrina dos anjos”, trata-se fundamentalmente do estudo dos ministros da providência de Deus. Sabemos que os mesmos habitam os céus e fazem parte de um exército celestial inumerável que está sujeito a ordenação divina.
Tanto a igreja como os teólogos têm negligenciado esta doutrina. Primeiro, por causa de ensinos gnósticos a respeito do culto aos anjos, desde o início do cristianismo, chegando á Idade Média nos rituais de bruxaria e nos dias atuais com os ensinos esotéricos. Segundo, por causa de uma clara atuação demoníaca através de possessões levando as pessoas a adorá-los, principalmente nos dias atuais. Terceiro, o crescimento do espiritismo que tem levado pessoas à cegueira espiritual conduzindo-as por caminhos de trevas.
Na doutrina secular acerca dos anjos, as mais remotas sociedades criam à sua maneira na existência de seres espirituais. Nas tradições pagãs ora eram considerados divinos ora naturais. Na mitologia os gregos e assírios os tratavam como seres alados. Nos primórdios do Cristianismo, fariseus e saduceus tinham crenças diferentes a respeito dos anjos. Os fariseus criam que estes eram seres divinos. Já os saduceus criam que eram os anjos, apenas boas intenções do coração humano. Mas, até hoje, existem perguntas sem respostas acerca destes seres. Foram pintados e cultuados pelos renascentistas. Calvino e Lutero, pensavam semelhantemente a respeito dos anjos, tratando-os como ministros de Deus a serviço da Igreja e do seu reino. No período Pós-Reforma, os Racionalistas, chamavam os anjos de “personificações de energias divinas, ou princípios bons e maus, ou doenças e influências naturais”. No consenso moderno, o teólogo Paul Tillich, de uma forma bem radical considerava os anjos emanações da parte de Deus e não seres especiais. Já, Karl Barth e Miliard Erickson, encorajavam uma postura mais cautelosa e sadia. Barth, considerava o assunto o mais notável difícil de todos. Erickson acrescentou que, “para sermos estudiosos fiéis da Bíblia, não temos outra escolha senão falarmos a respeito dos anjos”.
A doutrina bíblica dos anjos deixa claro que o termo teológico mais apropriado para definir a Angelologia como doutrina específica, dentro do contexto da Teologia Sistemática, como aquela que se ocupa em estudar a existência, características, natureza moral e atividade dos anjos. Dentro desse contexto, existe uma variedade de termos aplicados aos anjos, que têm sua raiz nos idiomas grego e hebraico, todos encontrados nas Sagradas Escrituras.
Deus é o autor de toda a criação, das coisas visíveis e das invisíveis, através de uma decisão pessoal, que teve seu início em Gênesis 1.1. Tanto as coisas materiais como as espirituais foram criadas por Ele, e nisto estão inclusos os anjos. A sua origem leva-se em conta dois fatores: Eles não existem desde a eternidade (Ne 9:6; Sl 148:2,5) e podem ter sido criados imediatamente a criação dos céus e anteriormente a criação da terra. Entende-se que o propósito de os anjos terem sido criados, seja: glorificar e honrar a Deus, dando-lhe ações de graças; adorarem a Cristo; cumprirem os propósitos divinos, quais sejam: proteger Israel, lutar contra Satanás, anunciar a vinda de Cristo, guardar o trono de Deus, oferecer-Lhe adoração e serem assistentes da soberana obra divina.
Existem anjos bons e maus, ainda que, originalmente, tenham sido todos criados bons. O fato de existirem os anjos maus, deu-se pelo fato de acompanharem Satanás em sua rebeldia contra o Criador, não guardando a sua dignidade. Quanto ao número de anjos é impossível determinar, senão que sejam incontáveis e são os mesmos desde sua criação.
Quanto a sua natureza, não são estes seres humanos glorificados nem tampouco os filhos de Deus citados em Gênesis 6. Os filhos de Deus citados no referido texto são os descendentes da piedosa linhagem de Sete. Os anjos são seres espirituais, diferentes do homem, pois são espíritos invisíveis, que eventualmente, segundo os desígnios de Deus podem ser vistos. São distintos dos homens, pois são considerados um exército celestial e não uma raça. Os mesmos são seres racionais, morais e imortais, mas não são dotados de onisciência, embora sejam conhecidos por sua inteligência. Os anjos são poderosos e numerosos, e mesmo sendo superiores em força e poder aos homens, quanto a Cristo os mesmos são inferiores, por duas razões: foram criados e são adoradores; Cristo é criador e recebe adoração. O lugar da habitação dos anjos é o céu. Já em relação a aparência dos anjos, esta pode ser tratada como multiforme, porque a Bíblia relata suas aparições com variadas formas. Há uma crença de que anjos possuam asas, o que não encontra respaldo bíblico, senão para a classe dos querubins e serafins, como assim são descritos. Como característica peculiar os anjos são aqueles que oferecem louvor diante do Todo Poderoso e, entre as criaturas de Deus, são incomparáveis, ainda assim, oferecer-lhes louvor e adoração, é expressamente proibido.
Existe uma hierarquia angelical onde os mesmos recebem uma classificação:
a) O Anjo do Senhor, que acredita-se ser tão somente um anjo em missão especial representado Jeová e há vários argumentos que sustentam que seria também uma teofania da segunda pessoa da trindade, Jesus. O fato é que este tinha tarefas a serem realizadas, tais como: enviar mensagens ao povo do Senhor, suprir, proteger, destruir os inimigos e punir os rebeldes. Este apareceu a vários personagens bíblicos começando com Hagar, depois Abraão, Jacó, Moisés, israelitas, Balaão, Josué, Gideão, Davi, Elias e Daniel;
b) O Arcanjo Miguel, que é o único mencionado com esse título. Este aparece tanto no velho como no novo testamentos;
c) Gabriel, aquele que assiste diante de Deus;
d) Querubins, associados a santidade de Deus e a adoração. Identificados por Ezequiel como tendo quatro faces diferentes: leão, boi, homem e águia;
e) Serafins, que significa ardentes, irradiantes da glória de Deus, incandescidos da glória de Deus;
f) Anjos Eleitos, estes separados com um propósito divino mediante a soberania do Criador;
g) Governadores, que são divididos em: tronos, domínios, principados, poderes ou potestades;
h) Há também os anjos especialmente nomeados, como anjos vigilantes e o anjo do abismo; Aquele que tem autoridade sobre o fogo; O anjo das águas; Anjos que controlam os ventos; Anjos guardiões das nações.
Os anjos também possuem atribuições ministeriais. No ministério de Jesus, o adoraram na eternidade passada, anunciaram o seu nascimento, o protegeram na sua infância, o acolheram depois da tentação no deserto, o consolaram em sua luta espiritual no Getsêmani, o acompanharam em toda a sua vida ministerial, o observaram na sua ressurreição, o acompanharam na sua ascensão e o acompanharão na sua segunda vinda. São ministradores a favor dos santos, aplicadores dos juízos de Deus, comunicadores das Boas-Novas, espectadores da obra de Deus, executores de juízos divinos, revelaram a Lei a Moisés, executam sem questionar qualquer comando de Deus, prestam socorro sob comando divino, estão sempre prontos a agir, atuam em situações diversas, auxiliaram os filhos de Deus na produção de textos, estão presente nas dificuldades dois que prestam serviço a Deus, atuarão grandemente no final desta era presente, cooperam na cura divina e no conforto e consolação.
Existe no estudo acerca dos anjos, o que chamamos Satanologia, que é o estudo a respeito de Satanás, o líder da rebeldia angelical contra Deus. Foi esta rebeldia contra Deus, a livre escolha de não se submeter a Deus, pois queria ser como Deus, que ocasionou a sua queda. Juntamente com ele alguns anjos também caíram e esta queda se deu antes da queda do homem. Esta queda resultou para os anjos maus a perda de sua santidade original tornando-se corruptos em sua natureza e conduta; foram lançados no inferno e estão acorrentados até o dia do julgamento; os que não foram lançados no inferno permanecem fazendo oposição à obra dos anjos bons até que sejam lançados no lago de fogo. Entre os anjos maus existem os livres e os aprisionados, estes confinados em abismos de trevas com algemas eternas, estando guardados para o juízo do grande dia, aqueles, continuam colaborando com satanás a oposição aos anjos bons, o povo e a causa de Deus.
Já Satanás, que significa adversário era um anjo elevado. Era ministro junto ao trono de Deus. Na sua rebeldia tornou-se adversário de Deus e causou a queda da raça humana. Hoje todo o mundo está no maligno. O mundo está debaixo do seu governo, do seu domínio. Satanás é um ser dotado de personalidade, que envolve intelecto, emoções e vontade. Originalmente, ele era perfeito, até que se achou nele iniquidade, o que marcou a queda de Lúcifer e originou Satanás. Os textos que falam de sua origem e algumas de suas características originais, são: Is. 14 e Ez. 28. Satanás é um ser inteligente, traiçoeiro e hostil. É conhecido como: Satanás, Diabo, Dragão, A antiga serpente, Belzebu, Belial, Lúcifer, Maligno, Tentador, deus deste século, Príncipe da potestade do ar, Príncipe deste mundo, O Adversário, O acusador dos filhos de Deus, O Enganador e o Pai da mentira.
Satanás em sua área de atuação guerreou fortemente em relação à obra redentora de Cristo tentando-O a desistir de sua missão ou adiá-la. Várias pessoas foram usadas por Satanás para tentar impedir a obra de Cristo. Atua e continuará atuando em relação às nações usando-as para guerrearem contra Deus, seus exércitos e seu povo, e contra Jerusalém, debaixo do governo do anticristo. Satanás será preso por mil anos após a batalha do Armagedom, depois será solto reunindo incontável multidão de pessoas para a batalha final numa tentativa impossível de derrotar a Deus. Ele continua em ação cegando o entendimento das pessoas, roubando-lhes a palavra do coração, usando homens como opositores à obra de Deus. Tudo isso com mentiras, acusação e difamação, dificultando a obra, usando demônios, semeando o joio entre os crentes e perseguindo seus opositores.
Na Demonologia, que é o estudo acerca dos demônios, encontramos muitos ensinos errados, completamente alheios ao texto sagrado. Daí se originam muitas teorias fantasiosas e invencionices, produzidas no imaginário humano. O certo é que estes demônios existem, mas para falar a respeito deles com clareza e precisão, temos como ferramenta a Bíblia Sagrada. Ela deve ser o nosso parâmetro para qualquer discussão a respeito desta doutrina.
No Velho Testamento o termo “demônio” aparece apenas três vezes (Dt. 32:17; Sl. 106:37; Lv. 17:7). Já no Novo Testamento aparece em várias ocasiões, sempre relacionados a malignidade da qual eram dotados estes seres espirituais. Mas, quem seriam estes demônios? Há opiniões opostas entre os teólogos. Alguns acreditam que demônios e espíritos maus sejam diferentes de anjos caídos. Há outros, no entanto, que admitem que tanto anjos caídos, demônios e espíritos malignos, sejam nomes diferentes para os mesmos seres. Estas divergências de opiniões acabam por causar teorias falsas sobre os demônios, das quais se destacam estas: Os demônios são espíritos sem corpos de habitantes de uma raça pré-adâmica; os demônios são seres gerados da relação de anjos com mulheres antediluvianas; os demônios são simples nomes dados a certas enfermidades; os demônios são os espíritos de homens malvados que já estão mortos. Todas estas falsas teorias são refutadas pela palavra de Deus e não tem como se sustentar. A Bíblia fala a respeito destes seres como sendo possuidores de personalidade e inteligência; são eles a força motriz que está por trás da idolatria; são parte da potestade maligna; podem habitar no corpo de incrédulos; podem causar doenças físicas; estarão em grande atividade nos últimos dias desta era.
Jesus, em seu ministério sempre teve embates com Satanás e seus demônios. Quando operava milagres Ele combatia o demonismo. O propósito de sua vinda a terra foi subjugar Satanás e trazer libertação aos oprimidos. Cada expulsão de demônios que Jesus realizava era uma batalha vencida contra Satanás, que foi plenamente vencido por Jesus através de sua morte e ressurreição. Quanto aos crentes, fica claro pelas Escrituras que os mesmos não podem ficar endemoninhados, pois onde habita o Espírito do Senhor não há lugar para demônios. Mas, é sabido que, embora os demônios não possam entrar no corpo de um crente, ainda assim podem influenciá-los nos pensamentos, emoções e atitudes, que não estejam em acordo com o Espírito Santo.
Os demônios possuem uma natureza espiritual, intelectual e moral. São seres espirituais, dotados de Inteligência e que, moralmente, são malignos, em virtude de sua queda. Há demônios que estão soltos e trabalham para o seu senhor, Satanás. Há demônios que estão aprisionados em algemas no poço do abismo, mas que na Grande Tribulação. Tanto os que estão soltos como os que estão aprisionados e serão soltos na Grande Tribulação, todos eles, no Grande Dia, serão lançados junto com Satanás para dentro do lago de fogo, conforme Mateus 25:41.