Resumo de ANGELOLOGIA
Warning: Undefined array key "admin" in /home3/teolo575/public_html/paginas/resumo.php on line 64
Conceito geral de Angelologia
O mundo em que na qual vivemos, não está pautado somente na esfera física, ou seja, de percepção visível ao homem. Existe uma esfera espiritual ao redor do homem que se tornam imperceptíveis aos olhos humanos. Os espíritos que atuam de forma ajudadora ao homem, ou seja, colaboradores ao bem estar do homem e espíritos voltados para fazer o mal ao homem.
A palavra de Deus é a nossa única referência plausível para o assunto, nos permitindo um melhor aprofundamento neste tema. Quanto a classes destes, temos os que estão sob governo de Deus na esfera celestial e aos que se rebelaram contra Deus.
Ministradores das providências de Deus, os anjos especificam-se em sua origem, natureza, queda, classificação, obra e destino.
Existe uma forte tendência em negligenciarmos a doutrina dos anjos, ao ponto de uma posição de rejeição por alguns teólogos.
Doutrina secular dos Anjos
Na história das sociedades, percebe-se que uma crença real sobre a existência dos espíritos, sem nenhuma distinção entre seres bons e maus. Os Egípcios tinham a crença dos seres sobrenaturais, embora estivem apoiados na filosofia humanística. Muitos autores escreveram trabalhos voltados para a analise e percepção de que o universo de crenças e adorações de seres sobrenaturais de forma a influenciar as pessoas até os dias de hoje.
No decurso da história, os anjos (mensageiros) eram considerados como divinos ou naturais, de forma a efetuarem ações benéficas aos serem humanos.
Na visão mitológica, os anjos “assumiram” asas e características como: Hermes – espirito voador; os romanos referendaram o cupido, que é o anjo com tom brincalhão que “flechavam” os corações incentivando ao romance.
Durante o período do NT, os fariseus criam que os anjos comunicavam a vontade de Deus (Atos dos Apóstolos). Já os Saduceus diziam -... não há ressurreição, nem anjo... – para eles anjos não passavam de bons pensamentos.
Por um longo período houve uma grande dispersão de pensamentos conceituais sobre os anjos, inclusive com perguntas de sua composição física e biológica.
Calvino e Lutero dispensaram citações acerca dos anjos de forma semelhante, de forma sintética de que os anjos são despenseiros de Deus a nosso favor em nossas necessidades.
No período de 1800 d. C. a existência dos anjos foram questionadas.
Doutrina bíblica dos anjos.
A palavra de Deus (Bíblia) nos direciona acerca da existência real dos anjos em sua ordem e que estão acima do homem. Citados centenas de vezes na bíblia, os anjos denotam realidade da vontade de Deus para com homem.
Em sua etimologia, na língua portuguesa de origem no latim, que por sua vez deriva do grego “angelos” seu significado é mensageiro. No grego clássico o termo denota um adicional de: embaixador de assuntos humanos, que fala no lugar de quem o enviou.
É importante ressaltar que a doutrina de Angelologia não está pautada em suposição ou razão, mas sim na Revelação.
Os termos genéricos utilizados para anjos denotam suas atribuições ou funções, como: Hoste - esta palavra se aplica a toda formação do exército celestial de Deus - uma força militar para enfrentar as batalhas e cumprirem a vontade de Deus. (Lc 2.13; Ef 6.12; Hb 12.22); Espíritos; Vigias - em Daniel 4. 13; ventos; pragas; pastores de igreja.
Todas as coisas foram feitas e criadas pelo Deus todo poderoso – visíveis e invisíveis – seguindo o propósito de que tudo que Deus faz tem seu propósito definido. Deus é autossuficiente e não depende de nada e de ninguém. A Bíblia Sagrada refuta essa afirmação e fortalece o fato de que “Deus fez todas as coisas segundo o conselho da sua vontade” (Ef 1.11; Ap 4.11).
Quanto à criação dos seres espirituais, Deus dá a Jó uma ideia de como a criação sucedeu, ou seja, mesmo antes do seu próprio nascimento, Deus já havia estabelecido os anjos que estavam presentes na criação do mundo.
Quanto a sua origem – anjos – em Neemias 9.6, podemos afirmar que os anjos não existem desde a eternidade, mas sim criados.
Os anjos se comprovam mediante os atributos de personalidade que eles demonstram falando, pensando, sentindo e decidindo. As suas manifestações são feitas através de formas materiais inexistentes. Diferentemente, os demônios, que são anjos caídos da graça de Deus, tomam os corpos de pessoas vivas ou de animais, e por essas possessões, se manifestam. Os anjos de Deus não tomam corpos para se manifestarem, mas sim, tomam formas humanas visíveis para se fazerem manifestos.
O propósito da criação dos anjos é: glorificarem a Deus; adorar a Cristo; realizar os propósitos de Deus; proteger Israel; lutar contra satanás; anunciar avinda de Cristo; guardarem o trono de Deus.
Em sua intenção inicial, Deus não criou anjo bom ou mau, mas sim com níveis de justiça, bondade e santidade e livre arbítrio. Lúcifer em seu livre arbítrio endereçou sua queda assim como a de outros anjos.
Não é possível determinar o número de anjos - é incontável – a quantidade é a mesma em todos os tempos, desde que foram criados (Sl 148.2-5).
A teoria de que os Filhos de Deus eram anjos, são refutadas em Genesis 6, ou seja, pois a linhagem de Sete se relacionam com a linhagem de Caim, provocando o protesto de Deus.
Outra refutação a teoria de que os filhos de Deus eram anjos, são as palavras de Jesus, que os anjos não se casam (Mt 22.30; Mc 12.25).
Os anjos são seres espirituais, portanto não estão limitados as leis da física – aparecendo e desaparecendo de forma imperceptível.
São seres invisíveis, embora Deus lhes permita tornarem-se visíveis nos momentos que sejam necessários para o Seu propósito.
Os anjos são seres que casam e não se dão em casamento (Mt. 22.30) – não se reproduzem. Não há nenhum texto na bíblia que deixam indícios de que os anjos se reproduzem.
A onisciência pertence a Deus, portanto os anjos não são oniscientes. Sendo seres inteligentes, prestam cultos inteligentes (Sl 148.2); conhecem suas limitações (Mt. 24.36); reconhecem sua inferioridade para com Jesus (Hb 1.4).
Com um poder derivado do Pai, os anjos usufruem deste, porém restrito, ou seja, poderes divinos não compõe seu poder. Inferiores a Cristo Jesus, os anjos são adoradores, sendo Cristo adorado. Na categoria de adorador, os anjos não aceitam adoração do homem.
Como aparência, os anjos têm aparições com e sem asas. Estas aparições estão relacionadas com a proposta da visitação como pessoa, região e contexto.
Hierarquia e classificação dos Anjos.
Os relatos bíblicos nos direcionam a entender quanto a característica dos anjos no tocante a suas ações – anjos bons e maus. Como “identidade”, os anjos tem direcionamentos para falar em nome do Nosso Deus – anjo do Senhor.
Há momentos em que as aparições – supostamente de anjos – na verdade foi o próprio Senhor, como no caso da aparição a Josué no capítulo 5 V.14.- caso contrário o anjo teria chamado a atenção de Josué a não adorá-lo.
Arcanjo Miguel – com uma forte expressão em seu nome, Miguel – “quem é como Deus” é a única referência com Arcanjo na bíblia. Referencias em Daniel, Judas e Apocalipse.
Gabriel – muito relacionado como arcanjo por incitações em outras literaturas, porém, este anjo tem como propósito ser um revelador dos propósitos divinos. Com aparições a Daniel, Zacarias, Maria.
Os Querubins tem sua característica voltada para o seu significado - “bendizer, louvar, adorar” - O título querubim aponta para sua posição elevada e santa - está intimamente relacionada com o trono de Deus como defensores de Seu caráter e presença santa. Proteger a santidade de Deus é uma de suas atividades. Uma abordagem inicial na palavra está junto ao portão do Éden, após o homem ser expulso. Outra abordagem destes é na proteção das imagens de ouro - sobre a arca da aliança – onde a presença Deus era real.
Os Serafins om seu significado “ardente”, “irradiadores da glória de Deus”. O título de Serafins aponta para uma postura de adoração incessante.
Existe uma série de “categorias” de anjos, como por exemplo: governadores; principados; vigilantes; anjos do abismo; anjos com autoridades sobre o fogo; anjo das águas; anjos que controlam os ventos; anjos guardiões de nações, comunidades e indivíduos.
Atribuições Ministeriais.
O nascimento e ministério do Senhor Jesus – seu nascimento foi anunciado por um anjo, mas do que anunciar, foi um interventor ao possível processo de afastamento de José em relação à Maria. Outra ação do anjo foi sua intervenção protetora, quando em sonho avisa José para partir para o Egito, assim como também em sonho, o anjo lhe direciona o seu retorno par Israel.
Uma recepção acolhedora após o jejum no deserto – após ter sido tentado por satanás, os anjos vieram para servi-lo.
Um anjo para confortar em momentos difíceis – após a sua oração de suplica, onde Jesus clama para que o Seu “cálice” fosse retirado, porém não atendido, mas ouvido pelo Pai e confortado pelo anjo.
Na ressurreição e ascensão de Jesus os anjos estavam presentes confirmando o projeto maior de resgate e vitória sobre a morte e no momento da ascensão quando os anjos se posicionam acerca da volta do Senhor Jesus.
A volta do Senhor será acompanha pelos anjos, assim como em nossos dias, enquanto este retorno não acontece, temos a promessa – através da palavra de Deus – que os anjos acampam ao redor dos que o amam.
Os anjos também carregam a responsabilidade de exercer o juízo de Deus, quando determinado pelo Pai. A morte dos primogênitos do Egito; destruição de Sodoma e Gomorra; destruição do exército assírio nos dias de Ezequias; ameaça de iminente destruição da cidade de Jerusalém nos dias de Davi.
As atribuições dos anjos estão distribuídas nas mais diversas áreas como: proteção ao necessitado no momento de prova dada a sua fidelidade (Daniel na cova); Pedro da prisão; na cura a enfermos (tanque agitar a água); confortador (mesmo Jesus o Senhor dos anjos, foi confortado).
A sua queda – podemos perceber e afirmar a queda de alguns anjos, sendo esta queda antes da do homem - pois foi um anjo que tentou.
Quanto ao real afirmativo da sua queda (dos anjos), embora haja inúmeras afirmações e especulações, não há o que se duvidar, pois a natureza original é perfeita, pois a palavra nos garante que tudo o que Deus é bom.
Portanto a queda dos anjos – lidera por lúcifer – se deu por vontade própria, rebelião plena, pois Deus nos concedeu a plena ação de arbítrio.
Com sua queda, estes perderam sua santidade original; parte deles já lançados no inferno e outra parte trabalham em oposição aos anjos bons.
Os anjos maus, não possuem características de onipresença, onisciência e se quer onipotência. O que há na verdade, é uma organizada rebelião com distribuição de “tarefas” malignas entre uma numerosa espécie de anjos.
Satanás e mencionado em Ezequiel 28, onde percebemos sua alta posição no reino celestial, protetor do trono, onde refletia a luz do Pai. Foram lhe dadas jóias raras e andava no brilho das pedras, porém sua altivez, soberba lhe rendeu a queda, perdendo a identidade de Lúcifer para satanás.
Entre as mais diversas formas de atuar e de ser identificado, satanás nada mais é, do que um ser dotado de grande poder (limitados segundo a vontade permissiva de Deus), atua de forma a gerar conflitos na relação do homem com Deus e vice versa, ao ponto de seguir com sua presunção em tentar ao próprio Senhor Jesus. Nesta feita, na verdade, só evidencia o grande amor do nosso Senhor em relação a nós que se tornou homem – mesmo sendo Deus – para suportar todas as provações e tentações, nos deixando lições do quanto é possível resistir a satanás.
Quanto aos demônios, podemos perceber uma tendência forte de teólogos em definir conceitualmente esta casta com argumentos que ferem diretamente a palavra de Deus. Alguns argumentam que demônios tem sua origem pré-adâmica; alguns argumentam que o surgimento está na relação de anjos com mulheres antediluvianas – argumento este refutado pelo próprio Senhor Jesus quando disse que os anjos não se casam e não se dão em casamentos.
A luz de bíblia, anjos são seres criados e dotados de inteligência e personalidade – focados na malignidade e obedecer às ordens de satanás.
A palavra de Deus nos ensina claramente que o servo do Deus vivo, cujo coração e mente está cheio do Espírito Santo, não poderá ficar endemoninhado, ou seja, demônios e o Espírito Santo não habitam o mesmo lugar. O Senhor Jesus – na autoridade do Seu nome – nos qualifica a lutar e vencer contra as artimanhas dos demônios. Neste cenário, percebemos claramente que a nossa luta não é contra carne e sangue, mas sim contra as forças do mau.
Diante de todo este cenário de anjos caídos, que podemos perceber, a palavra de Deus nos garante que o destino destes é certo, ou seja, serão lançados junto com satanás no lago de fogo.