Resumo de ANGELOLOGIA
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Resumo da disciplina angelologia.
Etimologia e conceito do termo
A palavra portuguesa anjo possui origem no latim angelus, que por sua vez deriva-se do grego angelos.
A doutrina dos anjos segue logicamente a doutrina de Deus, pois os anjos são os ministros da providência de Deus. Eles são os agentes especiais de Deus
Geddes MacGregor escreveu no seu livro (Anjos, Ministros da Graça): “...que foram trazidos do folclore antigo dos celtas, escandinavos, teutônicos e outras culturas”.
Alguns, com base na teoria da evolução, fazem a idéia de anjos remontar ao início da civilização.
O conhecimento genuíno dos anjos, no entanto, veio somente através da Revelação Divina.
Os anjos, criaturas subordinadas, habitavam nos ares como “os servos dos poderes de Deus.
Nos primeiros séculos do cristianismo
Durante o período do Novo Testamento, os fariseus acreditavam que os anjos fossem seres sobrenaturais que, freqüentemente, comunicavam a vontade de Deus (At 23.8).
Nos primeiros séculos depois de Cristo, os pais da igreja pouco disseram a respeito dos anjos.
Inácio de Antioquia, um dos primeiros pais da igreja, acreditava que a salvação dos anjos dependia do sangue de Cristo;
Orígenes (182 - 251 d.C.) declarou a impecabilidade dos anjos, afirmando que, se foi possível a queda de um anjo, talvez seja possível a salvação de um demônio. “Estão em pé diante da face do Pai, perto do sol, mas sem esforço vêm rapidamente socorrer-nos”. Isso não abalou a fé dos evangélicos conservadores que continuam a confirmar a validade dos anjos.
Considerava os anjos essências platônicas: emanações da parte de Deus. Acreditava que os anjos queriam voltar à essência divina da qual surgiram para serem iguais a Deus. No Novo Testamento, onde a palavra angelos aparece por 175 vezes, os anjos aparecem como representativos do mundo celestial e mensageiros de Deus.
Variedade dos termos aplicados aos anjos
Os termos genéricos usados para anjos, geralmente indicam sua atribuição ou função.
Vigias: Como em Dn 4.13,17, define anjos como supervisores e agentes de serviço de Deus nos assuntos do mundo. O sacerdote é chamado de mensageiro, “anjo” do Senhor.
Pastores da igreja (Ap 2.1,8,12). Os anjos são mensageiros ou servidores celestiais de Deus (Hb 1.14). A prova irrefutável do ponto de vista bíblico está no primeiro versículo da Bíblia: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Quanto à existência do mundo espiritual, o princípio é o mesmo estabelecido para a criação da matéria, pois Deus criou tudo do nada.
A vida dos anjos é apenas espiritual é única e eterna; não pode propagar-se, isto é, os anjos não procriam.
Na linguagem figurada da Bíblia, tanto “as estrelas da alva” quanto “os de Deus” são figuras dos seres espirituais criados pelo Senhor.
A origem dos anjos
Dois fatos devem ser levados em conta.
Sua existência
A existência dos anjos é claramente demonstrada pelo ensino, tanto do Antigo, quanto do Novo Testamentos. São inúmeros os textos do Antigo Testamento que comprovam a realidade da existência dos anjos. No contexto do Novo Testamento, os anjos não são apresentados simplesmente como “mensageiros de Deus”, mas também como “ministros aos herdeiros da salvação” (Hb 1.14).
A Bíblia fala da manifestação dos anjos na obra da criação do mundo físico (Jó 38.6,7). Eles estavam presentes quando Moisés recebeu de Deus as tábuas da Lei (Hb 2.2); no nascimento de Jesus (Lc 2.13); quando foram servir ao Senhor Jesus no deserto da tentação (Mt 4.11); na ressurreição de Cristo (Mt 28.2; Lc 24.4,5); na ascensão de Cristo (At 1.10). Pode ser que tenham sido criados por Deus imediatamente após a criação dos céus e antes da criação da terra, pois de acordo com Jó 38.4-7, rejubilavam todos os filhos de Deus quando Ele lançava os fundamentos da terra.
Existem anjos bons e anjos maus
Na criação original dos anjos, não houve essa classificação entre bons e maus. A queda de Lúcifer deve-se a esta condição moral dos anjos (Is 14.12-16; Ez 28.12-19).
O número de Anjos
Várias passagens das Escrituras indicam que há um número muito grande de anjos (Dn 7.10; Mt 26.53; Sl 68.17; Lc 2.13; Hb 12.22), e são repetidamente mencionados como exércitos dos céus ou de Deus. As “incontáveis hostes de anjos” são diferenciadas dos “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.22,23).
Que os filhos de Deus se refere aos anjos, neste texto de Gn 6, é a posição tomada por Josefo, Filo Judeus e os autores do Livro de Enoque e do Testamento dos Doze Patriarcas. Era a posição geralmente aceita pelos judeus eruditos dos primeiros séculos da era cristã. Filhos do relacionamento entre “os filhos de Deus” com as “filhas dos homens”. h) É considerado que houve duas quedas dos anjos, uma quando Satanás liderou a rebelião, antes da queda do homem e outra em Gn 6 (teoria defendida por Clarence Larkin).
São exércitos e não raça
As Escrituras ensinam que o casamento não é da ordem ou do plano de Deus para os anjos: “Porque na ressurreição nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos do céu” (Mt 22.30; Mc 12.25). No Velho Testamento os anjos são chamados de “filhos de Deus” (Jó 1.6; 2.1; 38.7), mas nunca lemos a respeito dos “filhos dos anjos”.
Ilustrações do poder de um anjo são encontradas na libertação dos apóstolos da prisão (At 5.19; 12.7) e no rolar da pedra de mais de 4 toneladas que fechou o túmulo de Cristo (Mt 28.2). Jesus, particularmente, deu testemunho da limitação do conhecimento dos anjos, quando falou que eles ignoravam o dia da vinda do Filho do Homem (Mt 24.36).
Cada aspecto da personalidade dos anjos foi declarado.
Os anjos prestam culto inteligente (Sl 148.2);
Os anjos contemplam com o devido respeito à face do pai (Mt 18.10);
Os anjos conhecem suas limitações (Mt 24.36);
Os anjos reconhecem sua inferioridade para com Jesus (Hb 1.4-14).
E, no caso dos anjos caídos, eles conhecem a sua capacidade de fazer o mal.
Os Anjos são numerosos
A alusão ao número dos anjos é um dos superlativos da Bíblia. uma multidão da milícia celestial louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas...” (Lc 2.13). (Ap 5.11,12).
Os Anjos são criaturas. Feito Jesus tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles...”
Os Anjos são adoradores.
Ora, isto apresenta Cristo como sendo Senhor dos próprios anjos. E de fato, Ele foi feito mais excelente do que os anjos (Hb 1.4). Anjos são súditos; Cristo é o Senhor.
Os Anjos possuem habitação
A habitação dos anjos também é um assunto revelado definidamente.
O apóstolo Paulo escreve: “um anjo vindo do céu” (Gl 1.8) e “...(Mt 6.10).
O Dr. A. C. Gaebelein escreve sobre a habitação dos anjos, dizendo: “No hebraico, céu está no plural ‘os céus’. O tabernáculo do Seu povo terreno, Israel, era um modelo dos céus. Na arte medieval, muitos anjos são desenhados com asas, mas vieram da idéia da deusa grega Nike.
Características do seu próprio de um ser
Rejubilam diante do Todo Poderoso, “quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos (os anjos) de Deus rejubilavam” (Jó 38.7). Os anjos passam a figurar com destaque na arte e no culto dos cristãos medievais.
HIERARQUIA E CLACIFICAÇÃO DOS ANJOS.
A Bíblia faz menção de anjos bons e anjos maus, embora ressalte que todos os anjos foram originalmente criados bons e santos (Gn 1.31); tendo livre-arbítrio.
O Anjo do Senhor
É Uma designação especial no Antigo Testamento é “O ANJO DO SENHOR”. Isso não deveria causar problemas, porque se um anjo de Jeová é Deus ou o Seu anjo, ainda assim representa Deus intervindo diretamente na vida dos homens.
Quando Manoá, pergunta ao Anjo do Senhor, o Seu nome, Ele responde: “...Pois no contexto do Novo Testamento, contemporâneo ou posterior à encarnação, as manifestações angelicais não eram do Anjo do Senhor, mas meramente de um de Seus anjos, pois o Anjo do Senhor já havia sido manifestado na carne (1Tm 3.16).
Tarefas realizadas
Mensagens ao povo do Senhor (Gn 22.15-18);
Suprir necessidades do povo do Senhor (1Rs 19.5-7);
Proteger o povo de Deus do perigo (Êx 14.19);
Ocasionalmente destruir os inimigos de Jeová (Êx 23.23);
Punia os rebeldes (2Sm 24.16,17).
Miguel se encontra novamente na predição registrada em Ap 12.7-12. Ele, como chefe dos exércitos do céu, participa de uma batalha vitoriosa no céu contra Satanás e os seus anjos. No Antigo Testamento ele falou a Daniel sobre o final dos tempos (Dn 8.15-27).
Serafins (Is 6.1-3)
A palavra serafins do hebraico “saraph” significa “ardentes”, “queimadores”, “irradiantes da glória de Deus”, “brilhantes de Deus”, “incandescidos de Deus”. A queda de alguns anjos foi tão antecipada por Deus quanto a queda do homem. b) Anjo do abismo (Ap 9.11). Deus está no comando até do vento.
Anjos guardiões das nações.
“E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões e milhares de milhares” (Ap 5.11). Esses dois avisos da parte de Deus a José, por meio dos seus anjos, nos ensinam que Deus vela por aqueles que Ele ama e Ele é quem melhor sabe frustrar os planos dos ímpios e livrar seus fiéis das mãos dos que lhes querem fazer mal.
Muitas experiências do Povo de Deus, tanto nos dias do Antigo Testamento como do Novo, bem como nos dias pós-apostólicos indicam que os anjos nos têm auxiliado. Porém, no campo espiritual, Ele usa seus anjos, principalmente quando a ação visa à defesa do Seu Povo e o abatimento dos “poderosos” da Terra.
Na Bíblia, parece que nenhum outro texto fala de forma tão conclusiva da ação heróica dos santos anjos na execução das guerras e dos juízos de Deus, como o SI 104.4.
Como espectadores da obra de Deus
Em quatro exemplos lemos que os anjos foram espectadores. Não é a alegria dos anjos, como se supõe freqüentemente (Jd 24). digo vos ainda: Todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus, mas o que me negar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus...”. O terror se apoderou do povo embaixo. Quando Deus veio ao topo da montanha, estava acompanhado de milhares de anjos (SI 68.8-17).
H. Halley observa que os anjos estão presentes em quase todos os acontecimentos tanto do Antigo como do Novo Testamento. Existe um mundo espiritual invisível, que consiste nas hostes de anjos ministradores, que estão ativos na vida do povo de Deus (Gn 32.1,2; Sl 91.11; 34.7; Is 63.9). Desse ocorrido podemos assimilar vários princípios: Não somente Deus está a favor do seu povo (Rm 8.31), como também exércitos dos seus anjos estão disponíveis, prontos para defender o crente e o reino de Deus (Sl 34.7). Este livramento levou Dario a dar testemunho do poder do Deus que é maior do que o poder dos leões. Note-se também que o significado do nome de Daniel, “Deus é meu juiz”, cumpriu-se na própria experiência do profeta.
No final da presente era atuarão grandemente
Os anjos no livro do Apocalipse são proeminentes. Deus mandará um anjo para completar a pregação do “Evangelho do Reino”. Isso será feito pelo anjo do presente texto. Em muitas outras passagens tanto do Antigo como do Novo Testamento, observamos os anjos cooperando com Deus e os homens no plano da redenção (Êx 23.20,23; Jó 33.23; Dn 9.24-27; Hb 1.14; 1Pe 1.12).
No conforto e consolação
Esta cooperação angelical prende-se ao ministério da “consolação” e do “conforto”. O mais elevado dos anjos “querubim ungido”, encabeçou essa rebelião. Isso certamente inclui a perfeição dos anjos em santidade quando originalmente criados.
A Causa de sua Queda
Este é dos profundos mistérios da teologia. Uma tentativa de estar acima de toda a criação e do próprio Deus. Quando se refere às estrelas de Deus, ele estava falando dos demais anjos criados.
Devemos, portanto, concluir que a queda dos anjos se deu devido a sua revolta auto determinada contra Deus.
Como castigo do seu pecado, Deus os precipitou no Tártaro, onde permaneceram até o dia do juízo, ocasião em que serão lançados no lago do fogo.
Satanás
Satanás (gr. Satanás na sua rebelião contra Deus arrastou consigo uma grande multidão de anjos inferiores (Ap 12.4).
No fim da presente era, Satanás será confinado ao abismo durante mil anos (Ap 20.1-3). “Ungido” é a mesma palavra que se usa falando do Messias, rei ungido de Deus. Por causa do seu orgulho pecaminoso (Ez 28.17), foi precipitado do monte de Deus (Ez 28.16,17; Is 14.13-15).
No versículo 2, o profeta fala do “príncipe de Tiro” e no versículo 12 fala do “rei de Tiro”. b) “estavas no Éden, jardim de Deus” (v.13). Como diabo, ele é o acusador dos irmãos (Ap 12.10). Ele fala mal de Deus para o homem (Gn 3.1-7) e do homem para Deus (Ap 12.10. Como pai da mentira, ele tenta acusar os servos do Senhor, como se Deus não pudesse perceber as suas mentiras (Jo 8.44).
Satanás é o príncipe da potestade do ar (Ef 2.2; 6.12),como tal, ele é o líder dos anjos maus (Mt 25.41; Ap 12.7) e o príncipe dos demônios (Mt 12.24; Ap 16.13,14). O Acusador dos filhos de Deus (Ap 12.10). O pai da mentira (Jo 8.44).
Esta região está localizada no centro-norte da Palestina e significa “vale do Megido” que será o ponto central da batalha, naquele grande dia do Deus Todo-poderoso (Ap 16.14). (Ap 20.3). Os demônios podem, no entanto, influenciar os pensamentos, emoções e atos dos crentes que não obedecem aos ditames do Espírito Santo (Mt 16.23; 2Co 11.3,14).
Desta maneira, podemos nos livrar dos poderes das trevas. Os anjos que trocaram a sua habitação pela oferta do rebelde Lúcifer, foram banidos da presença de Deus e seguiram a liderança de Lúcifer.
Lugar atual e destino final dos demônios
Satanás na sua rebelião inicial contra Deus (Mt 4.10) sublevou uma terça parte dos anjos (Ap 12.4). A maioria deles está solta sob o domínio e controle de Satanás (Mt 12.24; 25.41; Ef 2.2; Ap 12.7). Estes são os emissários altamente organizados do diabo (Ef 6.11,12) que equivalem aos demônios referidos na Bíblia;
Outros desses estão algemados no poço do abismo (2Pe 2.4; Jd 6), e serão soltos na Grande Tribulação. “E o quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como a fumaça de uma grande fornalha e, com a fumaça do poço, escureceu-se o sol e o ar” (Ap 9.1,2).