Resumo de ANGELOLOGIA
Warning: Undefined array key "admin" in /home3/teolo575/public_html/paginas/resumo.php on line 64
FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA
CURSO LIVRE DE GRADUAÇÃO
BACHARELADO
RESUMO
JAIR CÁSSIO FARIA
DISCIPLINA: ANGELOLOGIA
CONCEITO, ASPECTOS GERAIS E DOUTRINA.
“Não estamos sós” Esta é uma verdade que tem sido protagonizada por muitos, inclusive por aqueles que têm curiosidades pelo sobrenatural. Realmente não estamos sós, mas acredito que diferentemente do pensam esses caçadores de ETs, são os espíritos, Bons e Maus que nos cercam.
Somos informados pelas Escrituras que existem seres espirituais criados para adorar e servir a Deus. Mas existem também seres que se desviaram de seu status inicial e caíram. Por isso são seres maus, espíritos da desobediência chefiados por Satanás que lutam contra Deus e o povo de Deus.
Assim, segundo aprendemos na apostila, a doutrina dos anjos segue logicamente a doutrina de Deus, pois os anjos são fundamentalmente os ministros da providência de Deus. Essa doutrina permite-nos conhecer a origem, existência, natureza, queda, classificação, obra e destino dos anjos.
As questões alusivas aos anjos e espíritos fazem parte de todas as culturas. De uma forma ou de outras as pessoas revelam conhecer e mais ainda praticar ritos em favor dos espíritos. Desde o Egito, a Pérsia, a Babilônia, a Índia e até mesmo a Grécia, sendo esta última uma cultura inteiramente voltada para a filosofia e ideias humanísticas. Os romanos absorveram grande parte de outras religiões em sua própria, isto é, eles faziam isso quando as outras religiões eram politeístas. Eles simplesmente acrescentavam deuses ao seu panteão. Assim, podemos estender ainda para outros lugares conforme Geddes MacGregor escreveu no seu livro (Anjos, Ministros da Graça):
“...da Escandinávia ao Irã, da Irlanda à América do Sul, o folclore popular é repleto de alusões a espíritos tão elementares...que foram trazidos do folclore antigo dos celtas, escandinavos, teutônicos e outras culturas”.
Em fim, existe um ponto comum ou um eixo espiritual, no caso, composto por esses espíritos errantes, que perpassa todas as culturas e que, segundo diz o escritor do livro de Hebreus 1.14 que os anjos bons são espíritos que atuam em favor dos salvos.
No decurso da história seja nas tradições pagãs ou em culturas próximas ao judaísmo, os anjos eram às vezes, considerados divinos, e outras vezes, fenômenos naturais. No contexto da mitologia encontramos a Grécia com seus deuses e mitos angélicos. Passando pelos livros apócrifos podemos ver no livro apócrifo de Tobias (200-250 a.C.), o arcanjo chamado Rafael que, repetidas vezes, ajudou Tobias em situações difíceis.
Mas essa questão não ficou somente no mundo secular, o cristianismo também fala e atesta a existência de anjos e espíritos maus. Já no período do Novo Testamento, os fariseus acreditavam que os anjos fossem seres sobrenaturais que, frequentemente, comunicavam a vontade de Deus (At 23.8). Os saduceus, todavia, influenciados pela filosofia grega, diziam: “não há ressurreição, nem anjo, nem espírito” (At 23.8). Para eles, os anjos não passavam de “bons pensamentos e intenções” do coração humano.
Nos primeiros séculos depois de Cristo, os pais da igreja pouco disseram a respeito dos anjos. A maior parte de sua atenção era dedicada a outros assuntos referente à natureza de Cristo. Mesmo assim, todos eles acreditavam na existência dos anjos. Podemos ver manifestações sobre este tema: a) Inácio de Antioquia, um dos primeiros pais da igreja, acreditava que a salvação dos anjos dependia do sangue de Cristo; b) Orígenes (182 - 251 d.C.).c) Já em 400 d.C., Jerônimo (347 - 420 d.C.) acreditava que anjos da guarda eram dados aos seres humanos quando do nascimento destes; d) Posteriormente, Pedro Lombardo (100 - 160 d.C.) acrescentou que um único anjo podia guardar muitas pessoas de uma só vez; e) Dionísio, o Areopagita, (500 d.C.) contribuiu notavelmente para o estudo dos anjos. Ele retratou o anjo como “uma imagem de Deus, uma manifestação da luz oculta, um espelho puro, brilhante, sem defeito, nem impureza, ou mancha”; f) Semelhantemente Irineu, quatro séculos antes (130 - 195 d.C.), também construiu hipóteses a respeito de uma hierarquia angelical; g) Depois, Gregório Magno (540-604 d.C.) atribuiu aos anjos corpos celestiais.
Saindo das fontes extra bíblicas podemos ver que nas Escrituras já a partir do Antigo Testamento encontramos a comprovação da existência dos anjos conforme pude constatar no estudo. Encontramos em: Gn 32:1,2; Jz 6:11ss; 1Rs 19:5; Ne 9:6; Jó 1:6; 2:1; Sl 68:17; 91:11; 104:4; Is 6:2,3; Dn 8:15-17. Não somente atestam a existência de anjos como mostram as funções e outros aspectos que identifica esses seres como parceiros de um propósito bem maior para os seres humanos e em especial o povo de Deus.
Continuando nossa observação nas Escrituras, especificamente no Novo Testamento, deparamos com a realidade de que, conforme sugere a apostila, os anjos são apresentados também como ”ministros aos herdeiros da salvação" conforme descreve (Hb 1:14). Vejamos ainda os textos: Mt 13:39; 13:41; 18:10; 26:53; Mc 8:38; Lc 22:43; Jo 1:51; Ef 1:21; Cl 1:16; 2Ts 1:7; Hb 1:13,14; 12:22; 1Pe 3:22; 2Pe 2:11; Jd 9; Ap 12:7; 22:8,9. Esses anjos possuem categorias. Temos: Arcanjo, Serafins, Querubins e Anjos (Dn 12:1; Is 6; Gn 3:24; Dn 8:16; 9:21; Gn 22:15-18; 31:11-13; Sl.34.7
Sabemos que este mundo, mesmo sob as ações desses espíritos maus e de homem pecadores, é Deus que está no comando e opera tanto junto e com anjos bons como os maus. Estes cumprem tudo o que Deus determinou. Porém, somos pressionados pelas ações e a presença, invisível, porém manifesta nas desgraças do mundo. A cada momento vemos efeitos negativos da presença de demônios no mundo.
A ação dos demônios se faz presente desde a grande rebelião que Lúcifer provocou nos céus. Podemos ver sobre este evento nos textos: Is.14.13,14; Jó1.9,10; Jó 1.9-11; Mt.4.1-11; Ap.12.7-10; Ez. 28.1,2; ZC.3.1; 1Pd. 5.8; Mt.13.39; Jo13.2; Ap.12.10; Ap.16. 12-16; Ap. 19. 17-21.
Embora a questão demoníaca, ou sobre os demônios encontra-se no Velho Testamento poucas referências sobre os demônios, são as Escrituras as fontes fidedignas desses espíritos, tanto da existência como dos aspectos de suas missões como agentes do mal. Os textos mais objetivos são: (Dt.32.17;Sl.106.37;Lv;17.17). No Novo Testamento temos mais alusões conforme podemos ver em: Mt.8.31; Tg.3.9; 2Pd.3.5,6; Mt.12.24; Ef.6 11-12; 2Pd.2.4; Jd.6; LC.13.11; 1Cor.10.20; Ef.6.10-12; Mc.5.15;Lc.4.41;8.27,28;At.16.18; Mt.9.32,33;12.22;Mc.9.17-27;Lc.13.11,16. Essas referências, diretas e indiretamente, atestam a presença de demônios. Eles exercem suas influências sobre as pessoas, instituições e até governos. Com relação à igreja os vemos como inimigos incansáveis que tentam a todo o custo destruir as obras de Cristo. Assim, exercem pavor, influenciam nas palavras, no comportamento, exercem opressões, até tomam posse de pessoas incrédulas e fazem todo tipo de mal às pessoas. As famílias são alvo desses ataques pois é um lugar onde Deus deseja a sua comunhão em Cristo para a solidez da igreja e da nação.
A Queda dos Anjos e seus Resultados
A queda do homem é um tema bastante central e estrutural no contexto da Bíblia. Além das questões alusivas à Jesus, a queda possui um destaque nas Escrituras e no processo redentivo. A razão da morte de Jesus, ou seja, a Redenção tem a ver com a queda. Mas, quando falamos da queda o ser humano temos que inserir a participação de Satanás. A Angelologia tem tudo a ver.
As Escrituras registram diversos resultados decorrentes sua queda, entre eles alistamos que:
1 – Todos os anjos que se rebelaram contra Deus perderam sua santidade original e se tornaram corruptos em natureza e conduta. (Mt 10.1; Ef 6.11,12; Ap 12.9);
2 – Alguns foram lançados no inferno (tártaro) e estão acorrentados até o dia do julgamento (2Pe 2.4); Outros permaneceram em liberdade e trabalham em definida oposição à obra dos anjos bons (Ap 12.7-9; Dn 10.12,13,20,21; Jd 9);
3 – A queda dos anjos e a do homem impactou a natureza e houve um efeito sobre a criação original em Gn 1;
4 – O destino de todos esses espíritos, anjos, é: ser atirados para a terra (Ap 12.8,9) e, após seu julgamento (1Co 6.3), no lago de fogo (Mt 25.41; 2Pe 2.4; Jd 6).
Falando da queda e suas consequências, temos que dizer ainda, segundo o que pude aprender no estudo, que ambos serão julgados por Deus e lançados no Lago de Fogo. Na nova terra não haverá presença e nem lembrança desses espíritos ímpios. Citarei o texto abaixo retirado da apostila tendo em vista o seu valor para esta parte:
Tanto o apóstolo Pedro como Judas irmão de Tiago (2Pe 2.4; Jd v.6) concordam ao se referirem aos mesmos anjos. Pedro diz que eles pecaram e que Deus os precipitou no Tártaro, entregando-os ao abismo de trevas e reservando-os para juízo. Judas apresenta seu pecado como sendo o de haverem abandonado seu próprio principado e domicílio. Pode ser que Judas estivesse pensando na passagem de Dt 32.8 da Septuaginta. Lá afirma que Deus dividiu as nações “de acordo com o número dos anjos de Deus”. Assume-se que Deus tenha nomeado um ou mais anjos para cada uma das nações. O fato de que várias nações estão assim sob um ou outro desses príncipes “angélicos” é evidenciado por Daniel (10.13,20; 11.1; 12.1). Deixar seu próprio principado poderia assim significar infidelidade no cumprimento de seus deveres; mais provavelmente significa que eles tentaram obter um principado mais cobiçado. Como castigo do seu pecado, Deus os precipitou no Tártaro. É só aqui que esta palavra aparece no Novo Testamento. Para Homero poeta grego, autor dos épicos Ilíada e Odisséia (séc. IX a.C.), o Tártaro é um lugar sombrio abaixo do Hades. Se os homens maus descem ao Hades, não parece improvável que Tártaro, o lugar onde os anjos maus estão confinados seja ainda mais abaixo. Seu castigo consiste de estarem confinados em abismos de trevas e estarem presos por algemas eternas, reservados para o juízo do grande dia. As algemas são “eternas” (gr. aidiois), no sentido de que nunca se desgastam. Serão usadas, entretanto, apenas até o dia do juízo, ocasião em que serão lançados no lago do fogo.
Um pouco mais sobre Satanás
Satanás que significa adversario, foi criado em perfeição e tinha uma elevada missão junto ao Trono de Deus. Podemos ver em (Ez 28.12-15) que esse anjo, denominado Lúcifer, devido à luz que irradiava, fo designado como ministro junto ao trono de Deus, porém num certo tempo, antes de o mundo existir, rebelou-se e tornou-se o principal adversário de Deus e dos homens. Satanás na sua rebelião contra Deus arrastou consigo uma grande multidão de anjos inferiores (Ap 12.4). Satanás e muitos desses anjos inferiores decaídos foram banidos para a terra e sua atmosfera circundante, onde operam limitados segundo a vontade permissiva de Deus. No Éden, também chamado “a serpente”, provocou a queda da raça humana (Gn 3.1-6). Nesse episódio, a serpente levantou-se contra Deus através da sua criação. Declarou que aquilo que Deus dissera a Adão não era a verdade, por fim, ela foi a causa de Deus amaldiçoar a criação, inclusive a raça humana que ele fizera à sua imagem. A serpente é posteriormente identificada com Satanás ou o Diabo (Ap 12.9; 20.2). Certamente Satanás controlou a serpente e usou-a como instrumento para efetuar a tentação (2Co 11.3,14). Assim, o mundo passou a ser a plataforma de guerra de Satanás. Com seus anjos caídos, luta contra tudo que é Deus.
Mas, sabemos pelas Escrituras que Jesus venceu o diabo, a morte e tudo mais e que todo o Universo será transformado e os cristãos estarão reinando eternamente com Jesus e contemplaram a face de Deus.
Jair Cássio Faria