Resumo de ANTROPOLOGIA
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Antropologia
Introdução
Antropologia é a ciência do homem e estuda o ponto de vista das características biológicas e culturais dos diversos grupos em que se distribui o gênero humano, pesquisando com especial interesse exatamente as diferenças.
A disciplina começa definindo quem é o homem e, apesar de termos teorias e pensamentos de diferentes teorias, concluímos que nenhuma das teorias consegue dar sustentabilidade e comprovação de todos os fatos afirmados. Na abordagem biológica por exemplo, as tentativas de inserir o homem dentro da ordem dos primatas não primam pela precisão, uma vez que as diferenças de detalhes são complexas e controversas. O tamanho, e mais ainda, a complexidade do cérebro humano em relação ao dos primatas não-humanos constitui o principal ponto de diferenciação anatômica além da postura ereta.
Conceitos
Cultura é o modo de vida de um povo, o ambiente que um grupo de seres humanos, ocupando um território comum, criou na forma de ideias, instituições, linguagem, instrumentos, serviços e sentimentos, é o complexo no qual estão incluídos conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e quaisquer outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade.
A antropologia cultural estuda o homem integrado em seu contexto social, psicológico, biológico, físico e teológico, apreciando o seu comportamento, valores, hábitos, língua e crença. O conceito chave da Antropologia Cultural é a cultura, mostrando a sua beleza, singeleza, simplicidade, complexidade e arquitetura relacional. A antropologia cultural é o espelho do homem refletido na sociedade; ela apanha todo o sistema de valores, de comportamento, de atitudes e expressões e reflete tudo isto numa expressão cultural distinta.
A antropologia da religião, é o ramo da antropologia que é dedicado ao estudo das crenças religiosas do povo. A religião é a maior expressão da crença de um povo. A religião é uma das instituições sociais universal em todas as culturas. Toda sociedade conhecida pratica alguma forma de religião.
Etnoteologia é a área de estudo relacionada com a apresentação do evangelho e os modelos culturais relevantes na cultura receptora. “Etnoteologia é a disciplina concernente a desculturalização (separação da cultura) e contextualização da teologia”. Cada cristão aprende sua teologia num conjunto cultural e logo começa a ver seu comportamento como um “comportamento cristão”.
A Bíblia é a única Regra de Fé e Prática, e a única fonte de confiança do cristão. A veracidade e autoridade final da Bíblia sobrepõem a todas outras ciências e argumentos. A única fonte fidedigna que temos sobre Deus e as coisas relacionadas a Ele, é a Bíblia. A Bíblia é a revelação divina, possui inspiração divina e tem autoridade divina. Deus se revelou a si mesmo na Bíblia (2Tm 3.16). Revelação divina é Deus comunicando a verdade para o homem, e inspiração divina é a influência divina que garante a transferência fiel daquela verdade revelada.
A Criação
Dentre as hipóteses e teorias sobre a criação do mundo, temos vários modelos de mitos cosmogônicos como a cosmogonia germânica, grega, mesopotâmia, américa, bem como a teoria do big bang já conhecida por todos.
Nós Cristãos, entendemos que Deus criou os Céus e a terra como manifestação da sua Glória, Majestade e Poder. Davi diz: “ OS céus manifestam a Gloria de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” (SL 19.1)
Deus criou os céus e a terra para receber a glória e a honra que lhe são devidas. Todos os elementos da natureza — e.g., o sol e a lua, as árvores da floresta, a chuva e a neve, os rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e as aves — rendem louvores ao Deus que os criou (Sl 98.7,8; 148.1-10; Is 55.12).
A Origem e Constituição do Homem
Apesar de termos várias teorias a respeito da origem do homem, a bíblia nos diz que homem foi criado do pó da terra, Moisés afirma que DEUS formou Adão "do pó da terra", e que depois formou Eva a partir de uma de suas costelas (Gn 2.7, 18-22).
Os dois primeiros capítulos de Gênesis fornecem a descrição bíblica no que diz respeito à criação do homem. A primeira narrativa que é encontrada em Gênesis 1.26,27 é de natureza mais geral. A Segunda, em Gênesis 2.4-25, fornece alguns detalhes a mais; é o complemento da primeira. Deus é o criador do homem. Foi Ele quem, num ato especial, o fez em conjunto com os demais elementos constituintes da criação, porém o homem é a coroa, o dominador; assim foi destinado pelo criador que, segundo o relato sagrado, ao criá-lo, usou uma linguagem especial: “Façamos o homem à nossa imagem”.
A Bíblia afirma que os seres humanos foram criados à imagem de Deus. Gn 1.26 registra as palavras do Criador: “Façamos o homem [´adam - “humanidade”] à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Outros textos bíblicos demonstram com clareza que os seres humanos, embora descendentes de Adão e Eva e já caídos (ao invés de criados diretamente por Deus), continuam a levar a imagem de Deus (Gn 9.6; 1Co 11.7; Tg 3.9).
O conceito popular da constituição dos seres humanos é dualística: alma e corpo. Segundo este pensamento a alma é a parte espiritual invisível, interior, enquanto que o corpo é a parte corpórea visível, exterior. Embora haja alguma verdade nisso, ela não é, todavia, precisa. Tal opinião procede do homem caído, não de Deus; à parte da revelação de Deus, nenhum conceito é digno de confiança. Que o corpo é o revestimento exterior do homem é, sem dúvida, correto, mas a Bíblia nunca confunde espírito e alma como se fossem idênticos. Não somente são diferentes em termos, mas suas próprias naturezas diferem entre si. A Palavra de Deus não divide o homem em duas partes, isto é, alma e corpo. Ela trata o homem antes como sendo tripartido: espírito, alma e corpo. Assim, lemos em 1 Tessalonicenses 5.23: “E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” Este verso mostra precisamente que o homem todo é dividido em três partes. O apóstolo Paulo refere-se aqui à santificação completa dos crentes dizendo “vos santifique completamente”. Como, segundo o Apóstolo, uma pessoa é santificada completamente? Pela conservação do seu espírito, alma e corpo. Por isso podemos facilmente entender que a pessoa toda abrange essas três partes. Esse verso faz também uma distinção entre o espírito e a alma, senão Paulo teria simplesmente dito “vossa alma”. Visto que Deus distinguiu o espírito humano da alma humana, nós concluímos que o homem é composto não de duas, mas de três partes: espírito, alma e corpo.
É através do corpo físico que o homem entra em contato com o mundo material. Portanto, podemos classificar o corpo como aquela parte que nos dá consciência do mundo. A alma inclui o intelecto, que nos ajuda no presente estado de existência e as emoções, que procedem dos sentidos. Visto que a alma pertence ao próprio ego do homem e revela sua personalidade, ela é denominada a parte de autoconsciência. O espírito é aquela parte pela qual nós temos comunhão com Deus e somente pela qual podemos compreendê-Lo e adorá-Lo. Por indicar nosso relacionamento com Deus, o espírito é denominado o elemento da consciência de Deus. Deus habita no espírito, o eu habita na alma, enquanto que os sentidos habitam no corpo.
O espírito é a parte mais nobre do homem e ocupa a região mais interior do seu ser. O corpo é a mais inferior e recebe o lugar mais exterior. Entre estes dois habita a alma, servindo como intermediária. O corpo é o abrigo externo da alma, enquanto que a alma é o revestimento exterior do espírito. O espírito transmite seu pensamento à alma e a alma exercita o corpo a obedecer a ordem do espírito. Este é o significado da alma como intermediária. Antes da queda do homem, o espírito controlava todo o ser por meio da alma.
Segundo o ensino da Bíblia e a experiência dos crentes, pode-se dizer que o espírito humano inclui três partes, ou em outras palavras, pode-se dizer que ele tem três funções principais: consciência, intuição e comunhão.
A consciência é o órgão de discernimento, que distingue o certo e o errado, mas não por meio da influência do conhecimento acumulado na mente, senão por um julgamento espontâneo e direto.
A Intuição é o órgão sensitivo do espírito humano. É tão diametralmente diferente do sentido físico e da alma, que é chamado intuição. Ela envolve um sentimento direto e independente de qualquer influência exterior. Aquele conhecimento que chega a nós, sem qualquer ajuda da mente, emoção ou vontade, chega intuitivamente. Nós realmente “conhecemos” através da nossa intuição; nossa mente simplesmente nos ajuda a “entender”. As revelações de Deus e todos os movimentos do Espírito Santo tornam-se conhecidos do crente por meio da sua intuição.
Comunhão é adorar a Deus. Os órgãos da alma são incompetentes para adorar a Deus. Deus não é percebido pelos nossos pensamentos, sentimentos ou intenções, pois Ele só pode ser conhecido diretamente em nosso espírito.
Além de ter um espírito que o capacita a ter comunhão com Deus, o homem também possui uma alma, sua consciência própria. Ele torna-se consciente da sua existência pela obra da alma. Ela é a sede da sua personalidade. Os elementos que nos fazem seres humanos pertencem à alma. Intelecto, pensamento, ideais, amor, emoção, discernimento, escolha, decisão etc., são apenas as várias experiências da alma.
Aspectos diferentes do homem
Quando Deus criou o homem, Deus não o criou para ser uma máquina dirigida por ele, o homem foi criado para ser livre e adorar e servir a Deus por vontade própria, porém, depois que Adão e Eva foram tentados por satanás e, pecaram através de uma necessidade física (estratégia muito usada por satanás para levar o crente a pecar), o espírito do homem morreu e ficou sem comunicação com Deus, apenas na natureza pecaminosa do corpo e da alma.
Dentro desses acontecimentos, podemos ver o homem sob três aspectos:
O homem natural - Embora o plano mais elevado para o homem seja o espiritual, Deus começa, em sua Palavra, pelo plano mais inferior: o natural. Isto é, começa a falar do homem que vive a vida a natural, a vida deste mundo, e que não tem o Espírito Santo no seu viver. Ele é chamado natural porque ainda não experimentou a regeneração. Vive segundo a natureza pecaminosa e decaída desde a queda ocorrida no Éden. Ele está perdido. A menos que aceite a Jesus, não há solução para ele. Esse homem não pode ser reformado nem melhorado. Ele tem de ser transformado pelo poder do Espírito Santo (Rm 8.9; 7.18).
O homem espiritual - É assim chamado por ser impulsionado, controlado e dirigido pelo Espírito Santo. O seu “eu” está vivo, mas se acha crucificado com Cristo (Gl 2.20, Rm 6.11). O plano (e a vontade) de Deus é que sejamos espirituais (Rm 12.1,2). O homem espiritual é cheio do Espírito Santo, o qual possibilita-o a viver para Deus. Sendo cheio do Espírito Santo, esse crente dá fruto espiritual automática e abundantemente para Deus, uma vez que esse fruto, de que fala a Bíblia, não vem do esforço humano: vem da natureza divina do Espírito que age com toda a liberdade na vida do crente (2Pe 1.4).
O homem Carnal - Pelo contexto desta passagem e de outras congêneres, vê-se que o homem carnal é crente e salvo. Não obstante, sua vida cristã é mista, dividida e marcada por constantes subidas e descidas. Ele é um crente que “começa pelo Espírito e termina pela carne” (Gl 3.3). É chamado carnal porque a velha natureza adâmica, herdada da raça humana, nele prevalece; ainda não foi subjugada pelo Espírito Santo (Rm 8.13).
Conclusão
A partir de todos os conceitos e teorias abordados no decorrer da disciplina, é possível concluirmos que, Deus é o criador de tudo o que existe, inclusive corpo alma e espírito do homem.
Em suma segundo a Bíblia, Deus é o Criador da relva, das ervas e das árvores (Gn 1.11), embora criasse primeiro a terra e a mandasse, depois, produzir erva. Assim também Deus é o Criador de cada indivíduo por intermédio dos pais.