Resumo de ANTROPOLOGIA
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RESUMO DE ANTROPOLOGIA
INTRODUÇÃO
A curiosidade de conhecer as diferentes sociedades (homens) e povos "diferentes" motivou o nascimento da antropologia, que atualmente estuda todos os seres humanos.
CONCEITOS GERAIS
A antropologia "ciência do homem", segundo a etimologia -- o estuda do ponto de vista das características biológicas e culturais dos diversos grupos em que se distribui o gênero humano, pesquisando as diferenças.O nascimento dessa ciência ocorreu a partir dos grandes descobrimentos realizados por navegadores e viajantes europeus.
Quem é o homem?
Em sentido amplo, homem é qualquer membro da espécie humana. Assim ele é entendido pela: filosofia, biologia, antropologia, história, medicina e outras disciplinas que o têm por objeto.
Abordagem antropológica
A antropologia preocupou-se também com os problemas da origem e da filiação da espécie. Segundo a antropológica O homem é um animal portador de cultura, seja pelo domínio da linguagem, seja pelos padrões de organização familiar, pelo uso de ferramentas, enfim, pelo controle de um vasto domínio de conhecimento empírico e pela presença de elementos de ordem simbólica, como tabus, mitos, rituais religiosos etc.
ANTROPOLOGIA CULTURAL
Conceituando Cultura
Em antropologia, ¨cultura tem muitas definições: Cultura é o complexo no qual estão incluídos conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e quaisquer outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade ( antropólogo inglês Edward Burnett Tylor, nos parágrafos iniciais de Primitive Culture (1871);
Nota: O homem ao nascer recebe duas heranças: a herança cultural lhe transmite hábitos e costumes, ao passo que a herança biológica lhe transmite as características físicas ou genéticas de seu grupo humano.
Antropologia da Religião
É o ramo da antropologia que dedicado ao estudo das crenças religiosas do povo. A religião é uma das instituições sociais universal em todas as culturas. Toda sociedade conhecida pratica alguma forma de religião. Religião vem do latim “religar”, dando a idéia de: laço, aliança, pacto. Religião é a ligação do homem com Deus. Para a antropologia, “religião, são todas as crenças e práticas em forma de doutrinas e rituais de uma religião”.
Antropologia Cultural e a Bíblia
Partindo da Antropologia entramos no campo da Teologia, que é o estudo de Deus, sendo a Bíblia um documentário histórico da revelação de Deus aos homens. A Bíblia é o mapa cultural e teológico do povo de Deus e nela está contido o ensino de toda a teologia, padrões culturais e comportamento aplicável ao povo de Deus. Ela é um manual teológico e antropológico aos adoradores do único Deus vive e verdadeiro.
MITOS E TEORIAS DA CRIAÇÃO
Um mito é uma narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico, profundamente relacionado com uma dada cultura e/ou religião. Mito não é o mesmo que fábula, conto de fadas, lenda ou saga.
A explicação mítica é contrária à explicação filosófica. Esta, procura, através de discussões, reflexões e argumentos, saber e explicar a realidade com razão e lógica. Já o mito não explica racionalmente a realidade, procura interpretá-la a partir de lendas e de histórias sagradas, não tendo quaisquer argumentos para suportar a sua interpretação.
Embora, todas as culturas têm seus mitos, alguns dos quais são expressões particulares de arquétipos comuns a toda a humanidade.
Atividade de Deus na Criação
Deus criou todas as coisas em “os céus e a terra” (Gn 1.1; Is 40.28; 42.5; 45.18; Mc 13.19; Ef 3.9; Cl 1.16; Hb 1.2; Ap 10.6). O verbo “criar” (hb.“bara”) é usado exclusivamente em referência a uma atividade que somente Deus pode realizar. Significa que, num momento específico, Deus criou a matéria e a substância, que antes nunca existiram (Gn 1.3).
Deus criou a luz para dissipar as trevas (Gn 1.3-5), deu forma ao universo (Gn 1.6-13) e encheu a terra de seres viventes (Gn 1.20-28).
O método que Deus usou na criação foi o poder da sua palavra. Repetidas vezes está declarado: “E disse Deus...” (Gn 1.3, 6, 9, 11, 14, 20, 24, 26). (Sl 33.6,9; 148.5; Is 48.13; Rm 4.17; Hb 11.3).
Toda a Trindade, e não apenas o Pai, desempenhou sua parte na criação.
O próprio Filho é a Palavra (“Verbo”) poderosa, através de quem Deus criou todas as coisas. (Jo 1.1). (Jo 1.3). (Cl 1.16). (Hb 1.2).
Semelhantemente, o Espírito Santo é descrito como “pairando” (“se movia”) sobre a criação, preservando-a e preparando-a para as atividades criadoras adicionais de Deus.(Sl 33.6). Além disso, o Espírito Santo continua a manter e sustentar a criação (Jó 33.4; Sl 104.30).
O Propósito e o Alvo da Criação
Deus criou os céus e a terra como manifestação da sua glória, majestade e poder. Davi diz (Sl 19.1; cf. 8.1
Deus criou os céus e a terra para receber a glória e a honra que lhe são devidas. Todos os elementos da natureza rendem louvores ao Deus que os criou (Sl 98.7,8; 148.1-10; Is 55.12).
Nota: São muitas as teorias que falam da criação, mas muitas são erradas, tais como: a teoria da evolução a evolução teísta, etc...
A CONSTITUIÇÃO DO HOMEM
Descrição Bíblica
Segundo o relato da BIBLIA sagrada em (Gên 1.26,27 e Gên. 2.4-25) Deus é o criador do homem. Também, Outros textos bíblicos demonstram com clareza que os seres humanos, embora descendentes de Adão e Eva e já caídos (ao invés de criados diretamente por Deus), continuam a levar a imagem de Deus (Gn 9.6; 1Co 11.7; Tg 3.9).
A Doutrina da Natureza do Homem
Ao estudarmos as partes constituintes da natureza do homem, desejamos reiterar que cremos ser ele o resultado de uma criação especial de Deus, e é assim que consideraremos toda a constituição do homem, como vindo da parte de Deus.
A Teoria Monista
Segundo o monismo, pois, devemos considerar o ser humano como um todo unificado, e não como vários componentes que podem ser individualmente identificados e classificados, Teoria errada. (Mt 10.28).
A Parte Material
Em Gênesis 2.4-7, a narração da origem de todos os seres, a atenção vai concentrar-se no homem (centro desse universo).
COMPOSIÇÃO ESPIRITUAL DO SER HUMANO
Existem duas outras correntes teológicas de interpretação para a composição físico-espiritual do ser humano que são : dicotomistas e tricotomistas.
Os Dicotomistas, conceito errado.
A palavra dicotomista significa duas partes ou divisões. Esta teoria é seguida por um grande número de teólogos (entre eles os calvinistas): que o homem se compõe de duas partes ou divisões: a material e a espiritual(alma ou espírito).
O uso bíblico desses termos leva-nos a dizer que temos e somos tanto corpo, quanto alma e espírito.
Os Tricotomistas
O conceito popular da constituição dos seres humanos é dualística: alma e corpo.Tal opinião procede do homem caído, não de Deus; à parte da revelação de Deus. Que o corpo é o revestimento exterior do homem é, sem dúvida, correto, mas a Bíblia nunca confunde espírito e alma (Hb 4.12) como se fossem idênticos. Não somente são diferentes em termos, mas suas próprias naturezas diferem entre si. A Palavra de Deus não divide o homem em duas partes, isto é, alma e corpo. Ela trata o homem antes como sendo tripartido: espírito, alma e corpo. Assim, lemos em 1Tessalonicenses 5.23: Este verso mostra precisamente que o homem todo é dividido em três partes.
A Metafísica da Criação do Homem
A expressão “formou o homem do pó da terra”, refere-se ao corpo do homem; “soprou em suas narinas o fôlego de vida” refere-se ao espírito do homem, conforme ele veio de Deus; e “o homem tornou-se alma vivente” refere-se à alma do homem quando o corpo foi vivificado pelo espírito ( Jo.6.63) e levado a ser um homem vivo e consciente de si mesmo. O homem completo é uma trindade - o composto de espírito que não deve-se confundir com o Espírito Santo de Deus (Romanos 8.16), alma e corpo. De acordo com Gênesis 2.7, o homem foi feito de apenas dois elementos independentes: o corpóreo e o espiritual. Mas, quando Deus colocou o espírito dentro do revestimento da terra, a alma foi produzida. O espírito do homem tocando o corpo morto produziu a alma.
Funções respectivas do Corpo, Alma e Espírito
É através do corpo físico que o homem entra em contato com o mundo material. Portanto, podemos classificar o corpo como aquela parte que nos dá consciência do mundo. A alma inclui o intelecto, que nos ajuda no presente estado de existência e as emoções, que procedem dos sentidos. Visto que a alma pertence ao próprio ego do homem e revela sua personalidade, ela é denominada a parte de autoconsciência. O espírito é aquela parte pela qual nós temos comunhão com Deus e somente pela qual podemos compreendê-Lo e adorá-Lo.
Na verdade a alma é o eixo de todo o ser, porque a vontade do homem pertence a ela. Só quando a alma se dispõe a assumir uma posição humilde é que o espírito pode dirigir todo o homem.
A QUEDA DO HOMEM
A ocorrência da queda
O homem que Deus formou era notavelmente diferente de todos os outros seres criados. O homem possuía um espírito semelhante àquele dos anjos e ao mesmo tempo tinha uma alma parecida com a dos animais inferiores. Quando Deus criou o homem Ele lhe deu uma liberdade perfeita. Nem Deus, nem o diabo podem fazer qualquer obra, sem primeiro obterem nosso consentimento, porque a vontade do homem é livre.
Satanás tentou Eva com uma pergunta. Ele sabia que isto despertaria o pensamento da mulher. Se ela estivesse completamente sob o controle do espírito, rejeitaria tal interrogação. Por tentar responder, ela exercitou sua mente em desobediência ao espírito (Gn 3.6).
A queda do homem foi ocasionada pela busca de conhecimento, por isso, Deus usa a loucura da cruz para “destruir a sabedoria do sábio”. O intelecto foi a causa principal da queda, por isso, para alguém ser salvo é preciso que creia na loucura da Palavra da cruz, em vez de depender da sua inteligência. A árvore do conhecimento provoca a queda do homem, por isso Deus emprega a árvore da loucura (1Pe 2.24) para salvar almas.
Espírito, alma e corpo após a queda
Adão vivia pelo fôlego de vida tornando-se o espírito nele. Pelo espírito ele percebia a Deus, conhecia a voz de Deus e comungava com Deus. Ele possuía uma consciência muito aguda de Deus, mas depois de sua queda seu espírito morreu.
Quando Deus falou com Adão no princípio Ele disse: “no dia em que dela comeres (o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal) certamente morrerás” (Gn 2.17). Entretanto, Adão e Eva continuaram a viver por centenas de anos depois de comerem do fruto proibido. Obviamente, isto indica que a morte predita não era física. A morte de Adão começou no seu espírito.
O que é a morte realmente? Segundo a definição científica, morte é “a suspensão da comunicação com o ambiente”. A morte do espírito é a suspensão da sua comunicação com Deus. A morte do corpo é a interrupção da comunicação entre este e o espírito. Por isso, quando dizemos que o espírito está morto, não significa que não haja mais espírito;
.A idéia de Deus é que o espírito tenha a preeminência, governando nossa alma. Mas uma vez que o homem torna-se carnal, seu espírito afunda em servidão à alma. Maior degradação sucede quando o homem torna-se “material” (do corpo) Gen.6, pois o corpo, mais baixo, ergue-se para ser soberano. O homem desceu então do “controle do espírito” para o “controle da alma”, e do “controle da alma” para o “controle do corpo”. Ele afunda cada vez mais profundamente. Quão lamentável deve ser quando a carne ganha o domínio.
O pecado matou o espírito: morte espiritual então, torna-se a porção de todos, pois todos estão mortos em delitos e pecados. O pecado levou a alma a ser independente: a vida da alma é, portanto, uma vida egoísta e obstinada.
O pecado finalmente deu autoridade ao corpo: a natureza pecaminosa consequentemente reina através do corpo.
O HOMEM SOB TRÊS ASPECTOS
Deus classifica os seres humanos sob três planos: o homem natural, o homem espiritual ou o homem carnal.
O Homem natural (1Co 2.14, é traduzido animal, em 1Co 15.44), é traduzido por sensual em Jd v.19 percepção pelos sentidos
o homem natural é aquele homem que vive a vida a natural, a vida deste mundo, e que não tem o Espírito Santo no seu viver. Ele é chamado natural porque ainda não experimentou a regeneração. Vive segundo a natureza pecaminosa e decaída desde a queda ocorrida no Éden. Ele está perdido. A menos que aceite a Jesus, não há solução para ele. Esse homem não pode ser reformado nem melhorado. Ele tem de ser transformado pelo poder do Espírito Santo (Rm 8.9; 7.18). (Sl 14.1- 3; Rm 3.23-,8.9)..
O Homem espiritual (1Co 2.15)
O homem espiritual é assim chamado por ser impulsionado, controlado e dirigido pelo Espírito Santo. O seu “eu” está vivo, mas se acha crucificado com Cristo (Gl 2.20, Rm 6.11). O plano (e a vontade) de Deus é que sejamos espirituais (Rm 12.1,2). Ver mais sobre o homem espiritual em Gl 6.1; 1Pe 2.5; Hb 5.14.
Essa é a vontade de Deus para todo crente. A Bíblia descreve a condição do homem espiritual como sentado nas “regiões celestiais” com Cristo (Ef 1.3; 2.6).
O homem carnal (Gl 3.3).
Pelo contexto desta passagem e de outras congêneres, vê-se que o homem carnal é crente e salvo. Não obstante, sua vida cristã é mista, dividida e marcada por constantes subidas e descidas. Ele é um crente que “começa pelo Espírito e termina pela carne” (É chamado carnal porque a velha natureza adâmica, herdada da raça humana, nele prevalece; ainda não foi subjugada pelo Espírito Santo (Rm 8.13)).
O relacionamento do homem carnal com Deus. Ele entristece o Espírito Santo, fazendo o que bem quer. É espiritualmente infantil; imaturo (1Co 3.1); vive de “leite”, no sentido de rudimentos da doutrina (Hb 5.12,13)
Conclusão
Em fim, O homem, porém, dotado de protoplasma genético, é o meio instrumental, usado por Deus, para consecução dos seus planos criativos. Sendo assim, Deus cria e o homem, em cumprimento da lei divina da genética, gera filhos e filhas na sua composição biológica integral.
Em suma segundo a Bíblia, Deus é o Criador da relva, das ervas e das árvores (Gn 1.11), embora criasse primeiro a terra e a mandasse, depois, produzir erva. Assim também Deus é o Criador de cada indivíduo por intermédio dos pais