Resumo de ANTROPOLOGIA
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DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA-resumo
Alice Damasceno Santos
A antropologia nasceu da curiosidade do homem de conhecer povos diferentes. É a ciência que estuda o homem sua evolução biológica, social, cultural e principalmente suas diferenças. Somente no século XIX ela tornou-se disciplina científica, com a descoberta de outros povos e a curiosidade de saber como viviam, como pensavam e qual eram seus costumes. O objeto de estudo da antropologia eram homens de culturas diferentes da europeia. Já a antropologia moderna tem sua pesquisa ampliada as sociedades industriais e urbanas. A antropologia ciência subdivide-se em antropologia física e antropologia cultural.
A sociologia, a psicologia, a geografia e a história são disciplinas que muito contribuíram para o desenvolvimento da antropologia. Além da arqueologia pré-histórica e da linguística a primeira necessária para o estudo do passado dos povos e segunda com o conhecimento do idioma e os conceitos utilizados para conhecer os aspectos de cada sociedade essas duas disciplinas se relacionam com a antropologia.
O homem é um ser que pertence a espécie humana e que se distingue de toda criação por ser espiritual. Segundo Platão, Sócrates e Aristóteles, o homem é um ser racional, o que também afirma a filosofia grega. Somente para o judaismo e o cristianismo o homem seria um ser real criado a imagem e semelhança de Deus e também superior a outros seres. Pascal afirma que a natureza do homem pode ser considerada segundo o seu fim e segundo a multidão. Para a biologia o homem é um ser pertencente a classe dos vertebrados e a ordem dos primatas formado por um único gênero homo. Para a sociologia o homem é um ser que nasce com a capacidade de desenvolver-se socialmente e culturalmente como pessoa. Segundo a antropologia o homem é um existente portador de cultura e que tem consciência de si e do mundo que o circunda. Ele possui domínio de conhecimento, exerce atividades de todo gênero e vive em organização.
Na antropologia não existe uma única definição para a palavra cultura. Em uma delas a cultura é uma herança que o homem recebe ao nascer. A partir daí passa assimilar uma série de atitudes e comportamentos transmitidos pelo grupo com quem convive, a medida que vai crescendo vai adquirindo novos hábitos e vai se tornando mais um membro do grupo, seguindo padrões que são a cultura da sociedade em que vive. Além da cultura que recebe ao nascer o homem enriquece sua cultura ao se relacionar com grupos de costumes diferentes e assim sua cultura vai se desenvolvendo, se aperfeiçoando e se modificando sendo influenciada pelo meio.
Na antropologia a cultura entre os diversos grupos é diferenciada por dois termos, pela aculturação e pela modalidade.
A antropologia cultural estuda o homem do ponto de vista de sua origem histórica. Cada cultura tem suas crenças religiosas, e através delas o homem se relaciona com Deus, elas são práticas em forma de doutrinas e rituais, a antropologia da religião ocupa-se ao estudo dessas crenças. A etnoteologia é a disciplina que se preocupa com o ensino do evangelho levando em conta a cultura do grupo receptor, para que o cristão aprenda e logo possa exercer seu comportamento cristão. A antropologia cultural fornece ao estudante da Bíblia conceitos e ferramentas para que possa entender a cultura em que ela foi escrita e também entender melhor as passagens bíblicas. A cosmovisão é o modo de entendimento das pessoas em relação ao mundo ao seu redor. Existem vários tipos de cosmovisão; animista, hindu, espírita, católica romana, humanística e islâmica. É necessário ter os conhecimentos da antropologia cultural para se entender a cultura e a cosmovisão de um povo.
Mito são narrativas utilizadas para explicar fatos da realidade, fenômenos da natureza e as origens do mundo e do homem, que não eram compreendidos por eles. O mito procurava interpretar essa realidade através de lendas e historias sagradas sem nenhuma comprovação de veracidade. A cosmogonia é a especulação sobre a origem e formação do mundo que se encontra em muitos mitos religiosos e na filosofia dos pré-socráticos, a origem do mundo é estudada por dois modelos de mitos cosmogônicos, através da criação por um ser supremo e a criação por divisão de uma matéria primordial. O primeiro modelo de mito cosmogônico supõe que a criação se realizou a partir do caos, ou seja, do oceano ou das águas primeiras. Em todos esses mitos o ser supremo é onisciente e todo-poderoso o ato da criação é consciente, deliberado, planejado e livre, a divindade desaparece até que aconteça uma catástrofe, a criação é um paraíso que desmorona por causa do pecado. O segundo modelo de mito cosmogônico é um mito dos dogôs, povo da África ocidental, narra que o ser divino criou, originalmente, um ovo em que havia dois gêmeos.
A bíblia é a fonte de revelação de divina confiável que revela a origem do mundo como obra criadora de Deus. A origem do mundo foi revelada no Livro do Gênesis, capítulos 1 e 2 mais de dois milênios antes da ciência decifrá-la. A Teoria Geológica da Criação atribui a Deus a origem da criação e concordam que o dia e a noite surgiu no quarto dia com a separação da luz e das trevas. A ação de Deus esteve presente em todas as fases da criação conforme descrito pelo autor. Porém a criação do homem representou um apogeu na criação. Somente através da fé se pode compreender a obra da criação de Deus, em (Hb 11.3) relata que o mundo foi criado pela sua palavra. Ao criar o homem Deus lhe deu autoridade para dominar sobre toda criação, criou a terra para que o homem habitasse nela. Ele criou todas as coisas para satisfazer o seu propósito. Em toda a Bíblia podemos encontrar afirmativas sobre a existência de Deus. Ele realizou a obra da criação e seu poder ainda é o mesmo. Na Bíblia Deus se revela infinito, eterno e auto-existente. Ele é o princípio de todas as coisas e antecede a toda criação inclusive a de Adão e Eva, os quais também podiam relacionar-se com seu criador todos os dias. Após ter concluído a obra da criação Deus declara que tudo que ele criara era bom. A humanidade se corrompeu quando Eva foi tentada por Satanás no Jardim do Éden. Deus criou todas as coisas pelo poder de sua palavra. A Bíblia declara que não só o Pai, mas toda Trindade divina participou da obra da criação; o Filho que no princípio era o verbo, ou seja, a palavra e o Espírito Santo que pairava sobre as águas antes da encarnação do verbo.
Várias teorias tentam explicar a origem do homem. O evolucionismo ou teoria da evolução, afirma que todas as espécies existentes na Terra se modificam no decorrer do tempo formando novas espécies, e cada uma delas possuem característica própria e todos os seus aspectos tem um propósito específico. Essa teoria é amplamente aceita por algumas razões e a mais importante é que ela é ensinada nas instituições de ensino como um fato ciêntificamente comprovado.
Criacionismo ou teoria da criação, termo usado para definir o sistema de crenças em que se afirma que o Universo e tudo o que nele existe foram criados por uma entidade inteligente ou seja, criada por Deus. Essa teoria também foi aceita por muito tempo até o surgimento de novas explicações sobre a origem do universo e da vida. Entre os criacionistas há os que acreditam que a entidade inteligente é Deus ou deuses, os que acreditam que a entidade inteligente, seja uma forma de vida inteligente (alienígenas), e os que acreditam na entidade inteligente, mas deixam sua identidade em aberto. O criacionismo judaico e o cristão assemelham-se por compartilharem da mesma origem da obra da criação. Sendo que o segundo divide-se em três grupos; Criacionismo da Terra jovem: Criacionismo da Terra antiga e Evolucionismo teísta o qual contradiz toda a Bíblia. Já o criacionismo Islâmico difere dos demais em algumas passagens de Gênesis por considerarem o Alcorão a verdadeira revelação divina. O exocriacionismo acredita que o mundo foi criado por um Extraterrestre ou alienígena que ao misturar DNA alienígena com DNA primata formou então a primeira espécie Homo Sapiens. Apesar dos criacionistas acreditarem que tudo se originou do nada, o criacionismo clássico é o que prevalece por atribuir a criação do universo a um criador.
Pela descrição bíblica, o homem foi criado por Deus, Gn 1.26 confirma esse ato, ele o criou assim como toda criação em um ato especial. Porém o homem se distingue de toda criação por ter sido criado a imagem e semelhança de Deus para dominar sobre toda a criação, Deus ao criá-lo declarou "façamos o homem a nossa imagem conforme a nossa semelhança". Mediante esse relato podemos concluir que o homem é um ser vindo de Deus o criador de todas as coisas. A concepção monista defende a realidade constituída por um princípio único, um fundamento elementar, sendo os múltiplos seres redutíveis a essa unidade, por essa razão consideram corpo e alma inseparáveis.
Diferente dos outros seres Deus criou o homem em um ato especial e soprou nas suas narinas o fôlego de vida este se tornou em espírito e ao se instalar no corpo do homem deu origem a alma razão pela qual a Bíblia chama o homem de alma vivente. Segundo 1 Tessalonicenses 5.23, o homem é dividido em três partes; espírito, alma e corpo. O espírito nós mantém em comunhão com Deus neste espírito nós o adoramos, a alma é o ego do Homem, ele é consciente de sua existência através da alma e o corpo é a parte física pela qual o homem mantém contato com a natureza. De acordo com a Bíblia podemos entender que a vida da alma refere-se a vida natural do homem. A alma é realmente a própria vida do homem.
A queda do homem ocorreu em consequência da busca pelo conhecimento. Ele foi vencido pelo pecado da desobediência ao comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal o qual Deus havia proibido logo o homem morreu espiritualmente seu espírito, alma e corpo ficaram misturados, o homem perdeu sua inocência e se tornou culpado. A queda degenerou a natureza humana criada por Deus fazendo com que o ser humano nasça em pecado. Após a queda o homem continuou a viver físicamente, porém espiritualmente o homem morreu e perdeu sua comunhão com Deus. O pecado originou a independência da alma e o homem passou a ser governado por ela, vivendo em uma vida egoísta e obstinada em decorrência de sua natureza pecaminosa.
O homem que não tem o Espirito Santo em sua vida ainda não foi regenerado, ele é chamado por Deus de Homem natural porque vive segundo sua natureza pecaminosa. A Bíblia afirma que o homem natural não compreende as coisas de Deus porque elas se discernem espiritualmente. O homem espiritual é regenerado, ao aceitar Cristo como seu Salvador ele nasceu espiritualmente, considera-se crucificado com Cristo, é dirigido pelo Espírito Santo, em todas as áreas de sua vida e tem a mente de Cristo. O homem carnal ainda não deu lugar ao Espírito Santo e a herança pecaminosa de Adão ainda prevalece em sua vida, ele entristece o Espírito Santo com sua imaturidade, anda coxeando entre Deus e o mundo.
Quanto à origem da alma e do espírito do homem há três teorias cristãs sobre esse tema: a preexistêncialista, a criacionista e a traducionista. Para os defensores do pré-existencialismo, as almas humanas já existiam em um estado anterior. A teoria criacionista afirma que Deus cria diariamente almas para acoplar em corpos que estão sendo gerados. O Traducionismo afirma que a espécie humana foi criada imediatamente a partir do primeiro homem, Adão, no que diz respeito à alma e ao corpo, e que ambos são propagados da parte dele para a geração natural. A bíblia fonte infalível do ensinamento cristão revela que a existência do homem foi uma obra criativa de Deus, diferente de toda criação, ele constitui-se materialmente e imaterialmente e assim origina-se alma vivente. Deus criou o homem para se propagar por isso considera-se que ele é o criador de cada ser humano através dos pais.