Resumo de ANTROPOLOGIA
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FACULDADE TEOLÓGICA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS
RELIGIÕES COMPARADAS
CONCEITOS BÁSICOS DE RELIGIÕES COMPARADAS
A teologia está relacionada com a religião, assim como a botânica com a vida das plantas. Sem a vida das plantas não poderia haver botânica. Sem os astros, seria impossível a astronomia. De igual maneira, é impossível a existência da teologia sem a religião: aquela é uma consequente desta. É, portanto, necessário que tenhamos uma ideia clara da religião, pois dela depende a teologia. Sem o entendimento claro de uma, não se pode compreender bem a outra. Consideremos então a religião.
A religião é a vida do homem nas suas relações sobre humanas, isto é, a vida do homem em relação ao Poder que o criou à Autoridade Suprema acima dele, e ao Ser invisível com Quem o homem é capaz de ter comunhão.
Religião é vida em Deus; porque este Ser invisível, esta Autoridade Suprema, este Poder com Quem o homem se relaciona, são um em Deus, e conhecer, na genuína expressão do termo, é ter vida eterna.
ATOS 26:4-6
Quanto à minha vida, desde a mocidade, como decorreu desde o princípio entre os da minha nação, em Jerusalém, todos os judeus a conhecem, v5 Sabendo de mim desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu. v6 E agora pela esperança da promessa que por Deus foi feita a nossos pais estou aqui e sou julgado.
A religião é sempre a vida do homem como um ser dependente de um poder, responsável para com uma autoridade e adaptável a uma comunhão íntima com uma realidade invisível. Esta definição exclui a ideia que prevalece, de que a religião é um corpo de doutrinas. Quem assim define a religião confunde-a com a teologia, confusão que, se não justifica, não tem razão de ser: religião é vida; teologia é doutrina. E, como já dissemos, a religião precede a teologia. Em outras palavras, a religião funciona no coração. Jesus enfatizou este ponto quando disse: Jo 4.24 Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade, ou, com o espírito e em verdade.
Pelas considerações já estabelecidas, chegamos à conclusão de que a ideia fundamental da religião é a de uma vida em Deus, de uma vida em comunhão íntima e contínua com o Criador, uma vida debaixo da direção e domínio do Espírito Santo. O apóstolo Paulo esclareceu assaz esta verdade, dizendo: Atos 17.28 - Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração.
A religião é verdadeira na proporção em que possui e realiza a idéia da personalidade de Deus e as Suas relações com o homem. Os povos em todos os tempos se compenetraram a importância deste princípio, e daí o grande esforço que fizeram por descobrirem a verdadeira idéia da personalidade de Deus e das suas relações com o mundo.
Todas as grandes religiões do mundo assim, assim as de hoje como as da antiguidade, não são “contos do vigário”, antes representam o esforço extraordinário do homem para apossar-se da verdade. Não há nenhuma religião que se apoderasse de um povo fundado simplesmente no embuste , originada dum simples impostor. (Pode enganar-se todo um povo por algum tempo, uma parte do povo por todo o tempo, mas não se pode enganar todo um povo por todo o tempo - Lincoln).
O cristianismo arroga-se o título de verdadeira religião, porque ele prega a verdade acerca de Deus, e cultiva e promove as devidas relações deste para com o homem. Nosso intuito através deste curso de apologética é mostrar que o cristianismo satisfaz às exigências de uma religião verdadeira; e, visto que não pode haver mais do que uma religião verdadeira, segue-se que a única verdadeira é o cristianismo.
CHEGARÁ O DIA EM QUE TODAS SE UNIRÃO
Religião é oposta às inimizades e ao ódio, à tirania e à injustiça. O ódio religioso é como um fogo que devora o mundo. Os profetas ensinam a paz e o amor. Se todos seguissem os ensinamentos de sua religião, amar-se-iam uns aos outros, havendo harmonia e união entre todos. João 6:42-48 E diziam: Não é este Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe nós conhecemos? Como, pois, diz ele: Desci do céu? v43 Respondeu, pois, Jesus, e disse-lhes: Não murmureis entre vós. v 44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. v45 Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu vem a mim. v46 Não que alguém visse ao Pai, a não ser aquele que é de Deus; este tem visto ao Pai. v47 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna. v48 Eu sou o pão da vida.
ANTROPOLOGIA
A fé bahaísta admite a existência, no homem, de um princípio espiritual ou de uma alma imortal. Esta vive uma só vez na terra; não se reencarna; contudo, após a morte, separada do corpo, ainda pode evoluir-se, aperfeiçoar-se. Seria uma idéia semelhante ao purgatório.
Pode alguém contradizer-nos, alegando que enfatizamos demasiadamente a parte espiritual do homem, em menosprezo do corpo e de seus atos, em se tratando de religião. Porém, não é assim. O corpo é servo do espírito, e se o espírito for bom e reto, o corpo poderá cumprir satisfatoriamente as suas funções religiosas; mas se, ao contrário, o espírito não for bom e reto, os atos praticados em nome da religião não têm nenhum valor. 1Co 13.3 - Ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada me aproveitaria.
Tudo o que o corpo faz não é essencialmente religioso, pois a religião é do espírito e não do corpo. Dissertando a este respeito disse o apóstolo Paulo: 1Co 13.2 - Ainda que eu tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que eu tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada me aproveitaria. Segue-se, daí, que, como já se disse, os atos do corpo têm apenas valor relativo, e não intrínseco. Todos os seus merecimentos lhe são emprestados do coração. Os atos servem para exprimir a condição do espírito, pelo que o seu valor é apenas declarativo, não intrínseco. O essencial em religião é o estado da alma ou do coração, e todas as nossas ações, como já o dissemos, são os meios pelos quais se revelam as condições do homem interior. Nunca será demais acentuar esta verdade, devido à sua importância capital para os que desejam cumprir o seu dever diante de Deus.
A VERDADEIRA RELIGIÃO
Se os pais cristãos vivessem em obediência aos preceitos do Mestre divino, preservariam a simplicidade no comer e no vestir, e viveriam mais de acordo com a lei natural. Não dedicariam então tanto tempo à vida artificial, inventando para si mesmos preocupações e fardos que Cristo não colocou sobre eles, antes ordenou explicitamente que os evitassem. Se o reino de Deus e a Sua justiça constituíssem a primeira e suprema consideração dos pais, bem pouco tempo precioso seria empregado em desnecessários adornos exteriores, enquanto o intelecto dos filhos é quase inteiramente negligenciado.
O precioso tempo que muitos pais empregam para vestir os filhos para ostentação em seus locais de entretenimento, seria melhor, muito melhor aplicado no cultivo de sua própria mente, a fim de se tornarem competentes para instruir devidamente os filhos. Não é essencial para sua salvação ou felicidade que eles usem o precioso tempo de graça que Deus lhes concede, em adornar-se, visitar-se e bisbilhotar. Muitos pais alegam ter tanto o que fazer que não dispõem de tempo para desenvolver o intelecto, educar os filhos para a vida prática ou ensinar-lhes como podem tornar-se cordeiros do rebanho de Cristo. Só por ocasião do juízo final, quando serão decididos os casos de todas as pessoas e os atos de toda a nossa vida expostos à nossa vista em presença de Deus e do Cordeiro e de todos os santos anjos, os pais compreenderão o quase infinito valor do tempo que desperdiçaram. Muitíssimos pais verão então que seu procedimento errôneo determinou o destino de seus filhos. Não só deixaram de assegurar para si mesmos as palavras de louvor do Rei da Glória: "Bem está, servo bom e fiel. ... Entra no gozo do teu Senhor", (Mat. 25:21) mas ouvem ser proferida sobre os seus filhos a terrível sentença: "Apartai-vos!" Mat. 25:41.
Os jovens não devem ocupar-se na obra de explicar as Escrituras e fazer preleções sobre as profecias, quando não conhecem a fundo as importantes verdades bíblicas que procuram explicar a outros. Podem ser deficientes nos ramos comuns de educação e deixar, portanto, de realizar o bem que conseguiriam fazer se houvessem desfrutado as vantagens de uma boa escola. A ignorância não aumenta a humildade ou a espiritualidade de qualquer professo seguidor de Cristo. As verdades da Palavra divina podem ser melhor apreciadas pelo cristão intelectual. Cristo pode ser melhor glorificado por aqueles que O servem inteligentemente. O grande objetivo da educação é habilitar-nos a usar as faculdades que Deus nos deu, de tal maneira que exponha melhor a religião da Bíblia e promova a glória de Deus.
Somos devedores Àquele que nos deu a existência, de todos os talentos que nos foram confiados; e temos o dever para com nosso Criador de cultivar e aperfeiçoar os talentos que Ele confiou a nosso cuidado. A educação disciplinará a mente, desenvolverá suas faculdades e as dirigirá de modo inteligente, para que sejamos úteis em promover a glória de Deus. Necessitamos de uma escola na qual aqueles que entram no ministério pastoral possam pelo menos receber
A religião não torna quem a pratica grosseiro nem áspero, desasseado ou descortês; ao contrário, eleva-o e enobrece-o, refina lhe o gosto, santifica-lhe o juízo, e habilita-o para a sociedade dos anjos celestiais e para o lar que Jesus foi preparar. Nunca percamos de vista que Jesus é a fonte de alegria. Ele não Se deleita no infortúnio dos seres humanos, mas apraz-Lhe
vê-los felizes. Os cristãos têm ao seu dispor muitas fontes de felicidade, e podem dizer com infalível certeza quais são os prazeres lícitos e corretos. Podem desfrutar de recreações que não dissipem a mente ou aviltem a alma, não iludam nem deixem após si triste influência que destrua o respeito próprio ou impeça o caminho da utilidade. Caso possam levar consigo a Jesus e manter-se em espírito de oração, estão perfeitamente seguros.
O salmista declara: "A exposição das Tuas palavras dá luz e dá entendimento aos símplices." Sal. 119:130. Como poder educador, a Bíblia não tem rival. Nenhuma obra científica é tão apropriada para desenvolver a mente, como a contemplação das grandiosas e essenciais verdades e lições práticas da Bíblia. Jamais foi impresso outro livro tão útil para conceder poder mental. Se não forem guiados pela Palavra de Deus em suas pesquisas, os homens de maior intelecto se tornam confusos; O conhecimento é um poder, tanto para o bem como para o mal. A religião da Bíblia é a única salvaguarda para os seres humanos. É dispensada muita atenção aos jovens nesta época, para que saibam entrar airosamente numa sala, dançar e tocar instrumentos musicais. Mas esta educação lhes é negada: conhecer a Deus e atender a Seus reclamos.
A educação que é tão duradoura como a eternidade, é quase inteiramente negligenciada como sendo antiquada e indesejável. A educação da criança para assumir a obra de edificação do caráter com relação ao seu bem atual, à sua paz e felicidade presentes, e para lhe guiar os pés no caminho levantado para que nele andem os remidos do Senhor, não é considerada da moda, e, portanto, não essencial. A fim de que nossos filhos entrem pelos portais da cidade de Deus como vencedores, devem ser ensinados a temer a Deus e a guardar os Seus mandamentos na vida presente. É a tais que Jesus chama de bem-aventurados: Bem aventurados aqueles que guardam os Seus mandamentos, Apocalipse. 22:14 para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.
AGOSTINHO APOLINÁRIO DO CARMO
DOUTORANDO EM TEOLOGIA CRISTÃ
INSCRITO 2018103559/2018