Resumo de ANTROPOLOGIA
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FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA
CURSO LIVRE DE GRADUAÇÃO
BACHARELADO
JAIR CÁSSIO FARIA
RESUMO
DISCIPLINA: ÉTICA
No grego, ethos = costume, disposição, hábito. No latim, mos (moris) = vontade, costume, uso, regra. Ética, parte da filosofia que trata dos costumes do homem.
Considerada como integrante do ramo filosófico, sendo um dos seus seis sistemas, a Ética se estende para o campo religioso enquanto disciplina crítico-normativa que tem como viés prático a conduta do ser humano enquanto comportamento voltado para o bem. Além desse campo, na Política a Ética trata da conduta ideal do estado junto aos líderes no que tange às políticas públicas e ações de Estado e Governo prezando as questões de justiça e os aspectos do bem segundo os códigos moraes.
Trata-se de uma ciência antiga. Temos já na era pré-socrática os filósofos anteriores a Sócrates, que viveram na Grécia por volta do século VI a.C., considerados os criadores da filosofia ocidental. Essa fase, que corresponde à época de formação da civilização helênica, caracteriza-se pela preocupação com a natureza e o cosmos. Ela inaugura uma nova mentalidade, baseada na razão, e não mais no sobrenatural e na tradição mítica.
Podemos somar também Pitágoras (580 a.C.-500 a.C) que representa a primeira tentativa de apreender o conteúdo inteligível das coisas, a essência, prenúncio do mundo das idéias de Platão.
Avançamos ainda até o filósofo grego pré-socrático, Anaximandro de Mileto é considerado o fundador da astronomia e o primeiro pensador a desenvolver uma cosmologia, ou visão filosófica sistemática do mundo. Racionalista que prezava a simetria, utilizou proporções geométricas e matemáticas na tentativa de mapear o céu, abrindo o caminho para astrônomos posteriores. Ele não era um filósofo ético, mas compreendeu que o processo cósmico é essencialmente um sistema que incorpora a justiça, a injustiça e a reparação.
Devemos dar uma parada em um expoente: Protágoras (480-410). Coube a ele romper o vínculo entre moralidade e religião. A ele se atribui a frase "O homem é a medida de todas as coisas, das reais enquanto são e das não reais enquanto não são." Para Protágoras, os fundamentos de um sistema ético dispensam os deuses e qualquer força metafísica, estranha ao mundo percebido pelos sentidos. Teria sido outro sofista, Trasímaco de Calcedônia, o primeiro a entender o egoísmo como base do comportamento ético.
Um grande salto chega à Filosofia Clássica – (De 470 a 320 a.C.) A Filosofia da Grécia Antiga teve nos sofistas e em Sócrates seus principais expoentes. Eles se distinguem pela luta em prol de uma cidade harmoniosa onde a justiça possui sua marca. Este período corresponde ao apogeu da democracia e é marcado pela hegemonia política de Atenas.
Os sofistas, filósofos contemporâneos de Sócrates, acumulam conhecimento enciclopédico e são educadores pagos pelos alunos. Pretendem substituir a educação tradicional, destinada a formar guerreiros e atletas, por uma nova pedagogia, preocupada em formar o cidadão da nova democracia ateniense. Com eles, a arte da retórica – falar bem e de maneira convincente a respeito de qualquer assunto – alcança grande desenvolvimento.
Sócrates (470-400). De quem temos a famosa frase: "Só sei que nada sei". O pensador foi o primeiro do grande trio de antigos filósofos gregos, que incluía ainda Platão e Aristóteles, a estabelecer, na Grécia antiga, os fundamentos filosóficos da cultura ocidental. Todo o seu legado ficou nos escritos de Platão e Xenofonte. Segundo palavras de Cícero, "Sócrates fez a filosofia descer dos céus à terra". Antes, os filósofos buscavam obsessivamente uma explicação para o mundo natural, a physis. Para Sócrates, no entanto, a especulação filosófica devia se voltar para outro assunto, mais urgente: o homem e tudo o que fosse humano, como a ética e a política.
Sócrates dizia que a filosofia não era possível enquanto o indivíduo não se voltasse para si próprio e reconhecesse suas limitações. "Conhece-te a ti mesmo" era seu lema. Para ele, a melhor maneira de abordar um tema era o diálogo: por meio do método indutivo que denominou "maiêutica", numa alusão ao ofício de sua mãe, era possível trazer a verdade à luz.
Um interessado nas coisas morais teve na sua antropologia a essência capaz de regular a conduta humana orientando o ser na direção do bem
Para Sócrates o que há de comum entre todas as virtudes é a sabedoria, que, segundo Sócrates, é o poder da alma sobre o corpo, a temperança ou o domínio de si mesmo. Possibilitando o domínio do corpo, a temperança permite que a alma realize as atividades que lhe são próprias, chegando à ciência do bem.
Sócrates, considerado fundador da ética, defendeu uma moralidade autônoma, independente da religião e exclusivamente fundada na razão, ou no logos. Atribuiu ao estado um papel fundamental na manutenção dos valores morais, a ponto de subordinar a ele até mesmo a autoridade do pai e da mãe. A partir de Sócrates temos Platão que fez uso da Alegoria da Caverna como plataforma de seu pensamento.
A partir de Sócrates a história da Ética esteve nas mentes de um grande número de sábios. Platão (427 a.C.?-347 a.C.?) que compôs sua arte filosófica na plataforma da Alegoria da Caverna, a qual simboliza o mundo sensível, a prisão, os juízos de valor, onde só se percebem as sombras das coisas. O exterior é o mundo das idéias, do conhecimento racional ou científico. Feito de corpo e alma, o homem pertenceria simultaneamente a esses dois mundos. A tarefa da Filosofia seria a de libertar o homem da caverna, do mundo das aparências, para o mundo real, das essências. Platão é considerado o iniciador do idealismo. Mas adiciona-se a essa libertação a capacidade de fazer o bem. A condição moral num nível que eleva o ser humano na construção da sociedade.
Depois a história deparou-se com Aristóteles: (384 a.C.-322 a.C.). Seguidor de Platão, Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) aperfeiçoa e sistematiza as descobertas de Platão e Sócrates. Em 333 voltou a Atenas, onde fundou o Liceu. Durante 13 anos dedicou-se ao ensino e à elaboração da maior parte de suas obras. Aristóteles tem uma valor acentuado para a Ética, pois foi o primeiro filósofo a distinguir a ética da política, centrada a primeira na ação voluntária e moral do indivíduo enquanto tal, e a segunda, nas vinculações deste com a comunidade. Dotado de lógos, "palavra", isto é, de comunicação, o homem é um animal político, inclinado a fazer parte de uma pólis, a "cidade" enquanto sociedade política.
Um salto considerável nos leva aos padrões ou tipos de Éticas. Temos no iluminismo, entre a Idade Média e a Moderna, o italiano Nicolau Maquiavel rompe com a moral cristã, que impõe os valores espirituais como superiores aos políticos. Defende a adoção de uma moral própria em relação ao Estado.
Nos séculos XVIII e XIX, o francês Jean-Jacques Rousseau e os alemães Immanuel Kant e Friedrich Hegel (1770-1831) são os principais filósofos a discutir a ética. Segundo Rousseau, o homem é bom por natureza e seu espírito pode sofrer aprimoramento quase ilimitado. Para Kant, ética é a obrigação de agir segundo regras universais, comuns a todos os seres humanos por ser derivadas da razão. O fundamento da moral é dado pela própria razão humana: a noção de dever. A Ética de Immanuel Kant (1724-1804) (traços biográficos). Kant estudou com ajuda do pastor da igreja. Em 1740 ingressou na Universidade de Königsberg como estudante de teologia, mas logo mostrou predileção por matemática e física. O pensamento de Kant se achava, àquela época, centrado na filosofia racionalista de Leibniz e na física de Newton.
Chegando a Hegel, o maior expoente do "idealismo alemão", que, como decorrência da filosofia kantiana, e em oposição a ela, começou com Fichte e Schelling. Esses dois pensadores tinham procurado tratar a realidade como baseada num só princípio, para superar o dualismo de sujeito e objeto, estabelecido por Kant, segundo o qual só era possível conhecer a aparência fenomenológica das coisas, não sua essência.
Para Hegel, o fundamento supremo da realidade não podia ser o "absoluto" de Schelling nem o "eu" de Fichte e sim a "idéia", que se desenvolve numa linha de estrita necessidade.
Hegel defendia uma lógica da dialética, não da contradição simplesmente. A Dialética compreende três fases: tese, antítese e síntese. Assim, toda realidade primeiro "se apresenta", depois se nega a si própria e num terceiro momento supera e elimina essa contradição. Este formato dá ao resultado, síntese, um composto em que a ideia lógica, o princípio, converte-se em seu contrário, a natureza, e esta em espírito, que é a "síntese" de idéia e natureza: a idéia "para si". A cada uma dessas etapas correspondem, respectivamente, a lógica, a filosofia natural e a filosofia do espírito. A parte mais complexa do sistema é essa última: o espírito se desdobra em "subjetivo", "objetivo" e "absoluto".
Não poderíamos de citar Nietzsche. Friedrich Friedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em 15 de outubro de 1844 em Röcken, na Saxônia prussiana.
O vigoroso espírito crítico de Nietzsche incidiu especialmente sobre a ética cristã: para esta, o bom é o humilde, pacífico, adaptável; e o mau é o forte, enérgico e altivo. Para Nietzsche, essa é a moralidade tanto de senhores quanto de escravos. O valor supremo que deve nortear o critério do que é bom, verdadeiro e belo é a vontade de potência: é bom o que vem da vontade de potência, é mau o que vem da fraqueza. O homem aspira à imortalidade, mas esse conceito nada significa, já que a realidade se repete a si mesma num devir que constitui o eterno retorno. O homem só se salva com a aceitação da finitude, pois se converte em dono de seu destino, se liberta do desespero para afirmar-se no gozo e na dor de existir. O futuro da humanidade depende dos super-homens, capazes de se sobrepor à fraqueza, e não da integração destes ao rebanho.
Chegamos à Ética Contemporânea. A valorização da autonomia do sujeito moral que é um caminho para a subjetividade onde a anarquia de valores se apresenta como parte integrante e tem como resultado o relativismo moral. Este contexto leva à ética subjetiva sem valor verdadeiro ou falso, tudo depende da forma que cada um vê. Uma concepção que levou ao pragmatismo "O que é a verdade e como se diferencia do erro?" Essa é a pergunta fundamental formulada pelo pragmatismo, que se propunha a elaborar uma atitude filosófica adaptada às sucessivas descobertas científicas surgidas ao longo do século XIX e às mudanças de uma sociedade em rápida transformação.
O pragmatismo é antes de tudo um método, do qual decorre uma teoria da verdade.
Três condições básicas para uma afirmação ser considerada verdadeira:
estar de acordo com a realidade e com os objetos da experiência;
estar de acordo com aquelas relações de índole puramente mental, que são verdades absolutas e incondicionais e que se conhecem como definição e princípios;
finalmente, estar de acordo com o conjunto de outras verdades já verificadas.
Já o Formalismo ético que consiste em negar a existência real da matéria e reconhecer-lhe somente a forma. O termo formalismo é utilizado com sentidos diferentes, segundo o contexto de aplicação seja a lógica, a filosofia da matemática, a gnosiologia, a ética ou a estética, mas sempre com a idéia de preponderância da forma sobre a matéria.
Mas, quanto à Ética Cristã temos a pergunta:O que é Ética e o que é Moral? Podemos resumir com as palavras de Jesus em Mateus 7:12 "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas". Por que é difícil fazer as coisas certas? É mais fácil fazer o que é errado? Por quê? Tendemos a ser corruptos. Todos os seres humanos foram criados para o bem, no entanto, o pecado manchou esta performance. O pecado é o aniquilamento do bem. A natureza humana é tendenciosa para o erro, é contraventora.
O Espírito Santo constrói e restabelece o relacionamento com Deus; através do Evangelho (Boas Novas de Jesus Cristo), Ele estabelece a comunicação com Deus. Capacita a pessoa a aceitar o amor e perdão de Jesus Cristo; Ele cria e sustenta a fé.
O cristão é simultaneamente "duas pessoas": a velha e a nova. A primeira com idéias, valores e padrões distorcidos e suscetíveis (que recebe influência) de satanás. Já a nova pessoa tem comportamento que são parecidos com os de Jesus Cristo e suscetíveis a Deus. A nova pessoa tem aversão por coisas que ofendem a Deus e ferem os outros; opõem-se as influências más! Em discussões éticas, normas são instrumentos que indicam e medem a correção moral. "Há vários tipos de normas". Entretanto a Bíblia contém as normas do bem as quais devem ser observadas. O Fruto do Espírito descrito em Gálatas 5.22 é: amor (1Co 13), gozo, paz, longanimidade (que não se irrita facilmente; suporta as adversidades: situações contrárias), bondade (indulgência, complacência, benevolência, tolerância), fidelidade (lealdade, firmeza), mansidão, domínio próprio (sereno, pacífico, calmo, tem humildade).
É agradável render-se à vontade de Deus reconhecida como superior e melhor que a nossa. (Deus esquadrinha os nossos corações, não é por força, persuasão, medo etc.)
A Ética está necessariamente e totalmente inserida no conhecimento de Deus e no exercício de uma vida pautada nos atributos de Deus: Justiça, amor, etc.
Jair C. Faria