Resumo de ANTROPOLOGIA
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Filosofia Religiosa
É um ramo filosófico que investiga a esfera espiritual inerente ao homem, do ponto de vista da metafísica, da antropologia e da ética.
É um estudo lógico dos conceitos religiosos e dos argumentos e expressões teológicas, o escrutínio e várias interpretações da experiência e das atividades religiosas.
Quase todas as religiões cristalizam-se em algumas instituições dogmáticas e culturais, muitas delas chegam a institucionalizar a conduta, com a criação até mesmo de tribunais de justiça e sanções e a organizar administrativamente as diversas comunidades de crentes e suas propriedades.
Com relação a Deus, destaca-se as atitudes de veneração, obediência, ração e em algumas o amor.
O conteúdo do Evangelho, no qual se apoiava a fé cristã nos primórdios do cristianismo, era um saber de salvação, revelado, não sustentado por uma filosofia. Sua luta contra o paganismo greco-romano e contra as heresias surgidas entre os próprios cristãos. No entanto os pais da igreja se viram compelidos a recorrer ao instrumento de seus adversários, ou seja o pensamento racional nos moldes da filosofia grega clássica e por meio dele procederam da consistência lógica à doutrina cristã.
A filosofia dita cristã, compreende a escolástica, mas não se confunde com ela e apresenta três fases: a patrísticas, a medieval que é escolástica e a escolástica pós medieval.
A patrística é a filosofia dos primeiros doutores da igreja que em luta com o paganismo e as heresias, se utilizaram da filosofia grega, especialmente do platonismo e do neoplatonismo, na formação, elucidação e defesa do dogma.
A doutrina filosófica cristã elaborada no século XIII pelo dominicano Tomás de Aquino, estudioso dos então polêmicos textos do filósofo grego Aristóteles recém chegado ao Ocidente. Tomás de Aquino, dedicou-se ao esclarecimento das relações entre a verdade revelada e a filosofia, isto é entre a fé e a razão.
O pensamento de Tomás de Aquino foi alvo de muita polêmica e violentas críticas dos teólogos de seu tempo, que o consideravam excessivamente filosófico, no entanto o racionalismo da doutrina foi justamente o traço que fez com que promovesse a sobrevivência do cristianismo nos tempos em que o pensamento filosófico passou a ser o saber dominante.
Já no decorrer do século XVIII, as idéias do iluminismo sobre Deus, a razão, a natureza e o homem cristalizaram-se em uma cosmovisão que deitou raízes e acabou por produzir avanços revolucionários na arte, na filosofia e na política.
Na astronomia e na física por exemplo Galileu e Galilei, Johannes Kepler e Isaac Newton levam a conceber o universo com a natureza, ou seja como o domínio ou realidade dinâmica regida por leis gerais que a razão sempre poderia acabar por descobrir.
Embora a idéia do deísmo não tenha sido compartilhada por todos os pensadores iluministas, alguns mantiveram a crença em um Deus transcendente ao qual a humanidade concerne diretamente enquanto outros radicalizaram suas opiniões e chegaram ao ateísmo, essa foi a tendência dominante do pensamento da época.
O iluminismo extinguiu-se ao menos em parte, pelos excessos de algumas de suas idéias. A oposição às idéias religiosas e a usurpação da figura de Deus tornou-se estéril e sem atrativos aos olhos de muitos para quem a religião era fonte de consolo e esperança e sentimento de comunhão.
O culto quase ritualístico a razão abstrata, elevada à categoria de autêntica divindade, levou também o culto do tipo esotérico ou obscurantista.