Resumo de APOLOGETICA
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RESUMO DA DISCIPLINA ARQUEOLOGIA BIBLICA
Arqueologia (do grego, “archaios’, “antigo”, e “logos”, discurso depois estudo, ciência) é a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais.
É uma ciência social, isto é, que estuda as sociedades, podendo ser tanto as que ainda existem, quanto as já extintas, através de seus restos materiais, sejam estes móveis (como por exemplo, um objeto de arte, as vénus) ou objetos imóveis (como é o caso das estruturas arquitetônicas). Incluem-se também no seu campo de estudos as intervenções feitas pelo homem no meio ambiente.
A parte da arqueologia especializada em estudos dos restos materiais relacionados direta ou indiretamente com os relatos bíblicos e com a história das religiões judaico-cristãs. É denominada de Arqueologia Bíblica, a região mais estudada pela arqueologia bíblica, na perspectiva ocidental, é a denominada Terra Santa, localizada no Médio Oriente.
Os principais elementos desta ciência arqueológica são, em sua maioria, referências teológicas e religiosas, sendo considerada uma ciência em toda a sua dimensão metodológica.
A arqueologia auxilia-nos a compreender a Bíblia. Ela revela como era a vida nos tempos bíblicos, o que passagens obscuras da Bíblia realmente significam, e como as narrativas históricas e os contextos bíblicos devem ser entendidos, ajuda também a confirmar a exatidão de textos bíblicos e o conteúdo das Escrituras e tem mostrado a falsidade de algumas teorias de interpretação da Bíblia.
O arqueólogo bíblico pode dedicar-se à escavação de um sítio arqueológico por várias razões. Se o talude que ele for estudar reconhecidamente cobrir uma localidade bíblica, ele provavelmente procurará descobrir as camadas de ocupações relevantes à narrativa bíblica. Ele pode estar procurando uma cidade que se sabe ter existido mas ainda não foi positivamente identificada, sanando dúvidas relacionada ao objeto de estudo.
O valor da arqueologia Bíblica para o estudo bíblico, a arqueologia bíblica é a disciplina que se ocupa da recuperação e investigação científica dos restos materiais de culturas passadas que podem iluminar os períodos e descrições da Bíblia, a função da arqueologia bíblica não é confirmar ou desmentir os eventos bíblicos, nem pretende influenciar determinadas doutrinas teológicas, tal como a da salvação. Limita-se ao plano científico e não entra no terreno da fé.
Igualmente, alguns resultados da arqueologia bíblica podem e têm contribuído para aumentar o conhecimento sobre alguns dados históricos descritos nos relatos bíblicos envolvendo governantes, personagens, batalhas e cidades; Descrever alguns detalhes concretos referidos nos livros bíblicos tais como o Túnel de Ezequias, a piscina de Siloé, o Gólgota, entre outros; Fornecer dados que prestam uma ajuda fundamental aos estudos exegéticos.
A arqueologia é uma ciência nova, mais nova ainda é a arqueologia bíblica, muito questionada pelos arqueólogos seculares que afirmam que uma arqueologia bíblica não é possível, logo que a Bíblia não é um livro 100% confiável. Do lado dos estudiosos bíblicos se afirma que os que não querem aceitar a Bíblia como documento histórico carregam a priori um desprezo para com o livro sagrado, e não fazem ciência verdadeira, antes têm preconceitos que os impedem de enxergar a veracidade dos relatos bíblicos.
A palavra arqueologia é formada de duas palavras gregas: a;rcaioj (archaios)= original, primitivo, velho e logi,a (loguia) = estudo.
No correr do séc. XIX, o mesmo vocábulo assume a significação técnica de estudo científico dos monumentos e remanescentes documentos, lato sensu, dos períodos pré-históricos.
A partir do séc. XIX, contudo, é que a palavra começa a assumir o sentido técnico: “Estudo científico dos monumentos e remanescentes documentos”.
A arqueologia é um campo restrito e específico do conhecimento humano e procura reconstruir o passado histórico do homem, bem como as fases iniciais da cultura humana. Através de diversos achados e técnicas desenvolvidas ao longo do progresso dessa ciência, os arqueólogos são capazes de preencher as lacunas deixadas pelos textos escritos, pois para o estudo arqueológico cada material encontrado conta algo a respeito daquele povo ou daquele grupo de pessoas, desde vasos ou pedaços de vasos a dentes e esqueletos podem falar muito sobre a cultura humana do passado.
Através do estudo arqueológico é possível preencher as lacunas deixadas pelos textos de modo que a arqueologia e paleografia se completam para levantar a história de determinada cultura.
Há dificuldades de conceituar e delinear os objetos da arqueologia mesmo entre os pesquisadores.
Há divergências de opiniões entre os especialistas, quanto ao seu campo específico de estudo e às suas filiações. Para uma corrente, a Arqueologia integra-se na antropologia cultural. Clark Wissler, por exemplo, diz que Antropologia é termo que designa a ciência do estudo do homem, sendo a Arqueologia uma de suas divisões. Mais recentemente outro autor, James Deetz, define ainda mais diretamente a Arqueologia como um ramo da Antropologia.
Outro grupo argumenta que a Arqueologia se ocupa da reconstrução do passado mais remoto como um todo. Em consequência, ela é uma disciplina histórica. Gordon Childe, por exemplo, a classifica como ‘uma forma de história.
Na realidade, a Arqueologia utiliza-se dos métodos desenvolvidos pela Antropologia Cultural, principalmente no que concerne a certas técnicas de interpretação utilizadas. No entanto, seus objetivos são basicamente históricos, pois as reconstituições elaboradas ou insinuadas por ela se relacionam, sempre, a um grupo humano que ocupou determinado lugar no espaço e esteve situado no tempo.
Mesmo havendo toda essa dificuldade de definição específica da Arqueologia, em termos gerais ela é definida como a ciência que busca reconstruir as imagens da vida através de evidências materiais que restaram do passado.
Temos de ter claro em nossas mentes que a Arqueologia não provará a Bíblia para nós e nem anulará as Sagradas Escrituras. Tendo em vista que a nossa confiança na Bíblia está embasada na fé, não podemos esperar que uma ciência secular a aprove ou desaprovasse, pois se assim for, a nossa fé estará embasada não nas Escrituras, mas nas técnicas e percepções do homem, e ainda, teremos uma fundamentação oscilante, já que a ciência tem por característica a instabilidade de suas teorias. Nossos irmãos no passado não conheceram a Arqueologia e nem os achados que hoje conhecemos e nem por isso deixaram de aceitar como verídicos os relatos bíblicos.
Muitos estudantes, ao ingressarem na vida acadêmica secular, dão ouvido às primeiras informações de seus mestres, muitas vezes ateus, sobre determinado fato histórico ou achado arqueológico que supostamente “desmente” a Bíblia. Fazendo assim, estão dando crédito à percepção histórica e a cosmovisão ateística de que a Bíblia não é verdadeira. Entretanto, a história da apologética cristã mostra que a Bíblia sempre venceu os pressupostos ateus daqueles que procuravam desacredita-la e no final sempre ficou provada a veracidade e a precisão de seus relatos em detrimento às afirmações que procuravam contradize-la.
No campo da Arqueologia Bíblica, então, vale a paciência. Não devemos vender o nosso direito de primogenitura pela primeira sopa de argumentos supostamente científicos. A certeza de que a Bíblia diz a verdade ainda que contrarie a História e a Arqueologia profana. O tempo mostrará que a Bíblia sempre está certa em tudo que afirma.
O estudante pode então perguntar: Se é assim então para que sirva a Arqueologia? Serve para muitos fins e citaremos em seguida alguns que consideramos importantes:
1.º Para a defesa da fé cristã e de sua veracidade histórica que a diferencia de todas as outras religiões que se baseiam em mitos e lendas, enquanto que a Bíblia se fundamenta na história e pode ser verificada à luz das descobertas arqueológicas sérias e sem pressupostos ateísticos;
2.º Para reconstruir o ambiente histórico bíblico, esclarecendo assim o que o texto quis dizer com determinada palavra, expressão ou costume dos tempos bíblicos;
3.º Para a reconstrução da história dos homens e mulheres que são relatados na Bíblia, isto se torna muito útil para o ensino e a pregação da Palavra de Deus.
A Arqueologia bíblica é uma divisão da Arqueologia, e é reconhecida até mesmo nos meios acadêmicos seculares, como podemos verificar:
O estudo das chamadas sociedades ‘históricas’, do ponto de vista arqueológico, leva frequentemente à especialização de conhecimentos e, em consequência, a designações específicas, como ‘arqueologia egípcia’, ‘arqueologia bíblica’, etc.
A Enciclopédia Mirador, dá ainda a seguinte definição para Arqueologia Bíblica: Arqueologia Bíblica é a ciência das coisas antigas relacionadas direta ou indiretamente com a Bíblia, e cujo conhecimento é necessário ou, pelo menos, útil para a melhor compreensão dos textos sagrados. Concebida nesses termos, equivale a uma história da civilização dos povos bíblicos, sobretudo o israelítico-judaico-cristão. Quando Israel entrou no país de Canaã. Já ali existiam cultura e civilizações de muitos séculos. O Israel bíblico não teve de criar tudo ab ovo4: língua, escrita, costumes, religião já eram antigos nos sécs. XIII e XII a.C.5
Atualmente, a Arqueologia Bíblica tem sofrido ferrenhos ataques, sobretudo em Israel, onde a briga entre israelitas e palestinos tem feito os palestinos acusarem Israel de fazer Arqueologia com fins políticos. Ou seja, comprovar os fatos bíblicos seria argumento do lado de Israel para afirmar seu direito a terra, logo que se seus antepassados já haviam conquistado a terra em tempos remotos, o povo de Israel tem direito a terra, pois estava ali primeiro.
Diante deste contexto político em Israel, se faz muito mais necessária a comprovação arqueológica irrefutável, tarefa que nem sempre é possível, tendo em vista a distância histórica dos acontecimentos bíblicos. Mesmo sítios arqueológicos tradicionais como: Ur, Massada, Jericó, etc. têm sido contestados pela Arqueologia moderna através de teorias diferentes das que já tinham sido estabelecidas.
Outro fator prejudicial para a Arqueologia Bíblica foi a invasão do Afeganistão pelos E.U.A., que gerou ódio no mundo árabe pelo ocidente, dificultando a pesquisa arqueológica em países muçulmanos, onde hoje está a maioria dos sítios arqueológicos relacionados com a Bíblia.
Também a invasão do Iraque danificou construções e museus que continham escritos referentes à antiga Babilônia. Embora muito desse material já houvesse sido antes publicado, não sabemos ainda os danos decorrentes desses recentes incidentes para a Arqueologia Bíblica. Sabemos, entretanto, que museus foram saqueados, material arqueológico foi contrabandeado e outras matérias foram completamente destruídas.
Sítios arqueológicos são locais de escavação de extrema importância para o arqueólogo, já que o principal trabalho do arqueólogo de campo e sem o levantamento preciso de informações de campo nem mesmo o arqueólogo de escritório pode trabalhar, já que sem levantamento preciso nos sítios não há dados para se trabalhar as teorias.
A arqueologia Bíblica tem sido uma ótima forma de comprovar a veracidade de alguns fatos Bíblicos que eram questionados por algumas pessoas.
Na Palestina, são descobertos lugares e cidades muitas vezes mencionados na Bíblia. Apresentam-se exatamente como a Bíblia os descreve e no lugar exato em que ela os situa. Em inscrições e monumentos arquitetônicos primitivos, os pesquisadores encontram cada vez mais personagens do Velho Testamento e do Novo Testamento.
Do mundo do Novo Testamento ressurgiam as magníficas construções do Rei Herodes; no coração da antiga Jerusalém foi descoberta a plataforma (litostrotos), citada por João, o Evangelista, onde Jesus esteve diante de Pilatos; os assiriólogos decifraram em tábuas astronômicas da Babilônia os precisos dados de observação da estrela de Belém.
Com relação ao dilúvio, temos a explicação para catástrofe identificada nas escavações de Woolley e sua equipe de escavação que, encontraram a cidade Ur dos Caldeus soterrada, assim como vasos, mesas e demais artefatos que comprovam que em uma época passada houve sobreviventes naquele local. Também existem registros de que algumas pessoas que viram “restos de um navio” no Monte Ararat bem como foram encontradas madeiras de “idade antiguíssima” neste mesmo local, fato este que pode comprovar a existência da arca de Noé.
Consta também que, foi encontrada uma inscrição em um túmulo egípcio, (história de Sinuhe) que, ao descrever sua trajetória, deixa claro a existência da Terra de Canãa e sua referência comercial. Foram encontradas também as ruínas de Siquém.
Através de algumas descobertas, foi possível identificar que as cidades de Canãa eram burgos fortificados, lugares de refúgio em tempos de guerra, quer devido a ataques súbitos de tribos nômades, quer devido a hostilidades dos cananeus entre si. As cidades eram pequenas, com abastecimento limitado de água em todas elas. Em comparação aos palácios da Mesopotâmia ou do Nilo, eram insignificantes. A cidade de Nínive, capital assíria descrita na Bíblia, também foi descoberta em pesquisas arqueológicas.
Expedições arqueológicas também descobriram “Os Manuscritos do Mar Morto”, tendo dentre eles, Cópias do Livro de Isaías.
O fato é que, nenhum livro da história da humanidade jamais produziu um efeito tão revolucionário, exerceu uma influência tão decisiva no desenvolvimento de todo o mundo ocidental e teve uma difusão tão universal como o “Livro dos Livros”, a Bíblia. Ela está hoje traduzida em mil cento e vinte línguas e dialetos e, após dois mil anos, ainda não dá qualquer sinal de que haja terminado a sua triunfal carreira.