Resumo de APOLOGETICA
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Discurso para justificar, defender ou louvar ( segundo o dicionário Aurélio).
Dentro do contexto evangélico-eclesiástico é a habilidade de responder com provas adequadas e sólidas a fé cristã perante as demais religiões, pois o cristianismo é uma religião de fatos.
Apologética é um ministério de ajuda, nós o fazemos como discípulos de Jesus, e da maneira como Ele o faria.
Pedro exortou os discípulos a estarem “sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência” (1 Pedro 3, 15:16).
Temos que fazer a apologética como um ato de amor fraternal, sendo “prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mateus 10:16).
O evangelista para cristo é caracterizado pela humildade e amor.
A apologética não é para forçar as pessoas relutantes á submissão intelectual, mas uma chamada na qual servimos aos necessitados. Temos que fazer o trabalho da apologética como servos incansáveis da verdade. Falemos “a verdade em amor”(Efésios 4.15)
A verdade é o ponto de referência que compartilhamos com todos os seres humanos. Temos que ter uma postura como Jesus, defender a nossa fé sem arrogância, hostilidade, Ele é nosso modelo.
Categorias de Apologética
Apologética Clássica – trabalha com a existência de Deus, sendo seus principais argumentos:
Cosmológico: uma vez que cada coisa existente no universo deve ter uma causa, deve haver um Deus, que é a ultima causa de tudo.
Teleológico : existe um objetivo, um propósito para a criação do universo e do ser humano.
Ontológico: deus é maior do que todos os seres concebidos, porque existe na mente do homem um conhecimento básico da existência de Deus.
Alguns teólogos que se destacaram nesta categoria: Agostinho, Anselmo de Cantuária e Tomás de Aquino.
Apologética evidêncial: defende a infalibilidade da Bíblia. (Josh McDowell)
Apologética histórica: enfatiza as evidências históricas da existência de Deus ( Justino Mártir e Tertuliano)
Apologética experimental: é apresentada por fieis que arrogam para si experiências pessoais, alguns rejeitam esta abordagem por considerarem mística.
Apologética pressuposicional: ela parte de uma pressuposição para construir sua defesa e se classifica em revelacional, racional e prático ( Cornelius Van Till e John Carnell)
O cristianismo é uma religião que por sua natureza exclui quaisquer outros credos como verdadeiros, a não ser ele mesmo. O cristianismo nos apresenta um só mediador e um só caminho que leva a um único Deus verdadeiro.
Defesa da fé além das evidências
Um livro 5 estrelas, não porque seja incontestável, mas porque sua essência é comprometida com a defesa do evangelho indo além do que padroniza a linha apologética geral.
Van Til explora as diferenças nas raízes que formam algumas visões do Cristianismo e influenciam a forma de como apresentamos a Verdade ao mundo, demonstrando os atributos específicos no catolicismo romano, arminianismo e na visão reformada.
Durante toda a obra, o autor busca demonstrar os efeitos do pecado no homem que, apesar de racionalizar e intelectualizar, tem seus padrões distorcidos para enxergar da forma correta, sendo assim, o ponto de contato com o incrédulo não pode ser algo sem referência final à Deus, pelo contrário deve ter como pressuposto Sua existência, deixando o controle nas mãos dEle, não ao acaso ou à visão corrompida do incrédulo como juíz de todas as coisas.
Van Til não invalida a argumentação intelectual e evidencialista de forma alguma, mas mostra suas limitações, ao passo que mesmo que houvesse uma "aceitação" desses argumentos, o incrédulo chegaria a um deus conforme sua própria visão, sendo assim seria essencial a validade dos argumentos dos pressupostos revelacionais do único Deus verdadeiro, não aquele moldado pela visão humana.
Deveríamos então utilizar as argumentações e a apologética baseada nas evidências de forma complementar e posterior ao sistema de pressupostos.
Vejamos o que o autor propõem na página 100:
" Em seu âmago o homem natural sabe que é criatura de Deus. Ele também sabe que é responsável diante deste Deus, e que em tudo que faz deveria enfatizar que a área da realidade que ele investiga está marcada com o selo de propriedade de Deus. Contudo, ele SUPRIME o conhecimento de si mesmo, tal como ele é. Ele é o homem com a máscara de ferro. Um método verdadeiro de apologética deve buscar DESTRUIR essa máscara".
Percebemos que no livro a indicação é de que as teorias não cristãs podem ser discutidas, mas devemos demonstrar o quão afastadas estão do teísmo Cristão e da razão, pois estão eivadas de vícios desde sua concepção inicial, sem também ter uma autoridade finalística válida, o qual seria Deus!
Apesar de uma linguagem complexa, eu indico muito esse livro para aqueles que desejam ampliar seus horizontes na apologética!