Resumo de ARQUEOLOGIA BIBLICA
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CURSO: BACHARELADO EM TEOLOGIA LIVRE
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES
RESUMO DA DISCIPLINA ARQUEOLOGIA BÍBLICA
A queda dos antigos impérios da Babilônia, Assíria, Egito e Pérsia, levou ao desaparecimento dos velhos povos orientais, excluindo os judeus.
De um modo geral podemos afirmar, baseados nos materiais existentes, que no que diz respeito a civilização material, eram os israelitas, na sua maior parte, discípulos dos seus mais velhos e adiantados vizinhos; na vida espiritual, porém, revelaram excepcional independência e uma originalidade criadora.
A arqueologia bíblica tem dado fim aos questionamentos que os céticos opõem aos fatos históricos dos livros bíblicos. As inscrições cuneiformes encontradas em Mari, no médio Eufrates, continham nomes bíblicos que situaram subitamente num período histórico as narrativas sobre os patriarcas, até então tomadas por simples “histórias piedosas”. Em Ugarit, na costa do Mediterrâneo, foram descobertos pela primeira vez os testemunhos do culto cananeu de BAAL.
Na Palestina, são descobertos lugares e cidades muitas vezes mencionados na Bíblia. Apresentam-se exatamente como a Bíblia os descreve e no lugar exato em que ela os situa. Em inscrições e monumentos arquitetônicos primitivos, os pesquisadores encontram cada vez mais personagens do Velho Testamento e do Novo Testamento.
A Bíblia é exclusivamente história sagrada, testemunho de crença para os cristãos de todo o mundo. Na verdade, ela é ao mesmo tempo um livro de acontecimentos reais.
Nenhum livro da história da humanidade jamais produziu um efeito tão revolucionário, exerceu uma influência tão decisiva no desenvolvimento de todo o mundo ocidental e teve uma difusão tão universal como o “Livro dos Livros”, a Bíblia!
A Bíblia está hoje traduzida em mil, cento e vinte línguas. Nos meados do século XIX, iniciaram-se pesquisas e escavações por toda parte, no Egito, na Mesopotâmia e na Palestina, obedecendo a um desejo subitamente surgido de formar uma idéia cientificamente alicerçada sobre a história da humanidade naquela parte do mundo. O objetivo de uma vasta série de expedições foi o Oriente Próximo.
Até então, desde o ano 550 a.C. aproximadamente, a Bíblia fora a única fonte de informações sobre a história da Ásia Menor. Só ela falava de tempos que se perdiam nas sombras do passado. Surgiram na Bíblia povos e nomes de que nem os gregos e romanos antigos tinham mais notícia alguma.
Pelos meados do século passado, multidões de eruditos foram atraídas irresistivelmente para as terras do antigo Oriente. Ninguém conhecia os nomes que em breve andariam em todas as bocas.
Os homens do “Século das Luzes” ouviam com assombro a respeito de seus achados e descobertas. O que aqueles homens arrancaram, a poder de contínuo e árduo trabalho, das areias do deserto ao longo dos grandes rios da Mesopotâmia e do Egito chamou com justiça a atenção de milhões.
O termo “Manuscritos do Mar Morto” é usado atualmente em dois sentidos, um genérico e outro específico. No sentido genérico, “Manuscritos do Mar Morto” refere-se a textos, encontrados não no Mar Morto, mas descobertos em grutas ao longo da margem noroeste desse mar entre os anos de 1947 e 1956.
Esses “manuscritos” às vezes são completos, mas a grande maioria deles é fragmentos de textos ou de documentos de diversos tipos que datam mais ou menos do final do século III a.C. ao século VII-VIII d.C.
Nem todos são relacionados entre si, mas foram encontrados em grutas ou cavidades em sete diferentes locais na margem noroeste do Mar Morto. Nesse sentido genérico, o termo inclui até mesmo alguns textos descobertos no final do século passado num genizah (“esconderijo” usado para abrigar pergaminhos e livros judaicos velhos ou gastos) da Sinagoga de Esdras na parte antiga do Cairo.
Algumas pessoas às vezes incluem nesse sentido genérico também os textos encontrados em Wadi ed-Daliyeh, um sítio na Transjordânia a nordeste do Mar Morto. É questionável, porém, se devam ser incluídos sob a designação “Manuscritos do Mar Morto”, mesmo no sentido mais amplo, porque não tem nenhuma relação com aqueles e provem de uma área diferente e de um período histórico muito mais recente.
No sentido específico, usa-se “Manuscritos do Mar Morto” para designar os rolos e fragmentos encontrados em 11 grutas na área de Qumran. Usa-se MMM, portanto, para se falar dos manuscritos de Qumran por causa do grande número de textos provenientes dessas grutas e da natureza e importância dos documentos que ali se achara.
Os sete grandes manuscritos da Gruta 1 foram descobertos no início de 1947, antes da guerra árabe-israelense de 1948-1949. A Gruta 2 foi descoberta por beduínos em fevereiro de 1952.
Durante a exploração dos penhascos pela equipe conjunta dos arqueólogos, em março de 1952, a Gruta 3 foi descoberta. As Grutas 4 e 6 foram descobertas pelos beduínos em setembro de 1952. As Grutas 5 e 7-10 foram encontradas pelos escavadores do Khirbet Qumran em fevereiro e março de 1955. A Gruta 11, que passava despercebida a equipe de exploração arqueológica de 1952, foi encontrada por beduínos em 1956.
A grande maioria dos textos de Qumran está escrita em hebraico, mas um número importante deles foi preservado em aramaico, uma língua da família do hebraico.
Era a língua usada pela maioria dos judeus da Palestina nos dois últimos séculos a.C. e nos primeiros séculos d.C. Há também alguns textos em grego, isto é, textos do Antigo Testamento grego, encontrados nas Grutas 4 e 7.
Os textos hebraicos não são apenas bíblicos, ou seja, manuscritos e fragmentos da Escritura hebraica, mas também vários escritos não-bíblicos: textos de literatura parabíblica conhecidos anteriormente apenas em traduções gregas, etíopes ou latinas; e textos de escritos sectários que vieram a luz pela primeira vez.
De igual modo, há textos bíblicos em aramaico, Daniel e Tobit, e também três targumim fragmentários (traduções aramaicas de passagens do Levítico e de Jó). Além disso, muitos escritos aramaicos até então desconhecidos, entre os quais os mais importantes são o Apócrifo do Gênesis da Gruta 1 e os fragmentos de Enoc da Gruta 4.
Os sete grandes manuscritos da Gruta 1 são os seguintes: (a) Cópia “a” do livro de Isaías: Este texto, datado paleograficamente em 125-100 a.C. e agora pelo radiocarbono em 202-107 a.C., contém todos os 66 capítulos do livro de Isaías, exceto por algumas palavras cortadas na base de algumas colunas.
Está escrito em 54 colunas de largura variada, sobre 17 peças de pele de carneiro costuradas para formar um rolo, medindo aproximadamente 7,5m de comprimento e 0,30m de altura.
Esse manuscrito dá um testemunho singular da fidelidade com que o livro de Isaías foi copiado ao longo dos séculos pelos escribas judeus, já que o mais antigo texto hebraico de Isaías que se conhecia antes da descoberta dos MQ era o códice do Cairo dos Profetas maiores e menores datado em 895 d.C. (em seu cólofon).