Resumo de ARQUEOLOGIA BIBLICA
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Faculdade Teológica das Assembleias de Deus
Curso Livre de Graduação
Curso: Bacharelado em Teologia
Aluno: Francisco de Paula Mesquita
Disciplina: Arqueologia Bíblica
RESUMO
ARQUEOLOGIA. Ciência que estuda a vida e a cultura dos povos antigos por meio de escavação ou através de documentos, manuscritos, objetos etc. Por eles deixados – (Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa, p.60).
Publicado como autor anônimo, a Enciclopédia Barsa trás uma classificação ou divisão da Arqueologia; dividindo-a em duas fases distintas, porém já justificando de antemão que mesmo havendo tal divisão, as técnicas e métodos de trabalho científico bem, como as buscas em campo, são idênticos. As divisões: a – Arqueologia pré-histórica é a parte da antropologia cultural cujo campo abrange todo o longo período em que o homem viveu por sobre a terra antes da descoberta da escrita; b – arqueologia clássica, ciência auxiliar da história onde aos restos comuns à divisão precedente se juntam, também, fontes ou documentos escritos de várias naturezas – (Autor anônimo, Enciclopédia Barsa, 1994, editora Enyclopedia Britânica Consultoria Editorial LTDA, p127).
Arqueologia Bíblica – Estudos científicos, por meio de escavações e pesquisas, dos restos materiais da vida e costumes dos homens da época da Bíblia. Os esforços de profissionais da arqueologia, centenas de engenheiros, topógrafos, químicos, ceramistas, filólogos, paleontólogos e outro sem número de trabalhadores, desde o ano 1824, tem esclarecido os mistérios que se tem a respeito da vida humana desde Abraão, Moisés, Davi, Salomão, Jeremias e outros profetas e patriarcas. Esses pesquisadores tem encontrado ruínas de habitações, objetos feitos e ou usados pelos homens, inscrições em rochas, pergaminhos e documentos dos tempos bíblicos, que esclarece muitas passagens das Escrituras; Entre todos os documentos encontrados, não há um mais importante do que os rolos encontrados em 1847, em uma das cavernas às margens do Mar Morto; antes disso, o manuscrito mais antigo que se tinha das Escrituras, datava do século 10 da nossa época; agora, porém, temos manuscritos bem mais antigos. Manuscrito entende obras escritas à mão; não há obra clássica que chegou até nós, o texto do Novo Testamento; esses manuscritos foram escritos em papiro, uma planta muito conhecida de Ásia, e usada para registrar, contas, anotações em geral; mas o melhor achado em papiro, trata-se de um rolo registrando a vida e obra dos faraós (referencia: Pequena Enciclopédia da Bíblia, páginas, 86,484 e 798).
Já nos Seminários Teológicos, podemos talvez considerar que haja uma terceira divisão que é a Arqueologia Bíblica, que seguramente emprega os mesmo métodos e técnicas que as outras duas divisões.
Segundo o autor da apostila desta disciplina, em Introdução, “Do mundo civilizado no antigo Oriente, exceto a Bíblia, não ficou conservado nenhum monumento literário. A queda dos antigos impérios da Babilônia, Assíria Egito, e Pérsia, levou ao desaparecimento dos velhos povos orientais, excluindo os Judeus”.
Através dos registros históricos da Bíblia, os Arqueólogos têm buscado fragmentos de provas referentes à vida no mundo antigo, promovendo escavações em lugares e regiões citadas neste Livro maravilhoso, o Livro dos Livros e, não poucas suas expedições de investigações são contempladas com grande quantidade de materiais probatórios tanto do ponto de vista quantitativo bem como do qualitativo, comprovando ainda cada vez, a veracidade e credibilidade Bíblica. Segundo o autor da apostila (p. 1 e 2), a pá dos investigadores desvendou para as populações atuais além de cidades e palácios descobriu muito sobre a cultura daquele povo, como, sua religião, seu modo de vida, sua comunicação e as relações econômicas. Tudo em escavações feitas nas regiões do Nilo, Eufrates e Tigre; ali foi desvendada uma vida de aproximadamente quatro mil anos. Enquanto alguns leitores das Escrituras preferem duvidar da sua veracidade, outros vão à luta buscando em campo de pesquisas vestígios e documentos que comprovam essa realidade e, colocando à disposição das comunidades acadêmicas tais materiais, bem como artigos e publicações científicas para que se torne publico. A Bíblia menciona lugares e nomes de pessoas que se situaram num período histórico do médio Eufrates, nomes bíblicos esses, que foram encontradas em Mari, na região de Ugarit, na costa do Mediterrâneo se descobre a forma do culto a Baal; sendo encontrados no mesmo ano, documentos, como, parte do rolo de Isaias em caverna nas proximidades do Mar Morto. A Arqueologia teve sua evolução em meados do século XVII, com a escavação de Herculano e Pompéia, cidades romanas vitimas da erupção do Vesúvio em 79 d.C.: Winkelmann funda a arqueologia clássica, no século XIX. No campo da arqueologia Bíblica em 1843 o francês Paul-Émili Botta, abre a porta para o mundo histórico do Antigo Testamento, quando em escavações feitas em Khursabad na Mesopotâmia, encontrou imagens em relevo de Sargão II, o rei assírio que despovoou Israel e conduziu seu povo em longas colunas. Os relatos das campanhas desse soberano relacionam-se com a conquista de Samaria, igualmente descrita na Bíblia – apostila, 1.1.1 – páginas 6 e 7, (como as laudas da apostila não são numeradas preferiu usar o numerador do Windows para as referencias, podendo oscilar para a próxima página ou para a anterior). O interesse pela arqueologia Bíblica tem se difundido de tal forma, que americanos, inglese, franceses e alemães promovem escavações no Oriente Próximo, na Mesopotâmia, na Palestina e no Egito. As grandes nações fundaram institutos e escolas com especialização nos trabalhos de pesquisas; criou-se escola em 1869, 1892,1898, 1900 e 1901 – (pagina 7). Os efeitos revolucionários que a Bíblia tem produzido, são efeitos decisivos no mundo Ocidental e com sua propagação Universal adquirindo mais e mais credibilidade perante seus leitores, dão provas de que realmente a Bíblia é o Livro dos Livros. Sobre Abraão na Terra de Canaã, foram encontrados inúmeros provas de sua passagem por essas Terras e, quanto à história de Ló e sua mulher, referente à história de Sodoma, a estátua de sal, etc.; as planícies verdejantes citas pelo salmista lá estão; em Nínive, é encontrada a biblioteca do rei Assurbanipal, os achados dos monumentos arquitetônicos do Nilo, os documentos reveladores em hieróglifos; os manuscritos do Mar Morto, encontrados nas grutas ao longo do Mar Morto nos anos 1947 e 1956, são documentos que muito contribuíram para se desvendar mistérios nunca antes conhecidos. As incansáveis expedições comandadas pelos cientistas do meio bíblico ou expedições paralelas têm em muito contribuído para o enriquecimento dos estudiosos da Bíblia e, principalmente para os cristãos praticantes e pregadores da Palavra, vez que de posse de certos elementos de comprovação poderá reforçar o conhecimento do pregador e ou do educador no sentido de suas argumentações.
“Nenhum livro no mundo produziu tanto efeito tão revolucionário, exerceu uma influência tão decisiva no desenvolvimento de todo o mundo ocidental e teve uma difusão tão universal o ‘Livro dos Livros’ a Bíblia”.
Informes Históricos de fontes assírias – “os informes históricos de fontes assírias formam um complemento muito preciso aos relatos dos livros bíblicos e auxilia-nos principalmente a controlar e corrigir a cronologia bíblica. Pela primeira vez, só vamos encontrar o nome de Israel nos textos assírios, lá pelo século nove antes da era cristã (853 a,C), por ocasião do encontro de Salmanassar II nas imediações de Carcar, na Síria com o exército aliado das potências sírio-palestina” (Apostila, 1.2.3 e 1.2).
“E as águas foram minguando até o décimo mês, em cujo primeiro dia apareceram os cumes dos montes. Ao cabo de quarenta dias, abiu Noé a janela que fizera na arca e soltou um corvo, o qual, tendo saído, ia e voltava, até que se secaram as águas de sobre a terra. Depois soltou uma pomba para ver se as águas teriam já minguado da superfície da terra; mas a pomba, não achando onde pousar o pé, tornou a ele na arca; porque as águas cobriam ainda a terra. Noé, estendendo a mão, tomou-a e a recolheu consigo na arca. Esperou ainda outros sete dias, e de novo soltou a pomba fora da arca. A tarde ela voltou a ele; trazia no bico uma folha nova de oliveira; assim entendeu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra. Então esperou ainda mais sete dias, e soltou a pomba; ela, porém, já não tornou a ele. Sucedeu que, no primeiro dia do primeiro mês, do ano seiscentos e um, as águas se secara de sobre a terra. Então Noé removeu a cobertura da arca, e olhou, e eis que o solo estava enxuto. E aos vinte e sete dias do segundo mês, a terra estava seca. Então disse Deus a Noé: Sai da arca, e, contigo, tua mulher, e teus filhos, e as mulheres de teus filhos. Os animais que estão contigo, de toda carne, assim aves, como gado, e todo réptil que rasteja sobre a terra, faze sair a todos, para que povoem a terra, seja fecundos, e nela se multipliquem. Saiu, pois, Noé, com seus filhos, sua mulher, e as mulheres de seus filhos. E também saíram da arca todos os animais, todos os répteis, todas as aves, e tudo o que se move sobre a terra, segundo as suas famílias. Levantou Noé um altar ao Senhor, e, tomando de animais limpos e de aves limpas, ofereceu holocaustos sobre o altar” (Gênesis, 8. 5 a 20; Bíblia Vida Nova, ARA, da Apostila, 1.4).
A pesar da grande contribuição da arqueologia no sentido de descobrimentos e achados importantíssimos à comprovação dos fatos bíblicos, ainda é pouco provável os vestígios de restos da arca que segundo a própria Bíblia, estará no Monte Ararat, pois faltam recursos financeiros para tal empreendimento em busca destes fragmentos ou vestígios comprobatórios. Muito se fala e se anuncia de achados e fragmentos da arca, mas não há nenhum documento ou encontro de algum tipo de material (com exceção à madeira apresentada, que parece ter sido descartada por falta de comprovação) que possa aproximar os pesquisadores ao encontro e comprovação da existência da arca; por outro lado, em relação a outros fatos históricos que envolvem a história do mundo bíblico há uma imensa riqueza de materiais, muitos em excelente conservação, outros, nem tanto, mas não perdem mesmo assim, o seu valor nos exames científicos.
Ur dos Caldeus
Depois longo trabalho de escavações, retirada de toneladas de cascalho, é encontrado finalmente a misteriosa Ur dos Caldeus, mencionada pela Bíblia “Morreu Harã, na terra de seu nascimento, em Ur dos Caldeus, estando Terá, seu pai, ainda vivo. (...) Tomou Terá a Abraão, seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai, sua nora, mulher de seu filho Abraão, e saiu com eles de Ur dos Caldeus, par ir à terra de Canaã; foram até Harã, onde ficaram” (Gênesis, 11. 28 e 31). Ur dos Caldeus tem sido desenterrada, e suas ruinas demonstram que era uma cidade populosa e havia um intenso movimento comercial naquelas terras.
Sua história e sua importância – Se ela, no curso de sua história acidentada, foi continuamente envolvida nos grandes acontecimentos do mundo, isso se deve a sua situação, Canaã constitui o elo entre o Egito e a Ásia. A mais importante estrada comercial do mundo antigo atravessava esse País. Mercadores e caravanas, tribos e povos errantes (andarilhos) percorriam esse caminho, por onde seguiriam mais tarde, também, os exércitos dos conquistadores. Egípcios, assírios babilônicos, persas, gregos e romanos, fizeram da terra e seus habitantes joguetes de seus interesses econômicos, estratégicos e políticos. (Apostila, 3.3.2). Segundo o autor da Pequena Enciclopédia Bíblica, a identificação mais aceita é que Ur dos Caldeus a atual Tell Mugayyar, no Rio Eufrates; acrescenta ainda, que escavações recentes (esse recente certamente se arremete à ocasião da edição desta Pequena Enciclopédia da Bíblia), das suas ruínas, forneceram muitas informações e subsídios importantes sobre a marcha dessa civilização desde o início; a cultura de Ur antecipa a do Egito, da Assíria, da Fenícia e a da Grécia.
Canaã – Por volta do ano 1900 antes de Cristo, Canaã era apenas esparsamente (esparsamente pode ser desordenada ou sem aglomeração compacta). Era como terra de ninguém. Aqui e além, no meio dos campos cultivados erguia-se um burgo fortificado. Nas encostas circunjacentes havia vinhedos, figueiras e palmeiras, (há, segundo informações, mais de mil espécies de palmeiras, mas a palmeira de Canaã é a Tamareira, “O justo florescerá com a palmeira, crescerá como o cedro do Líbano” Salmos 92.12). Os habitantes viviam isolados, era objeto de audaciosos assaltos (se pensam que hoje a violência é grande, é só ler a Bíblia, o que não faltam são relatos da maldade humana) dos nômades. Súbita e inesperadamente os nômades surgiam, derrubavam tudo e subtraiam tudo e desapareciam com a mesma rapidez em surgiam. Nessa região insegura esteve Abraão (81 4.1).
Rio Verde, Goiás, 15.11.2018.
Francisco de Paula Mesquita
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