Resumo de BIBLIOLOGIA
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Bibliologia
O nosso assunto é o estudo introdutório e auxiliar das Sagradas Escrituras, para uma melhor compreensão. Ela menciona países, montanhas, rios, desertos, mares, climas, solos, estradas, plantas, produtos, minérios, comércio, dinheiro, línguas, raças, usos, costumes, culturas etc. A riqueza da Bíblia consiste no caráter essencialmente religioso da sua mensagem, que a transforma no livro sagrado por excelência, tanto para o povo de Israel quanto para a Igreja cristã. Esses valores religiosos aparecem não só no título de Sagradas Escrituras, mas também na forma que Jesus e, em geral, os autores do Novo Testamento se referem ao Antigo, isto é, aos textos bíblicos escritos em épocas precedentes. Tem sido difícil determinar com exatidão, onde, como e quando a escrita teve a sua origem. Cada um destes teve a sua destacada e particular escrita: os babilônicos criaram a escrita cuneiforme, assim denominada por consistir de pequenas cunhas, feitas especialmente em pedras. Em um sentido mais particular, alude aos escritos do Antigo e Novo Testamentos, desde os tempos patriarcais até à invenção da imprensa, na metade do século XV. Antonio Gilberto (1996, p.74,75), “desde os tempos mais remotos o homem tem usado vários materiais e técnicas sobre as quais tentava de alguma forma passar idéias, fatos de geração a geração”, começaram a exportá-lo para a Grécia e depois para outros povos que habitavam nas margens do Mediterrâneo, onde se criou um importante comércio desta especialidade, mormente na cidade da Biblos. "O papel, palavra derivada de papiro, era preparado de finas faixas da parte interior da folha do papiro arranjadas verticalmente, com outra camada aplicada horizontalmente em cima. O pergaminho continuou a ser usado até o fim da Idade Média quando o papel inventado pelos chineses e introduzido na Europa pelos comerciantes árabes tornou-se popular, suplantando todos os outros materiais da escrita.
A história do texto massorético é um relato por si mesmo significativo. É chamado massorético porque, em sua presente forma, foi baseado na Massora, a tradição textual dos eruditos judeus conhecidos como os massoretas de Tiberíades. Na Septuaginta o termo “Logos” é usado para traduzir a palavra hebraica dãbhãr. A raiz desta palavra significa “aquilo que está por trás” e assim quando é traduzida por palavra, também significa som compreensível; e também pode significar coisa. Revisão, ou versão revista, é termo usado para descrever certas traduções, em geral feitas a partir das línguas originais, que foram cuidadosa e sistematicamente revistas, cujo texto foi examinado de forma crítica, com vistas em corrigir erros ou introduzir emendas ou substituições.
Contém os cinco livros de Moisés, tendo sido escrito num tipo paleo-hebraico, muito semelhante ao que se encontrou na pedra moabita, na inscrição de Siloé, nas Cartas de Laquis e em alguns manuscritos bíblicos mais antigos de Qumran. Os méritos do texto do Pentateuco samaritano podem ser avaliados pelo fato de apresentar apenas 6 000 variantes em relação ao Texto massorético, e em sua maior parte constituem diferenças ortográficas que se considerariam insignificantes. Ptolomeu, recebeu através de uma carta a seguinte notificação: "Escolhemos, Senhor, seis homens de cada tribo para vos levar as santas leis e esperamos da vossa bondade, quando não tenhais mais necessidade deles, que vos dignareis remetê-los com os que vão em sua companhia." Aristeas, escritor da corte de Ptolomeu Filadelfo, que reinou de 285-246 a.C., escrevendo a seu irmão Filócrates, conta que o referido monarca, por proposta de seu bibliotecário, Demétrio de Falero, solicitou ao sumo sacerdote judaico, Eleazar, que lhe enviasse doutores versados nas Sagradas Escrituras para preparar-lhe uma versão delas, em grego. Embora estes manuscritos fossem copiados no 5º e 4º séculos respectivamente, a forma de texto que eles preservam data do fim do segundo século ou início do terceiro. O período de 450 a 1100 é denominado anglo-saxônico, ou do antigo inglês, por ter sido dominado pela influência dos anglos, dos saxões e dos jutos em seus vários dialetos, “as primeiras traduções de partes das Escrituras basearam-se nas traduções da Antiga latina e da Vulgata, e não nas línguas originais, o hebraico e o grego, e nenhuma delas continha o texto da Bíblia toda.
Shoreham frequentemente recebe o crédito de ter produzido a primeira tradução em prosa de uma parte da Bíblia para um dialeto sulista do inglês, embora exista alguma dúvida quanto a ele ter sido realmente o tradutor dessa obra de 1320, “Wycliffe foi chamado de a Estrela da Manhã da Reforma", porque audaciosamente questionou a autoridade papal, criticou a venda de indulgências, negou a realidade da transubstanciação (doutrina que diz que a substância do pão e do vinho é mudada em corpo e sangue de Jesus Cristo durante a missa) e falou abertamente contra as hierarquias eclesiásticas. Depois de Wycliffe ter terminado seu trabalho de tradução, organizou um grupo de paroquianos pobres, conhecido como lolardos, para irem por toda a Inglaterra pregando as verdades cristãs e lendo as Escrituras na língua materna a todos os que ouvissem a Palavra de Deus. Entrementes, foram feitas tentativas de trazer amplas alterações e correções às traduções inglesas da Bíblia em virtude de novas descobertas textuais e por conta da natureza mutável da própria língua.
Embora lhe faltasse perseverança e só conseguisse traduzir os vinte primeiros capítulos do livro de Gênesis, esse seu esforço o colocou em uma posição historicamente anterior a alguns dos primeiros tradutores da Bíblia para outros idiomas, como João Wycliff, por exemplo, que só em 1380 traduziu as Escrituras para o inglês. É consagrado no campo da cultura secular, versado na linguística, incansável na comparação das línguas que aprendeu e usou, valeu-se de sua língua nativa, a portuguesa, para a expressão geral e ampla de suas obras principais, destacando-se, dentre elas, a tradução que fez da Bíblia, dos originais hebraico e grego para a língua portuguesa. Português ele, de três séculos idos, é certo que ainda falando e escrevendo corretamente, com segura inteligência das proposições, das frases e das palavras teve linguagem que hoje seria distante e até, não raro, diferente para as sucessivas edições da Bíblia, segundo ele a traduziu, porque a evolução semântica da linguagem, por vezes, impõe mudanças de palavras para que se não mude o sentido das mensagens. Depois de ponderados e minuciosos estudos das três traduções mais divulgadas no Brasil, ou sejam: Almeida, Figueiredo e da Tradução Brasileira de 1917, a comissão decidiu pela revisão da tradução Almeida, observando os seguintes tópicos: fidelidade ao texto original; renomado vernaculista, Antônio de Campos Gonçalves, secretário e relator da Comissão nos científica de que a Sociedade Bíblica do Brasil desejou conservar o mais possível a linguagem de Almeida, mas este objetivo era difícil de ser alcançado, por ser muito antiga a sua linguagem e por serem diferentes os originais seguidos por Almeida (Textus Receptus) e pela Comissão Revisora (Letteris e Nestle). Para que determinada tradução não envelheça, ela deve ser revista, não só quanto à língua, mas quanto à tradução propriamente dita, levando-se em conta as descobertas no campo da crítica textual que sempre trazem novo material para o aperfeiçoamento do texto sagrado nas línguas originais. Não foi influência da Vulgata que ele tinha diante de si, pois esta traz: aporiamur, sed non destituimur, mas seu próprio modo de traduzir. Os profetas do Antigo Testamento e os apóstolos do Novo Testamento frequentemente pronunciavam palavras de juízo recebidas do Senhor. E o autor aos Hebreus escreve que a poderosa palavra de Deus julga “os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Os que optam por desconsiderar a palavra de Deus acabarão por experimentá-la como palavra de condenação.