Resumo de DIDATICA
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CONCEITO GERAL DE DIDÁTICA
Didática é um dos principais ramos da Pedagogia. Enquanto adjetivo derivado de um verbo, o vocábulo referido origina-se do termo didásko cuja formação lingüística – note-se a presença do grupo sk dos verbos incoativos – indica. A característica de realização lenta através do tempo, própria do processo de instruir. Cada um desses fatos – a imaturidade da criança e a sua ignorância – devem servir de base à ciência da educação. O segundo abarcará o estudo dos vários ramos do conhecimento humano, e como são descobertos, desenvolvidos e aperfeiçoados. Cada uma dessas ciências necessariamente inclui a outra, assim como o estudo dos poderes inclui o conhecimento dos seus produtos, assim como o estudo dos efeitos abarca uma revisão das causas. O próprio treinamento das capacidades intelectuais é encontrado na aquisição, elaboração e aplicação do conhecimento e das artes que representam a herança da raça. Tratar das capacidades mentais somente no que urge serem consideradas numa discussão clara sobre o esforço de se adquirir experiência no processo da educação.
1 - EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA DIDÁTICA
Da Antiguidade até o início do século XIX, predominou na prática escolar uma aprendizagem de tipo passivo e receptivo. O estudo dos textos literários, da gramática, da História, da Geografia, dos teoremas e das ciências físicas e biológicas caracterizou-se, durante séculos, pela recitação de cor. Os conhecimentos a serem adquiridos eram, até certo ponto, reduzidos.
Embora esse ensino de caráter verbal, baseado na repetição de fórmulas já prontas, tenha predominado na prática escolar por muito, tempo vários. foram os filósofos e educadores que exortaram os mestres, ao longo dos séculos, a dar mais ênfase à compreensão do que à memorização. Com base nessas teorias do conhecimento, alguns princípios didáticos foram formulados. Conhecer é um ato que se dá no interior do indivíduo.
Essa etapa do método tinha como objetivo libertar o espírito das opiniões, pois.
Segundo, Sócrates a consciência da própria ignorância é o primeiro passo para se encaminhar na busca da verdade. Ao ensinar um assunto, o professor deve. Apresentar o objeto ou idéia diretamente, fazendo demonstração, pois o aluno aprende através dos sentidos, principalmente vendo e tocando. Mostrar a utilidade específica do conhecimento transmitido e a sua aplicação na vida diária. Fazer referência à natureza e origem dos fenômenos estudados, isto é, às suas causas.
2 - A INTERAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
Dentro desse grupo, que ocupa o espaço de uma sala de aula, a interação social se processa por meio da relação professor-aluno e da relação alunoaluno. É no contexto da sala de aula, no convívio diário com o professor e com os colegas, que. o aluno vai paulatinamente exercitando hábitos, desenvolvendo atitudes, assimilando valores. O valor pedagógico da relação professor-aluno. No processo de construção do conhecimento, o valor pedagógico da interação humana é ainda mais evidente, pois é por intermédio da relação professor-aluno e da relação aluno-aluno que o conhecimento vai sendo coletivamente construído.
O educador, na sua relação com o educando, estimula e ativa o interesse do aluno e orienta o seu esforço individual para aprender. Importância, do diálogo na relação pedagógica Como vimos, a construção do conhecimento é um processo interpessoal. Para haver um processo de intercâmbio que propicie a construção coletiva do conhecimento, é preciso que a relação professor aluno tenha como base o diálogo. É por meio do diálogo que professor e aluno juntos constroem o conhecimento, chegando a uma síntese do saber de cada um.
O professor transmite o que sabe, partindo sempre dos conhecimentos manifestados, anteriormente pelo aluno sobre o assunto e das experiências por ele vivenciadas.
Também Georges Gusdorf, no seu cativante livro Professores, para quê?, ressalta a importância do diálogo no processo educativo. Esse educador preconiza uma pedagogia do encontro e do contato vital (p. 226), na qual a relação mestre-discípulo é o intercâmbio de duas existências. Trata-se da confrontação do homem com o homem (p. 235).
3 - ENSINO APRENDIZAGEM
3.1.2. Há alguns princípios comuns de aprendizagem?
Existem alguns princípios que são comuns a todos os que se preocupam com a aprendizagem do aluno. Lembremo-nos de que a aprendizagem envolve mudança de comportamento ou de situação do aprendiz e isto só acontece na pessoa do aprendiz e pela pessoa do aprendiz. É um pouco a afirmação do óbvio: “ninguém aprende pelo outro”.
3.1.2.3. Toda aprendizagem precisa visar objetivos realísticos. 3.1.2.5. Toda aprendizagem precisa ser embasada em um bom relacionamento interpessoal entre os elementos que participam do processo, ou seja, aluno, professor, colegas de turma.
3.1.3. Em conclusão, como se caracteriza o papel do professor?
O papel do professor desponta como sendo o de facilitador da aprendizagem de seus alunos.Um plano de ensino, portanto, é a apresentação, sob forma organizada, do conjunto de decisões tomadas pelo professor em relação à disciplina que se propôs a lecionar.
Também com a própria classe o professor estabelecerá comunicação se expuser o plano que elaborou, em que pontos pode ser modificado etc. Uma visão clara de aonde o professor pretende que os alunos cheguem ao final do curso, bem como dos meios que serão utilizados para isso e dos critérios pelos quais a avaliação será feita, dão aos alunos segurança na sua relação com o professor, bem como permitem aos alunos fornecerem feedbacks que possibilitem um aperfeiçoamento do próprio plano de ensino inicial.
Além do plano de disciplina, o professor faz, para cada aula ou agrupamento de duas ou três aulas, um plano de unidade.
4 - ESTRATÉGIAS PARA APRENDIZAGEM
Debate
Descrição O debate é um procedimento de ensino que se apóia em leitura e estudo prévio sobre o assunto em foco e desenvolve-se no processo de exposição oral das idéias, pelos participantes do grupo, mediado pela atuação do professor. Na EaD, o debate pode ocorrer na lista de discussão ou no Fórum, uma ferramenta construída no ambiente virtual de ensino com essa finalidade. Da mesma forma que no debate. Presencial, é importante ouvir atentamente cada manifestação. Neste caso será necessário ler e compreender a posição dos colegas de curso. Ouvir ou ler o relato de experiências, opiniões, impressões dos demais participantes do grupo. Para que o debate possa ser utilizado com sucesso, o professor precisa: Selecionar um tema adequado à realização do procedimento. Papel do aluno. O aluno, da mesma maneira que o professor, é responsável pelo sucesso na utilização desse procedimento de ensino e, portanto, deve: Preparar-se para o debate, realizando leitura da bibliografia indicada, além de novas investigações. Analisar as contribuições dos colegas, incorporando-as às próprias idéias, quando possível. Registrar novas idéias, construídas no decorrer do debate, para consideração ou esclarecimento posterior. Dramatização, espontânea, os alunos participam sem elaboração prévia das situações encenadas.
5 - PROCESSO DE AVALIAÇÃO
Esta colocação distancia-se diametralmente daquela que entende a avaliação como uma atividade que se realiza ao final do semestre ou do ano para se verificar se o aluno aprendeu ou não ao término daquele espaço de tempo, quando o professor realiza um julgamento do aluno, para dar seu veredicto: foi aprovado ou reprovado. 5.1.4. A avaliação, como um processo contínuo, permite um contínuo reiniciar do processo de aprendizagem, até atingir os objetivos finais. Um plano de aprendizagem adequadamente elaborado, incluindo, portanto um processo contínuo de avaliação levará. o aluno à consecução dos objetivos e, por conseguinte, à aprovação final. O processo de avaliação deverá estar voltado para o desempenho do aluno. Quando falamos que o processo de avaliação deverá estar voltado para o desempenho do aluno, queremos dizer que é importante acompanhamos seu desenvolvimento, a partir do desempenho concreto em cada uma das atividades e procurarmos o máximo de objetividade para colaborarmos com a revolução do próprio aluno em direção aos objetivos. O processo de avaliação deverá incidir também sobre o desempenho do professor e a adequação do plano. Assim sendo, o processo de avaliação que procura oferecer elementos para avaliar se a aprendizagem está se realizando ou não, deve conter em seu bojo uma análise não só do desempenho do aluno, mas também do desempenho do professor e da adequação do plano aos objetivos propostos. Com efeito, muitos casos de não aprendizagem se explicaram e se explicam não por um desempenho inadequado do aluno, mas por uma falta de preparação do professor, sua improvisação, falta de planejamento, falta de flexibilidade na aplicação de um plano, desconhecimento ou não aplicação de técnicas pedagógicas adequadas aos objetivos propostos, por comportamentos preconceituosos do professor.
José Maria Teixeira Lima