Resumo de DIDATICA
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CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA LIVRE
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES
RESUMO DA DISCIPLINA DIDÁTICA
A Didática é um dos principais ramos da Pedagogia. O objeto da Pedagogia é a Educação, e a Didática, disciplina da própria Pedagogia, é a teoria do ensino. O vocábulo “didática” deriva da expressão grega techné didaktiké, que se traduz por arte ou técnica de ensinar.
Da Antiguidade até o início do século XIX, predominou na prática escolar uma aprendizagem de tipo passivo e receptivo. Aprender era quase exclusivamente memorizar. Nesse tipo de aprendizagem, a compreensão desempenhava um papel muito reduzido.
O saber, o conhecimento, é uma descoberta que a própria pessoa realiza. Conhecer é um ato que se dá no interior do indivíduo. A função do mestre, segundo Sócrates, é apenas ajudar o discípulo a descobrir, por si mesmo, a verdade. O método socrático foi denominado de ironia, e em dois momentos: a refutação e a maiêutica. Sócrates afirmava que os mestres devem ter paciência com os erros e as dúvidas de seus alunos, pois, é a consciência do erro que os leva a progredir na aprendizagem.
Ao ensinar um assunto, o professor deve:
-Apresentar o objeto ou idéia diretamente, fazendo demonstração, pois o aluno aprende através dos sentidos, principalmente vendo e tocando.
-Mostrar a utilidade específica do conhecimento transmitido e a sua aplicação na vida diária.
-Fazer referência à natureza e origem dos fenômenos estudados, isto é, às suas causas.
-Explicar primeiramente os princípios gerais e só depois os detalhes.
-Passar para o assunto ou tópico seguinte do conteúdo apenas quando o aluno tiver compreendido o anterior.
O método pestalozziano, como foi posteriormente chamado, tinha as seguintes características:
-Apresentava o conhecimento começando por seus elementos mais simples e concretos, de forma a estimular a compreensão.
-Utilizava o processo de observação ou percepção pelos sentidos, denominado por ele de intuição.
-Fixava o conhecimento por meio de uma série progressiva de exercício graduados, que se baseavam mais na observação do que no mero estudo de palavras.
-A relação entre o mestre e o discípulo deve ter como base o amor e o respeito mútuo.
-O professor deve respeitar a individualidade do aluno.
-A finalidade da instrução escolar deve basear-se no fim mais elevado da educação, que é favorecer o desenvolvimento físico, mental e moral do educando.
-O objetivo do ensino não é a exposição dogmática e a memorização mecânica, mas sim o desenvolvimento das capacidades intelectuais do jovem.
-A instrução escolar deve auxiliar o desenvolvimento orgânico por meio da atividade, isto é, da ação tanto física como mental.
-A aprendizagem escolar deve corresponder não apenas à aquisição de conhecimentos, mas principalmente ao desenvolvimento de habilidades e ao domínio de técnicas.
-O método de instrução deve ter por base a observação ou percepção sensorial e começar pelos elementos mais simples.
-O ensino deve seguir a ordem psicológica, ou seja, respeitar o desenvolvimento infantil.
-O professor deve dedicar a cada tópico do conteúdo o tempo necessário para assegurar que o aluno o domine inteiramente.
Se procurarmos decodificar o significado de “ensinar”, encontramos verbos como: instruir, fazer saber, comunicar conhecimentos ou habilidades, mostrar, guiar, orientar e dirigir, que apontam para o professor como agente principal e responsável pelo ensino.
Já quando falamos em “aprender”, entendemos: buscar informações, rever a própria experiência, adquirir habilidades, adaptar-se às mudanças, descobrir significados nos seres, fatos e acontecimentos, modificar atitudes e comportamentos - verbos que apontam para o aprendiz como agente principal e responsável pela sua aprendizagem.
Não é por dominar com destreza as mais variadas estratégias que o professor se constitui num eficiente orientador para a aprendizagem do seu aluno. É necessário que seja capaz também de dominar, em extensão e profundidade, o conteúdo a ser absorvido pelo aprendiz.
Quanto às atribuições e para que o debate possa ser utilizado com sucesso, o professor precisa:
-Selecionar um tema adequado à realização do procedimento.
-Dominar, de forma ampla e profunda, o assunto a ser debatido.
-Orientar a preparação prévia dos alunos, fornecendo indicações bibliográficas, sugerindo leituras e pesquisas.
-Enunciar claramente as regras a serem seguidas e os intervalos de tempo a serem observados.
-Dispor as cadeiras de modo que todos os participantes possam ver e ser vistos, no decorrer do debate.
-Estimular a participação de todos os alunos, evitando atitudes monopolizadoras da palavra, por parte de alguns, e o silêncio de outros.
-Promover a mediação atenta, respeitando e fazendo respeitar o tempo de participação de cada um, e garantindo a atenção e o respeito às opiniões dos participantes.
-Estimular a cooperação, pela análise contínua das contribuições e pelo elogio aos participantes.
-Organizar as contribuições, a fim de construir conclusões, ainda que parciais e provisórias, para que no encerramento da atividade não permaneçam questões sem resposta.
-Avaliar o procedimento de ensino utilizado, os resultados obtidos e a participação do grupo no debate.
-Registrar suas impressões sobre o preparo, o envolvimento e a participação dos diferentes alunos, compondo, com essas informações, um relatório de avaliação continuada.
Quanto ao aluno, da mesma maneira que o professor, aquele é responsável pelo sucesso na utilização desse procedimento de ensino e, portanto, deve:
-Preparar-se para o debate, realizando leitura da bibliografia indicada, além de novas investigações. Suas leituras e descobertas devem ser anotadas na forma de tópicos, contendo idéias principais e reduzindo o texto estudado a algumas afirmações ou negações, ou na forma de um esquema.
-Participar ativa e atentamente do processo de discussão, expressando opiniões e posicionamentos, e ouvindo os colegas.
-Analisar as contribuições dos colegas, incorporando-as às próprias idéias, quando possível.
-Registrar novas idéias, construídas no decorrer do debate, para consideração ou esclarecimento posterior.
-Registrar as conclusões construídas e as respostas obtidas para suas questões pessoais.
-Buscar orientação do professor no decorrer da realização do trabalho.
-Elaborar o plano de intervenção, em cooperação com os participantes de seu grupo.
-Preparar a apresentação, com o grupo, na forma de síntese das idéias principais.
-Apresentar seu projeto à classe, esclarecendo dúvidas e acolhendo as contribuições pertinentes.
-Assistir à apresentação dos demais projetos da classe, perguntando e colaborando sempre que necessário.
-Registrar os aspectos relevantes dos projetos apresentados.
Quanto ao processo de avaliação, esta é uma das atividades pedagógicas mais difíceis de realizar. “Como é que vou dar a prova?”, “Quando vou aplicar uma prova?”, “Que aspectos ou pontos vou avaliar?”, “Quantas notas vou dar?”, “Que tipo de prova vou fazer?”, “Que importância tem esta avaliação?”, O que é importante numa avaliação?”, “Para que vou avaliar?”, “Que técnica de avaliação vou utilizar?”
O processo de avaliação está relacionado com o processo de aprendizagem. Em todo processo de avaliação requer-se uma capacidade de observação e de registro por parte do professor e, se possível, por parte do aluno também.
Numa prova oral, por exemplo, esta constitui-se de perguntas e respostas orais. As perguntas em geral são previamente planejadas e rigidamente seguidas, podendo, no entanto, sofrer variações de acordo com as respostas do aluno. A partir dessas respostas, o professor pode avaliar o conteúdo cognitivo em si, bem como inferir a respeito de atitude.
Já numa prova objetiva, esta, além de possibilitar maior cobertura da matéria, satisfazem ao mesmo tempo o critério de objetividade, definido como a qualidade de uma prova para permitir que examinadores independentes e qualificados cheguem a resultados idênticos.