Resumo de DIDATICA
Warning: Undefined array key "admin" in /home3/teolo575/public_html/paginas/resumo.php on line 64
Didática
A didática é um dos principais ramos da pedagogia, investigando fundamentos e condições para o ensino. Enquanto adjetivo derivado de um verbo, o vocábulo referido origina-se do termo didásko cuja formação linguística note-se a presença do grupo sk dos verbos incoativos, indica a característica de realização lenta através do tempo, própria do processo de instruir. A educação no seu sentido mais largo abarca todos os passos e processos pelos quais o Infante gradativamente é transformado num adulto inteligente e bem desenvolvido. Da Antiguidade até o início do século XIX, predominou na prática escolar uma aprendizagem de tipo passivo e receptivo. A ideia difundida no século XVII, por exemplo, de que o pensamento humano era como se fosse uma tábua lisa, um papel em branco sem nada escrito, onde tudo podia ser impresso, é apenas uma variação da antiga teoria. Por meio da repetição de exercícios graduados o discípulo passava a executar certos atos complexos, que aos poucos iam se tornando hábitos. O estudo dos textos literários, da gramática, da História, da Geografia, dos teoremas e das ciências físicas e biológicas caracterizou-se pela recitação de cor. Embora esse ensino de caráter verbal, baseado na repetição de fórmulas já prontas, tenha predominado na prática escolar por muito tempo, vários foram os filósofos e educadores que exortaram os mestres, ao longo dos séculos, a dar mais ênfase à compreensão do que à memorização.
A formação das crianças e dos jovens ocorre por meio de sua participação na rede de relações que constitui a dinâmica social. É convivendo com pessoas que a criança e o jovem assimilam conhecimentos e desenvolvem hábitos e atitudes de convívio social, como a cooperação e o respeito humano. Sobre isso, diz Georges Gusdorf, em sua admirável obra Professores, para quê?: "Cada um de nós conserva imagens inesquecíveis dos primeiros dias de aula e da lenta odisséia pedagógica a que se deve o desenvolvimento do nosso espírito e, em larga medida, a formação da nossa personalidade. Ao se expressar de forma tão tocante por meio dessas palavras e ao longo de toda a sua obra, é que a escola é um local de encontros existenciais, da vivência das relações humanas e da veiculação e intercâmbio de valores e princípios de vida. Se, por um lado, a matéria e o conteúdo do ensino, tão racional e cognitivamente assimilados, podem ser esquecidos, por outro, o "clima" das aulas, os fatos alegres ou tristes que nelas se sucederam, o assunto das conversas informais, as ideias expressas pelo professor e pelos colegas, a forma de agir e de se manifestar do professor, enfim, os momentos vividos juntos e os valores que foram veiculados nesse convívio, de forma implícita ou explícita, inconsciente ou conscientemente, tudo isto tende a ser lembrado pelo aluno durante o decorrer de sua vida e tende a marcar profundamente sua personalidade e nortear seu desenvolvimento posterior. Se procurarmos decodificar o significado de “ensinar”, encontramos verbos como: instruir, fazer saber, comunicar conhecimentos ou habilidades, mostrar, guiar, orientar, dirigir, que apontam para o professor como agente principal e responsável pelo ensino. Já quando falamos em “aprender”, entendemos: buscar informações, rever a própria experiência, adquirir habilidades, adaptar-se às mudanças, descobrir significados nos seres, fatos e acontecimentos, modificar atitudes e comportamentos - verbos que apontam para o aprendiz como agente principal e responsável pela sua aprendizagem. Avaliar é uma das atividades pedagógicas mais difíceis de realizar em nosso trabalho, um verdadeiro espinho atravessado em nossa garganta.