Resumo de DIDATICA
Warning: Undefined array key "admin" in /home3/teolo575/public_html/paginas/resumo.php on line 64
RESUMO: HERMENÊUTICA BÍBLICA
Definição de Hermenêutica: É a arte e a interpretação da linguagem.
Objetivos da Hermenêutica:
Relação entre: Autor - Leitor:
O objetivo é tornar o autor contemporâneo do leitor, aproximando-os à compreensão da mesma época. Há espaço para a criatividade no estudo da Bíblia, porém, esta só deve ocorrer quando ela é dirigida pelo Espírito Santo. Interpretação - Só é o significado pretendido pelo autor, ou seja, por Deus. A interpretação bíblica deverá extrair do texto apenas o que o Deus pretendia dizer através do autor humano, e não o que nós pretendemos que o texto diga.
Especial - É aquela que trata de questões particulares das Escrituras.
Distinção acadêmica, didática:
Hermenêutica - Parte teórica do processo (teoria).
Exegese - Parte prática do processo interpretativa (prática); tirar para fora o significado do texto.
A necessidade da Hermenêutica
Mesmo as Escrituras defendem a necessidade de uma Hermenêutica Bíblica.
Pedro tinha dificuldade para entender alguns dos escritos de Paulo Naquela época, alguns já torciam a Bíblia.
BLOQUEIOS À COMPREENSÃO ESPONTÂNEA DA BÍBLIA
Histórico
Estamos largamente separados da época dos escritores bíblicos.
Cultural
Um dos mais difíceis a serem transpostos, a cultura distinta dos povos bíblicos.
A Unicidade da Bíblia
Somente a Bíblia apresenta uma dupla natureza:
Sua origem divina. João 1:1 “E Deus era o verbo”; “E o verbo era um Deus”
A questão da inerrância bíblica
Duas posições evangélicas:
A Bíblia é totalmente privada de erros.
“Os liberais, por sua vez, acreditam que a Bíblia é fruto da mente religiosa dos judeus”.
Podemos afirmar algumas verdades básicas: (1) A Bíblia é um livro singular, muito especial, que se diferencia dos demais livros e compêndios da literatura universal.
Não podemos compreender as Escrituras apenas com nossa inteligência humana, a menos que contemos com a força, o poder e em especial a iluminação do Espírito Santo que sonda as profundezas de Deus e esclarece os mistérios da Sua Palavra (João 16:13)
Premissa Maior - Tudo o que Deus faz é perfeito
Premissa Menor - Deus inspirou a Bíblia
Conclusão: - Logo, a Bíblia é perfeita.
Este argumento é a base dos que defendem a inerrância bíblica.
Os inerrantistas dizem que negar a inerrância é negar a inspiração e a autoridade da Bíblia.
23:38; João 19:19)
Mateus - Este é Jesus o Rei dos Judeus.
Marcos - O Rei dos Judeus.
Lucas - Este é o Rei dos Judeus.
João - Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus.
6:9 a 15 com Lucas 11:1 a 4 - (Oração do Pai Nosso).
Na inspiração, a personalidade do profeta é preservada, sua linguagem é preservada, sua maneira de escrever também é preservada.
Na Bíblia:
O Verdadeiro Erro é não estar de acordo com a vontade de Deus.
A Verdade Bíblica se expressa unicamente na vontade e Deus.
A Bíblia só menciona fatos políticos quando esta tem que ver com a História Espiritual do povo.
A Bíblia tem um duplo propósito:
Cristológico: Revelar a pessoa de Cristo
S. João 5:39 / João 14:6
Soteriológico: Informa ao ser humano os meios providos por Deus para a salvação do homem.
Dentro da Bíblia existem coisas secundárias por natureza. Palavras e figuras como estas revelam a consciência que os reformadores tinham do caráter divino-humano das Escrituras e o equilíbrio fundamental que caracteriza a hermenêutica reformada da Palavra de Deus.
Delimitação do Assunto
O termo hermenêutica tem sido empregado em dois sentidos. Historicamente, nos compêndios clássicos de interpretação bíblica, designa a disciplina que, partindo de pressupostos básicos, estuda e sistematiza a teoria da interpretação das Escrituras, enquanto a exegese designa a prática. Neste sentido, o objetivo da hermenêutica é descobrir e sistematizar os princípios e métodos apropriados para a compreensão do sentido que o autor intentou transmitir aos seus leitores originais.
Mais recentemente, entretanto, estes termos têm sido usados com sentidos diferentes: exegese, para designar o estudo das Escrituras com vistas a descobrir o sentido original pretendido pelo autor, e hermenêutica, no sentido restrito da sua contemporaneidade. (Nota 1)
Neste Estudo estes termos são usados no sentido histórico mais comum: hermenêutica, designando a disciplina que estuda e sistematiza os princípios e técnicas, com as quais, partindo de determinados pressupostos, se busca compreender o sentido original do texto bíblico; exegese, designando a prática destes princípios e técnicas; e aplicação, designando a busca da relevância do texto ao nosso contexto específico. Trata-se de uma escola ou corrente de interpretação que adota o método histórico-gramatical, em contraposição aos métodos intuitivos (da corrente espiritualista) e histórico-crítico (humanista) de interpretação bíblica.
Importância do Assunto
A importância do assunto dificilmente pode ser exagerada, pois a hermenêutica é a base teórica da exegese, que, por sua vez, é o alicerce tanto da teologia (quer bíblica, quer sistemática) como da pregação. Quando não se nega a importância da exegese, da doutrina e da pregação, na teoria, nega-se na prática.
A importância da doutrina é vista especialmente nas cartas do apóstolo Paulo e no tratamento que faz da questão da justificação pela fé na carta aos Gálatas. Richard Baxter, um dos puritanos mais conhecidos do século XVII, foi o instrumento nas mãos de Deus em um re-avivamento na sua cidade. (Nota 3)
Aí está a importância da hermenêutica: ela é a base teórica da exegese, que por sua vez é o fundamento da teologia e da pregação, das quais depende a saúde espiritual da igreja, e da nossa própria vida.
Necessidade da Hermenêutica
Todo leitor é um intérprete. De conformidade com a doutrina reformada da clareza ou perspicuidade das Escrituras, a Bíblia é substancialmente, mas não completamente clara. É, sim, o resultado da ação iluminadora do Espírito Santo, por um lado, e por outro, do estudo diligente da língua e do contexto histórico em que foi escrita.
Porque Deus que disse: De trevas resplandecerá luz, ele mesmo resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.
Nestes textos o apóstolo Paulo ensina claramente a absoluta incapacidade do homem natural (não regenerado) de compreender a revelação de Deus. A razão desta incapacidade é a cegueira espiritual em que se encontra como resultado da queda do homem do seu estado original, e da ação diabólica. Não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza dos seus corações” (Ef 4.17-18).
A ação iluminadora do Espírito Santo é, portanto, indispensável na interpretação e apreensão do ensino das Escrituras. Eis um exemplo apenas na carta aos Efésios:
“...Não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos, e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos...” Logo, o caráter espiritual envolvido na interpretação das Escrituras não elimina, de modo algum, o lado humano, também necessário para a sua correta interpretação e compreensão. Afinal, é pela própria Palavra, e através da Palavra, que o Espírito Santo realiza essa obra iluminadora.
Por haver sido escrita em línguas humanas, em contextos históricos, sociais, políticos e religiosos específicos, um conhecimento adequado da língua e do contexto histórico também é necessário para uma melhor interpretação e compreensão das Escrituras. Esta corrente distingue-se especialmente pela insatisfação generalizada com o sentido natural, literal das Escrituras. Dois dos textos mais explorados são 2 Coríntios 3.6: ‘‘...Fortemente influenciados pelo platonismo e pelo alegorismo judaico, os defensores desse método de interpretação atribuíam diversos sentidos ao texto das Escrituras, enfatizando o sentido chamado de alegórico.
Clemente identificava cinco sentidos para um dado texto das Escrituras: 1) histórico, 2) doutrinário, 3) profético, 4) filosófico e 5) místico. Orígenes distinguia três níveis de sentidos: 1) o literal, ao nível do corpo, 2) o moral, ao nível da alma, e 3) o alegórico, ao nível do espírito.
O caráter deste método de interpretação fica manifesto na conhecida interpretação alegórica de Orígenes (Nota 5) da parábola do bom samaritano (Lc 10.30-37). Uma versão moderna do método de interpretação intuitiva pode ser verificada na prática de abrir as Escrituras ao acaso para pregar ou encontrar uma mensagem para uma ocasião específica, sem o devido estudo do texto e do seu contexto histórico.
Hermenêutica Existencialista
Há uma escola contemporânea de interpretação das Escrituras que enfatiza excessivamente o conhecimento subjetivo em detrimento do seu sentido gramatical e histórico. Trata-se da assim chamada nova hermenêutica, que nada mais é do que um desenvolvimento dos princípios hermenêuticos de Bultmann, com sua ênfase na relevância da mensagem do Novo Testamento para o homem contemporâneo.
Corrente Humanista
No extremo oposto da corrente espiritualista encontra-se a corrente que se pode chamar de humanista. A ênfase dessa corrente está no método, na técnica, nos aspectos literários ou históricos das Escrituras, em detrimento do seu caráter divino, espiritual e sobrenatural.
O FUNDAMENTO DA AUTORIDADE BÍBLIA
Antigo Testamento
Os autores do Velho testamento reivindicam que aquilo que estão escrevendo é de origem Divina.
O próprio Jesus aceitou a autoridade do Antigo Testamento.
I Timóteo 5:18 - Paulo cita um texto do Antigo Testamento e um do Novo Testamento e os coloca no mesmo nível chamando-os de Escritura.
Partes da revelação de Deus, pois ambas tem a mesma origem que é a revelação de Deus.
O Deus que falou muitas vezes voltou a falar no momento.
Deus falou primeiramente através dos profetas
Depois falou através de Seu Filho Jesus, o que se tornou na revelação suprema.
Analogia da Fé
Temos que comparar textos do Antigo Testamento com do Novo Testamento, desde que tratam do mesmo assunto.
Exemplos: Mateus 27:5; Lucas 10:27 - João 13:27
A SOLA SCRIPTURA
O conceito católico no tempo de Lutero era que a Palavra de Deus era: Bíblia + Tradições.
Diziam que a Palavra de Deus era a Revelação de Deus, mais as tradições dos homens, em especial a tradição da igreja (católica).
O princípio de Sola Scriptura reconhece a unicidade, a veracidade da Bíblia. Reconhece a autoridade da Bíblia.
HISTÓRIA DA INTERPRETAÇÃO BÍBLICA
Não temos o direito de explorar um texto fora do contexto e da idéia que o autor queria expressar.
Isto levou Esdras a ensinar ao povo as Escrituras. - Neemias 8:1-8
O uso que os apóstolos fizeram do Antigo Testamento
56 casos, pelos menos, há referências explícitas a Deus como o autor do texto bíblico.
Exegese Medieval
Neste período os teólogos não tinham muito conhecimento da Bíblia.
Valiam-se em grande parte das tradições e do alegorismo para explicar as Escrituras.
O método do alegorismo predominava, mas não havia só este método.
Exegese da Reforma
Lutero
Fé é a iluminação (como princípios de Interpretação); Rejeitou o método alegórico.
Ao romper com o método alegórico, valeu-se do método cristológico.
Separou textos do Antigo e Novo Testamento que mencionavam ou se referiam a Cristo.
Hermenêutica moderna
O pai da teologia liberal que aplicou os conceitos do racionalismo na teologia cristã foi Friedrich Schleiermacher (1768-1834)
Lia a Bíblia como um produto puramente humano, e, portanto, esta não era nenhuma norma de vida.
Religião humanista
Para ele, Deus é apenas mais uma experiência, um sentimento.
O homem é agora o centro da religião. Cada um pode ter a sua religião particular. Nenhuma autoridade externa.
Liberalismo
O liberalismo está constituído sobre três coisas:
Não existe o sobrenatural (Não existe Deus, pois Deus é um sentimento)
A Bíblia é um livro puramente humano
A Bíblia deve ser interpretada baseada apenas em recursos humanos (do ponto de vista humano).
Tudo que não é racional deve ser rejeitado.
Vê-se nisto um processo evolutivo (lei do mais forte). Ainda hoje há resíduos deste tipo de liberalismo.