Resumo de ECLESIOLOGIA
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Em cada etapa da história e desenvolvimento da igreja, têm surgido necessidades de modificações organizacionais específicas para facilitar que a igreja cumprisse com o seu propósito.
O termo pode vir a designar uma congregação local, uma denominação, uma causa, a igreja de caráter universal ou “invisível” ou até um prédio onde se reúne um grupo de adoradores. Em cada contexto deve-se assegurar qual o uso que se faz do termo. Usaremos aqui como definição prática de igreja, “um agrupamento de crentes que vivenciam um relacionamento de dependência (fé) em Jesus Cristo, unindo-se para cumprirem a missão entregue por Deus”.
Na Bíblia, a igreja não é uma instituição, mas um organismo vivo que se vai transformando em termos organizacionais.
A igreja autêntica existe como a concretização do reinar de Deus e não pode existir desvinculada deste reino. É na vida da igreja - o povo de Deus - que o reinar de Cristo tem forma e exercício.
“O reino de Deus é principalmente o seu reinar nas vidas daqueles que se submetem à sua autoridade”.
A ênfase de Jesus sobre o reinar visava a clarificar e oferecer resposta a dois erros essenciais - a preocupação em termos judiciais com o mundo por vir que se desvinculava da interiorização dos princípios do reinar de Deus e a expectativa messiânica politizada dos judeus da época. A ênfase de Jesus não recai sobre rituais de ingresso ao reinar, mas no viver esta qualidade de vida expressa na frase “vida das eternidades”.
O reinar de Deus depende de uma entrega relacional a Deus como Pai amoroso. Depende de uma obediência e disposição de desprender-se do ego, procurando dar primeira importância aos demais, mantendo-se em último lugar.
O reinar de Deus é interno e difícil de definir, pois é como a real adoração de Elias, um de sete mil que não haviam dobrado os seus joelhos a Baal, mesmo quando a nação se tornara idólatra. O rei de Israel não seguia em retidão, mas Deus ainda reinava na vida de alguns. Dois reinados existiam em Israel, mas apenas alguns desfrutavam da realidade do reinar de Deus.
É essa qualidade de reinar que Jesus inaugurou. Não o externo, mas a entrega interna para seguir a Deus em fidelidade, confiança e dependência.
Se o reinar de Deus é importante para o estudo da eclesiologia, a “missão” é essencial para a aplicação do reino. O reinar de Deus implica em deixar que Deus cumpra a Sua missão entre aqueles que pertencem ao reino. É aaceitação das responsabilidades da missão que introduzem o indivíduo ao reinar de Deus.
Deve-se lembrar de fazer distinção entre os termos “missão” e “missões”. Por “missão”, trata-se da raison d’etre da igreja, seu propósito no mundo. Missão é um termo de importância suprema para a eclesiologia. Como fora observado, “não é a igreja que tem uma missão, mas é o inverso: a missão de Cristo criou a igreja. Não é a missão da igreja que se deve entender, mas o inverso”. Mais do que deixar uma igreja, Jesus deixou uma tarefa a ser cumprida por seus discípulos. Esta missão gera estruturas para que ela possa ser levada adiante. Sem missão, a igreja não existe.
Moody coloca que a missão pode ser resumida em três aspectos especiais: “como martyria (testemunho), diakonia (serviço) e koinonia (comunhão)”.