Resumo de ESCATOLOGIA
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RESUMO DA DISCIPLINA ESCATOLOGIA
Conceito
Escatologia é uma teoria relativa aos acontecimentos do fim do mundo e da humanidade, ou seja, as últimas coisas que devem acontecer antes e depois da extinção da vida na Terra.
A palavra escatologia, na língua portuguesa, ainda pode significar o ato de analisar excrementos (fezes), sendo um sinônimo de cropologia, nome dado no ramo da medicina aos exames laboratóriais de dejetos humanos, especificamente as fezes.
Apresentaremos nesta apostila as três Escolas Escatológicas mais conhecidas: Pré-milenar; Pós-milenar e A-milenar – Começaremos pela visão escatológica chamada de Pré-milenar, ou seja, a visão em que Jesus volta antes do Milênio.
A hermenêutica e a Escatologia
Sendo a hermenêutica a responsável pelo estudo das regras de interpretação bíblica não seria possível deixá-la de fora quando se trata do estudo da escatologia, pois ela trabalha em meio a muitas profecias e passagens de difícil compreensão, por isso precisamos conhecer os principais métodos de interpretação para que tomemos um caminho coerente nas Escrituras, e acima de tudo não a deturpemos para provar teorias infundadas.
Os dois principais métodos de interpretação.
O ALEGORISMO
O alegorismo tem suas raízes no platonismo e no alegorismo judaico, dois de seus defensores são Orígenes (185-254) escritor, teólogo e professor e Clemente de Alexandria que faziam parte da escola de Alexandria.
Para definirmos o alegorismo podemos dizer que este método é aquele que em lugar de reconhecer o texto como naturalmente se apresenta, perverte-o dando um sentido secundário anulando a intenção primária do escritor.
O LITERALISMO
Também conhecido como método histórico-gramatical o literalismo difere do alegorismo por interpretar as palavras e frases de uma maneira natural como elas se apresentam; o Dr J.D. Pentecost define o método literal da seguinte maneira:
“O método literal de interpretação é o que dá a cada palavra o mesmo sentido básico e exato que teria no uso costumeiro, normal, cotidiano empregada de modo escrito oral ou conceitual”.
Os judeus e o literalismo.
Os muitos mandamentos e advertências de Deus para seu povo necessitavam de que fossem passados a eles seja pelo profeta, juiz ou sacerdote e isto fazia com que este interpretasse as palavras de Deus para então serem transmitidas, quando estas mensagens eram escritas pelos receptores também careciam de interprete para que o ensino fosse totalmente entendido, mas qual método era usado para esta interpretação? Quando Deus falava, suas palavras eram entendidas literalmente? A resposta é sim. O método usado pelos Judeus para interpretar todos os oráculos do Senhor era o literal.
O literalismo no Novo Testamento.
Não só Jesus, mas também os discípulos sempre interpretaram os livros do antigo testamento de maneira literal. Jesus em Mt 12:17 ao mencionar a si mesmo, disse que nele se cumpriria a profecia de Isaias que está em Is 42:1-4, ou seja, o que disse o profeta, Jesus interpretou como literal não alegorizando seu sentido; outro versículo interessante que mostra a interpretação literal está em Lc 18:31.
O literalismo na história da igreja
Por toda a história da igreja, mesmo com o surgimento de outros métodos de interpretação os grandes nomes do cristianismo verdadeiro sempre interpretaram as Escrituras da mesma forma que Jesus ensinou e os apóstolos praticaram o que segue são breves comentários referentes ao uso do literalismo no decorrer da história da igreja de Cristo.
O Dispensacionalismo e Suas Alianças
É de suma importância nos determos, por breve momento, no estudo das dispensações já que esta está ligada fortemente a escatologia. Os pactos realizados por Deus durante determinado tempo da história permanecem até hoje e as promessas inclusas nestes pactos esperam cumprimento total.
AS ALIANÇAS E A ESCATOLOGIA
Encontramos nas alianças: Abraâmica, Mosaica, Palestínica e Davídica, implicações escatológicas que resolvem e explicam grandes discussões em várias áreas da doutrina, a aliança com Abraão é a raiz das demais, Deus prometeu ao patriarca a posse da terra e isto foi confirmado pela aliança palestina. A promessa também inclui a formação de uma numerosa nação e o estabelecimento de um reinado eterno confirmado na aliança Davídica. Através de sua descendência todas as nações seriam abençoadas o que é confirmado na Nova Aliança.
O FIM DA ATUAL DISPENSAÇÃO
Das sete dispensações, cinco já foram concluídas: inocência consciência, governo humano, patriarcal e lei, e estamos vivendo a dispensação da graça que dará lugar a milenial. O que é necessário percebermos é que Deus tendo dividido a história da humanidade em dispensações deu para cada uma delas um propósito ou missão e todas elas deveriam ter um inicio e um fim, portanto esta era atual, ou este período de tempo chamado graça em que vivemos terá um fim, o que marcará este fim? Dois grandes eventos marcarão o fim, o arrebatamento da igreja e a volta visível de Jesus para inaugurar o milênio. Nos capítulos seguintes estudaremos detalhes dos eventos como também tudo o que os envolve
ARREBATAMENTO
O termo arrebatamento é encontrado em seu sentido escatológico em I Ts 4:17, quando o apóstolo Paulo explica acerca da situação dos mortos em Cristo na sua vinda e ao dizer com relação ao momento da retirada da igreja diz que os mortos ressurgirão primeiro e:
Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.
A vinda de Cristo
Três palavras são usadas para referir-se à vinda de Cristo e estas são utilizadas nos textos originais de várias maneiras, no entanto precisaremos conhece-las para que tenhamos uma compreensão melhor sobre seus significados e se podemos utilizá-las ou não para nomear a vinda gloriosa de Cristo.
Parousia (Sua tradução segundo o dicionário grego de Willian Carey é: presença, vinda, chegada, volta; “visita real, chegada de um rei”) (Souter); “a futura visível volta de Jesus, o messias, do céu para ressuscitar os mortos, realizar o juízo final, e estabelecer formal e gloriosamente o reino de Deus” (Thayer)
Epifhanéia manifestação, aparecimento, “vinda”; literalmente significa “brilho à frente” (Vine). É usada por vários escritores para designar a volta gloriosa de Jesus após a grande tribulação.
Sua raiz epifa sempre está ligada a aparição e manifestação, outra forma é epifhaino (que significa: aparecer, fazer uma aparição, mostrar-se, como em Lc 1:79, At 27:20 e Tt 2:11; e ainda epifhaísco: aparecer, surgir, como em Ef 5:14).
Apokalupsis - Revelação, exposição, manifestação. Mesma raiz de apokalupto (revelo, descubro).
Seu uso é freqüente para designar a revelação de Jesus Cristo, ou seja, a sua vinda, no entanto, também não consegue por si só definir qual das vindas está se referindo. Em Lc 17:30, 2Ts 1:7, 1Pe 4:13 nitidamente indica a vinda visível de Cristo; em 1Co 1:7, Cl 3:4 e 1Pe 1:7, 13 refere-se ao arrebatamento.
Phanerósis - Existe ainda uma palavra usada por alguns escritores para designar a volta gloriosa de Cristo, que é Phanerósis, no entanto, esta não é usada nos textos que falam da vinda de Cristo, este termo aparece em 1Co 12:7 “A manifestação (phanerósis) do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso”, não indicando a manifestação de Cristo na sua vinda, mas uma manifestação do Espírito Santo.
A Igreja Sobre a Terra
Uma posição básica assumida por futuristas dispensacionalistas é de que após Apocalipse 4:1 a igreja nunca é vista sobre a Terra. Alegam que os capítulos 6 ao 19 somente retratam um remanescente judaico.
As Melhores Ferramentas de Interpretação
Devemos sempre começar nossa exegese (ou interpretação) da Escritura considerando as pessoas e tempos a que sua mensagem se dirigia. Para entender o que lhes foi escrito devemos entender o que para eles significava.
Ferramenta Espiritual de Interpretação
Finalmente, é verdade que somente os puros de coração verão a Deus (Mat. 5:8). É verdade que os perversos prosseguirão agindo impiamente e nenhum desses perversos entenderá (Daniel 12:10).
Portanto, todo exegeta, todo estudante da Bíblia deve dizer: "Como vai a minha alma"?
O Tempo do fim
Muitos estudiosos têm buscado nas Escrituras sinais evidentes que marquem efetivamente o tempo da volta de Cristo, o fato é que muitos destes argumentos são apenas especulações infundadas. Grande é a diversidade de pensamentos quanto aos sinais da vinda de Cristo ou mesmo do arrebatamento da igreja.
A GRANDE
TRIBULAÇÃO
A grande tribulação com certeza é o assunto mais discutido na doutrina da escatologia bíblica, é também o que apresenta maiores dificuldades de interpretação com respeito a acontecimentos e profecias que devem ser cumpridas no período tribulacional; portanto devemos ter grande atenção, devido sua importância dentro das Escrituras, tanto no Velho quanto no Novo Testamento.
TERMOS UTILIZADOS PARA TRIBULAÇÃO
Diante dos três aspectos de tribulação apresentados, se faz necessário definirmos os termos utilizados nas Escrituras para se referir à tribulação.
Encontramos quatro substantivos que podem ser traduzidos por tribulação e aflição entre outros.
kakopatheia (kakopayeia) : sofrimento que procede do mal, aborrecimento, angústia, aflição (Strong). Este substantivo é formado de kakos “mau”, e paschõ “sofrer”, foi traduzido por “aflição” em Tg 5:10:
kakosis (kakwsiv): opressão, aflição, maltrato. Somente utilizado em Atos 7:34.
pathema (payema): aquilo que alguém sofre ou sofreu externamente; sofrimento, infortúnio, calamidade, mal. Aflição dos sofrimentos de Cristo, também as aflições que cristãos devem suportar pela mesma causa que Cristo pacientemente sofreu. Este substantivo geralmente é usado para descrever sentimentos causados por infortúnios externos, seja a perseguição ou qualquer outra circunstância. É utilizado em Rm 7:5; 8:18; 2 Co 1:5-7; Cl 1:24; 2 Tm 3:11; Hb 2:9-10; 10:32; I Pe 1:11;4:13; 5:1; 5:9.
thlipsis (yliqiv): literalmente, ato de prensar, imprensar, pressão; metaforicamente: opressão, aflição, tribulação, angústia, dilemas (Strong). Vine define como sendo “qualquer coisa que sobrecarrega o espírito”.