Resumo de ETICA
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A estrutura da Bíblia
A palavra Bíblia (Livro) entrou para as línguas modernas por intermédio do francês, passando primeiro pelo latim bíblia, com origem no grego biblos. Originariamente era o nome que se dava à casca de um papiro do século xi a.C. Por volta do século II d.C, os cristãos usavam a palavra para designar seus escritos sagrados.
Os dois testamentos da Bíblia
A Bíblia compõe-se de duas partes principais: o Antigo Testamento e o Novo Testamento. O Novo Testamento foi composto pelos discípulos de Cristo ao longo do século. Estudiosos cristãos frisaram a unidade existente entre esses dois testamentos da Bíblia sob o aspecto da Pessoa de Jesus Cristo. A divisão do Antigo Testamento em quatro seções baseia-se na disposição dos livros por tópicos, com origem na tradução das Escrituras Sagradas para o grego. A Versão da septuaginta A Bíblia hebraica não segue essa divisão tópica dos livros, emprega-se uma divisão de três partes.
Capítulos e versículos da Bíblia
Stephen Langton, professor da Universidade de Paris dividiu a Bíblia em capítulos em 1227. Robert Stephanus acrescentou a divisão em versículos em 1551 e em 1955.
A inspiração da Bíblia
A Bíblia é singular; ela foi literalmente "soprada por Deus".
Descrição bíblica de Inspiração
Por isso, dotado da autoridade divina para o pensa a Bíblia é inspirada no seguinte sentido: homens movidos pelo Espírito escreveram palavras sopradas por Deus, as quais são a fonte de autoridade para a fé e para a prática cristã.
Definição teológica da inspiração.
A Bíblia é que é inspirada, e não seus autores humanos. É um processo total de inspiração que contém os três elementos essenciais: a causalidade divina, a mediação profética e a autoridade escrita. Causalidade divina. Mediação profética. Autoridade escrita. Em suma, a definição adequada de inspiração precisa ter três fatores fundamentais: Deus, o Causador original. Os homens de Deus, que serviram de instrumentos, e a autoridade escrita, ou Sagradas Escrituras, que são o produto final.
Inspiração dos originais, não das cópias.
As cópias e as traduções da Bíblia, encontradas no século xx, não detêm a inspiração original, mas contêm uma inspiração derivada, uma vez que são cópias fiéis dos autógrafos.
Inspiração do ensino, mas não de todo o conteúdo da Bíblia.
Cumpre ressaltar também que só o que a Bíblia ensina foi inspirado por Deus e não apresenta erro.
A natureza da inspiração
As várias teorias a respeito da inspiração.
Ao longo da história, as teorias a respeito da inspiração da Bíblia têm variado segundo as características essenciais de três movimentos teológicos: a ortodoxia, o modernismo e a neo-ortodoxia.
Ortodoxia: a Bíblia É a Palavra de Deus.
Opinião ortodoxa da inspiração divina. Alguns abraçaram a idéia do "ditado verbal", afirmando que os autores humanos da Bíblia registraram apenas o que Deus lhes havia ditado, palavra por palavra. De outro lado, estão os estudiosos que preferiam a teoria do "conceito inspirado", segundo a qual Deus só concedeu aos autores pensamentos inspirados, e os autores tiveram liberdade de revesti-los com palavras próprias.
Modernismo: a Bíblias contem a palavra de Deus.
Os modernistas ensinam que a Bíblia meramente contém a Palavra de Deus. Certas partes dela são divinas, expressam a verdade, mas outras são obviamente humanas e apresentam erros. Tais autores acham que a Bíblia foi vítima de sua época.
O Conceito da iluminação. Defendem alguns estudiosos que as "partes inspiradas" da Bíblia resultam de uma mistura de idéias religiosas errôneas e crendices da ciência, comuns naqueles dias. Daí resultaria um livro, a Bíblia.
O conceito da intuição nega totalmente a existência de algum elemento divino na composição da Bíblia.
O que a própria Bíblia ensina a respeito de sua inspiração.
(II Tim. 3.16 e II Ped. 1.21). A Bíblia declara ser um livro dotado de autoridade divina.
A inspiração é verbal. Independentemente de outras afirmações que possam ser formuladas a respeito da Bíblia.
A inspiração é plena. A Bíblia reivindica a inspiração divina de todas as suas partes. É inspiração plena, total, absoluta. "Toda Escritura é divinamente inspirada..." (II Tim. 3.16).
Implicações da doutrina bíblica da Inspiração
A inspiração diz respeito igualmente ao Antigo e ao Novo Testamento. Visto que o Novo Testamento, à semelhança do Antigo, é um texto dos profetas de Deus, ele possui por essa razão a mesma autoridade dos textos inspirados do Antigo Testamento. Os autores das Sagradas Escrituras eram escritores e compositores, não meros secretários, amanuenses ou estenógrafos. A Bíblia não é um compêndio de Ciências, mas, quando trata de assuntos científicos em seu ensino, o faz sem cometer erro.
A inspiração do Antigo Testamento
A reivindicação do Antigo Testamento a favor de sua inspiração
O Antigo Testamento vindica para si a inspiração divina, com base no fato de se apresentar perante o povo de Deus e ser por esse povo recebido como pronunciamento profético. Sempre ficou bem claro na função do profeta de Deus que o que dizia era palavra da parte de Deus.
A inspiração dos escritos. É provável que o Antigo Testamento originariamente tivesse apenas duas divisões básicas: a lei e os profetas.
A inspiração do Novo Testamento
O Novo Testamento reivindica inspiração divina.
Há dois movimentos básicos na compreensão das reivindicações do Novo Testamento a respeito de sua inspiração. Primeiramente temos a promessa de Cristo de que o Espírito Santo guiaria os discípulos no ensino. Em segundo lugar, há o cumprimento aclamado disso no ensino apostólico e nos escritos do Novo Testamento. Em suma, Cristo prometeu que todo o ensino apostólico seria dirigido pelo Espírito. Os livros do Novo Testamento são o único registro autêntico que temos do ensino apostólico. Pedro escreveu que os escritos proféticos advieram mediante inspiração divina (II Ped. 1.21), e os escritos do Novo Testamento reivindicam claramente a condição de proféticos. Reivindicação direta de inspiração nos livros do Novo Testamento.
No próprio texto dos livros do Novo Testamento há numerosos indícios de sua autoridade divina. São eles explícitos e implícitos. Todas as cartas de Paulo, de Romanos até Filemom, reivindicam inspiração divina.
Evidências da inspiração da Bíblia
A reivindicação da Bíblia quanto à sua inspiração
O Antigo Testamento afirma ser um documento com mensagem profética. A expressão muito comum "assim diz o SENHOR" enche suas páginas. Os da era apostólica e os que de imediato lhe sucederam reconheciam a origem divina dos escritos do Novo Testamento, ao lado da autoridade fina do Antigo Testamento.
Evidência Interna da inspiração da Bíblia
Há duas espécies de evidências que se devem levar em conta no que diz respeito à inspiração da Bíblia: a evidência que brota da própria Bíblia (chamada evidência interna), e a que surge de fora da Bíblia (conhecida como evidência externa).
A evidência da autoridade que se autoconfirma. A evidência do testemunho do Espírito Santo. A evidência da capacidade transformadora da Bíblia. A evidência da unidade da Bíblia.
Evidência externa da inspiração da Bíblia
A evidência interna da inspiração é, em grande parte, de natureza subjetiva. A evidência baseada na historicidade da Bíblia. A evidência do testemunho de Cristo. A evidência da profecia. A evidência da influência da Bíblia. As Escrituras judeu-cristãs têm influenciado mais a civilização que qualquer outro livro ou combinação de livros do mundo. A evidência da manifesta indestrutibilidade da Bíblia. A evidência oriunda da integridade de seus autores humanos. Outros argumentos têm sido formulados para comprovar a inspiração da Bíblia, mas os principais, os que sustentam o maior peso da defesa, são esses.
O desenvolvimento do cânon do Antigo
Testamento
Há três elementos básicos no processo genérico de canonização da Bíblia: a inspiração de Deus, o reconhecimento da inspiração pelo povo de Deus e a coleção dos livros inspirados pelo povo de Deus. Nem todos os escritos religiosos dos judeus eram considerados Canônicos pela comunidade dos crentes. A diferença essencial entre escritos canônicos e não-canônicos é que aqueles são normativos (têm autoridade), ao passo que estes não são autorizados. Nenhum artigo de fé deve basear-se em documento não-canônico, não importando o valor religioso desse texto. O primeiro e mais fundamental fato a respeito do processo de canonização dos livros do Antigo Testamento é que essa primeira seção da Bíblia não se constitui de três partes, mas, quando muito, de duas. No entanto, até mesmo antes da época do Novo Testamento, havia uma tradição crescente, segundo a qual haveria uma terceira seção que compreendia alguns livros do Antigo Testamento. As referências mais antigas e
persistentes ao cânon do Antigo Testamento mostram que se tratava de uma
coletânea de livros proféticos com duas divisões, a lei de Moisés e os profetas que surgiram depois dele. O primeiro fator significativo no desenvolvimento do cânon do Antigo Testamento foi a coleção progressiva dos livros proféticos. Tais livros foram preservados como escritos divinos autorizados. A evidência da coleção progressiva dos livros proféticos. A evidência da continuidade profética. A evidência de que o cânon do Antigo Testamento se concluiu com os profetas.
O desenvolvimento do cânon do Novo Testamento
O processo mediante o qual todos os escritos apostólicos se tornassem universalmente aceitos levou muitos séculos. Felizmente, dada a disponibilidade de textos, há mais manuscritos do cânon do Novo Testamento que do Antigo.
Os estímulos para que se coligissem oficialmente os livros
Várias forças contribuíram para que o mundo cristão da antiguidade providenciasse o reconhecimento oficial dos 27 livros canônicos do Novo Testamento. Três dessas forças têm significado especial: a eclesiástica, teológica e a política.
A seleção dos livros fidedignos. Desde o início havia escritos falsos, não-apostólicos e, portanto, não-fidedignos em circulação. Suma, existem muitas evidências de que no seio da igreja do século I havia um processo seletivo em operação. Toda e qualquer palavra a respeito de Cristo, fosse oral, fosse escrita, era submetida ao ensino apostólico, dotado de toda autoridade.
A leitura de livros autorizados. Outro sinal de que o processo da canonização do Novo Testamento iniciou-se imediatamente na igreja do século I foi a prática da leitura pública oficial dos livros apostólicos. A circulação e a compilação dos livros. Não há dúvidas de que as primeiras cópias das Escrituras surgiram dessa prática de fazer que circulassem. Todas essas cartas-circulares revelam o início de um processo de canonização.
O testemunho dos pais da Igreja sobre o cânon
Logo após a primeira geração, passada a era apostólica, todos os livros do Novo Testamento haviam sido citados como dotados de autoridade por algum pai da igreja.