Resumo de ETICA
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APOLOGÉTICA
A apologética é a ciência ou disciplina racional que se esforça por apresentar a defesa da fé religiosa, existindo dentro e fora da Igreja Cristã.
Apologia é um termo grego que significa defesa, e dentro do cristianismo, a apologética positivamente tenta elaborar e defender uma visão cristã de Deus, da alma e do mundo, uma visão apoiada por raciocínios reputados capazes de convencer os não-cristãos da veracidade das doutrinas envolvidas. Negativamente, trata-se de uni esforço para antecipar possíveis pontos de ataque defendendo as doutrinas cristãs contra tais ataques.
A Bíblia nos dá algumas referências em que devemos estar preparados para responder os questionamentos a respeito da fé, como em 1Pd 3.15.
As próprias denominações cristãs são atividades apologéticas, embora, alguns tem imaginado que apologia é uma espécie de falta de fé e não de defesa de fé.
É importante ressaltar que quando a Igreja enfrenta os ataques dos ateus, dos agnósticos, dos empiristas radicais, dos positivistas, dos relativistas, então torna-se necessário que a apologética continue sendo considerada um ramo da teologia cristã. Nunca é bastante dizer “Fé somente”, porque a própria fé é definida por uma atividade apolégitca, consciente ou inconscientemente.
No decurso da história cristã, a apologética tem adotado vários estilos, poderíamos dividi-los em duas classes gerais: a subjetiva e a objetiva.
A escola subjetiva, inclui grandes pensadores, tais como Lutero, Pascal, Lessing, Kierkgaard, Brunner e Barth. Geralmente expressam a dúvida de que o descrente possa ser “levado a crer através de argumentos”. Ressaltam pelo contrário, a experiência pessoal impar da graça, o encontro interior e subjetivo com Deus. Tais pensadores raramente têm reverente temor da sabedoria humana. Mas, pelo contrário, de modo geral rejeitam a filosofia tradicional e a lógica clássica, e ressaltam o trans-racional e o paradoxal. Pouco lhes importa a teologia natural e as provas teístas, principalmente porque sentem que o pecado cegou de tal maneira os olhos do homem que o seu raciocínio não pode funcionar de modo apropriado. Segundo a metáfora de Lutero, a razão é uma meretriz.
A escola objetiva coloca o problema da averiguação claramente no âmbito dos fatos objetivos. Enfatiza as realidades externas - as provas teístas, os milagres, as profecias, a Bíblia e a pessoa de Jesus Cristo. Existe, no entanto, uma distinção crucial entre duas escolas dentro do campo objetivista.
A escola da teologia natural - Entre todos os grupos, este adota a visão mais animada da razão humana. Inclui pensadores tais como Tomás de Aquino, Joseph Butler. F. R. Tennant, e William Paley. Por trás de todos estes pensadores há uma tradição empírica na filosofia que remonta até Aristóteles. Tais pensadores creem no pecado original, mas raras vezes questionam a competência básica da razão na filosofia. É possível que o raciocínio tenha sido enfraquecido pela queda, mas, por certo, não foi gravemente aleijado.
Apologistas desta escola sempre têm uma abordagem ingênua e simplista às evidências a favor do cristianismo. Acham que uma apresentação simples e direta dos fatos (milagres, profecias) bastará para persuadir o descrente.
A escola da revelação - Esta inclui gigantes da fé, tais como Agostinho, Calvino, Abraão Kuyper e E. J. Carnell. Estes pensadores geralmente reconhecem que as evidências objetivas (os milagres, as provas da existência de Deus, as profecias) são importantes na tarefa apologética, mas insistem em que o homem não-regenerado não pode ser convertido meramente pelo fato de ser exposto às provas, porque o pecado enfraqueceu gravemente o raciocínio humano. Será necessário um ato especial do Espírito Santo para permitir que as evidências sejam eficazes.
O Antigo Testamento
O antigo testamento tem sido muito questionado por alguns críticos que fazem observações desnecessários quanto a verdadeira mensagem que as escrituras transmitem, tentando fazer interpretações que desconsideram os pontos principais que devem ser levados em conta para entendermos as escrituras sagradas, como por exemplo, a posição histórica do escritor, a língua original em que o autor se expressou, o contexto da mensagem, e a relação existente com o seu futuro cumprimento. Importante também destacar que a bíblia original foi escrita em três línguas, hebraico e aramaico no antigo testamento e grego no novo testamento.
Os judeus fizeram uma divisão do Antigo testamento em três partes:
1 – A Lei – Os cinco livros de Moisés;
2 – Os Profetas – Os primeiros profetas e os últimos profetas;
3 – Os Escritos (Hagiógrafos) – Os livros poéticos, os cinco rolos, Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas.
Não há qualquer evidência de que os livros apócrifos, que aparecem na Vulgata Latina, tivessem sido incluídos na coleção sagrada dos judeus. Jerônimo mesmo, que fez a versão, nega esta validade.
Com relação a autenticidade e infalibilidade da Bíblia, podemos concluir que as escrituras demonstram que quando o assunto é ventilado, assevera-se o fato de sua absoluta autoridade como sendo a infalível Palavra de Deus e que os livros foram escritos com inspiração Divina.
Em 2 Pedro 1.21 está escrito que “Nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo”.
Essa passagem supracitada se junta a mais algumas citadas na Bíblia e vão formando a doutrina da inspiração, que a exatidão é inerente em cada parte do Antigo Testamento e também do Novo Testamento.
Antiguidade
Uma leitura superficial de Gênesis, cap. 1, deixaria a impressão que o processo inteiro da criação levou seis dias de vinte e quatro horas cada, porém, apesar de várias teorias e questionamentos criados a respeito do assunto, é prudente concluirmos que o autor hebreu usou os dias, se referindo a épocas, e não a um dia de vinte e quatro horas.
Com relação a antiguidade da raça humana, também são levantados questionamentos com relação a seriedade de se aceitar a narrativa inteira sobre Adão e Eva como história literal, porém, de acordo com algumas passagens do Novo Testamento, como por exemplo Timóteo 2:13 e 14, não fica nenhuma dúvida de que os autores do Novo Testamento aceitaram a historicidade literal de Adão e Eva. Sendo assim, a origem da raça humana é necessariamente assunto de revelação da parte de Deus, visto que nenhum registro escrito poderia remontar a uma época anterior à invenção escrita.
Com relação ao Dilúvio, é possível percebermos que a catástrofe é aceita em várias crenças, cada uma com suas particularidades na história. Na Bíblia, observamos que Deus resolveu dar cabo de toda a carne, por que a terra estava cheia de violência dos homens.
Mesmo com toda perversidade do homem, Deus ainda foi misericordioso com seu povo, deu tempo para que se arrependessem dos seus pecados, só na construção da arca foram 120 anos, porém, este tempo não adiantou, o povo não se arrependeu e então veio a catástrofe universal, o dilúvio.
De uma coisa, entretanto, estamos seguros: a humanidade antediluviana alcançou um grau muito elevado de cultura e de estrutura social. Isto gerou orgulho no homem, e o orgulho levou o homem ao pecado, terrível e tenebroso descrito em Gênesis 6:5. E o homem, por causa da sua tecnologia, da sua ciência, esqueceu-se de Deus, entregando-se à loucura do seu obstinado coração. Outro não podia ser o castigo de Deus, outro não seria o resultado fatal, que foi o dilúvio.
Naturalmente, são infinitas as lições que o dilúvio nos ensina. Vamos pensar apenas em algumas:
1) O dilúvio nos fala da obstinação humana que amou mais o pecado do que a Deus.
2) O dilúvio nos fala da desobediência e rebelião do coração humano.
3) Todo pecado será castigado.
4) “De Deus não se zomba, pois aquilo que o homem semear, isto também ceifará”.
5) O dilúvio nos fala da disposição de Deus em não apanhar o pecador de surpresa.
6) O dilúvio nos fala que Deus galardoa o justo. Noé foi premiado.
7) Noé foi salvo pela fé (Hb 11.7).
8) Os anos que Noé gastou construindo a arca, foram tempos de oportunidade para o homem se arrepender e deixar os seus pecados.
9) O tempo que precederá a volta de Jesus será semelhante aos dias que antecederam o dilúvio, como afirmou o Senhor Jesus em Lucas 17.26, 27.
a) como lá não houve preparo, aqui também não haverá;
b) como lá desprezaram a Deus, aqui será o mesmo;
c) como lá não creram na Palavra de Deus, aqui também não crerão;
d) como lá se distraíram, aqui está acontecendo o mesmo;
e) como lá pereceram, aqui também perecerão.
10) Deus não mais destruirá este mundo com água; tudo está reservado para o fogo (2Pd 3).
Sendo assim, podemos concluir que a Bíblia confirma a própria Bíblia. As provas intrínsecas da Bíblia constituem argumento que ninguém consegue refutar. Temos ainda os fatos acontecidos no livro de Josué (prolongamento do dia na batalha de Gibeom) e o acontecimento com o profeta Jonas (três dias e três noites no estômago de um grande peixe) citado em 2 Reis, que não podem ser cientificamente explicados, nos deixando assim mais claro o agir de Deus em todas as situações.