Resumo de ETICA
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CONCEITO GERAL
Mesmo vivendo na mesma época é bem provável que pessoas de diferentes regiões do mundo não se entendam mesmo falando a mesma língua. pois as expressões que usam são diferentes. neste caso existem bem menos abismos entre estas duas pessoas do que entre um escritor bíblico e nós. A cidade. Laodicéia era uma cidade rica da Ásia menor (atual Turquia), fundada por Antioco II em aproximadamente 250 a.C. era situada ao lado sul de uma das grandes estradas comerciais da Ásia menor, localizava-se nela o encontro de três grandes estradas comerciais, por isto tinha sua prosperidade garantida. Apesar daquela comunidade não ser fiel. Deus estava dizendo que Ele era. Laodicéia era uma cidade mergulhada na ganância e na comodidade, imaginava que possuía riquezas espirituais e virtudes cristãs. e isto a cegava para o entendimento. Da doutrina cristã que é simples. Deus é nossa fonte de fé. de graça, de sabedoria, de amor, precisamos do Seu amor, da Sua proteção, do Seu espírito, da comunhão com os irmãos, etc. Este mesmo sentimento de auto-suficiência foi o principio da queda de satanás, e busca-la foi o principio da queda do homem. Tinham tudo e não tinham nada eram miseráveis, pobres, cegos e nus. Laodicéia tinha em abundancia cada produto citado aqui. ouro, finos tecidos e colírio, mas o que o Senhor quis dizer com “de mim compres” é que não se tratava dos produtos da cidade, pois estes eles já tinham, mas de ouro, roupas e colírio do Senhor.
HABITAÇÃO
Casas e telhados
Nos tempos bíblicos as casas eram constituídas de somente um cômodo, e eram pequenas tinham aproximadamente 15 m quadrados, uma escada lateral e externa levava ao telhado que era normalmente um segundo cômodo de toda casa naquela época, todas as atividades da família eram realizadas fora da casa, portanto à moradia era usada somente para dormir e para as refeições. No telhado da casa muitas atividades eram feitas, por exemplo: reuniões de família, atividades sociais e em noites mais quentes a família toda dormia no telhado, nele era comum haver tantas atividades que em Deuteronômio 22:8 manda que se construam parapeitos nele, que geralmente eram grades de madeira. A vida do povo judeu era tranqüila, havia muito carinho e aconchego familiar, os pães eram assados em fornos de barro, à noite instrumentos musicais eram tocados na área de fora e as casas iluminadas pelas lamparinas de azeite. Os tais telhados que eram planos, exigiam do construtor da casa cuidados especiais, pois era a sala de estar da família, era armado com pesadas vigas de madeira sobre as quais se colocavam varetas e depois tudo era recoberto com uma mistura de barro e palha picada. As mulheres quase sempre trabalhavam no telhado, amassando pão, tecendo, secando frutas como figo, tâmaras, catando cereais, lavando ou secando roupas, etc.
Iluminação
Nos tempos bíblicos além das casas hebraicas serem pequenas eram também escuras, pois, a janelas eram poucas, pequenas e localizadas no alto das paredes. Os modos que haviam de iluminar a casa eram geralmente à luz do fogão, lampiões ou lamparinas.naquela época nãohavia as velas, portanto quando na Bíblia se lê a palavra castiçal é um erro de tradução, o que havia aparecido com castiçal era o menorá, um candelabro de ouro que tinha pavios mergulhados em azeite de oliva. O que era chamado lâmpada naquele tempo eram tigelas de azeite com uma depressão na borda onde se colocava o pavio que geralmente era de linho ou algodão. Certa vez Jesus contou a parábola da dracma perdida (Lucas 15:8), as pessoas da época entenderam facilmente que o fato da mulher ter pego a candeia para procurar a moeda foi uma tarefa difícil, pois procurava em um ambiente escuro com auxílio de uma luz muito fraca, além do que uma dracma era muito dinheiro para época; e na parábola das dez virgens (Mateus 25:1-4) eles também entenderam muito bem o drama que é deixar uma lâmpada apagar, e agora você também pode compreender estas coisas como uma pessoa da época. Haviam lâmpadas fixas que ficavam instaladas nas paredes internas ou externas da casa sobre os veladores que eram pequenas prateleiras, dependendo da necessidade podia-se ter uma ou muitas destas instaladas, havia também as portáteis.
As portas
Nas casas hebraicas que eram pequenas havia somente uma porta geralmente feita de madeira, não utilizavam dobradiças, eram presas em um caixa de pedras e se moviam facilmente, e apesar de serem pequenas e estreitas a sua soleira era sagrada e construída com muito cuidado, esta soleira era de pedra e durante a páscoa se passava sangue nela por causa da ocasião em que foram libertados do cativeiro egípcio. Na ombreira da porta, ficava fixado o mezuzá, que era um tubo de metal ou uma caixinha que tinha um pergaminho contendo o texto de Deuteronômio 6:4-9, este trecho bíblico era chamado de Shema ou credo; o mezuzá é usado até hoje pelos judeus. O mezuzá tinha um orifício, pois quando o Shema era colocado dentro dele, era dobrado de um tal modo que o termo "todo-poderoso" ficasse à vista através deste orifício.O propósito do Mezuzá era identificar a fé dos moradores daquela casa, e proteger a casa também, quando se saía o entrava em casa era normal beijar os dedos e tocar no mezuzá.
CIDADES E POVOADOS
As cidades grandes eram geralmente cercadas com muralhas, Jerusalém é um exemplo de uma destas, estas muralhas tinham grandes portões, e o fluxo de pessoas durante o dia era muito intenso através dos mesmos, portanto boa parte do comércio da cidade localizava nestes portões, ali os mercadores montavam seus negócios e contratavam funcionários. A maioria seguia à risca este tipo de tradição enquanto uma pequena minoria era realmente indissociável, a hospitalidade já estava tão arraigada na sociedade judaica que a generosidade entre eles era franca. Não receber uma visita era considerado paganismo Lucas 16:19-25. hospitalidade parece ser um dos alicerces da fé tanto no judaísmo quanto no cristianismo. Algumas passagens do Novo testamento falam claramente sobre isso (Romanos 12:12; Tito 1:8; 1º Pedro 4:9), e até três epístolas inteiras do Novo Testamento são dedicadas a este assunto: Filemom, 2º e 3º João. As barracas
Na época dos patriarcas era comum a vida em barracas, eram acampamentos fáceis de montar e desmontar, pois eles constantemente viajavam de uma região a outra em busca de boas pastagens para os gados de ovelhas, naqueles tempos até mesmo os homens que viviam nas .tais tendas almejavam um dia habitar em residências fixas, morar em barracas não era algo desejável.
Filhos
Era um desejo de todo casal ter muitos filhos os que não podiam ter filhos eram vistos com olhos de piedade e todos perguntavam - "por que razão Deus não os abençoa?", a culpa de um casal não tem filhos era sempre dada à mulher, ao homem nunca era atribuído a esterilidade. Cuidar bem dos filhos para o casal era modo de obedecer a Deus e demonstrar à sociedade a sua competência. É incrível a noção de educação que tinham judeus na época dos tempos bíblicos, pois davam as crianças a possibilidade de crescerem de um modo muito sadio, creio que isto seja conseqüência da observância das leis dadas por Deus; a criança tinha obrigação de fazer pequenas tarefas em casa, ou com o pai se fosse menino deste modo adquiriam senso de responsabilidade. As crianças eram bem tratadas e amadas, mas também castigadas se fosse necessário Provérbios 22:15. Os idosos geralmente viúvos ou não ainda procuravam prover o sustento para sua própria casa, mesmo depois dos filhos se casarem e morarem em outras casas com suas famílias; mas quando do idoso não tinha mais condições de trabalhar, então era obrigação dos filhos perante Deus perante a sociedade de arcar com o sustento dos pais do melhor modo que pudesse faze-lo
VESTIMENTA E VAIDADE.
As vestes já nos tempos do antigo testamento não eram sem graça, mas bonitas e bem elaboradas, desde os tempos de Moises até Jesus o traje hebreu era a túnica, que melhorou de qualidade e aspecto sensivelmente, pois sempre foram muito bonitos. Era importante que as vestes fossem confortáveis, pois as pessoas passavam o dia inteiro e dormiam a noite com a mesma túnica. A seda já existia e era famosa e cobiçada, mas somente poderia ser adquirida por alguém muito rico, pois era caríssima, importada do extremo oriente. Os de origem vegetal eram o linho e algodão, mas este último somente chegou à Palestina após o cativeiro babilônico, portanto já era abundante nos tempos de Jesus. Dorcas (Atos 9:36-41) era hábil no oficio de tear.O tecido mais utilizado era o linho. Lídia moradora de Filipos, uma das primeiras pessoas a se converterem ao cristianismo (Atos 16:11-15) era vendedora de roupas de púrpura, e Filipos era uma região conhecida pela produção deste pigmento. Ao lermos a Bíblia pensávamos que ela era pobre, mas agora sabemos que ela trabalhava com material de luxo, o que comparado aos nossos dias, ela era a dona daquela boutique chique. Jesus quando narrou a parábola do rico e de Lázaro (Lucas 16:19) ressaltou que o rico egoísta usava roupas de púrpura e linho finíssimo, isto significa que era muito rico, pois se sua roupa era púrpura então o tecido.
PERFUMES, COSMÉTICOS E ADORNOS.
O incenso
O incenso era largamente utilizado na época de Jesus Cristo para se perfumar o ambiente das casas judaicas, muitas eram as fragrâncias. Alguns homens e mulheres antes de saírem de casa sentavam-se ao lado do incensário para perfumarem-se com sua fumaça, mas antes passavam óleo na pele para absorverem melhor o perfume, assim pele, os cabelos e as roupas ficavam impregnados do aroma, algumas pessoas usavam saches debaixo das roupas para se perfumarem e, esse sache na maioria das vezes era feito com material do incenso. O incenso entrava na composição dos perfumes do tabernáculo (Êxodo 30:34-38), também era usado na oferta de manjares (Levítico 2:15,16. O corpo do senhor Jesus Cristo foi perfumado com mirra e aloés (João 19:39).Na cidade de Betânia, Maria derrama sobre a cabeça de Jesus um frasco cheio bálsamo de nardo puro, um dos perfumes mais caros da época, fabricado a partir de uma flor rosada cultivada no norte da Índia. O Aloés também eram perfumes extraídos de flores, é produzido a partir de uma planta da família do lírio, normalmente também era misturado com mirra.Uma das formas usadas para se extrair o perfume era mergulhar as flores em gordura quente.A produção dos perfumes óleos de cremes era em larga escala visto que eram muito consumidos, havia uma verdadeira indústria de cosméticos e perfumaria.
MEDICINA
Quem necessitasse de um atendimento deveria confiar sua vida na mão de um médico, e eles eram muito mal vistos, pois, a medicina na época era muito limitada e não tinha cura para muitas doenças, o que o médico podia fazer na maioria das vezes era melhorar o padrão de vida de um enfermo, mas não cura-lo. O honorário do médico era uma questão delicada, muito achavam que eles não deviam cobrar pelo seu trabalho, o talmude expressa esta idéia.
Para as fraturas já havia os moldes de gesso, o óleo de rícino era laxante, o uso de ervas medicinais era muito comum.Mas os médicos não eram todos clínicos gerais, pois já havia também os especialistas, que também viajavam para fazer cursos, dar aulas ou clinicar, já havia os dentistas, psiquiatras, ginecologistas, obstetras, etc.Na Palestina o governo exigia do médico uma licença especial para clinicar, que era ignorada pela maioria.Era uma profissão muito difundida, pois em todas as cidades havia pelo menos um médico. Os judeus chagavam a remover cataratas dos olhos e cirurgias no cérebro através de aberturas quadradas no crânio. Muitas cirurgias cerebrais tinham sucesso. A cirurgia mais comum era a circuncisão, todo menino ao completar o oitavo dia era circuncidado, a operação consiste na retirada do prepúcio, esta pequena cirurgia era feita com uma faca de pedra (pederneira) que era um instrumento de corte afiadíssimo como uma gilete.
MATRIMÔNIO
A família mudou devido à evolução da sociedade. Poligamia
Nos tempos do AT isto era uma prática comum, todos os homens mais ilustres tinham mais de uma esposa, e os que não tinham era somente por motivos financeiros, porque não podiam sustentar mais de uma família, já que Deus exigia que todas as esposas e os filhos fossem tratados com a mesma dignidade e importância (Deuteronômio 21:15-17; Êxodo 21:10. Eram três os tipos de dotes que se praticavam nos tempos bíblicos.Poderia ser um presente de grande valor dado pelo noivo ao pai da noiva.O pai dava um presente a filha que saia de casa e geralmente 10% deste dote era usado pela noiva no ato, para comprar para si presentes, roupas, perfumes, jóias, etc.O noivo e a noiva trocavam presentes, e este era o dote mais comum dos três.Antes do casamento era comum não somente uma reunião onde se
combinava o dote, mas também era decidida a porcentagem que voltaria a ambas as partes se o casamento viesse a ser dissolvido. Na maioria das vezes o casamento era decidido sem uma consulta a ambos, mas havia as exceções em que os jovens mesmos escolhiam seus cônjuges; e mesmo quando os pais decidiam sobre a união, se os filhos não se agradassem da escolha e decisão dos pais não se concretizava, pois o amor era uma questão primordial para os judeus.
O SEXO
A Bíblia trata do assunto do sexo abertamente, muito mais do que é tratado hoje em muitas igrejas, talvez isto seja uma preocupação de Deus em instruir o homem sobre este assunto e apesar disto ela não toca no assunto da masturbação, talvez isto se deva pelo fato de que os jovens casavam no inicio ou no meio da adolescência. O prazer sexual para alguns povos era o objetivo supremo da vida, mas para os Judeus não, eles tinham outros objetivos maiores, tais como o sustento da família, a adoração a Deus, o trabalho, etc; mas também não eram frios, os judeus viam o sexo como uma benção de Deus e não como um problema. Não há na Bíblia restrições sobre sexo para pessoas casadas. Na época em Que Paulo esteve em Corinto havia mil prostitutas no templo da deusa Afrodite, um templo conhecido com Acrocorinto. Naquela época, aquela sociedade não dava nenhuma conotação moral ao sexo, ser virgem ou prostituta era estado moralmente neutro, o que Paulo pregou por lá, que a prostituição era imoral, que as pessoas deveriam ter um cônjuge e ser fiel a eles eram conceitos absolutamente diferentes; tudo o que é considerado imoral hoje naqueles tempos era absolutamente normal. No jardim do Éden Adão e Eva viviam nus, pois estavam na dispensação da inocência.
TRABALHO
José com certeza devia ser membro a alguma associação de carpinteiros, pois o incomum era não ser. Jesus era carpinteiro e todos os seus apóstolos tinham uma profissão, e existe uma grande possibilidade de todos eles trabalharem associados a tais corporações.Em todas as atividades descritas abaixo havia (como há hoje) os bons e os maus profissionais, portanto o preço dos serviços e qualidade dos produtos variava muito de acordo com a capacidade do profissional. Como as casas não eram de madeira, eles não eram construtores. As estações dos correios ficavam a um dia de viagem uma das outras e eram estações próprias para a colher os mensageiros. Nestas estações os mensageiros poderiam dormir, alimentar-se, trocarem os animais se fosse necessário (pois todos eram propriedade dos correios), ou mesmo serem substituídos se estivessem enfermos ou machucados. Este serviço foi se aperfeiçoando com passar do tempo e no império romano já tínhamos um serviço de muita qualidade. Mas muitas cartas eram levadas por amigos e mercadores em viagem para não pagarem taxas. Como o numero de alfabetizados era grande havia sempre muito serviço para os correios. Eram procurados também como conselheiros.
As escolas
Nos dias anteriores a Moisés, já havia escolas no Egito (Atos 7:22) mas em meio ao povo de Israel não temos certeza em que época começaram a existir, ou se não havia ainda nos tempos de Jesus. A maioria dos jovens judeus era alfabetizados e educados em sua própria casa por. seus pais, onde também lhes era ensinada uma profissão, mas algumas famílias de melhores condições financeiras inscreviam seus filhos nas escolas gregas e romanas, para que fossem sábios na aritmética, matemática, filosofia, retórica, etc., e isto poderia ser ruim, pois, ao passo que se tornavam conhecedores eram influenciados por culturas que negavam a fé no Deus de Abraão. Com o advento do cativeiro babilônico muita coisa mudou, a língua hebraica foi aos poucos sendo substituída pelo aramaico (língua babilônica), o ponto central do judaísmo passou do templo para a lei, é bem capaz que nesta época tenham sido fundadas escolas pelos judeus. Esdras preparou escribas para que fossem mestres da lei (Esdras 7:6). O rabi Simom bem Shetach era considerado o pai deste novo tipo de sistema escolar, que de inicio era chamada de casa do livro (em hebraico beit [casa] sefer [livro]), depois de algum tempo a freqüência se tornara obrigatória e havia punições para quem faltasse muitas vezes às aulas. Nos tempos de Jesus então já havia muitas estruturas pára o ensino.
Idiomas
Nos dias de Cristo, as pessoas normalmente falavam aramaico e grego e conheciam palavras. ou expressões de outros idiomas, o hebraico era o idioma natural dos judeus que foi trocado pelo aramaico nos cativeiro babilônico, portanto o hebraico já havia se tornado uma língua presente somente nas sinagogas, era o idioma oficial do culto. O aramaico era a língua mais comum entre os judeus antes de Cristo, mas na época de Jesus o povo falava mais o aramaico, com alguma exceção o grego (koiné) já era a língua comum mais culta e se tornava cada vez mais popular. Para que o povo da época pudesse ler as escrituras sagradas elas foram traduzidas do hebraico para o aramaico e para o grego. grego falado por toda a Palestina era o coiné ou koiné (simples ou popular), este era uma variação do grego clássico sujeito a regionalismos por isto era muito dinâmica, ele incorporava palavra estrangeiras qualquer termo novo neste grego se pudesse ser entendido estava certo. Este dinamismo e simplicidade do koiné eram útil nas relações comerciais estrangeiras e também foi na pregação do evangelho, a única carta do NT que foi escrita em grego clássico foi a carta aos Hebreus.O latim era uma língua pouco falava na Palestina, mas popular nas imediações de Roma, ela era usada para tratar de assuntos do governo.
ESCRAVOS
Os escravos faziam parte do cenário da época, e muitos homens viviam de comercializa-los, pois muitos vinham de longe e eram vendidos a mercadores que iam de cidade em cidade. Muitas pessoas procuram uma justificativa para tal ato, uns dizem que isto era comum no contexto da época, outros que era um ato de misericórdia, pois, a outra providencia seria matar.Em 2º Crônicas 28:9, 10 há uma passagem onde o povo de Israel (reino do norte) derrota o povo de Judá (reino do sul), e tenta levar muitos deles como escravos.Grande parte do sucesso financeira de Salomão deveu-se ao trabalho de escravos estrangeiros que haviam sido derrotados em guerra, Salomão não tinha escravos hebreus, mas milhares de estrangeiros (1º Reis 9:21).Determinações da lei que protegiam os escravos, leia com atenção, nos detalhes do texto. 42 Porque são meus servos, que tirei da terra do Egito; não serão vendidos como se vendem os escravos. 43 Não te assenhorearás dele com rigor, mas do teu Deus terás temor.
45 Também os comprareis dos filhos dos forasteiros que peregrinam entre vós, deles e das suas famílias que estiverem convosco, que tiverem gerado na vossa terra; e vos serão por possessão. 55 Porque os filhos de Israel me são servos; meus servos são eles, que tirei da terra do Egito.
As causas da pobreza.
Muitos eram os fatores que causavam a pobreza naquela época: Impostos. Os pesados impostos cobrados eram um grande problema para todos os que poderiam produzir ou vender alguma coisa, o império cobrava seus impostos para financiar suas construções e investimentos militares, também haviam os impostos de Herodes, os das autoridades do templo, e os das cooperativas, ao todo chagavam a mais de 50% do lucro. O preço de um servo judeu era tão baixo que muitas pessoas possuíam um para fazerem afazeres tolos. Já vimos que a medicina da época era muito limitada, e que na maioria das vezes ela procurava melhorar o padrão de vida de pessoas com graves enfermidades ou deficiências. Os agiotas nem tomavam conhecimento das leis de Moisés, isto é o que posso dizer claramente, eles as desobedeciam em todos os sentidos e não eram punidos, pois por serem ricos eram amigos das autoridades e dos sacerdotes do templo. A obediência a lei era cobrada somente dos pobres, eles não tinham como se defender Certa vez, um mestre do Talmude chegou a fazer o seguinte comentário a alguns agiotas – “Se Moisés tivesse a idéia do quanto vocês podem ganhar com seus empréstimos a juros, nunca o teria proibido”. Ao narrar a parábola do credor sem compaixão (Mateus 18.30), Jesus conta que este credor lançou o devedor na cadeia, e segundo a história era comum naquelas épocas, o credor poderia cobrar simplesmente, tomar o devedor como servo ou prende-lo; e muitos preferiam serem escravos a ser encarcerados.
Culturas
Uma grande variedade de cultura era cultivada no território de Israel, cereais, verduras, legumes, frutas e linho. Havia muitos cereais, alguns eram considerados mais importantes tais como o trigo que é plantado na Galiléia e às margens do rio e Jordão, já a cevada era considerada de segunda qualidade por isto é plantada em solo mais pobre, ela era colhida um mês antes do trigo, a cevada é recolhida em abril e o trigo em maio e junho. Havia também os cereais considerados mais inferiores tais como a espelda e o endro e estes eram plantados nas beiras dos Campos de trigo e cevada. O feijão era muito cultivado pelo povo, mas apesar de ser um alimento de grande valor por ter uma porcentagem grande de proteínas era desvalorizado, e sendo um alimento barato era consumido somente pelos pobres. A cabaça era também cultivada, pois se via para transportes de pequenas quantidades de líquidos tais como água, vinho ou azeite. As pragas de insetos eram outra grande ameaça, e de todos eles o gafanhoto era o mais destruidor. A foice para usada na colheita dos cereais poderia ser de metal ou de pederneira, que era uma pedra bastante dura a onde podia se fazer um fio como no metal, a pederneira também era chamada de pedra de fogo, pois se a atritada uma na outra produziu faíscas facilmente, e era o modo de se fazer fogo naquela época.
As oliveiras
As oliveiras são as árvores que produz azeitonas e elas tinham um papel muito importante na vida pessoal e religiosa das pessoas e também para o estado por causa dos seus produtos e da exportação dos mesmos. A oliveira requer muita paciência por parte do agricultor pois. somente após 15 anos é que árvore começa a produzir, neste meio tempo deve ser bem.tratada a colheita da azeitona se dá no outono, e nos tempos bíblicos eles as colhiam batendo com bastões nos galhos da oliveira, os frutos maduros caiu no chão e eram de colhidos, assim como no caso das videiras todos frutos da árvore não deveriam ser colhidos mas uma parte deveria sobrar para os pobres, viúvas e órfãos. A principal utilidade da azeitona esta ação do azeite, a fruta era também consumida crua ou cozida, mas o azeite tinha muitas utilidades era usado em rituais religiosos, nas lâmpadas de iluminação, para fazer pães, como remédio, na indústria de cosméticos, etc. O jardim das oliveiras para onde Jesus ia freqüentemente as tardes, pela tinha o nome de Getsemani (prensa de azeite. devido à grande quantidade destas árvores que estavam plantadas lá, era um grande pomar. Como o azeite de oliveira era produzido sempre em grandes quantidades, ele era exportado e os lucros gerados faziam diferença para economia do estado, desde os tempos de Salomão Israel produz grandes quantidades de azeite.
TRANSPORTE E COMUNICAÇÕES
Viajar nos tempos bíblicos representava muito esforço e (dependendo da distância do trajeto) risco. Apesar dos riscos todo o povo estava habituado as viagens por causa da obrigatoriedade de viajar a Jerusalém para as festas religiosas; mas durante estas épocas os riscos eram menores, pois, com as estradas lotadas as pessoas ajudavam-se umas as outras em suas dificuldades. Quem viajasse a pé andaria aproximadamente 30 km ao dia, isto dependia das condições da pessoa, do tempo, etc. O que amenizava o esforço das viagens eram as centenas de milhares de quilômetros de estradas muito bem pavimentadas que já tinham sido construídas pouco antes de Cristo, tais estradas começaram a ser. Construídas pelo governo dos reinos mais antigos e com o passar do tempo estradas melhores eram construídas, mas foi o império romano que se tornou famoso pela construção de largas e longas estradas construídas cuidadosamente para serem duráveis e a maioria delas, estão perfeitas até hoje. Alguns caminhos que na verdade eram trilhas também eram chamados de estradas, eram muito usados e poderiam cobrir um longo trajeto, mas em mau tempo de tornavam intransitáveis. A Via Maris era outra estrada que sai de Megido e seguindo a costa do mar mediterrâneo ai até o Egito. De Jerusalém ao mar da Galiléia temos 130 km e Jesus fez este trajeto.
Saduceus
Comparado com os nossos dias, estes eram os maçons da época. Explico – Eles não eram numerosos, mas era um grupo composto das pessoas mais ricas da sociedade. Sinceramente não sei porque eram religiosos, pois não criam em vida após a morte, mas que a alma morria junto com o corpo, ao passo que criam assim eram rigorosos na obediência da lei; a ponto de recusarem os escritos de outros profetas para observarem somente os de Moises. O povo também estava sob seu comando, pois se quisessem aos pouco mudavam a tradição e com isto os costumes e opinião do povo. Eram muito ricos! Na época de Herodes quem deveria indicar o Sumo Sacerdote era o Rei. então pare para pensar, quanto Herodes deveria pedir. Para sua indicação – Já que os Sumo sacerdotes eram trocados num prazo aproximado de quatro anos .Então podemos imaginar que o sinédrio também era composto por inúmeros ex-sumo sacerdotes. Na época de Jesus o sumo sacerdote era Caifás e foi ele que formulou o famoso argumento que resultou na morte de Cristo que esta registrado em (João 11:49, 50). Deus para os fariseus era um Senhor severo e vingativo, mas para Jesus um Pai amoroso.Para Jesus a lei era menos importante que o homem e a havia sido criada para ele, mas para os fariseus o inverso. O poder político dos fariseus vinha da simpatia que tinham por parte do povo, que se simpatizava com seus ideais, mas ainda sim os saduceus tinham o poder real.
Cidades refugio
Nos tempos bíblicos foram criadas seis cidades refugio. Que eram locais onde os criminosos podiam refugiar-se e não podiam ser tocados enquanto estivessem lá; este era também um modo de isolar o criminoso do povo comum. Nos tempos bíblicos se uma pessoa matasse alguém mesmo acidentalmente sua vida correria perigo, pois se os parentes da vitima o encontrassem deveriam mata-lo, isto era um costume do povo, era uma obrigação da família da vitima. As cidades refugio talvez tenham sido inspiradas pela lei. talvez já existisse no antigo Egito, mas nos tempos bíblicos a maioria dos reinos as tinha, não cabe nesta disciplina discorrer sobre como elas eram administradas, mas somente as de Israel. Nos tempos do império romano, era dada muita autonomia a todos os povos de seu território, eles tinham liberdade de culto, os governadores da região eram homens do povo, como por exemplo, Herodes que era judeu, e podiam julgar aplicar as penas de acordo com suas tradições, em nada disto o império romano interferia; mas se um cidadão romano ao ser julgado apelasse para a justiça romana, então o caso deveria sair das mãos do reino local e ir para Roma.
Os crimes
Crimes religiosos: Estes eram considerados os mais perigos, pois, poderiam descaracterizar o judaísmo, pondo tudo a perder, eram tratados com muita severidade, pois poderiam causar o desvio espiritual de toda nação. Se um ladrão furtasse um objeto deveria pagar o valor do objeto mais 20% a vitima. Se alguém incendiasse uma plantação vizinha, deveria pagar pelo valor dos produtos queimados. A vitima era deitada de bruços no chão e tinha seus pés e mãos amarradas, para que tomasse as chicotadasMultas: havia crimes onde em seu julgamento se criava uma divida que era assumida pelo criminoso para indenizar a vitima. o valor era estabelecido pelo tribunal Pena de morte : existiam muitos crimes que eram punidos com morte. O império romano tinha punição chamada de “o corpo da morte”, onde o corpo da vitima era amarrado ao corpo de seu assassino, costa a costa, braços e pernas, e enquanto entrava em decomposição o corpo da vitima contaminava o assassino que em pouco tempo (1 mês) morria; Paulo usa a imagem desta execução para comparar o corpo da morte ao velho homem já morto alertando que o homem morto poderia contaminar ao novo homem renascido em cristo – leia Romanos 7:20-24, e ele falava aos romanos que conheciam bem a esta execução.
ESCOLAS EPISTOLARES
Nos tempos de Jesus, escrever uma carta não era simples como em nossos dias, quase todos sabiam escrever, mas escrever cartas era uma especialidade, era um procedimento diferente, em nossos tempos podemos fazer a seguinte comparação: muitos sabem escrever. Mas muitos poucos poderiam escrever uma escritura, pois isto é especialização de um escrevente de cartório. Quem escrevesse a carta deveria saber o nível de instrução e limitação em pedir esclarecimentos do destinatário, pois a carta também era feita adaptada ao nível de instrução do destinatário. O recurso mais válido para isso é o comportamento do remetente, pois ele jamais poderia aconselhar algo que não pudesse viver. Deveria se acrescentar também o comportamento do oponente que deveria ser evitado.Tendo como exemplo a carta aos Tessalonicenses, notamos traços bastantes característicos do estilo parênetico. Paulo recorda aos seus leitores de como eles receberam a palavra do evangelho (1:6; 2:13. O reconhecimento do progresso de seus leitores de uma palavra de incentivo ficou evidente no texto: a) alegria pelas boas notícias do estado espiritual da comunidade (3:6), b) oração da interseção pelo crescimento de amor mútuo (3:13), c) vida agradável a Deus (4.1), d) prática do amor e recomendação para seu contínuo desenvolvimento (4:10,11), e) a base deste último item é o comportamento honroso para com os de fora (4:12).
José Maria Teixeira Lima