Resumo de ETICA
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CURSO: BACHAREL EM TEOLOGIA LIVRE.
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES.
RESUMO DA DISCIPLINA GEOGRAFIA BÍBLICA.
Sua importância é extrema para quem queira entender o texto bíblico, pois quase todos os textos bíblicos citam cidades, regiões, províncias, planícies, montanhas, rios, vales, estradas, territórios, impérios, viagens, densidade demográfica ou pluviométrica, guerras, climas, etc.
A GEOGRAFIA DA BÍBLIA ESTÁ DIVIDIDA EM QUATRO PARTES:
-A primeira parte é um estudo sobre a própria geografia e em si, a necessidade da geografia na teologia, e sobre os fundamentos da cosmogonia hebraica responsável pela produção do texto bíblico, que é óbvio se deu por ação divina;
-A segunda é um estudo geral sobre todas as terras envolvidas pelo relato bíblico e pelo período interbíblico. Aqui aparecem as características geográficas imutáveis deste imenso território, tudo o que ao longo do templo não foi modificado, densidade pluviométrica, ventos, rios, mares, planícies, vales, terras férteis, etc;
-Na terceira parte temos a história da criação, dos idiomas e das antigas civilizações que são descendentes de Noé, na narrativa bíblica (criacionista) e secular (evolucionista); engloba desde a criação até as primeiras civilizações. Também aqui temos os impérios do oriente bíblico, desde o mundo antigo até o início do império romano (Egípcio, Assírio, Babilônico, Medo Persa, Grego, Ptolomeu, Seleucida, Macabeu, e Romano), e um estudo sobre as cidades bíblicas do AT; e
Na quarta parte, temos um estudo geográfico, político e econômico do NT e da igreja, da vida de Jesus, dos atos dos apóstolos em caráter cronológico, e estudos sobre outras cidades envolvidas na história do NT..
A própria bíblia dá muita importância à história, a maioria dos fatos bíblicos possuem âncoras fincadas na história.
A maioria dos livros dos profetas cita a época em que foram escritos, tais referências ou ligações históricas. Procuram comprovar a veracidade dos relatos e juntamente no texto podemos notar centenas de citações geográficas; pode-se facilmente através da narrativa bíblica fazer um paralelo entre as histórias bíblicas e seculares.
Dentre os 66 livros bíblicos, 13 são puramente históricos e muitos outros trazem muitos relatos históricos.
O que é a Geografia?
É o ramo de estudos da diferenciação regional da superfície da terra e das causas dessa diferenciação. O objetivo da geografia é proporcionar a descrição e a interpretação de maneira precisa, ordenada e racional do caráter variável da superfície da terra. A Geografia Histórica procura reconstruir os aspectos humanos, econômicos, físicos e políticos de uma dada região do passado.
E Geografia Bíblica?
A Geografia do Mundo Bíblico, é a que se dedica a estudar as diversas regiões que serviram de palco para os acontecimentos narrados nos livros da Bíblia.
A Geografia Bíblica ocupa-se do estudo sistemático do cenário da revelação divina e da influência que teve o meio ambiente na vida de seus habitantes. A Geografia Bíblica é uma disciplina muito importante, pois auxilia a todos que querem conhecer melhor a História Sagrada e o texto bíblico através de esclarecimentos quanto aos grupos humanos, as características físicas, os recursos econômicos e as transformações políticas das diversas regiões citadas na Bíblia. Além disso, ela nos permite localizar e situar os relatos bíblicos no espaço em que estes ocorreram, auxiliando-nos na reconstrução dos eventos.
O Mundo Bíblico:
A região que denominamos Mundo Bíblico situa-se, hoje, nas regiões conhecidas como Oriente Médio e mediterrâneas. Podemos apontar como áreas-limites do Mundo Bíblico a Península Ibérica, à ocidente, e o atual Iraque, à oriente. Os países que são encontrados hoje nestas regiões são: Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia, os diversos países balcânicos, Turquia, Egito, Israel, Jordânia, Líbano, Síria, Iraque, Irã, Arábia Saudita e vários emirados árabes.
Principais áreas do Mundo Bíblico:
-Mesopotâmia;
-Península Arábica;
-Egito;
-Canaã; e
-Europa.
A necessidade da Geografia Bíblica:
A geografia bíblica nos leva um conhecimento melhor, mais detalhado do texto bíblico. Podemos definir a geografia bíblica como "o estudo do painel aonde Deus criou a vida, e escreveu o seu livro sagrado".
É muito importante o estudo de cada pequena parte do território onde ocorreram os fatos bíblicos, pois cada um deles tem uma razão espiritual para existir. Os hebreus tinham todas as suas noções sobre a terra e o universo provindas das Sagradas Escrituras, tudo o que sabiam lhes havia sido revelado.
Era tudo muito exato!
A nossa bíblia de 66 livros é também um documento histórico que traz muitas informações importantes acerca do passado da humanidade.
Ela só não cobre o período do império grego.
Hoje em dia, quanto à história da origem da humanidade existem duas orientações diferentes:
-a evolucionista;
-a bíblica.
Planalto central:
Compreende os planaltos de Naftali, Efraim e Judá.
-Planalto de Naftali: Fica ao norte da Galiléia.
-Planalto de Efraim: Compreende a área da Samaría.
-Planalto de Judá: Fica ao sul, é o rodeado por Betel e Hebrom.
Planalto oriental:
Localiza-se a leste do Jordão, e também possui em si três outros planaltos:
-Planalto de Basam: Também conhecido como Auram, situa-se entre o sul do monte Hermom e o rio Yamurque.
-Planalto de Gileade: Fica entre Yamurque e Hesbom. Ele é cortado pelo rio Jaboque.
-Planalto de Moabe: esta é uma região bastante rochosa, mas onde se encontram boas pastagens, fica a leste do rio Jordão e mar morto até o rio Arnon.
MONTES:
Um monte é uma elevação natural de terra maior do que o outeiro e menor do que a montanha. Não existem medidas de altura ou volume de terra. Para se classificar com exatidão o que é um outeiro, monte ou montanha, é muito difícil, pois são valores relativos. São eles:
-Montes Palestínicos;
-Montes de Judá: Os montes de Judá se localizam ao sul dos montes de Efraim. Eles são uma série de elevações entre as quais existem verdes vales, por onde correm rios que deságuam no Mar Morto e Mediterrâneo. Os maiores montes de Judá são:
-Monte Sião: Este monte é uma fortaleza natural para Jerusalém, por isso Sião passou a ser a capital de Israel, e não demorou muito para que Jerusalém também fosse chamada de Sião. Sião passou a ser considerada também como a Casa de Deus. O termo Sionismo era o movimento que visava a recriação do estado de Israel.
A igreja de Jesus Cristo é conhecida como Sião celestial!
-Monte Moriá: Foi-me nesse monte que Abraão preparou seu filho Isaque para ser dado em sacrifício. Localiza-se a leste de Sião, possui uma altura média de 800 m do nível do mar, e sua forma é alongada. Salomão construiu o templo neste monte, o seu nome significa "temor" em hebraico.
-Monte das Oliveiras: No Antigo Testamento todo este monte era coberto de oliveiras, vinhas, e muitas outras árvores frutíferas.
-Monte da Tentação: Logo após o seu batismo no rio Jordão, Jesus foi levado pelo Espírito a este monte, onde passou 40 dias em completo jejum; foi tentado pelo diabo, mas, manteve-se firme.
-Montes de Efraim: Os mais importantes são: Monte Ebal e Monte Gerizim.
-Montes de Naftali;
-Monte Carmelo: Os 450 profetas de baal, foram desafiados por Elias neste monte.
-Monte Tabor;
-Monte Gilboá;
-Monte Hatim: Também é conhecido como o monte das bem aventuranças, pois, acredita-se que foi dele que Jesus pronunciou o sermão da montanha.
-Montes Transjordanianos;
-Monte de Gileade : Onde Jacó lutou com o anjo do Senhor.
-Monte de Basam;
-Monte Pisga;
-Monte Peor: Foi deste monte que Balaão tentou amaldiçoar os filhos de Israel.
-Monte Sinai: Foi nesta região que Deus apareceu a Moisés, e da sarça ardente o chamou para libertar o povo hebreu das garras do faraó. Também conhecido como monte Horebe, ele serviu de refúgio ao profeta Elias quando se escondia da perversa Jesabel.
DESERTOS:
O termo deserto significa "regiões de escassas precipitações e nas quais a cobertura vegetal é praticamente nula ou então está reduzida a algumas plantas isoladas". Mas a bíblia ao referir-se a deserto não somente inclui os desertos estéreis e dunas de areia ou de rocha, mas igualmente refere-se a terras planas de vegetação rasteira apropriada para pastagens.
Esta palavra encontrada 36 vezes como adjetivo (exemplo: a vida é um deserto), e 284 vezes como substantivo, referindo-se propriamente ao deserto. No Novo Testamento, 12 como adjetivo e 36 como substantivo. São eles:
-Deserto do Sinai: Durante 40 anos os hebreus caminharam neste deserto após a saída do Egito. O Senhor supriu todas as suas necessidades. Foram quatro décadas onde eles se organizaram e se transformaram numa nação robusta.
-Deserto de Neguev;
-Deserto da Judéia: Foi nesta região que Davi escondeu-se de Saul quando estava sendo perseguido. Foi nesta região também que os profetas Amós e João Batista exerceram seus ministérios.
-Desertos de Jericó: Este foi o cenário para a parábola do bom samaritano, que socorreu o homem que fora assaltado na estrada para Jericó. Bete-Aven e Gabaom são outros desertos que compõem o deserto de Jericó.
MARES:
-Mares da Terra Santa: Israel possui três Mares: Mediterrâneo, Morto e da Galiléia, este último apesar de designar-se como Mar, é na verdade um lago.
-Mar Vermelho: Este Mar se encontra na terra Santa.
-Mar Egeu: Berço de duas grandes civilizações, a de Creta e a da Grécia.
-Mar Jônico;
-Mar Negro: Foi o cenário da lendária viagem de Jasão e dos argonautas em busca do velo de ouro. Esse Mar tem sido um importante canal de comunicação entre as nações que o cercam e entre a Europa oriental e o Mediterrâneo.
-Mar Aral;
-Mar de Baleares;
-Mar Tirren;
Rios e Lagos da Terra Santa:
-Bacia do Mediterrâneo: Estes são os rios que nascem em Israel e desembocam no mar mediterrâneo.
-Rio Belus: Localiza-se no norte de Israel acima do mar da Galiléia, e desemboca no mediterrâneo. Eles surgem nas Escrituras como o rio Sior-Libnate em Josué 19:26.
-Rio Quisom;
-Rio Caná: Este rio no Antigo Testamento fazia uma fronteira natural entre as tribos de Efraim e Manassés. Ele nasce perto de Siquém, atravessa a planície de Sarom e desemboca no mediterrâneo.
-Rio Gaás: Josué foi sepultado no monte Gaás, perto de onde corre o rio com o mesmo nome. O seu nome em hebraico significa "terremoto".
-Rio Sorec ou Soreque: A noiva de Sansão morava próximo ao vale por onde corre este rio. Em suas redondezas ficava o vale de Sora terra natal do profeta Samuel. Em hebraico seu nome significa "vinha escolhida"..
-Rio Besor: Trata-se de um ribeiro (pequeno rio), que fica nas vizinhanças de Ziclaque, no sul de Judá. Foi nas circunvizinhanças deste rio que Davi libertou os habitantes de Ziclaque dos amalequitas. O seu nome Besor em hebraico significa refrigério.
-Rio Querite: Em 1º Reis 17:3-5, temos a passagem em que o profeta Elias, fugindo de Jesabel, recebe uma ordem de Deus para refugiar-se no rio Querite.
-Rio Cedrom: O monte das oliveiras é separado do monte Moriá pelo rio Cedrom. Foi este rio em que ocorreu um dos episódios mais tristes da vida do rei Davi, registrado em 2º Samuel 15:23. Jesus também passou por ele em suas caminhadas - João 18:1.
-Rio Yamurque ou Iamurque: Ele não é mencionado na Bíblia.
-Rio Jaboque;
-Rio Arnom: O profeta Isaías falou dele em Isaías 16:2. Atualmente é conhecido como wadi el-Modjibe. Nas épocas de chuvas este rio é volumoso, mas depois da primavera começa secar.
-Lago de Merom: Este é o único lago de Israel. Na verdade, o mar da Galiléia também é um lago, mas este é o único chamado assim. Em Josué 11:5-7 ele é chamado de águas de Merom. Atualmente ele perdeu as suas formas originais, pois foi modificado pela engenharia de Israel.
O Clima e a Agricultura:
O clima de Israel é muito variado, o que influi sobre a vida das pessoas. No inverno pode nevar em Jerusalém, enquanto que em Jericó, distante apenas 30 km, pode fazer forte calor. O pão era o alimento básico do povo bíblico. Era feito de vários cereais. A expressão não ter pão para comer significa passar fome.
IDIOMAS:
É impossível separar história de geografia, pois fornecer um dado histórico implica sempre em produzir sempre uma questão espacial. Onde isto aconteceu? A Humanidade possui duas narrativas principais sobre a origem e o desenvolvimento dos idiomas:
-A narrativa bíblica sobre a torre de Babel;e
-Os estudos da linguística, que poderiam possuir uma orientação bíblica; mas não, é cética, e; portanto, suas conclusões contrariam o texto bíblico.
O sistema classificatório mais adotado é o da genealogia, que, baseado no histórico das línguas, organiza-a segundo a origem.E este é o mais adotado por ser o mais lógico de acordo com a razão humana.
Por ele os idiomas são classificados em oito famílias: Indo-Chinês, Dravídico, Malaio-Polinésio, Uralo-Altaico, Cafre ou Banto, Camítico, Semítico e Árico ou Indo-Europeu.
Outra classificação é a seguinte:
-Línguas da África: Banto sudanês e Camito semítico.
-Línguas da Oceania: Dravídico australiano; e Mundo Polinésio.
-Línguas da Eurásia (Europa-Ásia): Caucásico; Uralo altaico; Indo europeu; e Indo chinês.
IMPÉRIOS:
-IMPÉRIO EGÍPCIO. O império egípcio é uma das mais antigas civilizações da humanidade, tanto que alguns pesquisadores julgam ser ele o berço da humanidade, já a Bíblia indica este local como a Mesopotâmia.
-IMPÉRIO ASSÍRIO. Muito provavelmente os assírios eram descendentes de Assur, neto de Noé.
-IMPÉRIO BABILÔNICO. Nas escrituras, a babilônia é representada pelo ouro (sonho de Daniel), e é sinônimo de poder e gloria. A história deste império e antiguíssima. Trata-se de uma das primeiras civilizações da terra. O povo babilônico e os hebreus foram vizinhos por muito tempo, foram momentos de amizade e de guerra, e são filhos de Sem.
Babilônico e hebreus são descendentes dos Caldeus. Alguns estudiosos datam a fundação da Babilônia a 3000 anos Ac, em Gênesis 10.10.
-IMPÉRIO MEDO PERSA. O território persa ocupava todo o Irã, toda a região confinada pelo golfo pérsico, os vales do rio Tigre e Eufrates, o mar negro e a metade do mar e Cáspio. As suas posições se estendiam da Grécia até a Índia. A Grécia no entanto por volta de 336 Ac começava suas campanhas militares para estender seus territórios, à frente estava Alexandre o Grande com vinte anos de idade, e grande fúria e inteligência, nenhuma nação permanecia em pé diante dele, assim foi o fim do império persa.
-IMPÉRIO GREGO. A Grécia é considerada o berço da civilização ocidental e dela nos herdamos a democracia, a antiga concepção das artes e a filosofia. Enquanto o oriente é influenciado pela filosofia de Confúcio o ocidente o é pela filosofia grega. Nesta atmosfera tão propícia nasceram muitos gênios: Tales, Empédocles, Pitágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles, e muitos outros.
-DINASTIA DOS MACABEUS. A vida religiosa judaica, durante o século III A.C., veio a ser perturbada pela disputa política entre a dinastia seleucida, baseada na Síria, e a dinastia ptolemaica, baseada no Egito. Os fiéis judeus ficaram escandalizados com os novos costumes helênicos. Por exemplo, os jovens judeus no novo ginásio, participavam das competições atléticas desnudos, como era o costume grego dos jogos olímpicos.
-A dinastia asmonéia. É a dominação dos descendentes de Matatias, por quase um século, que governaram o Estado judeu até a ascensão de Herodes Magno (“Herodes o grande”).
-o Império Romano. O maior de todos nos tempos de Cristo.
A terra de Canaã:
A terra de Canaã é o berço de dois fatos que comoveram profundamente o mundo: a palavra "Bíblia" e o nosso alfabeto!
Uma cidade fenícia deu nome a palavra que designa "livro" em grego; de Biblos, cidade marítima de Canaã, originou-se "biblion" e desta, mais tarde, "Bíblia". No século IX a.C. os gregos tomavam de Canaã as letras do nosso alfabeto. Assim descreve a Bíblia a extensão da Terra Prometida, isto é, das nascentes do Jordão, nas faldas do Hermon, até as colinas situadas a leste do mar Morto, e até o Neguev, na Terra do Meio-Dia.
Quinhentos anos antes de Abraão, florescia um comércio de importação e exportação nas costas de Canaã.
A história de Sinuhe não existia apenas em um exemplar. Foram encontrados diversos. Devia ser uma obra muito procurada, pois mereceu várias "edições". Sua leitura deve ter deliciado o público não só do médio mas também do novo império do Egito, como se deduz pelas cópias encontradas. Foi, por assim dizer, um best seller, o primeiro do mundo, e precisamente sobre Canaã.
Hoje, sabemos que o egípcio escreveu uma história verdadeira sobre a Canaã daquele tempo, a Canaã por onde, possivelmente, vagueava Abraão.
Devemos a textos hieroglíficos sobre campanhas egípcias os primeiros testemunhos sobre Canaã. Eles concordaram perfeitamente com a descrição de Sinuhe. Por outro lado, o relato desse aristocrata egípcio concorda em algumas passagens quase literalmente com certos versículos da Bíblia muito citados.
“Porque o Senhor teu Deus te introduzirá numa terra boa (Dt 8.7). "Era uma bela terra", diz Sinuhe. Terra, continua a Bíblia, de trigo, de cevada, de vinhas, onde nascem figueiras... "Ali havia cevada e trigo, havia figos e uvas", conta Sinuhe. E onde a Bíblia diz: Uma terra de azeite e de mel, onde, sem nenhuma escassez, comerás o teu pão, diz o texto egípcio: "Seu mel era copioso e abundante o seu azeite. Diariamente eu comia pão".
Canaã, por volta de 1900 a.C., era apenas esparsamente povoada. Era, a bem dizer, uma verdadeira terra de ninguém. Os habitantes viviam em permanente estado de alerta. As povoações, pequenas e muito isoladas, eram objeto de audaciosos assaltos dos nômades.
Súbita e inesperadamente, os nômades surgiam, derrubavam tudo, levando o gado e as colheitas. Com a mesma rapidez com que surgiam, desapareciam, e não havia meio de encontrá-los nas vastas planícies de areia ao sul e a leste. Era incessante a luta entre os lavradores e criadores de gado que se tornaram sedentários e as tribos de salteadores que não conheciam habitação fixa e cujo teto era uma tenda de pele de cabra aberta em qualquer parte ao ar livre sob o vasto céu do deserto.
Por essa região insegura vagueou Abraão com Sara, sua mulher, Lot, seu sobrinho, sua gente e seus rebanhos. E tendo lá chegado, Abraão atravessou este país até o lugar de Siquém, até o vale ilustre.
E o Senhor apareceu a Abraão, e disse-lhe: eu darei esta terra aos teus descendentes. Naquele lugar edificou um altar ao Senhor, que lhe tinha aparecido. E, passando dali ao monte, que estava ao oriente de Betel, aí levantou a sua tenda, tendo Betel a ocidente, e Hai a oriente. Aí edificou também um altar ao Senhor, e invocou o seu nome. Abraão continuou a sua viagem, andando e avançando para o meio-dia (Gn 12.5-9).
A Região setentrional da antiga Palestina, correspondente à parte norte do atual Estado de Israel, a Galiléia foi palco de muitos episódios da vida de Cristo. São imprecisas suas fronteiras bíblicas, mas sabe-se que fazia parte do território ocupado pela tribo dos neftalitas.
O Livro dos Juízes dá a entender que, mesmo após a conquista por Josué, os dois povos compartilharam a área. A Galiléia integrou o reino de Davi e de Salomão (século X a.C.), mas a morte deste último acarretou a divisão do reino em dois e a Galiléia passou ao domínio do reino de Israel.
Mais tarde, a região tornou-se conhecida como lugar da infância e do ministério público de Jesus, que ali realizou a maior parte de seus milagres.
Com a destruição, pelos romanos, do segundo Templo de Jerusalém, no ano 70 da era cristã, o centro da cultura judaica na Palestina mudou-se para a Galiléia.
A Mesopotâmia (em grego, região entre rios) está situada na região delimitada pelos rios Tigre e Eufrates, no sudoeste da Ásia. A Bíblia, o relato de Heródoto e os textos do sacerdote babilônio Berossos, estes datados de aproximadamente 300 a.C, eram, até o fim do século XIX, as únicas fontes de informação sobre a história da Mesopotâmia.
Cidades bíblicas:
-Belém: Jesus nunca visitou Belém em seu ministério. Hoje a cidade cresceu, pertence à Israel e vive principalmente do comércio. A Bíblia registra dois lugares: Belém de Zebulom (Josué19:15) e Belém de Judá, citada 38 vezes no ATe 8 vezes no NT. Nos tempos de Jesus, a cidade de Belém pertencia à região da Judéia.
Davi nasceu em Belém (1 Sm 16:1-14). Davi saiu de Belém, para atender seus irmãos que lutavam contra o gigante Golias (I Sm 17:12-58). Belém foi o local onde Davi apascentava as ovelhas.
Miquéias (5:2) profetizou que o Messias nasceria em Belém. E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Os magos do oriente visitaram Jesus em Belém (Mt. 2:1-12). Cidade em que ocorreu a matança dos inocentes de Belém por Herodes o Grande (Mt 2:13-23)
-Cafarnaum: ...Jesus quando ensinava na sinagoga em Cafarnaum. E, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zabulom e Naftali; (Mt 4.13) Alguns dias depois entrou Jesus outra vez em Cafarnaum, e soube-se que ele estava em casa. (Mc 2.1). Depois disso desceu a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias. (Jo 2.12). Quando, pois, viram que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, entraram eles também nos barcos, e foram a Cafarnaum, em busca de Jesus. (Jo 6.24). E tu, Cafarnaum, porventura serás elevada até o céu? Até o inferno descerás (Lc 10.15). Estas coisas falou Jesus quando ensinava na sinagoga em Cafarnaum. (Jo 6.59).
Era o principal centro comercial e social dessa região durante o ministério de Jesus. Ali, sobre a grande estrada entre a Síria e a Palestina, eram recolhidos os impostos de alfândega a se encontrava estacionado uma guarnição romana. Jesus veio a esse lugar após sair de Nazaré, e a casa de Pedro chegou a ser a sua casa. Nesse lugar, ele convocou Mateus, e aí ensinou, pregou e realizou "muitas grandes obras". Cristo profetizou a queda de Cafarnaum.
-Hebrom: E foi o tempo que Davi reinou em Hebrom. Então mudou Abrão as suas tendas, e foi habitar junto dos carvalhos de Manre, em Hebrom; e ali edificou um altar ao Senhor. (Gn 13.18). Depois sepultou Abraão a Sara sua mulher na cova do campo de Macpela, em frente de Manre, que é Hebrom, na terra de Canaã. (Gn 23.19).
-Jericó: Pela fé caíram os muros de Jericó. E Elias lhe disse: Eliseu, fica-te aqui, porque o Senhor me envia a Jericó. Ele, porém, disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim vieram a Jericó. (2Rs 2.4). Depois chegaram a Jericó. Tendo Jesus entrado em Jericó, ia atravessando a cidade. (Lc 19.1). Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de rodeados por sete dias. (Hb 11.30).
-Jerusalém: Tendo Jesus entrado em Jerusalém. A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, donde jamais sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, da parte do meu Deus, e também o meu novo nome. (Ap 3.12). Por amor do teu templo em Jerusalém, os reis te trarão presentes. (Sl 68.29).
Como estão os montes ao redor de Jerusalém, assim o Senhor está ao redor do seu povo, desde agora e para sempre. (Sl 125.2). Desde Sião seja bendito o Senhor, que habita em Jerusalém. Louvai ao Senhor. (Sl 135.21). Mas tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos; (Hb 12.22).
E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo. (Ap 21.2). "Jerusalém", esta palavra é de origem Hebraica e significa habitação de paz.
A capital de Israel é mencionada pela primeira vez na Bíblia em Josué 10.11. Também, em Gênesis 14.18, encontra-se uma referência sobre a cidade, que aparece com o nome de Salém, que de acordo com a tradição judaica era o nome de Jerusalém. Outros nomes bíblicos de Jerusalém: Jebos (Jz 19.10); Sião (Sl 87.2); Ariel (Is 29.1); Lareira de Deus (Is 1.26); Cidade de Justiça (Is 1.26); Santa Cidade (Is 28.2 / Mt 4.5); Cidade do Grande Rei (Mt 5.35) e, Cidade de Davi (2 Sm 5.7).
Em julho de 1980, o Parlamento Israelense aprovou um decreto-lei, elaborado pelo então primeiro-ministro Menachen Begin, transformando Jerusalém na capital eterna e indivisível do Estado de Israel.
-Ninive. “Ora veio a palavra do Senhor a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. (Jn 1.1-2)”. Na Bíblia: (Gn 10.11-12 / 2Rs 19.36 / Is 37.37 / Jn 1.2; 3.2-7; 4.11 / Na 1.1; 2.8; 3.7 / Sf 2.13 / Lc 11.32).
-Sodoma e Gomorra: "Então o Senhor, da sua parte, fez chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra. E Abraão levantou-se de madrugada, e foi ao lugar onde estivera em pé diante do Senhor; e, contemplando Sodoma e Gomorra e toda a terra da planície, viu que subia da terra fumaça como a de uma fornalha. (Gn 19.24, 27-28)."
A destruição de Sodoma e Gomorra! Disse, pois, o Senhor: O clamor de Sodoma e Gomorra aumentou, e o seu pecado agravou-se extraordinariamente. Fez, pois, o Senhor da parte do Senhor chover sobre Sodoma e Gomorra enxofre e fogo do céu; e destruiu essas cidades, e todo o país em roda, todos os habitantes da cidade, e toda a verdura da terra. E a mulher de Ló, tendo olhado para trás, ficou convertida numa estátua de sal. E viu que se elevavam da terra cinzas inflamadas, como o fumo de uma fornalha (Gn 18.20; 19.24, 26, 28).
Sodoma e Gomorra tornaram-se símbolos de vício e iniquidade e sinônimos de aniquilação completa.
Ur dos caldeus: "Tomou Terá a Abrão seu filho, e a Ló filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos Caldeus, a fim de ir para a terra de Canaã; e vieram até Harã, e ali habitaram" (Gn 11.31). Na Bíblia: (Gn 11.28,31; 15.7 / Ne 9.7).