Resumo de ETICA
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RESUMO DA DISCIPLINA LIVROS POÉTICOS
CONCEITO GERAL
Os Salmos, Jó e os Provérbios, nas Bíblias hebraicas, formam um grupo à parte, com a denominação de Livros poéticos. No uso comum, cristão e moderno, porém, acrescentam-se-lhes também o Eclesiastes e Cântico dos Cânticos; e é freqüente entre os estudiosos gregos bem como entre os autores modernos, estender a todos o nome de Livros poéticos. E com razão; pois o Cântico dos Cânticos e Eclesiastes são escritos em versos como os Provérbios.
A Unidade do Texto
A natureza composta do livro de Jó é geralmente aceita. O restante do texto está em forma poética. Jó passou a maior parte do tempo negando que a prosperidade material seja a recompensa da retidão. Jó não exigiu restauração da sua prosperidade como uma condição para servir a Deus.
Uma outra parte do livro, apesar da sua beleza poética e grandiosidade de pensamento, é freqüentemente rejeitada como parte original do livro. Essa parte do livro é um poema de exaltação da sabedoria que constitui o capítulo 28. Além disso, o propósito do poema de sabedoria -se realmente for da autoria de Jó -, tornaria desnecessário muito do que Deus diz a ele mais tarde no livro. O ataque contra essa parte do livro não é conclusivo. Em nenhuma parte do livro existe qualquer tipo de indicação quanto à identidade do homem que criou essa obra de arte literária.
Data da Composição
A época da composição desse livro permanece um problema tão complicado quanto o da autoria. Por exemplo, “o livro afirma que Jó viveu mais 140 anos depois da restauração da sua saúde e riqueza, além dos anos que ele tinha vivido antes do seu infortúnio” (POPE, 1965, p. 135).
Não encontramos nenhuma alusão no livro de Jó que poderia nos ajudar na averiguação da data da sua composição.
Lugar no Cânon
O livro de Jó faz parte da terceira divisão do cânon hebraico, o Kethubim, os hagiógrafos, ou Escritos.
Qual é, então, a mensagem do livro, como se dirige ele à grande necessidade universal?
O livro denuncia, de maneira notável, a insuficiência dos horizontes humanos para uma compreensão adequada do problema do sofrimento. A palavra do homem é impotente para penetrar a escuridão da mente de Jó; a palavra de Deus traz luz e luz eterna. O Deus da teofania não responde a nenhuma das questões tão calorosamente debatidas em todo o livro; mas satisfaz a necessidade do coração de Jó. Não explica cada fase da batalha; mas torna Jó mais do que vencedor nessa batalha.
Como os restantes livros do Velho Testamento, Jó anuncia-nos Cristo.
Jó é um dos livros sapienciais e poéticos do Antigo Testamento; “sapiencial”, porque trata profundamente de relevantes assuntos universais da humanidade; “poético”, porque a quase totalidade do livro está elaborada em estilo poético.
Deus lida com situações demais elevadas para a plena compreensão da mente humana (Jó 37.5). Trata-se de um fator deliberado na mensagem do livro. Deus, não Satanás, é soberano. Satanás não passa de um intruso no relacionamento entre Deus e Jó, conforme descrito no início e no fim do livro.
A função de Satanás em Jó anuncia sua função no restante da Bíblia. Ele é uma criatura de Deus, mas um inimigo da vontade de Deus (cf. Mt 4.1-11; Lc 4.1-13). Satanás, seguindo seu padrão de sempre, buscou a raiz do problema: o relacionamento de Jó com Deus.
Retribuição e Justiça
A mensagem de Jó reformula o entendimento da doutrina da retribuição divina. Deus busca o equilíbrio e a liberdade dentro da criação, não só a aplicação da retribuição. A prosperidade abundante de Jó após seu encontro com Deus era em princípio um dom da graça de Deus. Jó esmaga os ídolos da mente das pessoas e deixa um quadro realista de Deus. A visão do Deus livre abre as pessoas para propósitos misteriosos, para alvos justos no sofrimento por ele permitido. O leitor pode crer que Deus trará o bem por meio do sofrimento, mesmo que o justo odeie cada fração da dor.
Jó também ensina a importância da amizade no sofrimento. A maior tragédia do livro pode ser a do fracasso da amizade agravado por uma teologia plausível mal-aplicada. No fim, Deus rechaçou essas reclamações, mas não julgou Jó por elas. Tiago usou Jó como exemplo dos que aprendem a felicidade na escola do sofrimento: "Eis que temos por felizes os que perseveram firmes. “Haveria resumo melhor da mensagem do livro -um sofredor perseverante mantido nos braços de um Deus determinado e compassivo?” (LASOR, 1999, p. 541).
Pontos Salientes
A. O Sofrimento dos Justos
Jó 2.7,8: “Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. Por toda parte ao nosso redor estão os efeitos do pecado. É nosso dever orar a Deus para que Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.
Deus emprega o sofrimento, não somente para fortalecer a nossa fé, mas também para nos ajudar no desenvolvimento do caráter cristão e da retidão. É nosso dever estar afinados com aquilo que Deus quer que aprendamos através do sofrimento.
O Relacionamento de Deus com o sofrimento do crente
O primeiro fato a ser lembrado é este: Deus acompanha o nosso sofrer. Satanás é o deus deste século, mas ele só pode afligir um filho de Deus pela vontade permissiva de Deus (cf. 1—2). Deus promete na sua Palavra que Ele não permitirá sermos tentados além do que podemos suportar (1Co 10.13). A fé cristã não consiste na remoção de fraquezas e sofrimento, mas na manifestação do poder divino através da fraqueza humana (2Co 4.7).
A morte como resultado do pecado
Gênesis 2—3 ensina que a morte penetrou no mundo por causa do pecado. Ao desobedecerem o mandamento de Deus, tornaram-se sujeitos à penalidade do pecado, que é a morte. Deus colocara a árvore da vida no jardim do Éden para que, ao comer continuamente dela, o ser humano nunca morresse (Gn 2.9). Mas, depois de Adão e Eva comerem do fruto da árvore do bem e do mal, Deus pronunciou estas palavras: “és pó e em pó te tornarás” (Gn 3.19).
Finalmente, a morte, como resultado do pecado, importa em morte eterna. A morte eterna é a eterna condenação e separação de Deus como resultado da desobediência do homem para com Deus.
A Bíblia refere-se à morte do crente em termos consoladores. Por exemplo, ela afirma que a morte do santo “Preciosa é à vista do SENHOR” (Sl 116.15).
Quanto ao estado dos salvos, entre sua morte e a ressurreição do corpo, as Escrituras ensinam o seguinte:
No momento da morte, o crente é conduzido à presença de Cristo (2Co 5.8; Fp 1.23).
Abordagem introdutória
O livro de Salmos é o primeiro livro na terceira divisão da Bíblia hebraica. Dos aproximadamente 263 textos do Antigo Testamento citados no Novo Testamento, um pouco mais de um terço, ou seja, um total de 93 é tirado do livro de Salmos.
Um dos valores mais importantes dos Salmos para o estudo do Antigo Testamento é a percepção que se recebe acerca da verdadeira natureza da religião do Antigo Testamento. Que essa coleção foi originariamente separada do primeiro livro é demonstrado pela repetição do Salmo 14 no Salmo 54 e parte do Salmo 40 no salmo 70, e pelo fato de que o termo Elohim (traduzido por "Deus") é constantemente usado como o nome divino em vez de Yahweh. Os salmos de Asafe do Livro IlI, 73-83, também usam preferivelmente Elohim em lugar de Yahweh, embora os salmos restantes do livro se refiram a Deus como Yahweh. Embora os títulos não tenham feito parte do texto original do salmo, são muito antigos.
Uma última classe de títulos destaca a ocasião da composição do salmo.
Classificação dos Salmos
Existem muitas tentativas de classificação dos salmos, mas nenhuma delas é inteiramente satisfatória. Como Franz Delitzsch afirma:
O reino de Deus não vem somente por meio da graça, mas também por meio do julgamento; o suplicante do Antigo bem como do Novo Testamento anela pela vinda do reino de Deus (veja 9.21; 59.14 etc.); e nos Salmos cada imprecação de julgamento sobre aqueles que se colocam contra a vinda desse reino é feita com base na suposição da sua persistente impenitência (7.13ss; 109.17).
Data dos Salmos
O padrão da crítica bíblica no passado tem sido datar os salmos em época muito posterior ao reinado de Davi. Alguns estudiosos têm defendido a idéia de datas pós exílio, e mesmo da época dos macabeus, para a maioria dos salmos (e.g., 520-150 a.C.). Mitchell Dahood resume as tendências mais recentes nessa cronologia dos salmos: "Um exame do vocabulário desses salmos revela que virtualmente cada palavra, imagem e paralelismo são agora relatados nos textos cananeus da Idade do Bronze.
A base do Saltério parece ser constituída por uma coleção dos hinos davídicos. Os Salmos de Asafe são mais didáticos, dão maior proeminência às tribos de José e fazem um maior uso da imagem do pastor e do discurso direto por parte de Deus.
Interpretação
A interpretação dos Salmos depende do nosso conhecimento da condição da crença religiosa e da revelação ao tempo da sua composição e da nossa própria experiência de Deus em Cristo. Constituía principalmente uma inferência da experiência pessoal do autor com Deus e a sua percepção de um propósito divino correndo através da História. A revelação de Deus em Cristo é o ponto central da história do mundo (Hb 9.26; Rm 8.19-22). Para um estudo dos vários aspectos da esperança messiânica e do significado das referências dos Salmos.
Os salmos são de fato respostas dos sacerdotes e do povo diante dos atos de livramento e de revelação de Deus na história deles.
Podemos, também, louvar a Deus, ao falar ao nosso próximo das maravilhas de Deus para conosco, pessoalmente.
A base da esperança do crente
As Escrituras revelam como Deus sempre foi fiel, no passado, ao seu povo.
A plenitude da revelação do novo concerto em Jesus Cristo acresce mais uma razão para a esperança inabalável em Deus.
A Palavra de Deus é a terceira base da esperança.
Temos esperança da consumação da nossa salvação (1Ts 5.8). Deus, no entanto, não pode pecar (Nm 23.19; 2Tm 2.13; Tt 1.2; Hb 6.18). Das pessoas da deidade, nenhuma é Deus sem as outras, e cada uma, juntamente com as outras, é Deus.
Deus é bom (Sl 25.8; 106.1; Mc 10.18). Tudo quanto Deus criou originalmente era bom, era uma extensão da sua própria natureza (Gn 1.4,10,12,18,21,25,31).
Deus é amor (1Jo 4.8).
Deus é compassivo (2Rs 13.23; Sl 86.15; 111.4).
Deus é a verdade (Dt 32.4; Sl 31.5; Is 65.16; Jo 3.33).
Finalmente, Deus é justo (Dt 32.4; 1Jo 1.9). É principalmente a aplicação dos princípios da fé revelada às tarefas da vida diária.
O livro de Provérbios representa a sabedoria inspirada dos sábios. Existem, naturalmente, outros elementos salomônicos em outras porções do livro. Na parte final do seu reinado ele preparou o cenário para a dissolução do seu grande império (1Rs 12.10).
Existem pelo menos duas coleções de "palavras dos sábios" no livro de Provérbios; estas se encontram em 22.17-24.22 e em 24.23-34. Talvez que os capítulos 1-9, que contêm uma exposição do alvo e do conteúdo do "conselho dos sábios", venham da mesma origem. Não é difícil perceber a estrutura das
Provérbios e o Restante da Literatura Sapiencial
A literatura sapiencial do Antigo Testamento inclui o livro de Jó, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos, além de Provérbios. Israel estava situado na "encruzilhada cultural do Crescente Fértil".
A arqueologia nos deu uma série de coleções do antigo Egito e da Mesopotâmia.
Mensagem Relevante
A mensagem do livro de Provérbios é sempre relevante. Os seus ensinos
"cobrem todo o horizonte dos interesses práticos do cotidiano, tocando em cada faceta da existência humana.
A sabedoria de Provérbios coloca Deus no centro da vida do homem. Disse Jesus: "A Rainha do Sul se levantará no Dia do Juízo com esta geração e a condenará, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão.
O uso do livro de Provérbios
O Reitor Wheeler Robinson descreveu a sabedoria do Antigo Testamento como "a disciplina pela qual era ensinada a aplicação da verdade profética à vida individual, à luz da experiência" (Inspiration and Revelation in the old Testament, p. 241). Trata-se de um livro de disciplina: toca em cada departamento da vida e demonstra que ela é alvo do interesse direto de Deus.
Características Especiais
A sabedoria da parte de Deus não está primeiramente vinculada à inteligência ou a grandes conhecimentos, e sim diretamente ao “temor do SENHOR” (1.7). O temor do Senhor é um tema freqüente através do livro de Provérbios (1.7, 29; 2.5; 3.7; 8.13; 9.10; 10.27; 14.26,27; 15.16, 33; 16.6; 19.23; 22.4; 23.17; 24.21).
O coração é o centro do intelecto. As pessoas sabem as coisas em seus corações (Dt 8.5), oram no coração (1Sm 1.12,13), meditam no coração (Sl 19.14), escondem a Palavra de Deus no coração (Sl 119.11), maquinam males no coração (Sl 140.2), guardam as palavras da sabedoria no coração (4.21), pensam no coração (Mc 2.8), duvidam no coração (Mc 11.23), conferem as coisas no coração (Lc 2.19), crêem no coração (Rm 10.9) e cantam no coração (Ef 5.19). A Bíblia fala a respeito do coração alegre (Êx 4.14), do coração amoroso (Dt 6.5), do coração medroso (Js 5.1), do coração corajoso (Sl 27.14), do coração arrependido (Sl 51.17), do coração ansioso (12.25), do coração irado (19.3), do coração avivado (Is 57.15), do coração angustiado (Jr 4.19; Rm 9.2), do coração gozoso (Jr 15.16), do coração pesaroso (Lm 2.18), do coração humilde (Mt 11.29), do coração ardente pela Palavra do Senhor (Lc 24.32) e do coração perturbado (Jo 14.1). Lemos nas Escrituras a respeito do coração endurecido que se recusa a fazer o que Deus ordena (Êx 4.21), do coração submisso a Deus (Js 24.23), do coração que decide fazer algo para Deus (2Cr 6.7), do coração que se dedica a buscar o Senhor (1Cr 22.19), do coração que deseja receber as bênçãos do Senhor (Sl 21.1-3), do coração inclinado aos estatutos de Deus (Sl 119.36) e do coração que deseja fazer algo pelos outros (Rm 10.1).
A natureza do coração distante de Deus
Quando Adão e Eva deram ouvidos à tentação da serpente para que comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal, sua decisão afetou horrivelmente o coração humano, o qual ficou repleto de maldade. Repetidas vezes, Deus realça diante do seu povo a necessidade do amor que provém do coração (Dt 4.29; 6.6). Tal amor e dedicação a Deus não podem estar separados da obediência à sua lei (Sl 119.34,69,112).
Muitos outros fatos espirituais têm lugar no coração da pessoa regenerada. O termo designa "um membro da ecclesia, a assembléia dos cidadãos na Grécia". não existe no momento nenhum fundamento concreto para datar esse livro com base em aspectos lingüísticos (embora não seja mais estranho ao hebraico do século X do que é para o hebraico do século V ou do século II). No final do livro, ele a reforça com uma série de quadros bem delineados (12.2-7).
O problema não é de Deus, mas da humanidade: Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim (3.11).
Os sábios de Provérbios reconheciam os limites da sabedoria humana e a soberania dos caminhos de Deus: O coração do homem traça o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos (Pv 16.9).
Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do SENHOR permanecerá (19.21).
As realidades da graça e da limitação humana convergem no uso dado pelo Koheleth à palavra "porção" (heb.
Propósito do Livro
Segundo a tradição judaica, Salomão escreveu Cantares quando jovem; Provérbios, quando estava na meia-idade, e Eclesiastes, no final da vida.
Eclesiastes registra suas reflexões negativistas a respeito da futilidade de buscar felicidade nesta vida, à parte de Deus e da sua Palavra. Salomão consegue divisar o verdadeiro alvo da vida somente quando olha “para além do sol”, para Deus. Por terem sido criados à semelhança de Deus.
Deus formou Adão do pó da terra (seu corpo) e soprou nas suas narinas o fôlego da vida (seu espírito), e ele tornou-se um ser vivente (sua alma: Gn 2.7). A intenção de Deus era que o ser humano, pelo comer da árvore da vida e pela obediência à sua proibição de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, nunca morresse, mas vivesse para sempre (Gn 2.16,17; 3.22¬24). Somente depois da morte entrar no mundo, como resultado do pecado humano, é que passou a haver a separação da pessoa, em pó que volta à terra e no espírito que volta a Deus (Gn 3.19; 35.18,19; Ec 12.7; Ap 6.9). Esse duplo mandamento do amor, resume a totalidade da lei de Deus (Lv 19.18; Dt 6.4,5; Mt 22.37-40; Rm 13.9,10).
Também no Jardim do Éden, Deus estabeleceu a instituição do casamento (Gn 2.21-24). Dentro dos limites do casamento, Deus ordenou que a raça humana fosse frutífera e se multiplicasse (Gn 1.28; 9.7). O homem e a mulher deviam gerar filhos tementes a Deus, no ambiente do lar.
Por causa da presença do pecado no mundo, Deus enviou o seu Filho Jesus para redimir o mundo. Finalmente, há referências geográficas no livro de lugares de todas as partes da terra de Israel, o que sugere que o livro foi composto antes da divisão da nação em Reino do Norte e Reino do Sul. Salomão deve ter composto este livro no início do seu reinado, muito antes de sua execrável poligamia. Liturgicamente, Cantares de Salomão veio a ser um dos cinco rolos da terceira parte da Bíblia hebraica, os Hagiographa (“Escritos Sagrados”).
Tanto Cantares de Salomão como o título alternativo O Cântico dos Cânticos vêm do primeiro versículo do livro. O cabeçalho Cântico dos Cânticos é uma tradução literal do hebraico shir hashirim. Cada um desses livros era lido em um dos grandes festivais anuais judeus, sendo que Cantares era usado na época da Páscoa dos judeus.
Sugestões de Interpretação
Os estudiosos não conseguem concordar acerca da origem, do significado e do propósito de Cântico dos Cânticos -Cantares. Isso responde pelo uso do livro na Páscoa, que celebra o amor de Deus selado na aliança. O cânon foi finalmente aprovado por volta do fim do primeiro século d.C., e as interpretações alegóricas que são conhecidas há mais tempo aparecem no Talmude (do século II ao século V).
Tipológica
Para evitar a subjetividade da interpretação alegórica e honrar o sentido literal do poema, esse método destaca os principais temas do amor e da devoção, em vez dos detalhes da história. No calor e na força da afeição mútua dos dois apaixonados, os intérpretes tipológicos vêem insinuações do relacio¬namento entre Cristo e sua Igreja. Questiona-se, porém, a intenção do autor. Estamos mais propensos a descobrir nossas idéias do que a discernir o propósito do autor. “Um exemplo é a teoria de que Cântico dos Cânticos deriva de ritos litúrgicos do culto a Tamuz (cf. Ez 8.14), deus babilônio da fertilidade.
Data do livro
Datar o livro depende do ponto de vista que temos acerca do seu autor. Muitos intérpretes do passado abordam este livro primordialmente como uma alegoria profética do amor entre Deus e Israel, ou entre Cristo e a igreja, sua noiva.