Resumo de ETICA
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O Pentateuco, também chamado de Livro da Lei, ou a Lei de Moisés, é a Torah judaica.
Existem dois elementos que compõe este conjunto de cinco livros:
História –O Pentateuco remonta à origem da raça humana e fala das regiões pelas quais ela se espalhou.
Lei –As leis no Pentateuco dizem respeito a todas as relações da vida humana, seja com Deus, ou seja, com o próximo.
O Pentateuco tem aproximadamente 4000 anos de existência. Foi escrito durante o período da peregrinação do povo de Deus no deserto do Sinai (ca 1500 anos aC).
Ao tempo do rei Saul, sagrado em 1080, a.C., como o primeiro rei de Israel, atualizou-se a redação do Pentateuco.
A importância fundamental e relevância do Pentateuco para nós hoje está em sua teologia, e não na sua forma literária ou outros aspectos.
O grande tema do Pentateuco é a reconciliação e restauração da humanidade e criação que foram afetadas pela desobediência humana.
GÊNESIS
Gênesis significa causa, princípio, produção, geração, criação, nascimento, origem e ação de tornar-se, em oposição a ser. Conjunto dos seres criados - a Criação.
Gênesis é o nome do primeiro livro do Pentateuco. Moisés teria organizado o Pentateuco, em sua essência, por volta do séc. XIV a.C. mas, seu texto foi, gradualmente, completado, por redatores, posteriores a ele, que o suplementaram.
Sua temática aparece em outros documentos antigos, como o Documento de Mari, um dos mais antigos ocumentos existentes sobre as migrações semitas, em direção à Sumer, na Mesopotâmia. Mari, atualmente, é denominada tell Hariri. No documento citado há referências a Abraão e Jacó.
O texto em Gênesis pode ser dividido em duas partes:
a) Dos capítulos 1-11, em que são descritas: as origens do mundo e da espécie humana, a queda do homem e o primeiro homicídio.
b) Dos capítulos 12-50, em que é descrita a sucessão das gerações de Adão a Noé, e as de seus filhos, até a morte de José,
As Escrituras foram redigidas para todos os homens, em todos os tempos. Desta forma tornou-se necessária uma linguagem que não se restringisse apenas a esta ou aquela cultura ou idioma, mas que fosse acessível a todas as línguas e culturas, em todo tempo.
O “discurso bíblico” é desenvolvido através de uma linguagem simbólica, em que, o sentido do que se quer dizer, ultrapassa o da expressão literal das palavras empregadas. Por isso é que, às vezes, algumas passagens parecem ao leitor, um tanto difíceis. Importante é que se compreendam os significados variados, de conceitos gerais, tais como: morte, vida, corpo, e outros, que são especialmente encontrados no livro de Gênesis.
É interessante ainda notar-se que o tempo, desde a criação é contado por unidades de sete dias, as semanas, correspondentes às fases do calendário lunar, tipo de cronologia, geralmente ligado aos povos pastoris.
Quanto ao “Espaço Primordial” terrestre, não se restringe somente ao espaço Palestino. O Éden, criado por Deus para o homem, achava-se em parte, na Mesopotâmia.
Inicialmente as condições em que vivia o homem, ligavam-no à Natureza, materialmente. Mas, no entanto, fôra o "sopro divino" que o tornara “alma vivente, à imagem e semelhança” de Deus.
Uma vez que os seres humanos foram criados à semelhança de Deus, como não o fôra criatura alguma, homens e mulheres podem, não só refletirem como reproduzirem - dentro de sua própria condição de criaturas humanas - os santos caminhos de Deus.
A condição humana original foi transformada por incapacidade do homem em controlar a tentação da vaidade, e desobedecer a Deus, o que provocou sua “morte”. A “morte de Adão” não foi física, mas significa que o homem perdera sua comunhão com Deus, não por ter ingerido o fruto que lhe fôra proibido, em si, mas pela desobediência explícita a Deus.
Conclui-se que, neste contexto, “morte” corresponde ao afastamento de Deus, e à perda da imortalidade, que só seria restabelecida, através da vinda de Cristo.
Conseqüências:
1. A consciência do erro, que se manifestou pela vergonha de sua nudez.
2. A expulsão do Paraíso, o espaço em que fôra criado por Deus, para o abrigar.
3. A mulher passou a ser dominada pelo homem, e a parir com dor. Há aí, quanto à mulher, uma relação entre sexo, gestação, dor e dominação pelo homem.
4. Quanto ao homem a imposição de garantir o sustento a si e aos seus à custa de esforço físico, por seu trabalho.
5. Quanto à expulsão, teve por objetivo afastá-los da árvore da vida e impedi-lo
que conseguissem a vida eterna,.
“Vagabundo e fugitivo” - Esta foi a sentença proferida por Deus contra Adão, o que significa que, sem abrigo ou proteção, foram levados ao nomadismo.
O sumário da conclusão do Gênesis se encontra no Êxodo 1:1-7, e serve como ponte entre os patriarcas e a libertação do êxodo, ressaltando a continuidade da história do Pentateuco.
O Tema do livro de Gênesis – a criação - é duplo porém numa mesma direção:
A criação do universo e da raça humana;
A criação de um povo sacerdotal para a raça humana.
O tema do Gênesis centra-se em torno da primeira expressão comunicadora de Deus ao homem, quando disse: “Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra”.
Deus deixa claro que Ele criou o homem e a mulher para abençoá-los para que pudessem exercer o domínio, por parte de Deus, sobre toda a criação. Foi a desobediência humana que ameaçou o propósito de Deus para a humanidade na criação.
O livro é estruturado sob forma de três grandes seções:
A primeira dedicada aos eventos originais (Gn 1-11) escrita na forma de narrativa poética para facilitar a transmissão oral;
A segunda que se constitui no relato dos 3 primeiros patriarcas (Gn 12-36; 38) são relatórios acerca destes ancestrais retidos num registro familiar;
A terceira que é a narrativa de José (Gn 37; 39-50) sendo uma breve história contendo tensões e resoluções.
O propósito básico do livro era o de dar à nação de Israel uma explanação de sua existência, quando estavam no limiar da conquista de Canaã. Moisés, autor profético inspirado por Deus, tinha a tarefa de esclarecer o seu povo do como e por que Deus os trouxe a existência. Ele também queria que eles soubessem que sua missão era a de nação sacerdotal, fruto de um concerto, e como sua situação presente era o cumprimento de antigas promessas.
Entretanto, a mensagem teológica do Gênesis vai além da estreita limitação de apenas Israel. O livro explica a condição humana que exigia um povo da aliança. Isto é, desvenda os grandes propósitos criacionais e redentivos de Deus que se focalizam em Israel como agente da re-criação e salvação.
A teologia do Gênesis está envolta nos propósitos do Reino de Deus que, a despeito dos fracassos humanos, não pode ser impedido no Seu objetivo último de demonstrar Sua glória através de Sua criação e domínio.
ÊXODO
Moisés foi testemunha ocular de quase tudo o que está registrado neste livro, exceção às primeiras informações, que recebeu da mesma forma que as registradas no Gênesis. Foi composto como sendo um diário, tendo sido registrado à medida em que os vários episódios se desenrolaram ao longo do tempo.
Uma primeira abordagem centra na parada no Sinai onde o povo redimido encontra-se com Deus e concorda em associar-se a uma aliança com Ele como centro teológico.
A perseguição de Israel no Egito; o nascimento de Moisés, seu exílio e retorno ao Egito como líder de Israel; as pragas e o êxodo, todos levam ao clímax do compromisso da aliança. Da mesma forma, tudo o que vem após – o estabelecimento de métodos de culto, sacerdócio e tabernáculo – fluem do concerto e permitem o mesmo ser posto em prática.
Uma segunda abordagem olha a presença de Deus com Israel e em meio a Israel como tema central. A presença salvadora de Deus com Israel resulta na sua libertação da escravatura egípcia. A presença continuada de Deus exige obediência ao compromisso da aliança e de culto.
Uma terceira abordagem focaliza o senhorio de Deus como tema teológico central. No Êxodo Deus é revelado como sendo Senhor da história; Senhor da natureza; Senhor do povo da aliança e Senhor do culto.
Apesar de muitas vezes focalizar-se os 10 mandamentos como sendo o foco central do Êxodo, esta abordagem leva a grandes falhas de entendimento teológico da ação de Deus. Uma percepção teológica importante que se ganha no re-conhecimento de que os caps. 20-23 são um concerto na sua natureza e não apenas uma lei, não dependendo de comparações com outras leis antigas da época.
O Êxodo relata a narrativa de como Israel se tornou o povo de Deus e esclarece os termos do concerto pelos quais a nação deveria viver como povo de Deus.
Este livro também revela o caráter de Deus através de Seus atos, preservando a Israel da fome pelo envio de José ao Egito. Os faraós vinham e iam, mas Deus continuava o mesmo preservando o Seu povo através da opressão. Deus então resgata e salva, guia e provê, disciplina e perdoa. Uma grande revelação do caráter amoroso e imutável de Deus.
O êxodo também demonstra o caráter fraco do povo, ao tempo em que demonstra o plano de Deus olhando para o passado e apontando para um futuro de promessas cumpridas.
Para que o povo de Israel fosse um reino sacerdotal teria que funcionar como mediadores e intercessores, pois isto é o coração da função sacerdotal. O que o concerto do Sinai fez, não foi estabelecer um relacionamento e função, pois estes há muito já haviam sido definidos. O que a aliança do Sinai realizou foi definir a tarefa do povo de Deus.
O povo de Deus foi formado para ser uma nação, levada a uma posição histórica e teológica onde poderiam aceitar voluntariamente ou rejeitar a responsabilidade de se tornarem instrumento de Deus para bênção de todas as nações.
Em conclusão, a teologia de Êxodo está enraizada na servitude. Está centralizada na verdade de que o povo escolhido, libertado da prisão de um povo hostil pelo poder de Jeová, foi trazido a um ponto de decisão: a oferta de Deus de torná-los um povo servo prometido a Abraão.
LEVÍTICOS
O livro de Levítico é o livro da instituição sacerdotal e litúrgica.
"Estes são os mandamentos que o Senhor ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte Sinai.”
O tema geral do livro de Levítico é o de comunicar a tremenda santidade do Deus de Israel e delinear os meios pelos quais o povo poderia Ter acesso a Ele. Mostra que o abismo que separa o povo de seu Deus só poderia ser cruzado pela confissão de sua indignidade e de sua sincera adesão aos ritos e cerimoniais prescritos por Deus como pré-condição do relacionamento pessoal.
Levítico fornece um corpo de uma Lei Cível para a teocracia; apesar de alguns detalhes estarem ociosos nos dias atuais, os seus princípios permanecem válidos e deveriam nortear as legislações de hoje.
O livro é um tesouro de ensinos tipificados e simbólicos. As maiores verdades espirituais estão entesouradas aqui como símbolos vívidos. É uma pré-revelação da pessoa e obra de Jesus Cristo.
A primeira parte refere aos holocaustos, ofertas e sacrifícios (caps. 1 a 7).
As Ofertas de “cheiro suave” (oferta queimada ou de holocausto; oferta de manjares e oferta de paz ou sacrifício pacífico) eram voluntárias. E as ofertas de expiação pelo pecado e oferta de expiação de culpas - transgressões eram compulsórias.
A segunda parte refere aos Sacerdotes (caps. 8 a 10),
A idéia é que se o relacionamento entre os redimidos e seu santo Deus é para ser mantida, então tem que haver não apenas um sacrifício, mas também um sacerdote; ao lado da absolvição da culpa tem que haver a mediação.
As leis e proibições constantes nos caps. 11 a 16, referem-se à questão da pureza.
Esta pureza tinha que ser interna e externa. Neste caso pureza e limpeza são sinônimos perfeitos e aqui no Levítico são considerados assim. Nisto reside o imperativo categórico relativo ao serviço sacerdotal – o de purificar.
Aprendemos, através de regulamentos extremamente práticos do dia-a-dia do povo de Israel, que havia uma intrínseca necessidade de separação entre o puro e o impuro.
O Altar – (cap.17) –De forma muito enfática, temos indicação do lugar estipulado para sacrifício – o Tabernáculo / altar: há só um lugar e apenas um, que Deus, na Sua soberana graça, elegeu para se encontrar com pecadores penitentes.
Os caps. 18-20 consistem de regulamentos morais para o povo como nação.
As proibições não se constituem em um código de conduta sexual exaustivo, mas é direcionado contra as violações mais grosseiras da castidade, que eram chocantemente prevalecentes entre as nações vizinhas.
Demonstra que, tanto naqueles dias quanto hoje em dia, nada é mais vital do que proteção adequada das relações matrimoniais e familiares. Os elos matrimoniais e as relações familiares são santas para Deus e os cristãos deveriam se levantar em sua defesa. Nenhuma flexibilidade ou relaxamento que ponha em risco a proteção moral de toda a comunidade pode ser permitida. Isto também é válido nos dias atuais.
Nos caps. 21-22 a questão da conduta dos sacerdotes é tratada.
Tal como o Tabernáculo era organizado em uma estrutura tripla – o átrio exterior, o lugar santo, e o Santo dos Santos – assim a nação também foi estruturada de maneira a lhe corresponder – a congregação, os sacerdotes, e o sumo sacerdote.
Da mesma maneira em que Deus conferia ao sacerdote determinados privilégios exclusivos e especiais, a partir de sua escolha, família, tribo, os sacerdotes deveria por isto serem marcado por uma extrema santidade; e para assegurar isto , mais regulamentos de conduta foram dados. Resumem-se estes regulamentos em práticas, pessoas e sacrifícios proibidos.
Os caps finais tratam das festas e da terra.
A Festa da Páscoa (também chamada de festa dos pães ázimos), a Festa do Pentecostes (chamada também de festa das semanas ou dos primeiros frutos), a Festa das Trombetas, o Dia da Expiação, e a Festa dos Tabernáculos (chamada também festa do ajuntamento).
Todas estas festas, ou estações determinadas, tinham em comum o fato de que eram ocasiões de sábados especiais, todas eram momentos de santa convocação, congregavam-se para culto e gratidão. Havía também a festa do Ano Sabático e a do Ano Sabático do Jubileu.
Por último a Terra (25-27) - Nada menos do que 30 vezes nestes 3 capítulos há referência a Terra demonstrando que Deus quer que Seu povo entenda bem e se preocupe com aquilo que é dado graciosamente por Deus para nossa vida.
NUMEROS
O livro ensina as gerações posteriores que a conformidade com a aliança traz bênçãos, mas a rejeição da aliança traz tragédia e lamento.
O livro de Números também documenta a organização efetiva das tribos em uma estrutura comunitária religiosa e política discernível, em preparação para a conquista e ocupação de Canaã.
A primeira parte – caps 1 a 14 – diz respeito à geração antiga (a que morreu, saiu do Egito e não entrou em Canaã) e transcorre no trajeto entre o Sinai e Cades, havendo aqui uma primeira contagem, uma instrução e uma peregrinação;
Na segunda parte – caps 15 a 20 – temos o período de Transição, a peregrinação no deserto;
Na terceira parte – caps 16 a 36 – vemos a nova geração (a que nasceu no deserto e entrou em Canaã sem conhecer o Egito) transcorrendo no trajeto entre Cades e a planície de Moabe, há aqui uma nova contagem, uma nova instrução e uma nova peregrinação.
Podemos derivar algumas conclusões teológicas dos eventos deste livro:
A sabedoria e fidelidade de Deus fornecem razão para esperança nas situações mais tenebrosas da vida.
A história depende da liderança de Deus e da obediência humana, não de estatísticas militares ou expectativas humanas.
A teimosia humana em rebelar-se tem que encarar punição.
Até mesmo líderes fiéis tem que estar na expectativa de punição pela desobediência.
O povo de Deus precisa de uma organização adequada e liderança para poder realizar a missão dada por Deus.
Culto adequado é uma marca de identidade do povo de Deus.
Deus sempre tem um futuro para Seu povo que a sua rebelião não pode destruir.
Para os que estão em posição de liderança existe aqui uma lição preciosa: nenhum líder é indispensável para Deus. No entanto, tal como Moisés e Aarão perderam a participação no momento da vitória porque, num momento de ira e raiva, desobedeceram a detalhes da instrução de Deus., também os líderes de hoje devem aprender a lição do autocontrole e contenção emocional.
Nenhum líder cresce ao ponto de estar acima e além da necessidade de confiar e obedecer a Deus. Deus prepara novos líderes para substituir os desobedientes e descontrolados. Nisto aprendemos também que Deus recompensa os líderes fiéis e obedientes.
O livro de Números conclama os líderes do povo de Deus de hoje a atitudes e posturas de fidelidade a Deus, mesmo se tiverem que conduzir um povo ou rebanho rebelde e mesmo quando as suas decisões vão contra o ponto de vista da maioria.
Lembremos que Deus não é democrata e espera que os Seus líderes confiem e obedeçam. Aprendemos que o livro de Números é um livro de esperança para um povo com uma história de rebelião.
DEUTERONÔMIO
O nome Deuteronômio quer dizer “Segunda Lei” ou “Repetição da Lei”.
Isto se fez necessário porque a geração que recebera e ouvira a exposição da Lei Sinaítica já não existia mais. Uma nova geração estava no amanhecer da entrada na Terra Prometida.
Deste modo esta nova geração tinha a necessidade de ouvir a exposição renovada da Lei e ouvir o recontar da história do surgimento do povo e da própria Lei. Paralelamente com esta renovada apresentação da história e Lei de Deus, incluiu-se um desafio para decisão diante da obra de Deus.
Os primeiros 11 capítulos, que constituem a primeira parte deste livro, formam o que se chama de seção de Retrospectiva, os demais formam a parte Prospectiva. A Retrospectiva, permite ao povo olhar para trás e para frente, ponderando a ação de Deus sobre ambos. O povo deveria lembrar, refletir e resolver; daí nós temos retrospectiva e reflexão. Os capítulos 1 a 3 são uma “revisão do modo de vida desde o Sinai” e os caps 4 a 11 são uma revisão da “Lei do Sinai”.
A Mensagem Central desta parte de Deuteronômio é a fidelidade divina. Isto é demonstrado na revisão da vida desde o Sinai: Jeová tem sido e sempre será fiel às Suas promessas, Seus propósitos e Seu povo.
A segunda seção do Deuteronômio: os cap. 12 a 26, cobre uma parte central do livro e que é peculiar quanto ao seu conteúdo e propósito, tratando das Festas e das Leis que o povo deveria manter e seguir.
A primeira parte (caps 12 a 16.17) trata dos recursos e das ameaças ao culto do Deus Uno (lembrando que o povo de Israel era, na época, o único povo com uma religião monoteísta).
Primeiro Deus lida com os aspectos concernentes ao culto que o povo deve prestar a Deus – os recursos que Deus coloca à disposição do povo para utilização na celebração de um culto que era e deveria continuar a ser diferenciado de modo distintivo de todas as demais práticas de culto existentes. Deus, o Deus Uno e Santo, requer uma liturgia e uma preparação bem como pureza especiais e perfeitas. Assim Deus mesmo se incumbe da orientação e instrução quanto à prática do culto e quanto a postura interior de cada pessoa que participasse dos cultos.
Da mesma forma, e no mesmo contexto, Deus se preocupa com as ameaças possíveis e reais existentes à celebração dos cultos que Deus estava instruindo Seu povo. A questão dos deuses pagãos ou ídolos, juntamente com seus falsos profetas, que poderiam influenciar negativamente o povo, o culto e a atitude de cada um com este respeito.
A segunda parte (caps. 16.18 a 26) trata das “distintivas” do povo de Deus (o que destaca o povo de Deus dos demais povos).
Deus trata de mostrar ao povo de como ele – o povo – é distinto (diferenciado) dos demais povos na terra. Eles possuíam uma Lei distinta de origem distinta; as guerras, todas elas, seriam guerras santas e por isto deveriam ser conduzidas de modo distinto dos demais povos. O povo de Deus deveria ser marcado por uma conduta de pureza que os distinguiria das demais culturas e religiões existentes. E finalmente o povo de Deus deveria ter padrões de relacionamento interpessoal distinto dos demais ovos e culturas.
A última parte do Deuteronômio (Caps 27-34), mostra os fatos e eventos finais das semanas e meses que antecedem a entrada na Terra Prometida sob a liderança de Josué, sucessor de Moisés.
De um modo geral o livro de Deuteronômio nos traz a um entendimento mais profundo do nosso relacionamento com Deus e Sua Palavra. Este livro nos mostra os seguintes pontos:
Deus é soberano sobre a história, natureza e nossas vidas. Não devemos colocar nada, nenhuma coisa, instituição ou pessoa numa posição que esteja competindo com Seu senhorio;
Deus nos ama o suficiente para nos mostrar como entrar em um relacionamento com Ele pela fé;
Deus dá em abundância para prover para as necessidades de Seu povo;
Deus deseja e quer que Seu povo esteja somente e totalmente devotado a Ele. Nada deve impedir o relacionamento entre Deus e nós. Qualquer coisa que o faça é considerado idolatria;
Devemos amar a Deus com a totalidade de nosso ser e compartilhar este amor com outros – família e vizinhos;
Deus escolheu a nós, pela Sua graça, para sermos um povo especial e singular que deve refletir a Sua natureza no mundo;
Deus nos deu orientação (através de Sua Palavra) de como seguir e cumprir o propósito de sermos testemunhas de Seu caráter;
Deus abençoa aqueles que O obedecem e julga aqueles que Lhe desobedecem.