Resumo de ETICA
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RESUMO – 31 Profetas Maiores
Os cinco livros que compõem o grupo dos profetas maiores, quais sejam: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel.
São ditos profetas maiores simplesmente porque seus escritos são mais longos que os dos demais profetas do Antigo Testamento.
Estes livros contêm a doutrina e, em certos casos, a história pessoal dos profetas que apareceram isolados, a intervalos ou contemporaneamente, desde o séc. VIII ao séc. IV A. C.
Os profetas, tal como os patriarcas, foram chamados por Deus, que os encarregou duma missão altamente espiritual. Os diferentes nomes que a Escritura atribui aos profetas dizem algo do caráter e da natureza da obra desses homens excepcionais.
O profeta primeiramente é um "homem de Deus", quer dizer mais intimamente ligado a Deus do que os outros homens, e, portanto, mais reto e mais justo do que eles. Em segundo lugar o profeta é um "servo DO SENHOR", com uma missão especial a cumprir, a de entregar uma mensagem aos povos. Daí ser o profeta o "mensageiro DO SENHOR”.
O profeta vê o que não é dado ver aos restantes homens, mas não por mérito próprio devido a uma excepcional perspicácia, ou a um poder de penetração, que são apanágio de inteligências agudas e experientes.
Durante os vários séculos da atividade dos profetas, a história de Israel e de Judá foi largamente afetada pelas ambições de três grandes países: Assíria, Babilônia e Pérsia.
- Isaias: Seu nome significa: “o Senhor salva”, não despretensiosamente ele profetiza acerca da salvação, sendo considerado o profeta messiânico. Isto, porque com riqueza de detalhes ele falou não apenas do ministério de Jesus Cristo, mas também de detalhes de sua aparência e do conteúdo da sua pregação. O principal objetivo do profeta Isaías é exortar a nação de Judá e as demais nações, com a Palavra de Deus a fim de que se arrependam e sejam livres da ira de Deus. Além disso, ele profetizou com riqueza de detalhes o cativeiro babilônico, que viria a correr séculos mais tarde. Contudo, ele mesmo profetizou acerca da restauração de Jerusalém, de Judá e Israel. E foi além, viu a glória da Jerusalém celestial e a manifestação do Reino de Deus.
A influência mais destacada e mais perdurável na vida de Isaías foi, sem dúvida, a sua chamada pessoal e direta ao ministério profético dentro do recinto do templo depois da morte de Uzias. Este acontecimento é registrado com uma beleza e um brilho tais que indicam claramente a forte influência que essa visão exerceu sobre ele através de todo o seu ministério. Provavelmente nada há em toda a literatura dos povos do Oriente que exceda a grandeza e dignidade deste trecho imortal, em Is 6. Ao entrar no recinto do templo, depara-se, de súbito, ao jovem Isaías esta visão solene e aterrorizadora- o Senhor nas alturas, o séquito celeste, os místicos serafins, o "chequiná" da santidade, a voz anunciando ao profeta, prostrado perante a majestade assim revelada, a missão de que era incumbido. No meio duma cena política conturbada e incerta, ele contempla, com todo o poder de uma revelação direta, o Senhor Deus entronizado nas alturas, e doravante pousa sobre ele o selo da Sua ordem. Não havia que fugir daí. Embora isso significasse que o profeta iria levar aos povos do seu tempo uma mensagem que não receberiam, não havia que fugir à glória da revelação assim outorgada. Foi deste modo que Isaías saiu do templo com uma nova visão e uma nova noção dos altos e santos perigos da missão que lhe fora confiada e da incumbência que ficava a seu cargo.
Este livro é composto de 66 capítulos.
- Jeremias: O profeta Jeremias é um dos maiores profetas. Sua submissão ao chamado e sua devoção a Palavra de Deus, são definitivamente um marco do seu ministério. Jeremias foi chamado muito jovem, como membro de uma família sacerdotal, ele era um dos candidatos a servir no Templo. Contudo, o Senhor Deus tinha um outro plano para sua vida. Conhecido como “profeta chorão”, durante seu ministério ele derramou muitas lágrimas, em favor do seu povo. As profecias de Jeremias anunciaram a invasão da Babilônia e a ruína de Judá e Jerusalém. Jeremias prevê a destruição do Templo e o cativeiro de 70 anos na Babilônia. Seu ministério durou cerca de trinta anos. E ele pôde testemunhar o cumprimento da maior parte daquilo que profetizou, inclusive a destruição de Jerusalém, em 586 a.C.
Jeremias era, de fato, um homem de Deus, sensível a toda a influência espiritual, suscetível de profunda emoção, dotado de visão clara e critério cristalino. Não podia ser comprado nem cavilosamente convencido. Seguia o caminho traçado pelo seu espírito, este sempre apoiado no sentimento de adoração que vivia dentro dele. Foi um homem de Deus do princípio ao fim e, portanto, um patriota fiel até à tragédia. A sua paixão iluminava-lhe os passos, o que facilitou a sua tarefa, embora tornando-a desagradável. Viu a condenação, mas não a tragédia final. Tanto Israel como Judá tinham um futuro em Deus, o Qual seria a sua justiça. Haveria um novo concerto. Em Deus leu promessas, não futilidade, pelo que "ficou firme como vendo o invisível". Neste vulto descarnado, clamante, vemos o que Deus ousa pedir ao homem, e o que um homem assim pode dar. A descoberta do Jeremias autêntico pode bem constituir o renascimento de quem o descobre.
Este livro é composto de 52 capítulos.
- Lamentações: Foi escrito pelo profeta Jeremias. O mesmo que profetizou acerca do ataque babilônico a Jerusalém, o cativeiro e a destruição de Jerusalém. Ele deve tê-lo escrito após a saída dos exércitos inimigos. Isto, porque relata com riqueza de detalhes as aflições vividas pelos que não foram levados ao cativeiro. Além das grandes dores sofridas durante seu ministério e a perseguição dos seus compatriotas, Jeremias agora sente a dor de ver a Cidade Santa destruída e a miséria na qual seus compatriotas e ele, vivem. O profeta faz questão de deixar claro que isso, é fruto da desobediência e rebelião deles contra a Palavra do Senhor.
Por conseguinte, muitos consideram que o autor do livro de Lamentações tenha sido um contemporâneo mais jovem de Jeremias, o qual, à semelhança dele, fora testemunha ocular das entristecedoras calamidades que sobrevieram a Jerusalém por ocasião da captura efetuada pelos exércitos de Babilônia em 587-586 a.C. Outros consideram os capítulos 2 e 4 como obra de uma testemunha ocular (note-se a preocupação do escritor pelo destino das crianças, em Lm 2.11-12,19-20; Lm 4.4-10), cerca de 580 a.C., aos quais foram então adicionados, talvez originados em fontes diferentes, o lamento nacional do capítulo primeiro, o lamento pessoal do capítulo 3, e a oração do capítulo 5.
Este livro é composto de cinco capítulos.
- Ezequiel: Ezequiel é um dos profetas cujo chamado e ministério ocorreu durante um dos períodos mais difíceis da história de Israel. Foi quando Nabucodonosor, rei da Babilônia levou cativos os habitantes de Israel e Judá. No entanto, o caso dele foi ainda mais difícil. O ministério profético de Ezequiel teve início em 586 a.C, quando Jerusalém foi destruída e seguiu por mais 15 anos, até 570 a.C provavelmente. Ezequiel era um descendente de família sacerdotal o que lhe garantia um lugar no Templo como sacerdote. Mas isso foi interrompido pela invasão babilônica. No entanto, a invasão não foi suficiente para frustrar o plano de Deus na vida de Ezequiel. Foi no meio da dor, da destruição, escravidão, angústia e morte que o Senhor o levantou como uma voz profética em sua geração, até os dias de hoje. Este homem de Deus é um grande exemplo de submissão e dedicação a obra de Deus. Ezequiel ama a Deus sincera e profundamente. Temos muito o que aprender com ele.
O povo de Israel estava exilado quando Ezequiel teve a visão do vale dos ossos secos. Os ossos representava a sua situação espiritual e política naquele momento, mortos e sem esperança. Essa historia não começou no exílio. Deus os alertou para os perigos do pecado, quando fez o pacto com o povo. A obediência a Ele geraria vida, a desobediência, levaria a morte. O povo preferiu desobedecer e se transformou no que Ezequiel viu. É isso mesmo o que o pecado faz conosco. A conclusão do livro é o produto de uma mente devota que por longo tempo e afetuosamente ponderou a respeito da adoração de Israel em sua vindoura era de bênção. Somos aqui fortemente relembrados que Ezequiel era ao mesmo tempo um sacerdote e um profeta.
Este livro é composto por quarenta e oito capítulos.
- Daniel: Na Bíblia hebraica o livro de Daniel se encontra na terceira divisão, os Hagiographa, e não na segunda, na qual aparecem os livros proféticos. A razão disso não é que Daniel tenha sido escrito depois dos livros proféticos. Em algumas listas, pode-se observar, Daniel é incluído na segunda divisão do "cânon". Entretanto, o motivo pelo qual Daniel veio a ser colocado na posição que atualmente ocupa depende da posição de seu escritor na economia do Antigo Testamento.
Na Igreja Cristã tem sido tradicionalmente mantido, devido às reivindicações do próprio livro, que o Daniel histórico foi seu autor. A primeira dúvida conhecida a ser lançada sobre esse ponto de vista veio da parte de Porfírio de Tiro, um vigoroso oponente do Cristianismo, que sustentava que essa obra era produto de um judeu que vivera no tempo dos macabeus. Durante os séculos XVIII e XIX, particularmente este último, a opinião de Porfírio parece ter ocupado posição proeminente no mundo erudito. Foi largamente mantido que o livro de Daniel fora escrito por um judeu desconhecido, que vivera no tempo de Antíoco Epifanes. Os motivos para tal opinião eram a notável exatidão pela qual aquele período é descrito em Daniel, as supostas inexatidões históricas no livro, e a alegada linguagem mais recente empregada na composição da profecia. Algumas vezes, igualmente, podia-se verificar uma atitude de aversão para com o caráter sobrenatural do livro, o que evidentemente tinha levado certos homens a procurarem negar seu autêntico caráter profético. Recentemente, contudo, talvez principalmente como resultado do estudo de Hölscher ("Die Entstehung des Buches Daniel", em Theologische Studien und Kritiken, XCII, 1919, págs. 113-138), tem sido mais evidente a tendência de reconhecer a antigüidade de muito material básico em Daniel. Mas até hoje é mantido-erroneamente, segundo acreditamos-que o livro, em sua presente forma, vem desde o segundo século A. C., mas que muito de seu material, particularmente na primeira porção, é muito mais antigo.
O livro do profeta Daniel é com certeza um dos meus preferidos. Na verdade, este homem de Deus me influencia bastante. Sua vida de oração, consagração, e temor a Deus me inspiram de forma extraordinária. Mesmo tendo sido levado como escravo para a Babilônia quando adolescente, entre doze e 16 anos de idade, Daniel permaneceu fiel a Deus. Como escravo em uma nação completamente ímpia e perversa, manteve sua integridade e não permitiu que a impiedade da Babilônia comprometesse seu relacionamento com Deus. Além dele, seus três amigos: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram fundamentais para que a glória de Deus se manifestasse aquela nação. Daniel era um homem muito amado pelo céu. Sua consagração e vida de oração, receberam atenção especial. Daniel é com certeza um dos profetas mais importantes da Bíblia Sagrada. Recebeu revelações fundamentais sobre os maiores impérios de seus dias e também sobre o Reino do Messias Jesus Cristo. Sua intercessão por Jerusalém foi fundamental na libertação do povo. Quando ele começou a orar, o Senhor Deus lhe mandou resposta. A vida, testemunho e palavras de Daniel fizeram com que um império extremamente ímpio e pagão, reconhecessem a glória de Deus. A minha oração é que o Senhor Deus continue levantando homens e mulheres como ele, de forma que a nossa geração seja completamente impactada pela glória de Deus.
Este livro é composto de 12 capítulos.
- Os profetas do Altíssimo foram homens extraordinários conhecidos como vidente, homem de Deus, mensageiro, servo, sentinela ou atalaia. Esses profetas eram chamados por meio de uma visão, como aconteceu com Isaías e Ezequiel, por exemplo, ou por meio do chamado que apanhava o profeta nas circunstâncias normais de sua vida. O Senhor escolhia para esse ministério homens jovens, muito jovens, como Daniel, e outros mais maduros, como Ezequiel. Deus sempre terá os seus, comprometidos com a transmissão da sua verdade ao longo dos tempos.
23/10/2018