Resumo de FILOSOFIA
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A educação para surtir os desejados efeitos, tem de ser metódica, coordenada, progressiva, contínua e operante. Mas há o Estado, que é o agente geral de Educação por excelência, não só por tudo quanto fica dito, mais ainda por outra razão importante, e é ele que é o instituidor, mantenedor e fiscalizador da própria organização escolar.
É o Estado que cria e sustenta os estabelecimentos de ensino oficiais, é ele que inspeciona as escolas particulares e que determina, em suma, os princípios a que deve obedecer toda a Educação.
O Estado tem interesse na formação do cidadão, e, segundo Smith, deve esforçar-se por atingir essa preparação através de cinco pontos fundamentais:
-Defesa da saúde pública, no que se refere à higiene, à profilaxia social e à robustez do indivíduo: “A educação física é um dos problemas do Estado moderno”;
-Preparação do indivíduo, de modo que cada um possa sustentar-se por si próprio;
-Desenvolvimento do progresso social, por meio da cooperação, da solidariedade, da disciplina e da responsabilidade;
-Desenvolvimento da cultura geral e da cultura profissional; e
-Preparação cívica, capaz de incutir, no cidadão, a compreensão da vida política do Estado, e o respeito pelas instituições. Para isso, preconiza-se o ensino de noções elementares de História da Civilização, de Direito, de Socialização, de Economia Política, etc.
A Escola tem de servir os interesses superiores da comunidade; não pode ser inimiga destes interesses. Terá de respeitas a personalidade, mas integrando-se sempre no grupo social. O Estado tem uma função pedagógica de caráter supletivo, não devendo, por conseqüência, absorver ou eliminar o direito educativo privativo dos demais grupos sociais.
Ao Estado compete, em suma: promover e proteger a atividade e as iniciativas das diversas instituições educadoras (Família, Igreja e Escola) e suprir e completar as insuficiências e lacunas das referidas instituições, sem, de forma alguma, se lhes substituir.
Educador é aquele que, pela palavra, pelo exemplo, pela ação, e em todas as emergências ou circunstâncias da vida, ministra conhecimentos, proporciona modelos e exerce sugestões eficazes sobre um indivíduo imaturo ou até sobre um grupo. Professor é aquele que limita a ensinar oralmente, numa aula, a matéria em que é especialista.
O verdadeiro professor alia, sempre, à sua profissão, a qualidade de educador. Também pode ser considerado agente específico da Educação o pedagogo, isto é, aquele que se consagra ao estudo dos problemas concernentes à Educação, e que, como tal, fornece as diretrizes e as luzes ao professor.
O professor, seja de que grau de ensino for, deve ser preparado em obediência ao seguinte plano:
-Deve possuir conhecimentos de Psicologia;
-Deve possuir conhecimentos de Sociologia;
-Deve possuir conhecimentos de Filosofia política;
-Deve possuir conhecimentos sérios de cultura geral, para avaliar a importância relativa das diversas matérias, a fim de, entre elas, estabelecer a necessária hierarquia;
-Deve possuir conhecimentos especiais das disciplinas a ensinar;
-Finalmente, deve ter fé na sua missão, e entusiasmo para a realizar.
Pedagogia é a ciência e a arte de educa, respondendo, entre outras, às seguintes perguntas essenciais:
-Qual deve ser o objetivo da educação?
-Que devemos ensinar?
-Como devemos ensinar?
Podemos citar dois grandes ramos básicos da Pedagogia:
-Pedagogia racional ou teológica, que investiga os fins; e
-Pedagogia positiva, que investiga, mediante a observação e a experimentação, qual a maneira mais inteligente e mais eficaz, de atingir esses objetivos.
Quem, atualmente, pretender educar ensinar, não pode prescindir dos conhecimentos da Pedagogia, que representam a experiência e o estudo sistematizados do fato educativo. A intuição e a vocação não podem substituir o conhecimento desta ciência:
A Pedagogia socorre-se das ciências do homem, considerado em si próprio: Psicologia; Ciências Biológicas; e Antropologia. Interessa conhecer as ciências e as técnicas do homem considerado em grupo, nas suas relações com o meio social, cósmico e geográfico: Sociologia. É preciso não esquecer as ciências que procuram dar a explicação mais profunda do universo, ou seja, a suas origens e os seus fins: Ciências filosóficas.
Ao nascer, a criança integra-se, desde logo, num grupo, que protege a sua fraqueza e lhe proporciona a necessária educação. Esse grupo é a família.
Durante alguns anos, a criança vive sobre a influência predominante do grupo familiar.
A criança vê o mundo através do que ouve no lar paterno. Falará bem ou mal, conforme se falar em casa de seus pais; será delicada ou grosseira, conforme a família se revelar no trato diário. Depois, a criança integra-se num novo grupo: a escola. A mentalidade da criança transforma-se em contato com o grupo escolar.
Depois, o grupo profissional. Concluída a sua preparação escolar, o homem procura, naturalmente, ganhar a vida; procura uma profissão. E de novo se encontra integrado num grupo com características diferentes dos grupos anteriores, e que, como estes, lhe conformarão a personalidade, o pensamento e a alma.
Finalmente, pode o homem ingressar ainda, de novo, no grupo familiar, constituindo uma família. Mas agora, entrará este grupo, não como um agente meramente passivo, mas como um agente fecundamente ativo: formará, em vez de ser formado; moldará, em vez de ser moldado.
Alguns destes grupos, para melhor compreensão da amplitude do problema pedagógico:
-Grupo familiar;
-Grupo recreativo;
-Grupo cultural;
-Grupo profissional.
-Grupo religioso;
-Grupo escolar;
Para o nosso estudo, o grupo familiar e o grupo religioso, são os que chamam atenção, pois, a maioria das famílias tem uma religião. Quase sempre, são os pais que ensinam as primeiras noções de religião. O próprio grupo religioso estabelece, muitas vezes, escolas confessionais, promovem conferências, mantém obras sociais de caridade, cria organismos para a juventude, estimula sentimentos altruístas, etc.