Resumo de FILOSOFIA
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CURSO: BACHAREL EM TEOLOGIA LIVRE.
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES.
RESUMO DA DISCIPLINA ESCATOLOGIA
As 3 Escolas Escatológicas mais conhecidas são:
-Pré-milenar;
-Pós-milenar;
A milenar.
Inicia-se esse estudo pela visão escatológica chamada de Pré-milenar, ou seja, a visão em que Jesus volta antes do Milênio.
A Escatologia trabalha em meio a muitas profecias e passagens de difícil compreensão e, por isso, precisamos conhecer os dois principais métodos de interpretação para que tomemos um caminho coerente nas Escrituras, e acima de tudo não a deturpemos para provar teorias infundadas. O alegorismo e o literalismo são hoje, os métodos mais utilizados, sendo que o primeiro vem ganhando mais espaço entre os teólogos, espaço este antes dominado, quase em totalidade pelo método literal.
-Alegorismo: podemos dizer que este método é aquele que em lugar de reconhecer o texto como naturalmente se apresenta, perverte-o dando um sentido secundário, anulando a intenção primária do escritor. Um exemplo deste tipo de interpretação está em Apocalipse 20, quando João fala a respeito de um período de mil anos em que a teocracia seria instituída e o próprio Jesus reinaria sobre a terra.
Os alegoristas ou espiritualizadores de textos dizem que este período está sendo cumprido agora pela igreja, e os mil anos não são literais, mas sim espirituais. Por muitos motivos a interpretação das Escrituras por alegorização deve ser rejeitada.
-Literalismo: método histórico-gramatical, este difere do alegorismo por interpretar as palavras e frases de uma maneira natural como elas se apresentam. O método literal de interpretação é o que dá a cada palavra o mesmo sentido básico e exato que teria no uso costumeiro, normal, cotidiano empregada de modo escrito oral ou conceitual.
Com certeza este é o único método que satisfaz as exigências bíblicas no sentido de trazer uma interpretação equilibrada e dentro de um contexto correto, ou seja, ele não modifica a idéia inicial que o autor procurou transmitir, mas a explica de maneira coerente.
A bíblia foi elaborada por Deus para que o homem conhecesse seus propósitos e mandamentos e, portanto não permitiria que este mesmo homem interpretasse seus ensinos literais dando a eles um novo sentido.
Portanto, Deus espera que suas palavras sejam entendidas da maneira como ele as disse.
É certo que temos linguagens figuradas, simbólicas e alegorias nos textos bíblicos; no entanto, o fato deles existirem não obriga ao interprete usar outros métodos, pois por trás das parábolas, tipos, figuras e símbolos estão verdades literais.
Sabemos também que, não podem ser interpretados ao pé da letra, mas deve-se sempre buscar dentro do contexto, em passagens paralelas, tipos paralelos que tenham a explicação contida na bíblia, a compreensão correta do texto.
Não só Jesus, mas também os discípulos sempre interpretaram os livros do antigo testamento de maneira literal. Jesus em Mt 12:17 ao mencionar a si mesmo, disse que nele se cumpriria a profecia de Isaias que está em Is 42:1-4, ou seja, o que disse o profeta, Jesus interpretou como literal não alegorizando seu sentido; outro versículo interessante que mostra a interpretação literal está em Lc 18:31. Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus: Eis que subimos para Jerusalém, e vai cumprir-se ali tudo quanto está escrito por intermédio dos profetas, no tocante ao Filho do Homem; Os apóstolos procediam da mesma maneira, João 19:24, 28, 36 demonstram que o apóstolo via na crucificação e morte de cristo, o cumprimento literal de profecias do antigo testamento.
Por toda a história da igreja, mesmo com o surgimento de outros métodos de interpretação, os grandes nomes do cristianismo verdadeiro sempre interpretaram as Escrituras da mesma forma que Jesus ensinou, e os apóstolos praticaram.
Durante quase toda a idade média a igreja Católica Romana teve o domínio da interpretação bíblica atribuindo a si mesma, como a única capaz de fazê-lo corretamente: “Pois tudo o que concerne à maneira de interpretar a Escritura, está sujeito em última estância ao juízo da igreja, que exerce o mandato e ministério divino de guardar e interpretar a palavra de Deus”. (Bíblia Ave Maria, Constituição dogmática Dei Verbum sobre a revelação divina).
Com a reforma protestante, o método literal volta com grande força por ser este o método usado por seus líderes. Calvino doutrinava que a primeira responsabilidade de um intérprete é deixar que o autor diga aquilo que de fato diz, em vez de atribuir a ele o que nós pensamos que ele deveria dizer. É tarefa do intérprete mostrar a mente do escritor. Considerou como sacrilégio o uso da Escritura à mercê do prazer de cada um.
Ele recusou apresentar seus pontos de vista teológicos em conjunto com sua interpretação da Escritura.
Os princípios de Calvino sobre a interpretação incluíam o sentido literal (princípio gramático-histórico) (...)”.
A regra infalível de interpretação da Escritura é a mesma Escritura; portanto, quando houver questão sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura (sentido que não é múltiplo, mas único), esse texto pode ser estudado e compreendido por outros textos que falem mais claramente”. Este foi incluído também, na declaração de fé Batista de 1689.
O fato é que na escatologia lidamos com textos de difícil elucidação, no entanto não temos o direito de dar-lhe outro sentido apenas baseando-se em nossos pensamentos e raciocínios e é justamente o que tem acontecido em nossos dias.
Dispensações são períodos de tempo em que Deus estabelece diferentes maneiras de tratar com seu povo, sendo que em cada uma delas há a pactos estabelecidos por Deus em que são feitas promessas que foram ou serão cumpridas e também exigências como condições para que as alianças ou parte delas sejam concluídas.
É interessante ressaltar que as alianças ou pactos tinham características diferentes, relativas ao seu cumprimento. Algumas eram totalmente condicionais, onde, aquela pessoa ou nação com quem foi feita a aliança, deveria cumprir alguns pormenores para sua realização. As incondicionais ao contrário, não estavam dependentes da pessoa ou grupo com que a aliança era feita, Deus prometia e independente de qualquer coisa ele se comprometia a fazer.
O dispensacionalismo apresenta todo o plano de Deus, através dos séculos por períodos, como se fossem capítulos de um livro. Embora sejam distintos, têm o mesmo contexto. Mesmo as dispensações sendo diferentes, estão interligadas e elas tratam do mesmo contexto, que é a revelação de Deus ao homem e também o desenvolvimento deste relacionamento.
Encontramos nas alianças Abraâmica, Mosaica, Palestínica e Davídica, implicações escatológicas que resolvem e explicam grandes discussões em várias áreas da doutrina.
Podemos citar as promessas abraâmicasda seguinte forma:
-De Abraão sairia uma grande nação.
-Ele seria abençoado;
-Seu nome seria engrandecido;
-Ele mesmo seria uma grande bênção;
-Deus promete abençoar os que o abençoassem e amaldiçoar os que o amaldiçoassem;
-Através dele e de sua descendência todas as nações seriam abençoadas;
-Canaã seria de sua descendência;
-A possessão da terra seria eterna;
-Seria o patriarca de vários reis;
-A aliança permaneceria perpetuamente em sua descendência.
Qualquer aliança feita por Deus com os homens pode ter ou não uma condição, ou seja, se a pessoa ou o povo tiver que fazer algo para que o pacto venha a ser cumprido é uma aliança condicional, se for ao contrário é uma aliança incondicional.
A aliança de Deus com Abraão tem uma condição inicial que é “Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei”. Ao cumprir esta parte todo o restante era de caráter incondicional, Deus iria cumprir. Eugene H. Merril ao comentar sobre o caráter da aliança diz:
No Novo Testamento vemos claramente a imutabilidade da aliança Abraâmica em Hebreus 6:13-17. Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, te abençoarei e te multiplicarei. E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa.
Os homens juram pelo que lhes é superior, e o juramento, servindo de garantia, para eles, é o fim de toda contenda. Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento,(...)
As promessas a Abraão eram definitivas, pois dele surgiria uma grande nação, e para sua posteridade seria dada a terra de Canaã como posse eterna; seu nome seria grande e quem ele abençoasse seria abençoado, se amaldiçoasse seria amaldiçoado; através dele todas as nações seriam abençoadas e a aliança que Deus estabelecia com ele seria eterna. As promessas da aliança têm caráter literal e não figurado, se Deus o prometeu iria cumprir cabalmente todas elas.
É notório que as promessas não foram, ainda, realizadas em sua totalidade já que Israel nunca possuiu a terra de maneira definitiva, o reinado literal ainda não existe.
O ponto central desta aliança é a possessão da terra que havia sido prometida à descendência de Abraão, e perdida devido a desobediência de Israel (Dt 28:63-68). No entanto, o novo pacto traria não só o restabelecimento da promessa mais sua reafirmação. Vejamos os pontos desta aliança:
Deus tirará Israel do cativeiro (v.3-4)
-Seria-lhes restituída a terra por posse eterna; (v.5)
-Teriam grande prosperidade (v.5,9)
-Deus converterá toda a nação para si (v.6)
-É-lhes garantida proteção contra os inimigos (v.7)
A promessa de Deus para Israel permanece firme e inabalável.
A aliança com Davi também está ligada diretamente a Abraâmica, porém com pormenores que se referiam a Davi e seus descendentes. Sua apresentação por parte de Deus através do profeta Natã se encontra em 2Sm 7:12-16:
Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; se vier a transgredir, castigá-lo-ei com varas de homens e com açoites de filhos de homens. Mas a minha misericórdia se não apartará dele, como a retirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre.
Davi havia colocado em seu coração o desejo de construir um templo ao Senhor (2Sm 7:2), Deus não permitiu, porém fez com ele esta aliança onde podemos observar que:
-Deus lhe daria um filho (Salomão);
-Após sua morte o reino seria entregue a este filho;
-Seu filho edificaria o templo do Senhor;
-Deus amaria esse filho;
-Deus promete ter misericórdia de seu filho mesmo diante de suas transgressões;
-Sua casa (descendência), seu reino (nação) e seu trono seriam estabelecidos para sempre.
Deus deixa claro para Davi que ninguém, a não ser de sua descendência, sentaria no trono (Sl 89:3-4) e esta promessa como todas as outras é de caráter incondicional, Deus se compromete a fazer:
Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono, prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção.
O termo arrebatamento é encontrado em seu sentido escatológico em I Ts 4:17, quando o apóstolo Paulo explica acerca da situação dos mortos em Cristo na sua vinda e ao dizer com relação ao momento da retirada da igreja diz que os mortos ressurgirão primeiro e:
... Depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.
Três palavras são usadas para referir-se à vinda de Cristo e estas são utilizadas nos textos originais de várias maneiras.
Parousia (Sua tradução segundo o dicionário grego de Willian Carey é: presença, vinda, chegada, volta; “visita real, chegada de um rei”) (Souter); “a futura visível volta de Jesus, o messias, do céu para ressuscitar os mortos, realizar o juízo final, e estabelecer formal e gloriosamente o reino de Deus” (Thayer). Parusia é derivado de pareimi (que significa estar perto, estar a mão, ter chegado, estar presente estar pronto, em estoque, às ordens (Strong).
Epifhanéia é a manifestação, aparecimento, “vinda”; literalmente significa “brilho à frente” (Vine). É usada por vários escritores para designar a volta gloriosa de Jesus após a grande tribulação.
Apokalupsis - Revelação, exposição, manifestação. Mesma raiz de apokalupto (revelo, descubro). Seu uso é freqüente para designar a revelação de Jesus Cristo.
Phanerósis - Existe ainda uma palavra usada por alguns escritores para designar a volta gloriosa de Cristo, que é Phanerósis; no entanto, esta não é usada nos textos que falam da vinda de Cristo, este termo aparece em 1Co 12:7 “A manifestação (phanerósis) do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso”, não indicando a manifestação de Cristo na sua vinda, mas uma manifestação do Espírito Santo, no sentido simples de demonstração.
Quanto às escolas e tempos, há reflexões sobre o Apocalipse:
-Os preteristas afirmam que a maior parte do Apocalipse tem sua principal referência no passado.
-Os futuristas declaram que a maior parte do livro ainda deverá ter cumprimento futuro.
-Os historicistas estão seguros de que o livro foi cumprido parcialmente no passado, está ainda tendo cumprimento no presente, e somente se cumprirá plenamente no futuro.
A escola idealista de interpretação julga que o livro de Apocalipse é um desdobrar de princípios em figuras. O propósito do livro de Apocalipse não é falar de eventos específicos a virem. É somente para ensinar verdades espirituais que podem ser aplicadas a todas as situações (ou serem delas derivadas).
Absoluta coerência é impossível para o Idealismo, tanto quanto para todas as outras escolas. O Apocalipse descreve a segunda vinda de Cristo. Se esse for um evento histórico real, por que alguns dos retratos dos eventos do Apocalipse antes disso também são históricos?
O preterismo é a metodologia mais popular para o exame do Apocalipse entre os eruditos críticos. Essa escola é também conhecida como a contemporânea-histórica. Esses escritores entendem que as principais profecias do livro do Apocalipse cumpriram-se na destruição de Jerusalém (em 70 AD) e na queda do Império Romano. A força do Preterismo é que se baseia em considerável montante de verdade.
O principal defeito do Preterismo é que parece deixar a igreja ao longo das era sem direção específica.]
Milligan declara:
-A Vinda do Senhor tão freqüentemente referida certamente não se esgotou naquela destruição da política judaica que agora sabemos que devia preceder por muitos séculos o encerramento da Dispensação presente; e os inimigos de Deus descritos continuam a sua oposição à verdade não meramente num ponto determinado e próximo, quando são contidos, mas ao final, quando são derrotados derradeiramente e para sempre.
Já o futurismo situa-se no outro extremo da interpretação, com relação ao preterismo. O futurismo acredita que o livro de Apocalipse, com a possível exceção dos três primeiros capítulos, aplica-se totalmente ao futuro. O Futurismo aponta à tribulação final da igreja e é, portanto especialmente dirigido aos crentes nos primeiros últimos anos da história. Digo "especialmente" porque nenhum futurista nega o valor presente das promessas e princípios achados na profecia.
Os futuristas tendem a ser literalistas. Seguem a regra de que "todas as declarações proféticas devem ser interpretadas literalmente a menos que evidência contextual, ou o bom senso, tornem esse procedimento impossível".
As objeções ao Futurismo são semelhantes àquelas contra o Preterismo. O Futurismo torna o livro de Apocalipse de pouco valor para a maioria dos cristãos no que se refere ao desenrolar da maior parte da história. A maioria dos cristãos são ignorados ao longo da história. Dirige-se somente aos que vivem nos últimos momentos da história.
O livro de Apocalipse inteiro é dirigido aos servos de Cristo, ou seja, às igrejas cristãs. Aqueles que foram mortos por confessarem o evangelho de Cristo são mencionados sob o quinto selo. Apocalipse 8 fala das orações de todos os santos ("santos", no Novo Testamento significa somente cristãos ou anjos).
O historicismo é o método de interpretação da profecia que declara que o livro do Apocalipse é um histórico profético da igreja e do mundo, desde o tempo de João até o segundo advento.
As predições dadas no livro do Apocalipse não são somente movimentos gerais na história, declara o Historicismo. Mesmo eventos específicos são preditos. Isso inclui a identificação de datas reais do calendário.
Hoje, somente um pequeno número de eruditos protestantes são conhecidos como historicistas. Esses eruditos se acham somente em grupos isolados. Os mais conhecidos dentre tais grupos são os membros da denominação adventista do sétimo dia.
Há várias objeções a uma interpretação do Apocalipse segundo um ponto de vista completamente historicista. O Historicismo não tem Aplicação aos primitivos cristãos. O Historicismo ignora os ciclos da história.
Os filósofos da escola historicista percebem que a história é cíclica. (O cristão entende que esses ciclos têm lugar dentro da linha reta da história que se estende da Criação à Segunda Vinda).
Em todas as eras, Deus e Satanás seguem princípios apropriados ao caráter que possuem. É por tal razão que a história se "repete", conquanto em diferentes graus de desenvolvimento.
A luta entre o bem e o mal produz situações semelhantes durante diferentes épocas da história. Se o historicista estrito devesse reconhecer essa natureza obviamente cíclica da história. Os historicistas criam cuidadosos esquemas ou gráficos de cálculos de longo prazo. Mas esses esquemas negam a clara evidência do Novo Testamento de que nunca foi ideal de Deus que muitos séculos dividissem os dois adventos de Cristo.
De uma forma ou de outra, o pensamento de que os vários eventos preditos no livro de Apocalipse devessem ter lugar num futuro não distante é especificamente declarado sete vezes-"coisas que em breve devem acontecer" (caps. 1:1; 22:6), "o tempo está próximo" (cap. 1:3), e "Venho sem demora" (cap. 3:11; 22:7; 12, 29). Referências indiretas à mesma idéia aparecem nos caps. 6:11; 12:2; 17:10. A resposta pessoal de João a essas declarações do breve cumprimento dos propósitos divinos foi, "Vem, Senhor Jesus!" (cap. 22:20).
Finalmente, é verdade que somente os puros de coração verão a Deus (Mat. 5:8). É verdade que os perversos prosseguirão agindo impiamente e nenhum desses perversos entenderá (Daniel 12:10). Portanto, todo exegeta, todo estudante da Bíblia deve dizer: "Como vai a minha alma"?
Devemos perguntar: "Já compreendi o evangelho eterno que mudou nosso mundo no primeiro século? Que novamente o mudou no século dezesseis? Que é o único fator que pode transformar o nosso triste e lamentável tempo? Esse evangelho já me transformou?"
Muitos estudiosos têm buscado nas Escrituras sinais evidentes que marquem efetivamente o tempo da volta de Cristo, o fato é que muitos destes argumentos são apenas especulações infundadas. Grande é a diversidade de pensamentos quanto aos sinais da vinda de Cristo ou mesmo do arrebatamento da igreja.
Um dos grandes problemas teológicos a respeito dos sinais da vinda de Cristo, se encontra em Mateus 24 e suas passagens paralelas, Marcos 13 e Lucas 21, neste texto os discípulos fazem uma pergunta a Jesus: “Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século”. (Mt 24:3), a mesma pergunta é feita em Lucas e Marcos, porém, de maneira diferente: “Mestre, quando sucederá isto? E que sinal haverá de quando estas coisas estiverem para se cumprir?” (Mc 13:4 e Lc 21:7).
A diferença na pergunta se dá devido o interesse do autor do evangelho, no caso de Mateus, seu evangelho foi escrito para judeus que conheciam as promessas messiânicas e aguardavam ansiosamente seu cumprimento, sendo necessário incluir a parte originalmente feita pelos discípulos a Jesus onde era perguntado quando seria sua volta para inaugurar o reino messiânico, isto também demonstra que os discípulos viam Jesus como o messias esperado.
No caso de Marcos e Lucas, seus evangelhos foram escritos para gentios, estes não conheciam as profecias referentes a um reino messiânico, portanto era desnecessário incluir esta parte evitando dúvidas por parte dos futuros leitores, é importante ressaltar que nunca o Espírito Santo deixou de estar no controle da inspiração de todos os textos sagrados, se estas aparentes diferenças existem o Espírito Santo as permitiu.
Existe uma grande dificuldade para qualquer que se deter a estudar Mateus 24, pois este capítulo trata de assuntos de acontecimentos breves, mas também de acontecimentos mais distantes, Jesus faz comentário de sua volta a terra e também de juízos vindouros, todos os assuntos se misturam no decorrer do discurso trazendo dificuldade de interpretação.
O que nos cabe é buscar a melhor harmonização possível dos textos sem ferir o contexto, numa busca das verdades escatológicas. Existem basicamente três teorias a respeito dos sinais de Mateus 24 1:15, que são:
-Os sinais apontam apenas para a destruição de Jerusalém;
-Os sinais apontam para o arrebatamento da igreja, estes vêm se cumprindo ao longo dos anos, porém tendo se intensificado nos últimos tempos; e
-Não existem sinais diretos para marcar o arrebatamento, estes sinais descritos em Mateus acontecerão após o arrebatamento marcando o retorno glorioso de Cristo e o fim da grande tribulação.
Os sinais, em comparação:
Independente dos sinais de Mateus serem ou não indicadores do arrebatamento temos outros sinais nas Escrituras que apontam para o tempo do fim, muito mais que identificar a proximidade da volta de Jesus, revelam aspectos sociais, morais e religiosos que aconteceriam justamente no tempo em que o Senhor voltaria.
“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé” (ITm 4:1).
O apóstolo Paulo é enfático ao dizer isto. O fato é que o inicio do cristianismo foi marcado por alguns movimentos locais que traziam variações ao cristianismo recém inaugurado. As comunidades cristãs que se formavam eram lideradas muitas vezes por pessoas que tinham um conhecimento muito limitado a respeito de Cristo, não havia a palavra escrita, portanto muito do que se dizia não era bem verdade.
No entanto o que Paulo quer dizer a Timóteo é referente aos últimos tempos, é claro que Timóteo não necessitava desta advertência, isto porque ela era para o tempo do fim, ou melhor, para a igreja que viveria esta época.
A tradução de apostasia no grego é, revolta, rebelião, afastamento doutrinário e religioso. Podemos dizer que no sentido de fé significa o desvio ou afastamento de um propósito definido, que é o de servir a Deus, podemos encarar o apóstata com desertor da fé.
A palavra traduzida por divórcio no grego é uma palavra derivada de apostasia, daí então, da para nos termos uma idéia mais clara do que é apostatar da fé, é divorciar-se de Deus.
Esse grande mal que assola o meio cristão tem se desenvolvido rapidamente. A igreja de Laodicéia (Ap 3:14-22) que é uma representação da igreja atual traz consigo a evidente marca da apostasia espiritual, “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!”.
“Por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que tem cauterizada a própria consciência”
Paulo dá o motivo da apostasia: os desvios doutrinários!
Hoje o estado de frieza e indiferentismo toma conta das igrejas que se tornam a cada dia mais politizadas e menos espirituais, mais humanistas e menos cristocêntricas:
-O uso de filosofias e práticas espíritas;
-O estabelecimento de doutrinas falsas.
-A criação de doutrinas que giram em torno da prosperidade plena;
-Há muitas igrejas, em que, na verdade, a fé virou um bom negócio!
Nunca a igreja de Jesus Cristo esteve numa situação como a atual, onde se perdeu o padrão bíblico para o cristão.
Isto se torna uma evidencia marcante, pois o apostolo diz que nos últimos tempos a igreja estaria como está hoje.
Nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus (IITm 3:1-4).
Temos também, em Daniel um indicador muito importante sobre o tempo do fim. “Tu, porém, Daniel, encerra as palavras, e sela o livro, até o tempo do fim; muitos correrão duma para outra parte, e a ciência se multiplicará”.(Dn 12:4)
O tempo do fim também seria marcado por um avanço tecnológico sem precedentes, este seria também estendido aos meios de transporte.
Em nossos dias a ciência já procura criar clones de humanos, e há aqueles que dizem que já conseguiram fazê-los nascer. O fato é que tudo vem indicando que o tempo do fim mencionado por Deus a Daniel tem todas as características de nosso tempo.
Quanto à profecia em Apocalipse sobre o uso de um numero (666) para uma identificação mundial já é totalmente possível, temos meios que possibilitam hoje sua existência, como por exemplo, o sistema de código de barras, aliás, este já está sendo descartado, pois já está sendo produzido o biochip, que pode conter quantas informações forem necessárias sobre seus usuários.
No texto de Ezequiel 37:1-14, vemos a profecia referente à restauração nacional, moral e espiritual de Israel. Também em Lucas 21:20-24, Jesus profetiza sobre a dispersão de Israel, o qual seria dominado pelos gentios. Hoje Israel está restaurado como estado e terra independente, restando apenas sua restauração espiritual que ocorrerá no final da grande tribulação.
O arrebatamento é o evento mais esperado pela igreja; no entanto esta não é unânime em sua crença, ou seja, não vê da mesma maneira como e quando será o arrebatamento:
-TEORIA DO ARREBATAMENTO PARCIAL: não discute quando será o evento referente à grande tribulação, ou seja, se antes, no meio ou depois, o que ela traz a discussão é que participará dele. Para o parcialista não são todos os crentes, mesmo sendo autênticos, que serão arrebatados, mas somente um grupo formado por aqueles que estão ansiosamente aguardando seu retorno e são dignos.
-TEORIA DO ARREBATAMENTO MESO OU MIDI TRIBULACIONISTA: entende que todos os que estiverem em Cristo serão arrebatados, sua discussão é referente ao tempo do arrebatamento, isto é, quando ele acontecerá. Para o meso-tribulacionista ocorrerá em meio a grande tribulação. Veja no gráfico o pensamento meso-tribulacionista:
Quanto à duração do período tribulacional surge o primeiro problema, que é referente a uma suposta divisão em duas fases distintas, no entanto ao olharmos para Daniel 9:27 não encontramos nenhuma divisão na septuagésima semana, é certo que Jesus disse em Mateus 24:21 que na segunda metade do período as coisas iriam se agravar, porém isto não permite dizer que existirão duas partes independentes a ponto de caracterizarmos apenas a segunda metade como sendo a verdadeira grande tribulação.
Segundo Daniel o pacto com Israel dará inicio a semana profética, sendo que no meio desta o anticristo rompera’ este pacto (Dn 9:27) trazendo dura perseguição aos israelenses (Ap 12:6). Este agravamento da situação é devido o fim da falsa paz instituída pelo anticristo (Ap 6:2) que agora revela sua verdadeira face e não devido o inicio de um outro período distinto.
Para sustentar um arrebatamento em meio a grande tribulação utilizam o capitulo 11 de apocalipse com sendo um fato incontestável da ocasião em que este ocorrerá, porém isto também só é possível se desprezamos uma interpretação cuidadosa de todo o livro quanto à sua cronologia.
Os defensores da teoria afirmam que do capitulo 4 ao 11 temos a primeira parte de grande tribulação seguindo o raciocínio, afirma que do capitulo 12 ao 19 temos a segunda parte. Tendo capitulo 11 bem no meio da semana profética usam o seguinte versículo para afirmarem o momento do arrebatamento: “E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.” (Ap 11:12).
Outro ponto complicado para ser sustentado pelos meso-tribulacionistas é o fato de afirmarem que as trombetas de I Co 15:52, onde diz:
“num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados”; I Ts 4:16 ”.
“Porque haverá o grito de comando, e a voz do arcanjo, e o som da trombeta de Deus, e então o próprio Senhor descerá do céu” e Ap 11:15 “E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes”, são a mesma coisa.
Em I Coríntios Paulo fala de uma trombeta de vitória, um chamado à presença de Deus, algo ansiosamente esperado pela igreja, o mesmo vemos em I Ts 4:16; enquanto que, em apocalipse a trombeta é de apresentação à chegada do Rei dos Reis que vem para julgar.
E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.
Um outro detalhe que não pode passar desapercebido é que em I Ts 4:16 a trombeta é de Deus ao passo que em apocalipse a trombeta é de um anjo!
Existe ainda um ponto a ser mencionado que é o fato de acreditarem que “a grande voz do céu” de Ap 11:12 é uma referencia ao chamado de Deus, como em I Ts 4:16 ”Porque haverá o grito de comando”. Isto, devido às questões de diferença entre Israel e igreja, se torna impossível.
Estes são os pontos principais da teoria, no entanto não são os únicos, pois os meso-tribulacionistas ainda têm que negar pontos doutrinários muito sérios para alicerçar sua teoria. Como segue:
-A eminência do arrebatamento. Já que uma vez conhecido o inicio da primeira metade do período tribulacional, saberemos com certeza o momento do arrebatamento em meio à mesma.
-Para tornar coerente a teoria é preciso ferir a cronologia do livro de apocalipse e tirar capítulos inteiros do contexto.
-É preciso sobrepor dois planos distintos. O da igreja, já que esta estaria na terra durante o inicio da grande tribulação, e o plano de Israel, que também estaria em plena execução durante o mesmo período. É bom lembrar que Deus nunca administrou dois planos de uma só vez.
A terceira teoria a ser discutida é a do arrebatamento após a grande tribulação, que ensina que o arrebatamento será seguido imediatamente pela volta gloriosa de Jesus.
Jesus vem, arrebata a igreja e rapidamente vai ao céu retornado imediatamente à terra com a igreja arrebatada para instituir o milênio.
O pós-tribulacionismo desenvolveu argumentos para defenderem sua teoria, que são no mínimo improváveis, já que se baseiam em uma interpretação alegórica e espiritualizada das Escrituras não observando os contextos das passagens bíblicas, ainda que insistam em dizer que são literalistas, o negam na prática. Vejamos os principais argumentos pós-tribulacionistas:
-Daniel 9:24-27 já teve seu cumprimento histórico concluído;
-Todo o plano das setenta semanas (v.24) inclui seis bênçãos: 1) extinguir a transgressão, 2) dar fim aos pecados, 3) expiar a iniqüidade, 4) trazer a justiça eterna, 5) selar a visão e a profecia, 6) ungir o Santo dos santos.
-O texto fala de uma aliança por parte “do príncipe que há de vir” que seria estabelecida com o Israel apóstata, a qual seria desfeita na metade da semana (v.27).
- Erram ao dizer que Jesus morreu na ultima semana restante, dizendo que sua morte vicária é esta “aliança com muitos” a qual seria quebrada. Julgam que o “Ele” do v.27 é Jesus, porém se olharmos no verso anterior, veremos que se trata do “Príncipe que há de vir”, o qual é o anticristo.
-A igreja tem promessa de tribulação.
-A ressurreição em Ap 20:4 revela o momento do arrebatamento.
Para o pré-tribulacionista, o arrebatamento será antes da grande tribulação, trazendo aos crentes em Jesus o livramento dos sofrimentos vindouros (Ap 3:10).
O pré-tribulacionista repousa em argumentos sadios e coerentes com a interpretação correta das Escrituras, e também está baseado na chamada “doutrina da iminência”, ou seja, a palavra de Deus sempre nos exorta a estarmos vigilantes pelo fato de não sabermos a que horas, dia, ano ou século Jesus virá “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”.(Mt 24:42), e isto demonstra que sua vinda é algo inesperado. Veja o que diz Clemente, bispo de Roma (séc I) aos Coríntios:
Quanto a dizerem que é uma doutrina nova, é uma grande irresponsabilidade, pois o fato de não ser bem explicada por todo decorrer da história da igreja não quer dizer que não esteja correta, também é exigirmos demais que desde aqueles tempos já tivesse este nome, que, aliás, tornou-se necessário para identificar a “teoria” diante das outras.
O pré-tribulacionismo se destaca das outras teorias por ser a única baseada numa interpretação literal, que, como já vimos, é o método usado pela própria escritura para se explicar. Outro ponto importante é o fato de respeitar a doutrina da iminência como também reafirmá-la.
Esta doutrina trata da condição em que está a igreja quanto à volta de Jesus para arrebata-la, ou seja, Jesus disse que seria a qualquer momento.
A promessa de buscar sua igreja foi feita por ele mesmo: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também”. ( Jo 14:2-3).
Porém, quanto ao tempo em que isto ocorrerá, Jesus disse que: “daquele Dia e hora ninguém sabe” (Mt 24:36a), logo, sua vinda é repentina.
A igreja é constantemente exortada a vigiar.
A grande tribulação com certeza é o assunto mais discutido na doutrina da escatologia bíblica. É também a que apresenta maiores dificuldades de interpretação com respeito a acontecimentos e profecias que devem ser cumpridas no período tribulacional.
Existem nas Escrituras três tipos de tribulação diferentes:
-Aplicada às provações e perseguições que os cristãos sofrerão através de toda a era da igreja como resultado de sua identificação com Cristo (João 16:33);
-Aplicada a um período especial de tribulação para Israel, profetizado por Daniel (Dn 9:24-27); e
-Aplicada à ira final de Deus sobre o anticristo e as nações gentias que o seguem, (Ap 6:12-17), chamada de “grande dia da ira deles”.
A doutrina da grande tribulação tem sido discutida em vários ramos da escatologia bíblica, seja por milenistas ou amilenistas. Nas Escrituras encontramos não poucas passagens falando de um período de tempo em que Deus traria juízo sobre Israel e os gentios; este período é chamado de grande tribulação.
São fartas a passagens que mencionam o dia do Senhor como também outros nomes dados ao mesmo acontecimento, onde a principal idéia é de juízo contra o Israel impenitente. Vejamos alguns nomes dados à grande tribulação no Velho Testamento:
-Isaías 13:9 Eis que o dia do SENHOR vem, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação e destruir os pecadores dela.
-Ezequiel 13:5 Não subistes às brechas, nem reparastes a fenda da casa de Israel, para estardes na peleja no dia do SENHOR.
-Joel 2:1 Tocai a buzina em Sião e clamai em alta voz no monte da minha santidade; perturbem-se todos os moradores da terra, porque o dia do SENHOR vem, ele está perto.
-Isaías 10:3 Mas que fareis vós outros no dia da visitação e da assolação que há de vir de longe? A quem recorrereis para obter socorro e onde deixareis a vossa glória,(...)?
-Jeremias 46:10 Porque este dia é o dia do Senhor JEOVÁ dos Exércitos, dia de vingança para se vingar dos seus adversários; e a espada devorará, e fartar-se-á, e embriagar-se-á com o sangue deles; porque o Senhor JEOVÁ dos Exércitos tem um sacrifício na terra do Norte, junto ao rio Eufrates.
-Isaías 13:13 Pelo que farei estremecer os céus; e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor do SENHOR dos Exércitos e por causa do dia da sua ardente ira.
-Isaías 17:11 No dia em que as plantares, as cercarás e, pela manhã, farás que a tua semente brote; mas a colheita voará no dia da tribulação e das dores insofríveis.
-Ezequiel 7:7 vem a tua sentença, ó habitante da terra. Vem o tempo; chegado é o dia da turbação, e não da alegria, sobre os montes.
O dia do Senhor não se trata literalmente do espaço de vinte e quatro horas, mas sim de um período, como em Gn 2:4; Is 22:5 e Hb 3:8. Este período será entre as vindas de Jesus, ou seja, o arrebatamento e seu retorno em glória.
No novo Testamento também temos referências ao “dia do Senhor”:
-1 Ts 5:2 Pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite.
-2 Ts 2:2 A que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor.
- 2 Pedro 3:10 Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.
Não devemos confundir com o “dia de Cristo”, como está expresso em Filipenses 1:6; 1:10; 2:16, com o dia do Senhor, este dia refere-se não ao tempo de juízo, e nunca está ligado a isso, mas sim, a recompensa que os crentes em Jesus receberão, e isto é claramente declarado por Paulo em Filipenses 2:16, onde lemos: “preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente”.
Tanto o Velho como o Novo Testamento apresenta o dia do Senhor como tempo de juízo, dia cruel, com ira e ardente furor (Is 13:9); dia da vingança (Is 34:8); dia nublado (Ez 30:3) grande é o Dia (...) e mui terrível! (Jl 2:11); dia de trevas e não de luz (Am 5:18); dia da ira (Sf 2:2).
No Novo testamento, as referencias ao dia do Senhor têm uma ligação mais próxima ao advento de Cristo, ou seja, os escritores neotestamentários usavam este termo como referencia à volta de Jesus e não diretamente à grande tribulação, ainda que um estivesse ligado ao outro.
Quanto à besta, o anticristo, depois de Jesus, é a figura mais marcante do período tribulacional. O seu título denuncia seu caráter e suas intenções. Anticristo vem do grego antichristos, e seu sentido é óbvio, adversário de Cristo ou contra Cristo.
Alguns escritores apresentam este título como sendo de alguém que quer se passar pelo Cristo e não necessariamente contra ele, talvez esteja em mente o uso paralelo de “antipapa”, que se refere a alguém que se intitula papa mesmo não sendo reconhecido pela igreja romana e na história são vários os exemplos a esse respeito.
A questão é que neste caso isto não pode ser admitido, pois todos os textos que o apresentam falando de sua postura, atitudes e intenções, sempre estão voltadas à destruição de Cristo e seus propósitos, se assim fosse Jesus ou outro escritor neotestamentário o intitularia de pseudocristo, como em Mateus 24:24.
“E eu pus-me sobre a areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia”.(Ap 13:1).
A Bíblia traz com abundancia textos que se referem à pessoa do anticristo. Ap 13:1 relata seu surgimento, e o fato de ser do mar pode ser forte indicação que será um gentio (Ap 17:15).
Um governo mundial será criado, e é através deste sistema político que ele vai governar o mundo. Veremos em alguns pontos como será esta escalada do anticristo ao poder.
Em Daniel capítulo 2, vemos a interpretação dada por Deus a Daniel, do sonho que o rei havia tido, neste era apresentada uma estátua, “A cabeça era de fino ouro, o peito e os braços, de prata, o ventre e os quadris, de bronze; as pernas, de ferro, os pés, em parte, de ferro, em parte, de barro”. (Dn 2:32-33). Cada uma destas partes representa um império, como segue:
-Cabeça de ouro: império Babilônico.
-Peito e braços de prata: império Medo-Persa.
-Ventre e quadris de bronze: império grego.
-Pernas de ferro, e pés parte ferro, parte barro: império Romano.
Cada império representado teve seu fim, sendo seguido pela ordem apresentada na estátua.
Também a visão dos quatro animais!
Esta surpreendente visão no capítulo 7, revela o mesmo simbolismo já representado na estátua, porém é ainda mais clara quanto aos acontecimentos relacionados a esta ultima forma do império Romano.
Daniel vê quatro animais (v. 3), e assim como cada parte da estátua simbolizava um império, também cada animal representa os mesmos impérios, vejamos a apresentação feita por Daniel:
-“o primeiro era como leão e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, foi levantado da terra e posto em dois pés, como homem; e lhe foi dada mente de homem.”: Império Babilônico
-“o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou sobre um dos seus lados; na boca, entre os dentes, trazia três costelas”: Império Medo-Persa
-“e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças”: Império Grego
-“o quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; (...) e tinha dez chifres.”: Império romano
O caráter maligno do anticristo é mencionado no texto “tinha olhos e uma boca que falava com insolência (...) e eis que este chifre fazia guerra contra os santos” (v. 20-21), como também suas atitudes profanas, “Proferirá palavras contra o Altíssimo” (v. 25).
Todo o período de ataque do anticristo durará três anos e meio (um tempo, dois tempos e metade de um tempo), que serão a segunda parte da grande tribulação. Após o tempo ser cumprido, virá o “Ancião de dias”, que é a mesma pedra que destrói a estátua; Jesus Cristo. Destruirá este império e instituirá seu reino (v. 22).
Já sabemos que a grande tribulação será um período de juízo contra Israel, e que o propósito de Deus para esta nação é que se convertam ao Senhor e o sirvam com sinceridade. Para isto, meios serão utilizados, e um deles é uma invasão de confederações a Terra Santa.
Todo o período tribulacional será marcado por vários acontecimentos e em especial a segunda metade que terá eventos singulares e sem precedentes em toda a história da humanidade, será tempo de grande ação sobrenatural.
Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição.
A referência aos 144 mil judeus remanescentes não se trata de um evento em si; no entanto, sua aparição no texto profético é por demais importante.
Quanto aos juízos, existe grande divergência referente à interpretação. Este fato se dá pelo motivo de uma boa parte dos comentaristas não aceitar que existe um literalismo, e este deve estar preso a um contexto, ou seja, a própria Bíblia, como um todo, deve fornecer informações que ajudem a interpretar as passagens.
Os entendimentos são variados:
-preteristas procuram acomodÁ-los à história secular;
-espiritualistas preferem encará-los como sendo lições para a vida cotidiana, onde preceitos morais são ensinados;
-continuístas ensinam que se trata apenas de um retrato da ação de Deus, no decorrer da história, contra a igreja católica (os reformadores criam desta maneira); E
-futuristas, que se destacam por ter o Apocalipse e os juízos descritos nele, como sendo real, futuro e algo que deve advertir os crentes a santificarem suas vidas a fim de não participarem da tribulação que há de vir, e isto estar baseado no ensino geral das Escrituras e não numa conveniência humana.
A mais importante das batalhas travadas durante todo o período tribulacional com certeza é a que ocorrerá em Armagedom.
A bíblia nomeia como sendo “a peleja do grande dia do Deus Todo-Poderoso” (Ap 16:14), pois se trata do “acerto de contas” de Jesus com o anticristo. A vitória do Senhor nesta batalha está totalmente ligada à volta de Jesus para inaugurar o reino messiânico.
Todo o desenrolar dos acontecimentos escatológicos a partir daqui, está relacionado a vinda de Jesus Cristo! Quanto a isso já sabemos que ela é dividida em duas fases:
-Primeira: é o arrebatamento, aonde Cristo vem até as nuvens de maneira “invisível” aos pecadores, para buscar sua igreja redimida; e
-Segunda: ele vem de maneira visível, ou seja, todos o verão, independente de quem seja:
“Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória”.
Sua vinda não é para redimir a humanidade, pois para isso já veio em seu primeiro advento, mas para trazer juízo sobre a terra. O que Deus falou por meio do profeta Malaquias deve servir como alerta às nações, a fim de se converterem ao Senhor “para que eu não venha e fira a terra com maldição.” (Ml 4:6).
A ascensão de Jesus se deu no Monte das Oliveiras; naquele momento surgem dois anjos que falam profeticamente a respeito de seu futuro retorno:
E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir. Atos 1:11
A profecia Angélica aguarda seu cumprimento literal, pois a maneira e natureza de sua volta foram claramente expostas pelos anjos:
“Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir”, ou seja, visível, corpórea, gradual e no monte das oliveiras.
O local da vinda de Jesus já é conhecido, e era desde o profeta Zacarias, pois Deus já o revelara “Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente” (Zc 14:4).
Também conhecido como Olivete, o Monte das Oliveiras fica ao oriente de Jerusalém (Zc 14:14) e o que o separa da cidade é o vale de Cedrom.
A montanha tem quatro picos:
-o “Galileu”.
-o “Profetas”. Este nome é dado em razão de haver no local uma gruta chamada “Tumulo dos profetas”;
-o “Monte da Ofensa” ou “Monte da Corrupção”. Leva este nome devido a ser o lugar onde Salomão erigiu “altos” a Quemos, Moloque, Astarote, Camos e Milcom a fim de agradar suas esposas idólatras (IRs 11:7-8; IIRs 23:13); e
- o “Monte da Ascensão”. O mais alto de todos, onde tradicionalmente foi o lugar da ascensão de Cristo; na parte central deste encontra-se a “Igreja da Ascensão” construída por Constantino no quarto século.
O Monte das Oliveiras foi cenário de muitos acontecimentos importantes:
-foi por lá que Davi fugiu de Absalão, seu filho (IISm 15:30);
-Ezequiel, numa visão vê a glória de Deus pousando sobre o monte (Ez 11:23);
-foi ali onde Jesus pregou o seu ultimo e escatológico discurso (Mt 24; 25; Mc 13 e Lc 21).
-era um lugar pessoalmente preferido por Jesus e onde ouve o episódio da transfiguração (Mt 17:1-13);e
-foi próximo da descida do monte que o povo começou a aclamá-lo ao entrar em Jerusalém (Lc 19:37);
-ali em suas encostas ficava o Getsêmani, onde o Senhor orava constantemente (Mt 26:36).
Através da profecia de Zacarias 14:4 e dos anjos em Atos 1:11, podemos concluir que Jesus aparecerá forma corpórea no monte das oliveiras, de frente para Jerusalém!
Em seu primeiro advento, Jesus trouxe mudanças que marcariam não só na religião como também na sociedade em geral, seus ensinos e doutrinas permanecem marcados em qualquer povo mesmo que este não o adore como Senhor.
Em seu segundo advento, as mudanças serão ainda mais marcantes e porque não dizer, terríveis.
Por todo o período tribulacional haverá terremotos de escala cada vez maior (Ap 6:12; 8:5; 11:13; 11:13; 11:19; 16:18), porém no momento da vinda de Jesus acontecerão mudanças inusitadas, e isto é descrito pelo profeta Zacarias:
-O monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande;
-Metade do monte se apartará para o norte;
-A outra metade, para o sul.
-Fugireis pelo vale dos meus montes, porque o vale dos montes chegará até Azal;
-Sim, fugireis como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá;
-Então, virá o SENHOR, meu Deus, e todos os santos, com ele;
-Acontecerá que, naquele dia, não haverá luz, mas frio e gelo;
-Mas será um dia singular conhecido do SENHOR;
-Não será nem dia nem noite, mas haverá luz à tarde;
-Naquele dia, também sucederá que correrão de Jerusalém águas vivas;
-Metade delas para o mar oriental;
-A outra metade, até ao mar ocidental; e
-No verão e no inverno, sucederá isto. (...) Toda a terra se tornará como a planície de Geba a Rimom, ao sul de Jerusalém; (Zc 14:4-8,10).
A vinda de Jesus trará consigo dois juízos, estes são:
-o julgamento dos judeus; e
-o dos gentios.
O resultado do julgamento é uma separação entre os gentios, “e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda” (v.33).
Os da direita representam os salvos que agora herdam o reino messiânico (v.34).
Conseqüentemente, os da esquerda são os perdidos, aos quais é dito:
“Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.” (v.41).
Outras importantes consequências são:
-o término da primeira ressurreição; e
-a inauguração do reino messiânico.
Existem dois tipos básicos de ressurreição:
-a ressurreição para vida; e
-ressurreição para a condenação.
O ensino de um milênio futuro tem seus perseguidores. São aqueles que um dos mais expressivos pontos da escatologia é a promessa de um reino teocrático, onde o mundo será governado por Jesus Cristo. No entanto, algumas questões estão sempre trazendo dúvida aos crentes da realidade desta teocracia.
Para um judeu contemporâneo de Jesus, a esperança no messias era maior que em qualquer outra época, pois havia muitos anos que Deus não se manifestava através dos profetas; o povo era afligido pelo império Romano e tudo poderia mudar com a vinda do rei da linhagem de Davi. Desta maneira nos é apresentado no decorrer das narrativas uma seqüência de acontecimentos ligados à vinda do rei esperado, como também sua rejeição por parte da nação.
O livro de Mateus é universalmente reconhecido como o que apresenta Jesus como o messias esperado, portanto o utilizaremos como o centro desta breve consideração.
A genealogia de Jesus o liga diretamente a descendência de Davi (1:1), esta é que é fundamental para que o Senhor pudesse ao menos se dizer o Messias.
Do capítulo 1 ao 11:3 Jesus é apresentado como o rei; as curas, libertações e discursos provam sua autoridade. A rejeição a Jesus se inicia a partir do capítulo 12 e vai até o 16; período marcado por controvérsias entre a liderança política e religiosa. Sua total rejeição por parte da nação vem a partir do capítulo 17 e vai até o fim do livro.
Devemos ter em mente que Jesus veio para cumprir as profecias; porém, esta rejeição (que fazia parte da presciência de Deus) não permitiu o seu cumprimento; João expressa com muita clareza este fato dizendo: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.” (Jô 1:11).
Desta maneira o propósito de Deus para a nação foi adiado, proporcionando a inclusão dos gentios no plano divino.
O argumento mais usado contra um milênio literal é a questão de serem estabelecidos exatamente mil anos, o que, para muitos, é apenas simbólico e representa um período de tempo indeterminado como, supostamente, os dias da criação e a afirmação de Pedro em 2Pe 3:8.
Um outro argumento usado pelos contrários ao pré-milenismo é que um reino literal de mil anos torna a era messiânica exclusivamente terrena e temporal.
O fato de o reino milenial durar exatamente mil anos não o torna temporal, pois este tem um caráter eterno, ou seja, como cristãos, temos uma vida humana limitada, porém já estamos em Cristo, o que nos torna eternos em sua presença.
Portanto, ao compararmos nossa vida terrena em Cristo ao milênio, veremos que apesar do reino ser de um tempo limitado ele tem uma validade eterna, só vai mudar o ambiente; que quando este findar não será mais a terra e sim a nova Jerusalém.
O reino também não é essencialmente terreno, pois também tem caráter espiritual, já que para fazer parte dele deve-se necessariamente ter experimentado da salvação em Cristo, ou seja, não estamos falando de um reino político na esfera humana, mas de um reino teocrático (Governado por Deus), universal e totalmente equilibrado.
O governo de Jesus Cristo será de maneira nunca vista na terra; as condições de vida, em todos os aspectos, nunca foram experimentados pela humanidade; e é bom que fique claro que o milênio não tem nenhuma relação com a morada eterna na Nova Jerusalém:
a) Prevalecerão a paz e justiça; e
b) Será quebrada a maldição que estava sobre a terra;
De uma maneira maravilhosa Deus estabelecerá sua vontade independente de quão inacreditável seja.
No fim da dispensação do milênio Satanás será solto e se levantará em sua ultima tentativa de destruir a Cristo. Ap 20:7-9 dá os detalhes:
O motivo da guerra é claro; Jerusalém será a capital do mundo e local onde estará o Rei dos Reis, isto tornará a cidade, mais uma vez, em alvo de Satanás!
O milênio trouxe o cumprimento das alianças feitas com a nação, com seu fim o plano das dispensações fica concluído, restando o ultimo julgamento; o juízo do Grande Trono Branco.
Agora Deus, por meio de uma ressurreição chama os ímpios que morreram desde a criação para serem julgados; sobre isto lemos em Ap 20:11-12, 15
“Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, (...). Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras,(...). Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados (...). Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”.
Este texto fala a respeito da ressurreição para condenação!
Neste caso, não trata de um julgamento onde salvos e não salvos receberão um veredicto a respeito de sua salvação ou condenação, mas comparecerão unicamente os ímpios mortos que agora ressuscitam para serem “avisados”de sua condenação eterna.
Na questão de serem mencionadas as obras como base do julgamento, é importante lembrar que o principal fato, em questão de obras que os levou a condenação, foi o fato de não terem recebido Jesus como Senhor e salvador; ou mesmo que o tenham recebido, mas desviaram-se, não tendo andado em sua palavra.
Aqui, a principal questão relaciona-se à atitude que tivemos para com Jesus Cristo e não simplesmente se fomos bons ou maus durante nossa vida.
O fim destes é mencionado como sendo a segunda morte!
A diferença é que esta é definitivamente de sofrimento, tem caráter eterno; é eterna. Todo o inferno, Satanás e seus anjos; todos estarão lá.
E, enquanto isso, os salvos se alegram e bradam a vitória consumada. Eles entram na santa cidade e desfrutam eternamente da presença de Deus.
Com o fim das dispensações, chegamos a uma condição totalmente nova, que não está relacionada com o tempo ou espaço, ou seja, não é passageira nem terrena, mas eterna e celestial.
Deus ainda tem duas coisas a fazer, que são:
-recriar a terra; e
-instalar seus redimidos na cidade Santa, a Nova Jerusalém celestial.
A RECRIAÇÃO DA TERRA: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21:1);
A NOVA JERUSALÉM: O apóstolo João faz um relato detalhado da Nova Jerusalém; já foi concluído que ela não se trata de uma cidade terrena, mas sim, celestial e eterna. Vejamos algumas características importantes a respeito dela:
-Ela desce do céu, da parte de Deus (vs.2,10);
-Nela não há tristeza (v.4);
-Ela tem a gloria de Deus (v.11; 22:5);
-Deus e seu filho são o templo da cidade (v.22; 22:3-4));
-Será isenta de qualquer pecado ou maldição (8;27;22:3; e
-Nela haverá um rio e uma árvore (22:1,2);
O rio representa a vida que procede do Cordeiro!
A árvore retrata a árvore da vida do éden, só que desta não será necessário a do conhecimento (Gn 2:9) para provar seus habitantes; pois estes já foram provados e aprovados por Deus.
São agora os redimidos pelo sangue purificador de Jesus Cristo!!