Resumo de FILOSOFIA
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CURSO: BACHAREL EM TEOLOGIA LIVRE.
NOME: KURT VIEHMAYER RODRIGUES.
RESUMO DA DISCIPLINA HISTÓRIA DE ISRAEL
É muito importante termos noções do que aconteceu nesta terra nos primórdios, desde Noé, através de uma cronologia.
Em 3000, antes de Cristo (+ ou -): Nascido filho de Matusalém, Noé foi o homem que mais viveu. Segundo a Bíblia, Noé viveu cerca de 969 anos. Noé viveu 600 anos e então veio o dilúvio, que durou 375 dias. De Noé saíram Sem, Cão e Jafé. Os judeus são descendência de Sem. 2160, antes de Cristo: Nasce Abrão na Mesopotâmia, que viria a ser o patriarca do povo judeu, possuídos da promessa feita por Deus. 2060,antes de Cristo: Isaque nasce (Gn 21.1-7). Como havia prometido Deus a Abraão, seria ele o primogênito de toda uma nação sendo um tipo de Cristo. Isaque casa-se com Rebeca e continua a genealogia de Jesus (Gn 24);
2000, antes de Cristo,: Nascem Jacó e Esaú, Jacó usurpa a bênção da progenitura de Esaú (Gn 27.1-45). Esaú ira-se contra Jacó e este foge em direção a Betel onde teve o sonho da escada com anjos. Jacó casa-se com Raquel, depois de ter sido enganado por Labão. Jacó e Esaú se reencontram. Jacó luta com Deus no Jaboque e tem o nome mudado para Israel. Jacó teve doze Filhos, que vieram a ser os doze patriarcas da tribo de Israel, e uma Filha, Diná. 1889, antes de Cristo: Nasce José, o filho preferido de Jacó e que foi vendido ao Egito por seus irmãos. No Egito prosperou pela mão do Senhor e se tornou ministro. 1870, antes de Cristo: Jacó e seus filhos descem para o Egito por causa da fome, José apesar de humilhado recebeu-os e cuidou deles (Gn 46). Os hebreus permanecem no Egito por 430 anos;
1580, antes de Cristo: Nesse período os Hicsos são expulsos. A Síria e a Palestina tornaram-se tributárias de Egito. A terra é devolvida à coroa e os hebreus são escravizados. 1520, antes de Cristo: Nasce Moisés, que é colocado nas águas e encontrado pela Filha de faraó (Êx 2). 1493,antes de Cristo: HATSHEPSUT, que resgatou Moisés das águas, torna-se rainha do Egito. 1480, antes de Cristo: Moisés comete um homicídio e foge para Midiã, onde se casa com Zípora, filha de Jetro.1448, antes de Cristo: Moisés é chamado por Deus e volta ao Egito para livrar o povo (Êx 3.1 – 4.31). Depois de contatar com Faraó e prevalecer através de sinais e prodígios, entre eles as dez pragas (Êx 5.1 – 11.10) e celebrar a páscoa (Êx 12.1-13.19) o Senhor livra o povo através de Moisés depois de 430 anos assim como havia prometido a Abraão, Isaque e Jacó (Êx 2.24);
1440, antes de Cristo: O povo sai do Egito e vai em direção à terra prometida depois de verem os inimigos se afogarem no mar vermelho (Êx 14). No deserto, as águas do mar se tornam doces (Êx 15) há provisão de cordonizes, maná (Êx 16.1-36) e água da rocha (Êx 17.1-7), depois disso surgem os problemas domésticos e externos, como a visita de Jetro e a batalha contra os amalequitas (Êx 17.8-16) e (Êx 18.1-27); e
(1440-1400), antes de Cristo: Deus faz chamada ao pacto (Êx 19.1-25) e dá o decálogo (Êx 20.1-21) e as leis litúrgicas (Êx 20.21-26), também as leis civis e criminais (Êx 21.1-22.17) e as leis morais e religiosas (Êx 22.18–23.19), Deus dá ordenanças a respeito do tabernáculo (Êx 24.15-31.18), que é cumprida mais adiante (Êx 35.1-40.38). É feito um recenseamento (Nm 1.1-46) e Moisés envia espias à terra prometida (Nm 33.50-34.29). 1400, antes de Cristo, Morre Moisés, ao avistar a terra prometida do cume de Pisga, no monte Nebo, nas campinas de Moabe (Dt 34.1-12).
Quanto à ocupação de Canaã, tendo morrido Moisés, Josué foi comissionado a conduzir a nação de Israel na conquista da Palestina. O povo de Canaã não foi organizado em fortes unidades políticas. Fatores geográficos, tanto quanto a pressão de nações circunvizinhas, no Crescente Fértil, que se utilizavam de Canaã como território tampão, explicam o fato de que os Cananeus jamais foram um império forte e integrado. Numerosas cidades-estados controlavam tanto o território quanto possível, com a cidade bem fortificada de forma a resistir a possíveis ataques inimigos, quando Canaã era atravessada por exércitos.
Essas cidades com freqüência evitavam ser atacadas mediante o pagamento de um tributo. Entretanto, quando algum povo vinha ocupar a terra, como Israel fez sob Josué, essas cidades-estados formavam ligas e se uniam para resistir ao invasor. Isso é bem ilustrado no livro de Josué.
A religião de Canaã era politeísta. El era reputado como principal divindade cananéia. Simbolizando como um touro entre um rebanho de vacas, o povo se referia a ele como “pai touro”, considerando-o criador. Visto que as divindades dos Cananeus não teriam caráter moral, não é de surpreender que a moralidade daquele povo fosse extremamente baixa.
As Escrituras testificam sobre essa sórdida condição, mediante numerosas proibições que foram dadas como advertências aos israelitas.
Essa degradante influência religiosa já se evidenciava nos dias de Abraão (veja Gn 15.16 e 19.5).
Séculos mais tarde, Moisés encarregou solenemente o seu povo de destruir os Cananeus, não somente para puni-los por causa de sua iniqüidade, mas também para impedir a contaminação do povo escolhido por Deus (veja Lv 18.24-28; 20.33; Dt 12.31 e 20.17,l8).
Sob a tutela de Moisés, Josué foi treinado para a liderança, tendo sido preparado para dirigir a conquista e a ocupação da terra prometida. O povo de Israel foi realisticamente preparado para viver em Canaã, como nação escolhida por Deus. Durante quarenta anos, enquanto a geração incrédula morria no deserto, a circuncisão, que servia de sinal de relação de pacto (veja Gn 17.1-27), não fora observada. Mediante uma teofonia, Deus insuflou em Josué a consciência de que a conquista da terra não dependia somente dele, mas que ele fora divinamente comissionado e dotado.
A conquista de Jericó foi uma vitória que serviu de exemplo. Israel não atacou a cidade de acordo com a estratégia militar regular, mas simplesmente segui as instruções dadas pelo Senhor.
Quando se espalharam por Canaã as notícias da conquista de Jericó e Ai, o povo de várias localidades organizou resistência contra a ocupação israelita (veja Js 9.1,2). A conquista e a ocupação da porção norte de Canaã é descrita de modo bem abreviado.
A oposição foi organizada e liderada por Jabim, rei de Hazor, que tinha a seu dispor Nm erosos carros de guerra. Não há qualquer menção sobre a destruição de outras cidades na Galiléia. De forma sumária, o trecho de Js 11.16-12.24 relata a conquista de toda a terra de Canaã por parte de Israel. Trinta e um reis são listados entre os derrotados por Josué.
Quanto à divisão de Canaã:
-A tribo de Judá se apropriou da área entre o mar Morto e o mar Mediterrâneo, incluindo a cidade de Belém.
-O braço de Efraim e a outra metade da tribo de Manasses receberam a maior parte da área a oeste do rio Jordão, entre o mar da Galiléia e o mar Morto (veja Js 16.1-17.18).
-Siló foi estabelecida como centro religioso de Israel (veja Js 18.1).
-A tribo de Levi não recebeu quinhão na forma de território, porquanto eram responsáveis pelos serviços religiosos por toda a nação.
Antes de morrer, com a idade de cento e dez anos, Josué reuniu o povo de Israel em Siquém e advertiu-os severamente para que temessem a Deus. Relembrou-lhes o fato de que Deus chamara a Abraão para que não servissem a ídolos e cumprira o pacto estabelecido com os patriarcas, introduzindo Israel na terra prometida.
A religião de Canaã, porém, tornou-se tremendamente abominável aos olhos de Deus e da própria moralidade. Escavações mostraram a extrema obscenidade da religião que tinha um panteão de deuses.
El, o deus principal, é orgulhosamente apresentado como sendo inteiramente sensual, sórdido e sanguinário até consigo mesmo.
As três deusas cananeias, enroladas em serpentes, são apresentadas em posturas vis e sensuais.
O sistema prestava homenagem à serpente; era totalmente depravado e estava fadado à destruição. A adoração ao sexo demoníaco e aos ídolos de guerra refletia uma sociedade permeada da mais grosseira imoralidade e violência. Escavações arqueológicas revelaram que os seus templos eram centros de vícios com sacerdotes sodomitas e sacerdotisas prostitutas.
Queimar crianças vivas nos altares se tinha tornado ritual comum. A baixeza da idolatria de Canaã formava contraste com a idolatria do Egito e da Mesopotâmia, cuja moralidade não tinha caído em tão profunda vulgaridade e brutalidade. A cultura estava fadada à destruição (Levítico 18.25)
O texto declara muitas vezes que o Senhor era o verdadeiro dono da terra de Canaã e podia dá-la ou negá-la a quem quisesse, por razões nem sempre evidentes aos homens. O seu plano de cessão e período de experiência é observado diversas vezes muito antes de Moisés e Josué.
Conforme o Senhor declarou a Abraão e a Israel, a ocupação final da Palestina por Israel estender-se-á desde o Egito até o Eufrates (Gênesis 15.8; Deuteronômio 1.7-8; 30.5). Antes daquela futura ocupação final, entretanto, o Senhor novamente limpará a terra da violência e brutalidade introduzida por um sistema religioso inspirado por Satanás (Apocalipse 14.16 e ss; 19.15).
Mica e seu santuário servem de exemplo da apostasia religiosa que prevalecia nos dias dos juízes. O crime sexual em Gibeá e os acontecimentos que se seguiram provocaram guerra civil em Israel.
O lugar de Israel na história é singular. Sendo o último dos juízes, ele exercia jurisdição civil por toda a terra de Israel. Outrossim, ele obteve o reconhecimento de ser o maior profeta de Israel desde os tempos mosaicos. E ele também oficiava como principal sacerdote, embora não fosse da linhagem de Arão, à qual pertenciam as responsabilidade do sumo sacerdócio.
O rei de Israel ocupava uma posição singular entre os dirigentes contemporâneos, tendo a responsabilidade de reconhecer pessoalmente o profeta, que era o representante de Deus. Mas, por causa da desobediência, Saul perdeu seu reinado.
A unção de Davi, por Samuel, em cerimônia particular, era algo que Saul desconhecia. Devido a ter posto fim a Golias, Davi subiu para o centro de atenção na nação.
Nos séculos seguintes, as esperanças proféticas acerca da restauração da sorte de Israel são repetidamente alusivas ao reino davídico como um ideal.
Os empreendimentos políticos de Davi foram assinalados pelo sucesso. Em menos de uma década, depois da morte de Saul, todo o Israel se juntou em apoio a Davi, o qual dera início a seu reinado somente com o pequeno reino de Judá. O respeito internacional e o reconhecimento obtidos por Davi para Israel continuaram intocados pelas potências estrangeiras até aos anos finais do reino de Salomão.
O novo rei também se distinguiu como líder religioso. Embora lhe fosse negado o privilégio de construir o templo, ele fez laboriosos preparativos para sua edificação, por seu filho, Salomão. Através da liderança de Davi, os sacerdotes e levitas, foram profundamente organizados para que participassem eficazmente nas atividades religiosas da nação inteira.
O livro de 2 Samuel retrata o reinado de Davi com grande detalhes. Nascido em tems turbulentos, Davi foi sujeitado a um duro período de treinamento, a fim de prepará-lo para ser o rei de Israel. Após ter-se certificado da aprovação divina Davi retornou à terra de Israel meio em que Davi governou Israel em Hebrom, parece que o problema filisteu adiou a subida ao trono do novo rei por cerca de cinco anos. Dessa maneira o povo de Judá prometeu lealdade a Davi, ao passo que os demais israelitas permaneceram leais à dinastia de Saul sob a liderança de Abner e Is-Bosete. Em resultado disso, irrompeu-se a guerra civil. Ficaram alarmados, porém, quando Davi foi aceito pela nação toda.
Um ataque desfechado pelos filisteus (veja 2Sm 5.17-25 e 1Cr 14.8-17) mui provavelmente teve lugar antes da conquista e ocupação de Sião. Por duas vezes Davi os derrotou, assim impedindo a interferência deles na unificação de Israel sob o novo monarca. Não se duvida que a própria ameaça filistéia foi um fator unificador de Israel.
Quando Davi assumiu o reino sobre as doze tribos, selecionou Jerusalém para ser sua capital política. Ao mesmo tempo, Jerusalém tornou-se o centro religioso da nação inteira (veja 1Cr 13.1-17.27 e 2Sm 6.1-7.29). Nenhum reino ou dinastia terrenos jamais tiveram duração eterna, tanto quanto os céus e a terra, Nem mesmo o trono terreno de Davi. Basta ligarmos sua linhagem com Jesus, o qual é especificamente identificado como Filho de Davi, no Novo Testamento. Essa certeza, dada a Davi por intermédio do profeta Natã, constitui outro vínculo na série de promessas messiânicas, dadas nos tempos do Antigo Testamento.
Deus vinha desdobrando gradualmente sua promessa inicial de que a vitória final seria realizada mediante o descendente da mulher (veja Gn 3.15). Uma revelação mais plena sobre o Messias e Seu reino eterno foi dada pelos profetas de séculos subseqüentes.
Na posição de rei do império israelita, Davi não deixou de reconhecer que Deus era quem outorgava vitórias militares e prosperidade material a Israel. Em um Salmos de ação de graças (veja 2Sm 22.1-51), Davi expressou seu louvor ao Onipotente, pelo livramento de Israel das mãos inimigas, bem como das nações pagãs.
Porém, Davi tornara-se polígamo (veja 2Sm e 11.27).Embora isso seja definitivamente proibido na revelação mais completa do Novo Testamento, foi tolerado nos tempos vetero-testamentários por causa da dureza de coração do povo israelita.
E também era livremente praticado pelas nações circunvizinhas. Um harém na corte era algo perfeitamente natural. Embora advertido acerca da multiplicidade de esposas na lei mosaica (veja Dt 17.17), Davi adquiriu muitas delas.
Alguns desses casamentos sem dúvida alguma tiveram implicações políticas, tal como seu matrimônio com Mical, filha de Saul, e com Maaca, filha de Talmai, rei de Gesur. Tal como sucedeu com outro, Davi teve de sofrer as conseqüências, como os crimes de incesto, homicídio e rebeldia, que passaram a suceder na sua vida doméstica. Ele teve doze esposas (estão registrados os nomes de oito) e pelo menos dez concubinas, vinte e um filhos e uma filha (2Sm 3.2-5, 5.13-16; 1Cr 3.1-9; 14.3-7; 2Cr 11.18).
O reinado de Salomão se caracterizou por paz e prosperidade. Davi estabelecera o reino, agora Salomão haveria de colher os benefícios dos labores de seu pai. A narrativa sobre essa era é brevemente contada em 1Rs 1.1-11.43 e 2Cr 1.1-9.31.
O ponto focal de ambos os livros é a construção e dedicação do templo, o que recebe muito maior consideração do que qualquer outro aspecto do reinado de Salomão. Em incumbência imposta particularmente a Salomão (veja 1Rs 2.1-12), Davi relembrou seu filho de sua responsabilidade de obedecer à lei de Moisés.Salomão assumiu a liderança de Israel em seus verdes anos. Por certo ele tinha menos de trinta anos, talvez cerca de vinte anos de idade.
Em adição a uma mente de grande discernimento, Deus também o dotaria de riqueza, honrarias e vida longa, tudo sob a condição de obediência (veja 1Rs 3.14). A sagacidade de Salomão tornou-se motivo de profunda admiração. A decisão dada pelo rei, quando duas mulheres contendiam por um único filho vivo (veja 1Rs 3.16-28), sem dúvida alguma representa apenas um exemplo dentre os casos que demonstraram a sua sabedoria. Quando essa e outras notícias passaram a circular por toda a nação, os israelitas reconheceram que a oração do rei, pedindo sabedoria, lhe fora respondida. Salomão mantinha numerosa força armada (veja 1Rs 4.24-28).
De máxima importância, no vasto e extenso programa de edificações de Salomão, figurava o templo. Enquanto outros projetos de construção são meramente mencionados, aproximadamente cinqüenta por cento da narrativa bíblica sobre o reinado de Salomão são dedicados à construção e consagração desse centro focal da religião de Israel. Isso assinalou o cumprimento do desejo sincero de Davi, expresso na primeira metade de seu reinado em Jerusalém, estabeleceu um lugar central de adoração.
Visto que o templo foi contemplado no oitavo mês do décimo primeiro ano (veja 1Rs 6.37,38), é bastante provável que as cerimônias consagratórias tivessem sido efetuadas no sétimo mês do décimo segundo ano, e não um mês antes de haver sido terminado. Isso teria dado tempo para o elaborado planejamento para esse grande evento histórico (veja 1Rs 8.1-9 e 2Cr 5.2-7.22). Para essa ocasião, todo o Israel se fez presente, representado por anciões e líderes.
Salomão foi a figura chave das cerimônias de consagração. Sua posição como rei de Israel era singular. Sob o pacto, todos os israelitas eram servos de Deus (veja Lv 25.41,44; Jr 30.10 e outros trechos bíblicos), sendo reputados reino de sacerdotes para Deus (veja Êx 19.6).
Durante todo o decurso dos cultos de consagração Salomão tomou a posição de servo de Deus, representando a nação escolhida por Deus para ser Seu povo.
Esse relacionamento com Deus era comum para os profetas, sacerdotes e leigos, incluindo o próprio monarca, sendo verdadeiramente reconhecida a dignidade do homem. Nessa capacidade, Salomão ofereceu orações, fez o sermão de consagração e oficiou nas oferendas sacrificiais.
Na história de Israel, a consagração de templos foi o mais significativo evento desde que o povo deixou a região do Sinai.
A súbita transformação que os tirou da servidão no Egito para serem uma nação independente no deserto serviu de importantíssima demonstração do poder de Deus em favor de Seu povo.
Naquela oportunidade o tabernáculo foi erigido para ajudá-los a reconhecer a Deus e a servi-lo. Agora o templo fora construído por direção de Salomão. Isso constituiu a confirmação do estabelecimento do trono davídico em Israel.
Assim como a presença de Deus se tornou visivelmente manifesta na coluna de nuvens sobre o tabernáculo, assim também a glória de Deus pairou sobre o templo e deu a entender a bênção e a graça de Deus. Isso confirmou divinamente o estabelecimento do reino, conforme fora antecipado por Moisés (veja Dt 17.14-20).
O capítulo final do reinado de Salomão é trágico (veja 1Rs 11). A verdade da questão é que Salomão, que desempenhou o liderante papel de consagrar o templo, afastou-se de uma total dedicação a Deus, experiência essa paralela à do povo de Israel, no deserto, depois da construção do tabernáculo.
Salomão desobedeceu justamente ao primeiro mandamento, com sua norma inclusivista, que permitiu a adoração aos ídolos em Jerusalém.
Os casamentos mistos entre as famílias reais era prática comum no Oriente Próximo. No começo de seu reinado, Salomão firmou aliança com Faraó, aceitando a filha deste em matrimônio.
No auge de seu sucesso, Salomão obteve esposas entre os Moabitas, Amonitas, Edomitas, Sidônios e Hititas.
Além disso, adquiriu um harém de setecentas esposas e princesas, além de trezentas concubinas. Não é declarado se isso foi motivado por expedientes diplomáticos e políticos, para assegurar a paz e a segurança, ou foi motivado pela tentativa de ultrapassar soberanos de outras nações, cujo luxo era expresso por meio de grandes haréns.
Não obstante, isso era contra a ordem expressa de Deus (veja Dt 17.17). Salomão permitiu a multiplicação de esposas para sua própria ruína, permitindo que seu coração se desviasse de Deus.
Salomão não apenas tolerou a idolatria, mas ele mesmo prestou honrarias a Astarote, a deusa fenícia da fertilidade, que era conhecida pelo nome de Astarte entre os gregos e Istar entre os babilônios. Mesmo assim, por amor a Davi, o reino não seria dividido durante os dias de Salomão.
Embora o reino tivesse continuado de pé, não sendo dividido senão após a sua morte, Salomão foi sujeitado à angústia da rebelião em casa e a secessão em várias porções de seu reinado.
Em resultado de sua falha pessoal, não obedecendo e servindo a Deus de todo coração, o bem estar geral e a prosperidade pacífica de seu reino foram ameaçados.
O cativeiro foi uma calamidade nacional e religiosa. A julgar pelo sentimento dos povos daqueles dias, um povo assim arruinado dava prova de que o seu Deus tinha sido impotente para o preservar. Jeová, pois teria sido julgado pelos observadores, e mesmo historiadores, como um Deus igual aos dos outros povos.
Do ponto de vista nacional, a calamidade não foi menor, porque arruinou toda a estrutura maravilhosa, construída à custa de tantos esforços e duros labores. Os dias dos juízes de Israel, as experiências de vida de Saul e Davi, o apogeu de Salomão, tudo foi reduzido a nada.
As maravilhosas promessas feitas, de que nenhum povo seria tão glorioso quanto este, de pouco valeram.
Entretanto, nem tudo foi perdido. Os Judeus perderam a sua cidade, a sua terra e a sua importância como nação, mas ganharam o que não tinham podido obter nos dias pacíficos.
Os seus profetas foram cuidadosamente estudados, os conselhos do pastor do cativeiro, Ezequias foram ouvidos, a religião entrou em estágio espiritual, com a fundação de escolas, sinagogas e tantos outros meios de que se valeram os desterrados, nos dias de suas tristezas junto ao rio Quebar.
Quando voltaram para sua terra, vinham curados para sempre da idolatria e da apostasia.
Os judeus destes últimos vinte e cinco séculos podem ser acusados de muitas falhas, mas,de idolatria e apostasia, não!
Hoje, ainda espalhados pelo mundo por causa do pecado da rejeição do Messias, aguardam fielmente o cumprimento das promessas de Deus.
Passados 70 anos de cativeiro, veio a queda do império Babilônico sob os medos e os persas. E no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor pela boca do profeta Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: “O Senhor, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, o Senhor seu Deus seja com ele, e suba” (2 Crônicas 36.22,23).
Estava concedida a liberdade aos judeus e terminado o cativeiro!
O período inteiro, de caráter interbíblico, consiste de quatro épocas, sendo: Período Pérsico, Período Grego, Período Macabeu, ou Asmoneano e Período Romano.
Quanto ao nascimento de Jesus, temos que Deus preparou o mundo para receber o Seu Filho Unigênito. Jesus não nasceu ao acaso. O seu nascimento em Belém ligava-se ao passado multi-secular da intensa atividade de Deus em preparar todas as coisas para aquele glorioso momento.
O Apóstolo Paulo (Gl 4.4) diz que Jesus nasceu na plenitude dos tempos! Quando tudo estava preparado, quando tudo estava em condições de recebê-lo, então Ele, o “sol” da profecia de Malaquias, despontou nos horizontes da humanidade!
A seu tempo” é o que Paulo diz (Rm 5.6), Cristo se manifestou. O mundo em que Jesus nasceu, era o melhor de toda a sua história, para assistir o evento de tamanha significação e repercussão.
Por um lado, um mundo desiludido, vivendo em constantes lutas, em meio a imoralidades; um mundo escravo, de opressores, de ambiciosos; um mundo de filosofias, ciências, artes, literatura; um mundo de religião, deuses, templos, sacerdotes; um mundo de conquistadores; um mundo de crimes, divórcios, infanticídios, horrores!
Por outro lado, olhamos e vemos a mão de Deus ultimando tudo, dando os derradeiros toques e sobre as ruínas de um passado inglório, construir um mundo cristão e, por meio da Cruz de seu Filho, salvar a humanidade errante e perdida.
Foi em tal tempo que nasceu nosso SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO!
A ideia da restauração de um estado judeu ganhou forças em meados do século XIX, particularmente entre os judeus russos, vítimas de numerosas medidas discriminatórias. Subenvencionados por sociedades judias, milhares deles emigraram para a Palestina; em 1914, eles já somavam 100.000, espalhados por colônias agrícolas.
Em 1917, o Secretário de Negócios Estrangeiros da Inglaterra, Lord Balfour, anunciou que seu país favorecia o estabelecimento de um lar nacional judeu na região, após o término da primeira guerra mundial.
Em 1922, a Liga da Nações entregou a administração da Palestina aos ingleses, exigindo que levassem adiante a Declaração Balfour.
O crescente número de imigrantes judeus, sua oposição à ocupação britânica e os choques constantes entre eles e os árabes originários da região fizeram com que, depois da II Guerra Mundial, o problema fosse levado às Nações Unidas.
Em 29/11/1947, decidiram pela partilha da Palestina, renascendo assim o Estado de Israel e cumprindo assim a profecia de Isaías 66.8 que diz: “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, por acaso, nascer uma terra em 1 só dia? Ou nascer uma nação de uma só vez? Pois Siló, antes que lhe viessem as dores deu à luz seus filhos”. Desde a fundação do Estado de Israel os países árabes fizeram combates violentos contra Israel!
Porém, Deus sempre esteve com Israel, ajudando-o, fortalecendo-o, e encorajando-o, conforme Isaías 41.14,15 que diz: “Não temas, ó vermezinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu Redentor é o Santo de Israel. Eis que farei de ti um trilho cortante e novo, armado de lâminas duplas; os montes trilharás e moerás e os outeiros reduzirás a palha”.
Depois disso, novos acordos foram assinados com a Síria (1974) e entre Israel e o Egito (1973, 1974 e 1975). Em 1978, com a mediação de Jimmy Carter, dos EUA, Anuar Sadat e Menahem Begin assinam um tratado de paz entre o Egito e Israel. Em 1980, o Parlamento Israelense decide que Jerusalém é a capital de Israel.
Muitas perguntas podem surgir a esse respeito, indagando qual o mistério, a força, que dá a Israel vitória contra os seus inimigos? Nós, crentes em Jesus Cristo sabemos o porquê.
Deus prometeu a Israel a sua terra como podemos ler em Êx 23.29-31 e em Dt 11.23-25. Para nós, cristãos, Jesus deixou um alerta: “Aprendei, pois a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas” (Mt 24.32,33).
Israel foi restaurado como nação. A figueira brotou. Amém, vem Senhor Jesus!