Resumo de FILOSOFIA
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Curso de Graduação Livre – Bacharelado em Filosofía
Disciplina: LIDERANÇA
Aluno: 2019033796
Clément R.S.Danilo
RESUMO
CONCEITO GERAL DE LIDERANÇA
O estudo da liderança é de suma importância a fim de ajudar o homem escolhido por Deus a ter sucesso em sua missão. O desconhecimento deste magno assunto leva o líder cristão a incorrer em erros e problemas que poderiam ser evitados, caso fossem tratados de acordo com as técnicas de liderança conhecidas nos livros que versam sobre o assunto.
Definições de liderança
A liderança pode ser definida, de forma sucinta, como sendo aquela qualidade num homem, que inspira suficiente confiança a seus comandados de modo a aceitarem suas idéias e obedecerem ao seu comando”.
Por outro lado, há a liderança cristã, que pode ser definido como “uma vocação em que há uma perfeita mistura de qualidades humanas e divinas, ou um trabalho harmonioso entre o homem e Deus destinado ao ministério e bênçãos das demais pessoas”.
Relação e diferença entre chefia e liderança
O Líder é aquele que exerce uma influência, obtendo das pessoas maior cooperação e menor oposição ou nenhuma oposição. Mas liderar não é apenas exercer uma influência. A liderança é uma função do líder, mas não só do líder, é uma função do liderado e da situação, como querem os situacionistas.
Hoje em dia não é o homem com seu carisma, seu poder magnético e influenciador, quem lidera uma empresa voltada para seu mercado. Hoje, em muitos casos, é a situação quem dita as normas, quem dá as rédeas, quem define objetivos, quem mostra as alternativas de saídas e quem descreve os objetivos, metas e planos.
Nem todo líder é chefe, nem todo chefe é líder. O líder é aquele que conquista, que cativa, que doutrina, que desenvolve a automotivação. O chefe nem sempre cativa, impõe; nem sempre conquista, domina. O líder influencia nas idéias e, através delas, move os atos. O chefe move os atos e, através deles, influencia as idéias.
O líder, o gerente e o chefe têm uma coisa em comum: direito de mandar e poder de fazer-se obedecido, comunhão com o poder, com a autoridade. O líder tem o poder do prestígio, o chefe que não é líder tem o poder da autoridade “seca”, apenas autoridade, autoridade de posição, de mando, e não de comando.
O poder do chefe não-líder é o poder da cadeira, o poder do líder é o poder da comunhão grupal, da representação dos sentimentos, razões e ação do grupo.
A autoridade do líder democrático é consentida, a autoridade do chefe é a da imposição. Não existe “impor pelo prestígio”, se o líder tem prestígio às pessoas seguem, não há coação nem dominação. Há ação humana individual. E ação grupal. Em busca de um objetivo comum. Gerente, como o próprio nome o define, é aquele que gere. Ele gere recursos, resultados, objetivos, ação humana.
Se o chefe dirige um departamento financeiro, ele precisa gerir, através de seus objetivos setoriais, recursos de economia, liquidez, minimização de custos, fluxo controlado de caixa. Gerir na cabeça das outras gerências, seus clientes, a idéia de maximização de lucros, mas com minimização de custos etc.
Não podemos chamar um líder político de gerente, se bem que ele precisa gerar recursos de bem-estar para seus munícipes; em administração, o chefe é um gerente, o líder é um gerente.
A importância de ser eficaz
Um líder eficiente não consegue, necessariamente, levar sua Empresa a acertar no alvo. Um gerente, um chefe líder não deve ser avaliado pela sua habilidade de, por exemplo, fazer bons relatórios, “bolar” programas ótimos, estar presente nas horas certas, simpatia ou empatia, capacidade de ver, prever, planejar, organizar, controlar etc. – o que se espera dele é que o objetivo seja atingido, que sua empresa consiga chegar lá, com ele, por ele, através dele, nele.
O que se pede a alguns gerentes é que eles sejam eficazes, isto é, capazes de chegar com sua Empresa ao outro lado dos resultados, ao outro lado da plena realização que é a margem total do Lucro e da Satisfação. O que se pede na eficácia é que eles saibam levar sua empresa através do rio caudaloso das organizações humanas.
Diferenças entre eficiência e eficácia
A pessoa eficiente está preocupada apenas em trabalhar, cumprir seu cargo, a pessoa eficaz está preocupada em resultados. Ela sabe que só conta ponto o resultado final, independente de esforço, atividade e tempo. Já a pessoa voltada para a eficiência se concentra no esforço, na atividade de ação.
Uma pessoa eficiente se preocupa apenas em resolver problemas, sem se preocupar com a exploração máxima de suas potencialidades e limitações a partir da criatividade. O eficaz, mais do que tudo faz as coisas certas, enquanto que o eficiente faz bem as coisas. E sabemos que, na chefia, a pior coisa é fazer “bem feitinho” o que não precisa ser feito.
Uma pessoa eficiente é tecnocrata e burocrata, isto é, está voltada para a técnica e não para a estratégia, voltada para o sistema repetitivo, para a burocracia que muitas vezes estraga ou engarrafa a realização dos objetivos da empresa.
Já o eficaz é ideocrata, preocupa-se com as idéias certas e não com as idéias boas e é mercadocrata, isto é, está voltado para o mercado e não para seus conflitos administrativos. Enquanto a pessoa eficiente diminui os custos e elimina os riscos, a eficaz aumenta os lucros e corre apenas os riscos certos.
O chefe eficiente transforma as ordens que recebe em responsabilidades e depois filtra estas responsabilidades em atividades-padrão. Já o líder eficaz não recebe ordens mas recebe idéias organizacionais e as transforma em retorno, performance, segundo a filosofia e política de sua empresa.
Como dirigir um grupo de pessoas
Muitos ainda pensam que basta ter o título de Diretor, de Chefe, ou de Mestre para que isto dê um prestígio tal, que todo o grupo vai obedecer, automaticamente, à pessoa que dirige, simplesmente por ter sido investida de “autoridade”.
Para se ter realmente autoridade, é necessário, para a pessoa que dirige, não ter somente uma série de qualidades, mas ainda ter aprendido o ofício da direção.
A necessidade da direção
É fato observável por todos que qualquer grupo social precisa ser dirigido por pessoa que o guie para atingir os objetivos comuns ou satisfazer os interesses dos seus membros.
Desde os tempos mais remotos os homens tiveram chefes; além disto, desde o nascimento, a criança está acostumada a obedecer aos pais e aos professores; as pessoas, na sua grande maioria, estão tão acostumadas a ser dirigidas, que se sentem desajustadas quando têm de tomar decisão; as pessoas que têm autonomia real são, relativamente, poucas; e são mais freqüentes entre os dirigentes que entre os dirigidos.
A procura de maior autonomia, de maior liberdade, é a motivação profunda do homem e da sociedade. A sua dependência às autoridades chamadas também de Alienação ou Heteronomia é o que constitui a maior doença social dos nossos tempos.
Fazer evoluir o homem, para fazê-lo passar de autômato a homem consciente de suas responsabilidades e da sua posição no mundo, é tarefa primordial do dirigente.
Além da necessidade psicológica que os indivíduos e os grupos sentem de ser dirigidos, existe também uma razão propriamente administrativa e racional: na consecução dos objetivos comuns aos grupos, são necessárias, dentro da divisão de trabalho, pessoas que distribuam as responsabilidades em função das características individuais; que coordenem os esforços dos indivíduos e determinem o melhor caminho a seguir.
Dentro de qualquer grupo social, o líder é a peça mestra, catalisadora das energias individuais. Deve-se, por conseguinte, dar atenção toda especial aos dirigentes, quando se quer criar, modificar ou aperfeiçoar uma coletividade, seja nação, empresa, associação ou turma de alunos. Deve-se tomar cuidado, não somente na sua escolha, mas também à sua formação e no seu aperfeiçoamento.
Mas, para poder formar os futuros dirigentes, é preciso descobri-los o mais cedo possível, para o que é necessário organizar um sistema de seleção que permita, dentro de um grupo qualquer, reconhecer os futuros líderes.
Que é um líder?
“Líder é todo o indivíduo que, graças à sua personalidade, dirige um grupo social, com a participação espontânea dos seus membros”.
Exemplificando
Numerosos ministros ou chefes de Estado foram líderes porque no início de suas chefias, dirigiram com o consentimento dos grupos. Deixaram de ser líderes, à medida que crescia a oposição. Os chefes, diretores, presidentes, supervisores, professores, gerentes, dirigem, mas não são líderes enquanto não obtêm a participação espontânea do grupo.
Muitas vezes, um indivíduo torna-se líder porque tem a personalidade necessária para uma situação particular de liderança; é o homem da situação muito freqüente na política. Além da “situação”, são as características do grupo e o meio ambiente que determinam o tipo de líder desejado.
O líder pode ser estímulo, para o grupo ou pode ser “reação” ao grupo, e, na maioria dos casos, os dois.
Os estudos de psicologia da aprendizagem mostram que os indivíduos rendem muito mais quando interessados. E o líder sabe fazer interessar os membros do seu grupo. A produtividade de um grupo nessas condições é sempre maior que a de um grupo dirigido por um chefe ou diretor, mas não líder.
O triângulo da direção
Os três tipos principais de direção são os seguintes:
A direção autocrática ou ditatorial;
A direção laissez-faire ou deixa como está para ver como é que fica;
A direção-liderada ou liderança.
Estes três tipos de direção são atitudes completamente opostas:
A direção autocrática
O ditador não se importa em saber o que seus subordinados pensam. Ele da ordens que devem ser cumpridas sem discussão.
O dirigente autocrático provoca, em geral, revolta nas pessoas que ele dirige, ou, então, uma passividade completa que se pode resumir da seguinte maneira: “É melhor fazer o que ele quer, mesmo se eu achar que ele vai levar o empreendimento ao fracasso; não adianta discutir; a culpa será dele e não minha; também não vou fazer um pingo a mais do que ele me ordenar”.
A direção laissez-faire
Em geral o dirigente desse tipo é uma pessoa muito insegura, que tem receio de assumir responsabilidades. Ao contrário do outro que dava ordens, este não dá instrução nenhuma, cada um de seus auxiliares faz o que quer e como bem entende. Na divisão do trabalho, na repartição das responsabilidades, a confusão é completa. A sua direção gera atritos e desorganização entre seus funcionários.
A direção liderada ou liderança
A liderança é a direção na qual se procura concentrar toda a atenção sobre as atitudes e interesses dos subordinados que não são tratados como simples auxiliares, mas, sim, como colaboradores.
O líder considera o grupo mais capacitado em resolver os problemas do que ele sozinho. Respeita o homem e crê nele.
Toda a sua atenção está concentrada sobre o que o pessoal pensa; ele sabe obter o máximo de produtividade através do máximo de boa vontade.
Outros tipos de chefes
Existem outros tipos de chefes. Podemos caracterizá-los da seguinte forma:
O chefe maquiavélico
Utiliza-se de intrigas; nunca reúne os membros do grupo para trocar idéias: mas em particular com cada um deles. É mestre em cochichar. Utiliza-se dos seus subordinados como bonecos. Muitas vezes, propositadamente, organiza ódios entre os componentes do grupo, aplicando a fórmula: “Dividir para reinar”.
O chefe vaidoso e ambicioso
Torna-se chefe por causa do título e do prestígio que lhe dá a sua profissão; não consegue ser imparcial, pois tem tendência a favorecer os que o bajulam.
O chefe instável
Seus subordinados não conseguem seguir as suas instruções, pois ele muda de idéia e dá instruções diferentes ou contrárias, enquanto ainda estão executando as primeiras ordens. Mostra-se interessado por tantos assuntos ao mesmo tempo, que não consegue aprofundar-se em nenhum.
O chefe paternalista
É o chefe que tem com o seu pessoal um relacionamento de pai para filho; é o homem que usa a bondade para obter o que quer dos seus subordinados. O raciocínio dele é: “Eu sou bom para você, então espero que você seja bom para mim”.
Equilíbrio do dirigente face ao ambiente de trabalho
Enquanto o ditador provoca medo, revolta ou passividade, o líder consegue comunicar aos seus colaboradores equilíbrio, alegria em trabalhar e em cooperar, enfim, produtividade máxima. Grande parte disto provém de suas qualidades pessoais:
Autocontrole
O líder é uma pessoa que controla as suas reações antes de emitir uma opinião de grande responsabilidade. Ele não se deixa levar pelos seus impulsos.
Empatia ou compreensão de outrem
O líder procura estar sempre a par dos problemas de cada um sabe fechar os olhos, quando alguém, que costuma trabalhar com calma e alta produção, fica durante com baixa produção e denota irritação, simplesmente porque tem dificuldades. O líder procura compreender o ser humano, aproveitando as suas qualidades em benefício próprio e em beneficio da coletividade.
Procura da unanimidade
Além disto, o líder procura sempre obter o acordo de todos, evitando apoiar-se só na maioria, pois sabe que às vezes a minoria tem razão. Por isto o líder reúne periodicamente os membros do grupo, discutindo francamente os assuntos, fazendo com que cada um se sinta responsável pelo seu setor e esteja convencido da sua utilidade e importância dentro da companhia.
Dar o exemplo
Entre as características pessoais do líder convém, ainda, lembrar que ele deve ter qualidades superiores à média do seu grupo, a fim de ser um exemplo. Isto é necessário inclusive para poder transmitir novos conhecimentos aos colaboradores; neste sentido o líder é também educador.
Atitude de respeito humano
É interessante notar que a atitude do líder tem uma importância fundamental no ambiente de trabalho e uma influência muito maior do que se pensa sobre as próprias atitudes de seus auxiliares, isto por várias razões. A primeira está no fato de as pessoas se identificam com os superiores. Outra razão: Se o dirigente estiver em estado de tensão esta será transmitida a toda a sua equipe de trabalho. Se, pelo contrário, o dirigente souber manter a calma, sua atitude de respeito humano se transmitirá da mesma forma a toda a equipe que dirige.
Enfrentar as tensões e conflitos
Cada vez que uma pessoa ou um grupo tem objetivos para alcançar, nasce, com este objetivo, uma tensão. Liderar pessoas consiste ao mesmo tempo em liderar tensões.
Quando surge um conflito entre pessoas, o líder costuma reunir estas pessoas para analisar as causas do conflito, e resolvê-lo, com a participação de todos os interessados; criou para isto um clima de franqueza e de compreensão mútua.
Como obter a cooperação dos dirigidos
Recompensa do esforço
Todo o mundo procura os erros dos outros e castiga-os, mas raramente se procura as qualidades de cada um e se toma providência para que o esforço pessoal seja recompensado. Quem fala em castigo, fala em medo, culpabilidade e angústia; é esse o ambiente que encontramos, geralmente, nas empresas. Ora, a pedagogia e a psicologia modernas ensinam que a recompensa do esforço dá muito mais resultado. Isto terá um grande significado para o trabalhador, que passa a perceber que seu esforço está sendo reconhecido. Com isto ele cooperará melhor.
Salário justo
Não adianta querer ser líder senão existe sistema de salário justo.
Promoção
O trabalhador tem de sentir que há possibilidades de progredir dentro da empresa e de ser promovido.
Compreensão
O trabalhador quer ser tratado com paciência quando está por algum motivo impossibilitado de render como de costume. Ele quer que seu chefe compreenda que ele também é um ser humano que tem as suas preocupações, as suas dificuldades e as suas doenças. Ele será profundamente grato se o seu chefe ouvir suas razões e renderá o dobro no período sucessivo à melhora de saúde.
Tratamento cortês
Qualquer pessoa quer ser tratada com cortesia e corresponde muito mais ao que se espera dela se o seu dirigente observar as normas elementares de boas maneiras e de delicadeza, as quais, aliás, serão imitadas por todos.
Sentimento de sua importância
É preciso que o empregado sinta que seus chefes estão reconhecendo a importância de seu trabalho.
Respeito à posição de cada um
Um gerente que dá ordens diretas a um subordinado de um chefe de sua equipe de direção, está com isto desprestigiando a autoridade do mesmo, enfraquecendo a sua posição e arriscando-se a magoar um de seus colaboradores.
Participação consciente nos objetivos
Fixando claramente os objetivos a alcançar, convidando os subordinados a estudarem juntos, periodicamente, como estes objetivos estão sendo alcançados, se desperta nas pessoas uma das maiores motivações: o sentimento de ser útil.
Os 10 mandamentos do líder
1-Respeitar o ser humano e crer nas suas possibilidades.
2-Confiar no grupo, mais que em si mesmo.
3-Evitar críticas em público, procurando elogiar os aspectos positivos.
4-Dar sempre o exemplo, em vez de ficar criticando todo o tempo.
5-Evitar dar ordens, procurando a cooperação de cada um.
6-Dar a cada um o seu lugar.
7-Evitar tomar a iniciativa de uma responsabilidade que pertença a outrem.
8-Consultar os membros do grupo, antes de tomar uma resolução importante, que envolva interesses comuns.
9-Antes de agir, explicar aos membros do grupo o que vai fazer e o porquê.
10-Evitar tomar parte nas discussões, quando presidir uma reunião; guardar neutralidade absoluta, fazendo registrar, imparcialmente, as decisões do grupo
LIDERANÇA NO CRISTIANISMO
A maioria dos estudiosos concordam que o atributo básico da liderança é a capacidade de influenciar seus liderandos. Na liderança cristã é preciso definir qual é o objetivo e o método a ser seguido pelos líderes, e este padrão se encontra na própria Bíblia.
O apóstolo Paulo afirma que o ministério cristão foi concedido para que a igreja tivesse gradual crescimento espiritual até que se alcançasse a imagem de Cristo que uma vez foi implantada em nós por ocasião do novo nascimento.
Aprovação
Na maioria das vezes pensamos que, pelo fato de termos nascido de novo, possuirmos o Espírito Santo, e conhecermos a base da doutrina cristã, já estamos capacitados a exercer funções mais complexas no reino de Deus. Porém a Bíblia mostra de uma maneira muito sutil que os grandes líderes tiveram que passar por um período ou por algum evento pelo qual foram provados e aprovados para determinadas obras.
O que não entendemos muitas vezes é que Deus vai nos provar até que nos tornemos suficientemente preparados para determinada obra.
O Senhor precisa constantemente quebrar-nos para retirar de nós as coisas que não o agrada e que futuramente seriam determinantes para o nosso fracasso. Só assim poderemos suportar o fogo da provação.
Tipos de liderança
Não obstante, sabermos que, existem diferentes tipos de igrejas, diferentes tipos de líderes e diferentes tipos de liderados, contudo, a Bíblia não determina qual deve ser nosso estilo pessoal de liderança, apesar de indicar requisitos básicos para espiritualidade e moral do líder. Portanto o estilo do líder é forjado de acordo com as circunstâncias do momento, sua personalidade, as necessidades do povo e do plano de Deus para determinada igreja.
A direção autocrática ou ditatorial
É um tipo de líder que geralmente conta com a eclesiologia local para tomar todas as decisões necessárias para o andamento da obra, sem consultar os liderandos.
Vantagens:
É mais fácil o Senhor falar com um homem do que com vários. Exige mais responsabilidade por parte de quem toma decisões. Impede que falsos cristãos infiltrados na obra tenham voz ativa.
Desvantagens:
Existe a possibilidade de um falso líder tirar proveito do povo. Nem sempre um homem só tem uma visão geral dos assuntos a serem decididos. Não dá oportunidade para que outros líderes despontem. Dá oportunidade para se perpetuar determinados erros.
A direção-liderada ou liderança
É o tipo de líder que procura participação dos liderandos.
Vantagens:
Mais gente pode realizar determinado trabalho tornando-o mais frutífero. Dá oportunidade para os crentes crescerem ao realizar os trabalhos. O líder não é responsabilizado quando as decisões não surtem efeito.
Desvantagens:
Propicia a formação de grupos com interesses próprios. O líder pode contar com um grupo pouco espiritual e que tenha dificuldades para tomar decisões corretas.
Laissez-faire
É o tipo de líder que não interfere diretamente no andamento da obra. Deixa que os outros tomem decisões sem sua participação e apenas exerce uma função de mediador de interesses diversos.
Vantagens:
Quase nenhuma.
Desvantagens:
O líder acaba perdendo sua autoridade, tornando-se desnecessário. O povo fica sem direção e sem crescimento.
Modelo Cristão
É o tipo de líder que se espelha em Cristo e em seus ministros procurando um padrão de conduta para exercer o ministério. É o líder que procura ganhar a confiança de seus liderandos atendendo aos requisitos bíblicos sem desmerecer sua responsabilidade, sabendo aproveitar a capacidade dos outros e acima de tudo se entrega com amor ao seu ministério. O líder cristão não segue os padrões e estilos de liderança do mundo. São humildes, mas não enfraquecidos; dependentes de Deus, mas não sem iniciativa; ousados, mas em moderação; confiantes, sem perder a perspectiva; se precaver de seus liderados, mas sem perder a confiança neles.
Preocupações iniciais do líder cristão
Para exercer uma boa liderança o obreiro deve pensar e preparar o terreno para que seu empreendimento se frutifique.
As diversas provações podem vir de quatro fontes diferentes, e identificar a origem delas é de suma importância para a resolução e posterior prevenção dos problemas. São estas as fontes:
O próprio Senhor
Como em tantos exemplos na Biblia, o próprio Deus criou situações para que seu servo fosse provado e a partir daí aprovado por ele. Nesse caso o que temos que fazer é exercitar nossa fé e confiar que aquele que criou tal situação tem um propósito bom para nós através da provação.
O diabo
O diabo vai tentar manifestar o ódio contra a criação de Deus. Caso percebamos a ação maligna, devemos recorrer ao conselho de Paulo aos efésios: “... revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo”; sabendo, porém que a ação do inimigo só pode chegar até onde o Senhor permitir.
O homem
É um caso semelhante ao do diabo, onde as pessoas podem manifestar seu egoísmo, cobiça e maledicência. Também nesse caso os limites da ação do homem são determinados pelo Senhor.
A carne
Existe também uma luta contra nós mesmos, ou seja, contra a natureza carnal que ainda habita em nós e milita contra o espírito regenerado que Deus nos deu. Neste caso nos cabe dominar nossas paixões e submeter nossa vontade carnal ao propósito do Espírito que habita em nós.
Pensar antes nos problemas
Não devemos esperar uma situação de perigo, tentação, falta de provisões, confusão, perseguição, traição e coisas do gênero, para pensarmos numa solução. O correto é que meditemos constantemente como sair de uma possível situação. Se estivermos preparados com antecedência, saberemos como agir. Se formos apanhados de surpresa podemos fraquejar.
Planejar
Algumas pessoas acreditam que não devem planejar nada para o futuro por causa de interpretações errôneas de alguns versículos; ao contrário disso o Senhor Jesus nos exorta a planejar nossos passos, pois assim poderemos compreender melhor a vontade do Senhor; como pôr em prática essa vontade, e ter fé quando as provações chegarem.
Não criar situações de embaraço
O mundo dá muitas voltas. A mentira tem perna curta e Jesus prometeu que, para nosso próprio bem, não deixaria as coisas encobertas, mesmo que sejamos envergonhados por isso. Portanto devemos evitar situações que mais tarde tenhamos vergonha de explicar, seja na vida amorosa, familiar, financeira ou social.
Cuidado com os outros
Devemos procurar conhecer bem os liderandos. Não dar liberdade tal que mais tarde não se possa verificar ou cobrar. Evitar que se faça injustiça entre os irmãos, para que os conflitos não se multipliquem.
Requisitos para ser um bom líder
Requisitos bíblicos
Em princípio devemos procurar na Bíblia os quesitos básicos para se escolher um bom líder. Para isso podemos recorrer primeiramente às chamadas epístolas pastorais, que são as que foram escritas pelo apóstolo Paulo a Timóteo e a Tito, seus colaboradores. São estes os principais:
Qualificações sociais
Modesto; hospitaleiro; ter bom testemunho.
Qualificações morais
Ser irrepreensível; esposo de uma só mulher; temperante; não dado ao vinho.
Qualificações pessoais
Hospitaleiro; não cobiçoso; apto a ensinar; não violento; cordial; não avarento; não arrogante.
Qualificações de maturidade
Bom pai e marido; não pode ser novo convertido; sóbrio apto a ensinar e a exortar.
Hábitos dos líderes
Positivos
Estudar sempre
Orar
É através da oração que conhecemos a vontade de Deus, os seus propósitos e as coisas que são ocultas aos olhos humanos.
Atualizar
O obreiro deve estar por dentro das notícias mais importantes sobre a situação econômica e política do seu país, além de conhecer questões sobre direito, psicologia, filosofia, sociologia etc.
Aproveitar as oportunidades
O bom obreiro sabe tirar proveito das diversas oportunidades que aparecem. É otimista. Tem visão. Consegue ver a bênção onde ninguém mais vê.
Veste-se bem
Está sempre de acordo com a situação. Não gasta mais do que deve, mas esta sempre ajustado ao ambiente em que se encontra.
Negativos
Não delega poder
Talvez por medo de perder a autoridade, ou por não confiar nos liderandos ou talvez por não saber como fazer.
Não credenciamento junto à igreja
Muitos obreiros procuram desenvolver seu ministério sem estar vinculado a qualquer igreja, mas isto não é certo. Essa prática descaracteriza o obreiro além de contrariar o exemplo bíblico.
Julgamento temerário
Alguns líderes não sabem se colocar na pele de seus liderandos e emitem julgamentos que não levam em consideração o ser humano, suas necessidades, suas fraquezas e o cuidado de Deus para com suas ovelhas.
Preparar mensagens na última hora
O obreiro tem que estar em constante sintonia com o Espírito Santo, pois aquele que tem uma mensagem a dar ao povo o fará da melhor maneira possível respeitando as limitações do líder, e preparar as mensagens com antecedência é uma boa maneira de superar estas limitações.
2.8. Os papéis de cada um dentro de um grupo
Dentro de um grupo cada um assume um papel diferente, de maneira inconsciente, e estes papéis são importantes para a dinâmica de um grupo. Alguns exemplos desses papéis são:
Bode expiatório
Neste caso, toda a “maldade” do grupo fica depositada em um indivíduo que servirá como depositário até vir a ser expulso. Outras vezes, o grupo modela um bode expiatório sob a forma de um “bobo da corte” que diverte a todos e que, ao contrário de uma expulsão, o grupo faz questão de conservá-lo.
Porta-voz
Cabe ao portador deste papel mostrar aquilo que o restante do grupo pode estar pensando ou sentindo. No entanto, essa comunicação do porta-voz não é feita somente através de reclamações ou conflitos, mas através da linguagem não-verbal, das dramatizações, silêncios, ações, etc.
Uma forma muito comum de porta-voz é a função do indivíduo contestador. Nesses casos, é imprescindível que o líder do grupo saiba discriminar quando a contestação é, sistematicamente, de ordem obstrutiva ou quando ela representa ser necessária, corajosa e construtiva.
Individuo Radar
Este papel cabe geralmente ao indivíduo mais retraído do grupo. Esse indivíduo capta os primeiros sinais das ansiedades que estão emergindo no grupo. E por não ter condições de poder processar simbolicamente o que captou, pode vir a expressar essas ansiedades em sua própria pessoa através de somatizações, ou abandono do grupo, ou de crises explosivas, etc.
Instigador
Este papel é muito comum. Consiste na função do indivíduo em provocar uma perturbação no campo grupal, mobilizando papéis nos outros. Assim, o instigador consegue tornar realidade, seus conflitos interiores, além de instigar os outros membros do grupo a pôr para fora seus conflitos interiores.
Atuador pelos demais
É uma modalidade de papel que consiste no fato de a totalidade do grupo delegar a um determinado indivíduo a função de executar aquilo que lhe é proibido. Em tais casos, o restante do grupo costuma emitir dupla mensagem: critica as atitudes desse membro e, ao mesmo tempo dão um disfarçado estímulo, mostram um gozo prazeroso e uma admiração por este membro, pois no fundo ele faz o que os outros gostariam de estar fazendo.
Sabotador
O indivíduo que desempenha o papel de sabotador procura colocar empecilhos para minar o êxito da tarefa grupal. Em geral o papel é assumido pelo indivíduo que seja portador de uma excessiva inveja e egoísmo, geralmente gosta muito de aparecer, não aceita ser subordinado e gosta de ser exaltado.
Vestal
É muito comum que alguém assuma o papel de zelar pela manutenção da “moral e dos bons costumes”. Um exagero nesse papel constitui a figura do “patrulheiro ideológico” que obstrui qualquer movimento no sentido de uma criatividade inovadora. Há um sério risco de que o papel venha a ser assumido pelo próprio líder do grupo.
Líder
O papel de líder surge em dois planos. Um é o que, naturalmente, foi designado ao líder ou obreiro. O outro é o que surge, espontaneamente, entre os membros do grupo. Neste caso, a liderança adquire cores muito diferenciadas, desde os líderes construtivos que exercem o importante papel de integradores e que ajudam na unidade do grupo, até os líderes negativos, nos quais prevalece uma excessiva necessidade de mandar e controlar as pessoas.