Resumo de FILOSOFIA
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CURSO LIVRE DE GRADUAÇÃO BACHAREL EM FILOSOFÍA
DISCIPLINA: ANTROPOLOGÍA
ALUNO: RSD CLÉMENT 2019033796
RESUMO
CONCEITO GERAL DE ANTROPOLOGIA
A antropologia estuda o homem do ponto de vista das características biológicas e culturais.
O nascimento da antropologia como ciência ocorreu a partir dos grandes descobrimentos realizados por navegadores e viajantes europeus. A moderna antropologia estende sua pesquisa às sociedades industriais e às grandes concentrações urbanas.
Desde a segunda metade do século XIX a antropologia cultural começou a ser considerada uma ciência humana, enquanto a antropologia física continuou como uma ciência natural.
Antropologia e outras ciências
A arqueologia, necessária para conhecer o passado das sociedades, pode esclarecer em grande escala seu presente.
A lingüística é de grande importância para a antropologia, muitos conceitos elaborados pelos lingüistas são fundamentais para a análise de determinados aspectos das sociedades
A sociologia: no campo no qual fica difícil estabelecer os limites entre o sociológico e o antropológico surgiu a chamada antropologia social.
A psicologia permitiu à antropologia cultural utilizar novas bases para o estudo da relação entre o indivíduo e a sociedade, da personalidade e de outros aspectos.
A psicanálise, em particular, impulsionou o desenvolvimento do conceito de cultura a partir de novas bases.
A história proporcionou aos antropólogos muitos dados impossíveis de obter pela observação direta, assim como a antropologia pôs à disposição dos historiadores novos métodos de trabalho.
Quanto à geografia humana, coincide com a antropologia na importância que atribui aos diferentes usos do espaço por parte do homem, à transformação do habitat natural etc.
O Homem
Homem é qualquer membro da espécie humana. Assim ele é entendido pela filosofia. A tarefa de definir homem, consiste em procurar respostas:
Cual a natureza ou a essência do homem? Como se distingue ele dos outros seres? Essa distinção é essencial e absoluta, ou apenas uma variação de grau? Qual o lugar do homem no mundo? Qual sua missão ou seu destino? Como se relaciona com Deus ou com absoluto?
A noção ocidental de homem como indivíduo tem como ponto de partida o pensamento grego. Para Sócrates e Platão, cada ente só pode ser definido se todos os seres do universo estiverem classificados segundo certas articulações lógicas e ontológicas.
Definir um ente consiste então em tomar a categoria à qual ele pertence e situar essa categoria no lugar ontológico que lhe corresponde.
Esse lugar ontológico é determinado por dois elementos de caráter lógico: a categoria próxima e a diferença específica. Por eles se chega à definição de Aristóteles: o homem é um animal racional.
Essa definição implica dizer que o homem é uma coisa cuja natureza consiste em poder dizer o que são as outras coisas. Ou seja, a razão permite ao homem definir-se e definir o conjunto do universo.
Os gregos admitem que o homem tenha sido "formado", mas rejeitam a hipótese da criação. Para eles, o homem vive em dois mundos: o mundo sensível, que ele apreende pelos sentidos, e o mundo inteligível, que apreende pela razão..
Na concepção judaico-cristã, o homem também se acha suspenso entre dois mundos: o finito e infinito, o que opõe em uma mesma natureza a insignificância e a imensa grandeza.
Para as ciências naturais, definir o homem consiste em escolher entre dois pontos de vista: o da estrutura anatômica e o que se refere às faculdades reflexivas.
O mais exterior dos caracteres humanos é sua tênue diferenciação morfológica. Por sua estrutura orgânica, o homem pertence ao subfilo dos vertebrados, à ordem dos primatas e a uma família formada por um único gênero, Homo.
Outra característica zoológica do homem evidencia sua originalidade: a capacidade de expansão e conquista, o uso de instrumentos artificiais.
As tentativas de inserir o homem dentro da ordem dos primatas não primam pela precisão, uma vez que as diferenças são complexas e controversas. O tamanho, e a complexidade do cérebro humano em relação ao dos primatas não-humanos constitui o principal ponto de diferenciação anatômica.
O conceito psicanalítico de inconsciente, veio mostrar que o psiquismo não é redutível ao consciente e que certos conteúdos psíquicos só se tornam acessíveis à consciência depois de vencidas certas resistências.
Para a sociologia, o homem, é resultado de processos sociais e de cultura que antecedem ao aparecimento do indivíduo. O homem nasce com uma base orgânica, que o permite desenvolver-se em pessoa. Seus órgãos e sentidos estabelecem o contato entre o que é verdadeiramente hereditário, natural e individual, e a vida social e a cultura.
A classificação dos seres vivos proposta por Lineu e Buffon, permitiu integrar o homem numa série zoológica e estudá-lo pelo método das ciências naturais.
A classificação do homem a partir do modelo zoológico introduziu o conceito diferencial de raça e, ao mesmo tempo, tornou possível definir a espécie por outros aspectos que não a racionalidade.
A herança cultural é a transmissão das características culturais pelo ensino e aprendizagem. Em muitos aspectos, permite ao homem moldar uma vida adaptada à variedade de ambientes naturais e possibilita tipos de vida que tanto podem resultar de uma escolha como de uma determinação psicológica interna.
A cultura se transmite sob forma de padrões de comportamento e em suas materializações. O homem é um animal portador de cultura: pelo domínio da linguagem; pelos padrões de organização familiar; pelo uso de ferramentas; pelo domínio de conhecimento empírico e pela presença de elementos de ordem simbólica, como tabus, mitos, rituais religiosos etc.
ANTROPOLOGIA CULTURAL
Segundo a definição de Tylor de 1871 Cultura é o complexo no qual estão incluídos conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e quaisquer outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade. Os hábitos, idéias, técnicas, compõem um conjunto, dentro do qual os diferentes membros de uma sociedade convivem e se relacionam.
Dentro desse conjunto, a organização da sociedade, está relacionada com a organização econômica e as idéias religiosas. O conjunto dessa inter-relação faz com que os membros de uma sociedade atuem em harmonia.
A cultura é uma herança que o homem recebe ao nascer. Desde o momento em que é posta no mundo, a criança começa a receber uma série de influências do grupo em que nasceu e convive.
Se individualmente o homem age como reflexo de sua sociedade, quanto mais nela se integra, mais adquire novos hábitos, agindo de acordo com padrões estabelecidos. Esses padrões são justamente a cultura da sociedade em que vive.
O homem ao nascer recebe duas heranças: a herança cultural lhe transmite hábitos e costumes. A herança biológica as características físicas ou genéticas de seu grupo humano.
Ao ter contato com outros grupos, o homem adquirirá alguns hábitos, costumes, ou modos de agir diferentes. Trata-se da aquisição pelo contato. Éssa transmissão não abrange toda a cultura do outro grupo. Somente alguns traços se incorporam à cultura receptora.
Esta, por sua vez, se torna também doadora. É o processo de transculturação. Dessa forma, o homem adquire novos elementos culturais.
Graças às pesquisas em jazidas arqueológicas, tem sido possível recompor ou reconstruir as culturas, o que permite conhecer o desenvolvimento cultural do homem, sobretudo no campo material.
É mais difícil, porém, conhecer o desenvolvimento da cultura espiritual, embora muita coisa já se tenha podido esclarecer.
Dentro do conceito geral de cultura, se identificam sentidos específicos. São quatro:
O primeiro sentido apresenta aqueles elementos de cultura comuns a todos os seres humanos, como a linguagem. São aqueles hábitos -- o de dormir, o de comer, o de ter uma atividade econômica -- que se tornam comuns a toda a humanidade.
No segundo sentido, encontram-se os elementos comuns a um grupo de sociedades. São diversas sociedades que têm o mesmo elemento cultural, entretanto, têm valores culturais diferentes.
O terceiro sentido é formado pelo conjunto de padrões de determinada sociedade.
O quarto sentido de cultura refere-se a de modos especiais de comportamento de um segmento de sociedade mais complexa. Uma dada sociedade possui valores culturais comuns a todos os seus integrantes. Dentro, porém, dessa sociedade encontram-se elementos culturais restritos ou específicos de determinados grupos que a integram.
São esses sentidos que permitem verificar a diferenciação de cultura entre os grupos humanos. Tal diferenciação resulta de processos internos ou externos. Entre os processos internos, encontram-se as inovações que às vezes, surgem em determinado grupo e se transmitem a outros. Os processos externos explicam-se pela difusão: é a transmigração de um elemento cultural de uma sociedade a outra.
Aculturação
Esse termo é usado para designa o contato entre duas ou mais culturas, bem como as transformações decorrentes em cada uma delas por força desse contato. Há dois fatos sociológicos inerentes ao processo: o papel e a comunicação interculturais.
Papel intercultural é a função desempenhada pelos indivíduos que entram em contato, os quais, pelo fato de jamais dominarem todos os aspectos da própria cultura, transmitem apenas parte do inventário cultural.
Comunicação intercultural seria "o arcabouço da trama de papéis interculturais" que provê linhas de comunicação e de transmissão entre duas culturas.
Vários autores se detêm no exame das diferentes modalidades de ação e reação no processo aculturativo:
Na aceitação, com maior ou menor cuidado e resistência, adotam-se componentes da cultura alheia.
Na adaptação, uma cultura se altera para incorporar componentes culturais tomados de empréstimo a outro ou outros povos e de presença constante, inevitável.
No corte, os agentes de uma cultura aceitam uma parcela relativamente grande de componentes culturais alheios, o que leva ao surgimento de dois padrões coexistentes de comportamento, usados alternativamente conforme a situação.
Na oposição, as reações vão do desprezo ou hostilidade às influências estrangeiras até um messianismo que se opõe ao novo.
Na fuga uma cultura tenta ignorar a outra e isolar-se ao se ver ameaçada, seja restabelecendo costumes do passado, seja buscando refúgio geograficamente.
Na destruição os representantes de uma cultura se esforçam, direta ou indiretamente, para exterminar aquela ou aquelas que lhe causem estorvo.
Antropologia da Religião
A religião é a maior expressão da crença de um povo. Toda sociedade conhecida pratica alguma forma de religião. Para a antropologia, “são todas as crenças e práticas em forma de doutrinas e rituais de uma religião”.
Etnoteologia
É a área de estudo relacionada com a apresentação do evangelho e os modelos culturais relevantes na cultura receptora. “Etnoteologia é a disciplina concernente a separação da cultura e contextualização da teologia”.
Cada cristão aprende sua teologia num conjunto cultural e logo começa a ver seu comportamento como um “comportamento cristão”.
Antropologia Cultural e a Bíblia
A única fonte fidedigna que temos sobre Deus e as coisas relacionadas a Ele, é a Bíblia. A Bíblia é a revelação divina, possui inspiração divina e tem autoridade divina. Revelação divina é Deus comunicando a verdade para o homem, e inspiração divina é a influência divina que garante a transferência fiel daquela verdade revelada.
A Antropologia Cultural confere ao estudante da Bíblia conceitos e ferramentas para compreender a cultura em que a Bíblia foi escrita e consequentemente entender melhor a passagem bíblica.
A etnoteologia mostra que a Bíblia é sagrada e infalível, mas a transmissão da mensagem está atada à cultura. É preciso então distinguir o que é uma verdade bíblica absoluta, e o que é um aspecto cultural expresso na passagem bíblica.
Cosmovisão e Contextualização
Cosmovisão é a maneira pela qual as pessoas vêm ou percebem o mundo. É a compreensão pessoal da realidade ao redor e do que elas são.
Na cosmovisão animista a visão é que a terra é governada por espíritos.
Na cosmovisão Hindú, a vida não está num tempo linear, mas num tempo circular, onde os indivíduos renascem centenas e milhares de vezes.
Na cosmovisão espírita, a reencarnação e contato com os mortos e espíritos é algo natural.
Na cosmovisão católica romana, Maria é a personagem principal no cristianismo e a que assume a memória cultural constantemente.
Na cosmovisão humanística, o homem é o centro de todo saber e de todas as coisas.
Na cosmovisão islâmica, ocorre uma substituição das idéias do cristianismo, onde Maomé é a autoridade máxima, o alcorão o livro de regras, fé e prática, e Deus um juiz impessoal.
Entender a cosmovisão é o ponto de partida para estabelecer uma ponte naquela cultura pessoal e naquela mentalidade formada, a verdade transcultural do evangelho de Cristo. A cosmovisão de um povo reflete as suas suposições, valores e entendimento a respeito da vida e do mundo onde eles vivem. Daí, a necessidade de uma contextualização.
A Comunicação Transcultural vem, pois a ser, uma comunicação contextualizada, onde é necessário ter os conhecimentos da antropologia cultural para entender a cultura e a cosmovisão de um povo.
Partindo do campo da Antropologia entramos no campo da Teologia, que é o estudo de Deus, sendo a Bíblia um documentário histórico da revelação de Deus aos homens.
Teologia é a idéia, o pensamento, o conhecimento que o homem tem acerca de Deus, e a religião é a prática, nela o homem expressa em atitudes, ações e hábitos o que esse conhecimento de Deus produziu nele.
MITOS E TEORIAS DA CRIAÇÃO
Um mito é uma narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico. Procura explicar os principais acontecimentos da vida, do mundo e do homem por meio de deuses, semi-deuses e heróis. O mito é uma primeira tentativa de explicar a realidade. Ao mito está associado o rito. O rito é o modo de se pôr em ação o mito na vida do Homem.
A explicação mítica é contrária à explicação filosófica. A Filosofia procura explicar a realidade com razão e lógica enquanto que o mito não explica racionalmente a realidade, não tendo quaisquer argumentos para suportar a sua interpretação.
O termo "mito" é, por vezes, utilizado de forma pejorativa para se referir às crenças comuns de diversas comunidades. No entanto, até acontecimentos históricos se podem transformar em mitos, se adquirem uma determinada carga simbólica para uma dada cultura.
Todas as culturas têm seus mitos, alguns dos quais são expressões particulares de arquétipos comuns a toda a humanidade. Apesar de sua diversidade, as concepções míticas da origem do mundo recorrem, de modo geral, a dois modelos básicos:
- Criação por um ser supremo. A natureza desse ser supremo, que freqüentemente é acompanhado de algum outro, hierarquicamente inferior, difere de cultura para cultura.
Todos esses mitos, porém, possuem características comuns: (a) o ser supremo é onisciente e todo-poderoso; (b) o ato de criação é consciente, deliberado, planejado e livre, já que a divindade não fica vinculada à criação; (c) a divindade desaparece até que se produza algum acontecimento catastrófico; (d) a criação é um paraíso que se desfaz por causa de um pecado.
Nas concepções míticas sobre a criação por um ser supremo não cabe, falar de criação a partir "do nada" no sentido filosófico e religioso da expressão. Supõe-se nelas uma matéria - geralmente o oceano ou as águas primeiras, consideradas como o caos - a partir da qual se realiza a criação.
- Criação por divisão de uma matéria primordial. O segundo modelo de mito cosmogônico corresponde àqueles que são resultados de toda a ênfase na própria energia interna da matéria, em manifestações como um caos amorfo, um ovo primevo ou um primeiro casal.
Uma variação desses mitos seria a criação por desmembramento de um gigante, que simboliza a matéria.
A Cosmogonia Germânica
No início dos tempos, não existia nada além do Ginnungagap.
Depois de muito tempo, um reino emanou, chamado Muspellheimr, feito de fogo, brasas e calor abrasador. Uma segunda região, chamada Niflheimr, surgiu, e que consistia de ventos, gelo e neve. Ginnungagap ficava entre estes dois reinos.
No meio do vácuo tudo era moderado, até um dia em que os elementos de fogo e gelo colidiram. Tudo era desordem. Mas das gotas deste grande caos, a vida emergiu, na forma de um gigante de gelo chamado Ymir. O primeiro homem e mulher nasceram do suor da sua axila esquerda, e suas pernas deram à luz a um filho.
Outros seres apareceram: a vaca Audumla; Buri, cujo filho Bor casou com Bestla, e desta união surgiram Vé, Vili e Odin, os primeiros deuses. Os filhos de Bor mataram o gigante Ymir. Com o corpo, Vé, Vili e Ódin criaram o mundo, e com brasas de Muspellheimr formaram o sol, a lua, e as estrelas.
Ódin criou o primeiro homem e mulher e lhes deu a essência da vida, Vili lhes deu raciocínio e sentimentos, enquanto Vé lhes deu a habilidade para ouvir, falar e ver. Seus nomes eram Askr e Embla.
Gêneses Grega
Os gregos conheciam diversas lendas sobre a origem do mundo. Homero considerava o titã Oceano a origem dos outros deuses; as doutrinas órficas, mencionavam Nix como o princípio de todas as coisas; para Hesíodo, tudo havia começado com Caos e Gaia.
Ferécides de Siros (séc. -VI) sustentava que Zeus, Crono e Gaia haviam existido sempre e, portanto, não teria ocorrido propriamente uma criação. Outras fontes mencionam, ainda, a origem a partir de um "ovo primordial"...
Na cosmogonia de Hesíodo, no princípio, existia apenas o Caos, vazio primordial e escuro que precedeu toda a existência; depois, surgiu Gaia, a "mãe de todos", e a seguir vieram Tártaro e Eros, e Érebo e Nix.
Assim como Caos, Eros e Tártaro eram entidades mais conceituais do que corpóreas e refletem o gosto dos antigos gregos pelas abstrações. Eros, uma força primordial capaz de formar o mundo através da união de elementos individuais, não deve ser confundido com o filho de Afrodite.
O Tártaro era uma espécie de abismo distante, onde os deuses encarceravam seus maiores inimigos. Muito tempo depois da criação do mundo, Tártaro uniu-se a Gaia e gerou o monstruoso Tífon.
Depois do Período Clássico, Tártaro tornou-se praticamente um sinônimo de Hades, nome do local para onde iam as sombras dos mortos.
Gaia ou Gê, a terra, "mãe" dos deuses e dos homens, personifica a inesgotável capacidade geradora da terra.
A Cosmogonia da Mesopotâmia
Entre esses povos representava-se o início da criação como um processo de procriação. Os babilônios, glorificavam a vitória de Marduk, o único deus bastante forte para derrotar o dragão Tiamat, personificação do caos e das águas do mar.
Em linhas gerais, a mitologia mesopotâmica apresentava como princípio do mundo Abzu e Tiamat, elementos masculino e feminino das águas, Tiamat produziu o céu, de que nasceu Ea (o conhecimento mágico), que engendrou Marduk. Este derrotou os outros deuses e dividiu o corpo de Tiamat, separando assim o céu da Terra e, com o sangue de um monstro derrotado, produziu o primeiro homem.
A Cosmogonia da América
Segundo os onondagas, o grande cacique das pradarias celestiais cansou-se de sua mulher e lançou-a às infinitas águas turvas. Ela pediu ajuda aos animais marinhos para que retirassem o barro do fundo do mar. O sol secou o barro e pôde instalar-se nele a Mulher celestial, ou a grande mãe Terra.
Os maias conceben a criação em 13 etapas. Na primeira, Hunab Ku, o deus uno, fez-se a si mesmo e criou o céu e a terra. Na décima terceira, tomou terra e água, misturou-os e desse modo foi moldado o primeiro homem. Mesmo assim, os maias consideravam que vários mundos se haviam sucedido e que cada um deles se acabou em conseqüência de um dilúvio. O Popol Vuh, dos povos maias, constitui uma extraordinária narrativa cosmogônica e se refere à criação do primeiro homem a partir do milho.
Para os incas, o lugar da criação do homem pelo deus Huiracochá situava-se perto do lago Titicaca. Os astecas, segundo o Código matritense, situavam em Teotihuacan a catástrofe cósmica que pôs fim à idade anterior. Nesse lugar, os deuses se reuniram para deliberar quem se lançaria na fogueira para transformar-se em Sol, o que foi conseguido pelo humilde Nanahuatzin.
No Brasil, a cosmogonia dos índios se reporta a um criador do céu, da Terra e dos animais (o Monã dos tupinambás) e a um criador do mar, Amã Atupane, talvez Tupã, entidade mítica que os jesuítas consideraram a expressão mais adequada da idéia de Deus surgida nos domínios da catequese.
A Teoria Big Bang
Este modelo científico que postula que, há bilhões de anos, o Universo estava concentrado em um espaço exíguo e quente, daí passou a se expandir e a esfriar rapidamente. Mais nenhum cientista é capaz de dizer o que existia antes do big-bang.
Para conhecer a história completa do big-bang, é preciso voltar ao século 4 a.C. Aristarco, propôs que a Terra não seria o centro do Universo, mas giraria em tomo do Sol. Já em 1543 Nicolau Copérnico voltou-se contra a teoria de Ptolomeu, segundo a qual a Terra estaria no centro de tudo.
Para 1588 Tycho Brahe e Johannes Kepler descobriram que os planetas não se movem em elipses; a velocidade desses planetas varia continuamente e o Sol não está no centro dessas órbitas. A suspeita se confirmou com as pesquisas de Galileu Galilei, quem percebeu que havia luas em tomo de Júpiter, o que era uma prova incontestável de que a Terra não era o centro do Universo.
Contra Einstein
Isaac Newton construiu as fundações de uma nova ciência. A sua lei da gravidade, de 1666, ensina que todo objeto no Universo atrai outro objeto. Assim, a lei explica, por exemplo, por que os planetas fazem uma órbita elíptica em torno do Sol o que havia sido demonstrado por Kepler.
Em 1915, Einstein apresentou sua teoria da relatividade geral. No centro dela está a noção de que tanto o tempo como o espaço são flexíveis e deformáveis por fatores como velocidade, energia e gravidade, mais ele alterou as equações para que elas se encaixassem na sua visão de um Universo que não cresce nem diminui.
Alexander Friedmann e George Lemaitre acharam uma solução para o impasse: se o Universo estivesse se expandindo, é possível que ele nunca entrasse em colapso. Lemaitre não só estava convicto de que a teoria de Einstein implicaria um Universo em expansão, como acreditava em um "momento da criação", mais sua teoria teria de esperar mais alguns anos antes que fosse aceita - inclusive por Einstein.
Edwin Hubble, em 1923, provou que não habitamos a única galáxia do Universo e, em 1929, percebeu que as estrelas mais afastadas da Terra são aquelas que estão se afastando mais rapidamente. O Universo estaria, portanto, se expandindo. O trabalho dos teóricos passou a ser "retroceder no tempo" para tentar descobrir como exatamente chegamos até aqui.
Junto com Ralph Alpher e Robert Herman, George Gamow constatou que os primeiros momentos do Universo seriam tão quentes que quebrariam qualquer átomo, e, quando ele esfriasse, essas partículas formariam apenas os menores átomos possíveis. Eles também previram que 300 mil anos depois da explosão teria havido a liberação de uma enorme quantidade de luz que faria um "eco luminoso" no Universo. E isso poderia ser percebido hoje.
Arno Penzias e Robert Wilson, em meados dos anos 1960, detectaram um ruído nos seus aparelhos de radioastronomia, e acabaram descobrindo que se tratava da radiação cósmica de fundo: o "eco" do big-bang previsto por Gamow.
Hoje, os cientistas acreditam ter esclarecido como era o Universo até 10-43 segundos depois do big-bang, mais o grande mistério agora é outro: o que havia antes do big-bang? " Para Einstein, só existia o nada.
Nesse ponto, a discussão começa a tornar-se cada vez menos científica e parece até voltar a um estágio anterior aos gregos, quando os mitos explicavam todo o Universo.
A BÍBLIA E A CRIAÇÃO
A narração do Gênesis não foi redigida em moldes científicos. Não sendo científica quanto à forma, será a descrição do Gênesis científica quanto à substância, ou quanto ao conteúdo?
Trata-se, duma narração dos acontecimentos que não seriam compreendidos, se fossem descritos com a precisão formal da ciência, e os fatos apresentam-se numa linguagem abundante e rica, que é possível incluir todos os resultados das pesquisas científicas.
O primeiro capítulo do Gênesis não deve considerar-se como uma nova versão das tradições politeístas dos fenícios ou dos babilônicos; porque acima de tudo a obra criadora de Deus só por Deus poderia ser revelada.
A Teoria Geológica da Criação (TGC)
O Livro do Gênesis, capítulos 1 e 2, revelou a origem do mundo e de acordo com os teóricos da “Teoria Geológica da Criação” os dias da semana são divisões do tempo, da mesma forma que anos e eras e que a substituição de um pelo outro não altera em nada o sentido do texto, cujo foco é colocar Deus como origem da criação.
Segundo os teóricos da TGC nota-se que a descrição do Gn 1 está perfeitamente de acordo com a ordem em que o mundo foi criado, segundo a Ciência. A intenção do autor é clara como elemento teológico: Tudo vem de Deus, para quem o tempo é eterno.
O texto inspirado não conflita com os conhecimentos atuais que atestam a existência do mundo há 13,7 bilhões de anos e o aparecimento do homem no mundo há cerca de 70-100 milhões de anos. O tempo na Bíblia é um tempo lógico, não cronológico.
A divisão das ações divinas em dias e noites é outra evidente forma literária, fácil de ser percebida, visto que o autor fala em primeiro, segundo e terceiro dia, antes que estes existissem.
Se entendermos a separação das ações de Deus em fases notaremos que o autor do Gênese se antecipou às ciências em muitos séculos. No início só havia a matéria informe, que o autor chama de caos. Houve o big bang.
Na sexta fase (sexto dia), depois de milhões de anos que existiam seres vivos na terra surge o homem, não como evolução natural, mas através da ação direta de Deus.
A Teoria da Lacuna
Trata-se duma teoria, ainda hoje muito seguida, para resolver certos problemas que, no fim de contas, continuam insolúveis, e é contestada por fortes argumentos lingüísticos. A chamada teoria da "lacuna" não assenta em bases firmes e é desmentida pela própria Geologia.
Exposição Bíblica da Criação
É espiritual e religioso o objetivo da narração de Gn 1. Só o crente, portanto, compreenderá o alcance da narração; mas não admira que por vezes surjam hesitações, perante as dificuldades de interpretação.
No Princípio, Criou Deus (v.1). A expressão No princípio é enfática, e chama a atenção para o fato de um princípio real. Outras religiões antigas, ao falarem da criação, afirmam que esta ocorreu a partir de algo já existente. Referem-se à história como algo que ocorre em ciclos perpétuos.
Sete vezes Deus declara que aquilo que Ele criara era bom. Cada parte da criação por Deus efetuada, executou plenamente a sua vontade e propósito. Note-se como Deus executou a obra da criação de conformidade com um plano e uma ordem.
A Revelação de Deus e a Criação
Deus se revela na Bíblia como um ser infinito, eterno, auto-existente e como a Causa Primária de tudo o que existe. Deus existiu eterna e infinitamente antes de criar o universo finito.
Deus se revela como um ser pessoal que criou Adão e Eva à sua imagem. Deus se revela como um ser moral que criou tudo bom e, portanto, sem pecado.
Atividade de Deus na Criação
O verbo “criar” (hb.“bara”) é usado exclusivamente em referência a uma atividade que somente Deus pode realizar. Significa que, num momento específico, Deus criou a matéria e a substância, que antes nunca existiram. Deus criou a luz para dissipar as trevas, deu forma ao universo e encheu a terra de seres viventes. O método que Deus usou foi o poder da sua palavra: Deus falou e os céus e a terra passaram a existir.
Toda a Trindade, e não apenas o Pai, desempenhou sua parte na criação. O próprio Filho é a Palavra (“Verbo”) poderosa, através de quem Deus criou todas as coisas.
No prólogo do Evangelho segundo João, Cristo é revelado como a eterna Palavra de Deus. “Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez”. Paulo afirma que por Cristo “foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis... tudo foi criado por Ele e para Ele”. Finalmente, o autor do Livro de Hebreus afirma enfaticamente que Deus fez o universo por meio do seu Filho.
Semelhantemente, o Espírito Santo desempenhou um papel ativo na obra da criação. Ele é descrito como “pairando” sobre a criação, preservando-a e preparando-a para as atividades criadoras adicionais de Deus.
A palavra hebraica traduzida por “Espírito” (ruah) também pode ser traduzida por “vento” e “fôlego”. Por isso, o salmista testifica do papel do Espírito, ao declarar: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo espírito (ruah) da sua boca” (Sl 33.6).
TEORIAS DA ORIGEM DO HOMEM
Teoria da Evolução
Afirma que as espécies animais e vegetais existentes na Terra não são imutáveis, mas sofrem ao longo das gerações uma modificação gradual, que inclui a formação de raças e espécies novas.
Jean-Baptiste Lamarck foi dos primeiros em propor um mecanismo pelo qual a evolução se teria verificado. A partir da observação de que fatores ambientais podem modificar certas características dos indivíduos, Lamarck imaginou que tais modificações se transmitissem à prole.
O mecanismo de formação de uma nova espécie seria o seguinte: alguns indivíduos de uma espécie passavam a viver num ambiente diferente; o que criava necessidades que antes não existiam, as quais o organismo satisfazia desenvolvendo novas características hereditárias.
Estudos posteriores demonstraram que apenas o primeiro postulado do lamarckismo estava correto; de fato, o ambiente provoca no indivíduo modificações adaptativas; mas os caracteres assim adquiridos não se transmitem à prole.
Em 1859, Charles Darwin pôs em evidência o papel da seleção natural no mecanismo da evolução: dentro de uma espécie, os indivíduos diferem uns dos outros. Há, portanto, na luta pela existência. Os mais bem adaptados são os que deixam maior número de descendentes.
Assim, por efeito da seleção natural, a espécie aperfeiçoa-se gradualmente. Entretanto, o sentido em que age a seleção natural é determinado pelo ambiente, pois um caráter que é vantajoso num ambiente pode ser inconveniente em outro. Isso será o início da diferenciação de duas raças que, tornando-se cada vez mais diferentes, acabarão por constituir espécies distintas.
Nas idéias de Darwin predominava o conceito lamarckista de que o ambiente faz surgir nos indivíduos novos caracteres adaptativos, que se tornam hereditários.
August Weismann estabeleceu a distinção fundamental entre células germinais e células somáticas. As células reprodutivas (gametas) transmitem aos descendentes as características dos ancestrais. As células somáticas, que constituem o resto do corpo (soma), não passam à prole: morrem com o indivíduo, o que explica por que as modificações produzidas no soma pelo ambiente não passam à prole.
Em 1909 Wilhelm Johannsen demonstrou que a variabilidade dos indivíduos dentro de uma espécie é, em parte, produzida por diferenças nos genes que os indivíduos possuem e, em parte, por influência do meio. O fenótipo, ou aspecto do indivíduo resulta da ação do genótipo, modificada por fatores ambientais. Só o genótipo, ou conjunto de genes, passa para a prole. Se o ambiente varia, o indivíduo passa a ter um fenótipo diferente, sem que o genótipo se altere. O caráter adquirido em resultado da adaptação individual não passa, portanto, à prole.
Hugo de Vries elaborou em 1901 a teoria das mutações. De vez em quando, os genes sofrem modificações espontâneas, não relacionadas com a influência do ambiente, e passam a determinar novos caracteres hereditários. Essas mutações quase nunca são adaptativas; entretanto, pode acontecer, por acaso, que uma delas venha a ser útil a seu portador, num determinado ambiente. Nesse caso, tal indivíduo leva vantagem na competição com os demais e tem maior probabilidade de deixar prole numerosa, a qual herdará o gene mutado. O novo caráter vai, aos poucos, predominando, podendo mesmo vir a substituir o antigo numa população, dando início a uma variedade que pode, por um mecanismo semelhante, transformar-se numa espécie nova.
Os citologistas do fim do século XIX demostravam que os fatores hereditários antagônicos não se fundem no híbrido, de modo que os caracteres surgidos por mutação, ainda que muito raros, não se diluem por efeito dos cruzamentos que se processam ao longo das gerações subseqüentes, como pensava Darwin.
Se o gene que sofreu mutação determina um caráter inconveniente, será eliminado por seleção natural; mas se, por acaso, a mutação é benéfica, a freqüência do gene correspondente aumentará nas gerações sucessivas, e o gene não perderá suas características por coexistir com seus alelos nos indivíduos híbridos.
Outra fonte de variação hereditária, ao lado das mutações, é a recombinação entre os genes. O estudo da meiose e da segregação mendeliana mostrou que, ao passar de uma geração para a seguinte, os genes são, por três vezes, reagrupados ao acaso.
Finalmente, na fecundação, os cromossomos vão-se juntar com os provenientes de um outro indivíduo.
O que sugere a teoria da evolução?
Cada espécie existente possui características invariáveis que lhe são próprias. As formas com que cada indivíduo interage com outros em sua espécie tem uma razão definida. Igualmente existem motivos nas relações entre espécies diferentes e, ainda, entre a vida vegetal ou animal e o seu meio.
Darwin sustenta, em resumo, que “que no princípio houve matéria inerte”. Ele acreditava que a conjunção casual de certos produtos químicos deu origem a um composto que, por sua estabilidade e características superiores, adquiriu a capacidade de sobreviver, adaptar-se e reproduzir-se. Isto é o que chamamos de “a primeira célula”.
Por meio de sucessivas reações químicas e mudanças no meio ambiente, o composto adquiriu uma crescente complexidade. Através de bilhões de anos, sofreu inumeráveis mutações, adquiriu novas características, até que, finalmente, resultou na estrutura químico-física que conhecemos como “homem”. Todas as formas de vida existentes na atualidade são apenas estágios da evolução casual da mesma matéria inerte.
As teorias de Darwin como foram inicialmente enunciadas foram rapidamente refutadas pelas evidências científicas.
A teoria atualmente em pauta é a denominada “neodarwinismo” e está baseada no conceito das mutações, alterações repentinas e casuais nos códigos genéticos transmitidos a uma nova geração, causadas por um “erro” da natureza. Segundo esta teoria, as mutações operam em conjunto com outros dois mecanismos: a sobrevivência do mais apto e a adaptação às mudanças do meio.
Mesmo em termos matemáticos modernos, os defensores da teoria da evolução admitem que a probabilidade de que a molécula inicial foi criada por acaso é uma em 10-251. Desde este princípio até a formação do homem se estende uma colossal cadeia de probabilidades. Mesmo se todos os outros “fatos” que validam e sustentam essa teoria fosse comprovado, o que não ocorreu, seríamos capazes de negar as conclusões da matemática?
Além disso, é evidente que a teoria da evolução não dá uma resposta à questão básica de quem criou a vida, ou seja: quem criou o primeiro átomo?
A segunda lei da Termodinâmica afirma que todo processo natural que opera de forma autônoma “provoca um estado de maior desordem que quando começou”.
Permitiria a segunda lei da Termodinâmica afirmar que bilhões de átomos se ordenariam por si próprios, sem nenhuma assistência externa, em uma configuração como o corpo humano? Certamente, não! E esta anomalia não é um fato isolado que teria ocorrido uma vez num passado distante! Pelo contrário; para que a vida seja possível, deve-se preservar um estado de organização.
Em resumo, as leis da natureza provêem uma adequada explicação sobre como a vida se torna inanimada após a morte, mas não podem explicar como o inanimado, por si próprio e como resultado de uma série de acidentes, pode produzir a vida.
A própria teoria da evolução se contradiz. É uma tentativa de explicar por que parece haver um método no desenvolvimento da vida. No entanto, este método aparente deve ser obra das leis da natureza que, por sua vez, não podem ser consideradas metódicas, mas sim casuais.
Por que a teoria da evolução é amplamente aceita?
Através da explicação do surgimento da vida como resultado das forças naturais fortuitas, as pessoas se consideram autorizadas a negar a existência do criador e a acreditar que nossa vida aqui não tem uma finalidade predeterminada.
A razão mais importante para a ampla aceitação da teoria da evolução entre os seculares é o fato de que ela é lecionada nas escolas – e mesmo nas universidades – como um fato cientificamente comprovado.
Ela é descrita através de impressionantes termos latinos e reconstruções gráficas. Sua natureza hipotética, entretanto, suas inconsistências, as questões sem respostas e a crítica dos cientistas acerca dela são ignoradas.
Em conseqüência, muitas pessoas têm a impressão de que, se um cientista diz alguma coisa, deve ser verdade. Por outro lado, as pessoas tendem a confundir a ciência aplicada com a ciência teórica.
A aceitação de que a vida tem um sentido e uma finalidade implica em admitir que o homem não é uma ocorrência acidental. Se a vida possui um sentido, então existem conseqüências às ações do homem e ele deve ser responsável por seus atos, esta é a concepção da fé religiosa, em oposição à visão de um mundo sem sentido e, portanto, niilista.
A Psicologia criou o termo “racionalização” para o processo pelo qual uma pessoa idealiza explicações racionais de suas ações, quando não está em condições de admitir seus motivos reais, ou quando está renitente em relação a eles.
A base psicológica do suposto conflito entre ciência e religião é o seguinte: o desejo subconsciente do homem de evitar a responsabilidade por suas ações e negar um objetivo à vida. Através do processo de racionalização ele procura obter explicações que contradigam a crença religiosa.
Aldus Huxley, no final de sua vida afirmou: “Eu tinha motivos para não aceitar que o mundo tem uma certa finalidade e, como conseqüência, supus que realmente não tinha, sendo que facilmente encontrei explicações satisfatórias para tal suposição... Para mim, como sem dúvida para muitos de minha geração, a filosofia da falta de finalidade era um instrumento de libertação... de um certo sistema moral. Nos opomos a moralidade porque ela interfere em nossa libertinagem”.
Em seu livro “A Onipotência da Seleção Natural”, o professor Weisman escreve: “Devemos aceitar o princípio da seleção natural porque oferece a única explicação da finalidade do mundo natural sem que necessitemos tomar consciência de que foi criado por uma força que assim o quis e o fez intencionalmente”.
Teorias Criacionistas
Criacionismo é um termo geral utilizado para definir o sistema de crenças em que se afirma que o Universo e tudo contido nele foram criados por uma entidade inteligente.
Tipos de Criacionismo
Os que acreditam que a entidade inteligente é Deus ou deuses. São normalmente relacionados a religiões. Teoricamente todas as religiões que englobam a criação do Universo por deuses podem ter adeptos que se denominam criacionistas. Nessa categoria, o cristianismo é a religião mais participativa,.
Os que acreditam que a entidade inteligente seja uma forma de vida inteligente (alienígenas). Esse ramo do criacionismo afirma que o ser humano foi criado a partir de manipulações genéticas de espécies ancestrais, realizados por alienígenas que foram considerados Deuses pelas primeiras civilizações da antiguidade, os colocando como seres "sobrenaturais".
Os que acreditam na entidade inteligente, mas deixam sua identidade em aberto. Eles acreditam que o Universo a vida, ou certos sistemas que compõe a vida, são complexos demais para terem surgido pelas simples convergência da natureza, inferindo então que uma entidade inteligente foi necessário para criá-los.
Criacionismo judaico
O criacionismo judeu não se difere muito do criacionismo cristão. As únicas coisas que se alteram são as interpretações dadas a Criação e como ela vem refletir na religiosidade do adepto.
Criacionismo islâmico
Em questões de Criacionistas literalistas, divergem em algumas passagens do Gênesis da Bíblia já que o Alcorão é que apresenta um relato mais sofisticado, enquanto a Criação contida na Bíblia seria uma corrupção do verdadeiro relato. Movimentos mais liberais dentro do islamismo apresentam um ponto de vista evolucionista teísta.
Exocriacionismo
Postula que civilizações alienígenas conduziram experiências de manipulação genética nos primatas ancestrais de nossa espécie, misturando DNA alienígena e primata, formando assim o Homo Sapiens. Essas civilizações permaneceram na Terra, exercendo suas influências nos seres humanos, em um processo de aprendizagem e transmissão de conhecimento. Essa crença é apoiada pelos incríveis monumentos criados por civilizações que aparentemente não apresentam o aparato tecnológico parar realizá-las.
Desenho Inteligente
O Desenho Inteligente (Intelligent Design) postula que certas características do Universo e dos seres vivos são mais bem explicadas por uma causa inteligente, e não por um processo natural como a seleção natural.
Criacionismo cristão
Criacionismo da Terra jovem: Acreditam que o Universo e a Terra tenham sido criados aproximadamente de 6 a 10 mil anos atrás e toda a vida contida nele de acordo ao texto de Gênesis. Tendem a negar praticamente todas as bases de ciências como a Astronomia, Paleontologia, Biologia, Geologia e etc.
Criacionismo da Terra antiga: Acreditam que a Terra foi criada em um período remoto entrando em acordo com a idade estimada pela ciência de 4,5 bilhões de anos. Eles também defendem que certas partes do Gênesis devem ser interpretadas metaforicamente.
Evolucionismo teísta: Acreditam que o Universo, o planeta Terra e vida foram criados por Deus, mas diferem dos outros grupos criacionistas por aceitarem completamente a Teoria da Evolução. A evolução teísta que exige ancestrais pré-humanos para o homem contradiz a Bíblia.
Argumentação criacionista.
A Ciência não pode tratar de assuntos de fé, mas apenas daquilo que é observável e passível de experimentação. Um cientista pode defender princípios religiosos ou ideológicos, mas esses princípios religiosos ou ideológicos não passam a ser científicos por serem defendidos por um cientista.
Os argumentos de pessoas pertencentes a comunidade científica em favor do criacionismo apontam para a organização e exatidão das leis naturais.
A complexidade e organização estrutural das formas mais simples de matéria viva são apontadas pelos criacionistas como prova de uma criação determinada e não a conseqüência evolutiva de um caldo orgânico primordial desorganizado.
Um dos principais argumentos dos criacionistas baseia-se na refutação da geração espontânea. Argumenta-se que foi provado que nenhum mecanismo pode gerar vida de qualquer matéria sem vida. Como evidência, aponta-se que nenhum experimento foi capaz de demonstrar o contrário.
A afirmação de que nenhuma vida pode surgir de não-vida foi recentemente desafiada a partir de experimentos onde um vírus é sintetizado em laboratório, esse tipo de experimento na verdade comprovaria a necessidade de uma inteligência e intencionalidade por trás do processo.
A CONSTITUIÇÃO DO HOMEM
A Bíblia afirma que os seres humanos foram criados à imagem de Deus. Outros textos bíblicos demonstram com clareza que os seres humanos, embora descendentes de Adão e Eva e já caídos, continuam a levar a imagem de Deus.
A Teoria Monista
A teoria monista que remonta aos filósofos pré-socráticos, argumenta que os vários componentes dos seres humanos descritos na Bíblia perfazem uma unidade indivisível e radical. Parcialmente o monismo era uma reação neo-ortodoxa ao liberalismo, que havia proposto uma ressurreição da alma, mas não a do corpo.
Segundo o monismo, devemos considerar o ser humano como um todo unificado: carne animada pela alma. Esse ponto de vista discorda de numerosos textos bíblicos. Jesus faz clara referência ao corpo e à alma como elementos divisíveis quando adverte: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma” (Mt 10.28).
A Parte Material
Embora possa admitir-se que Moisés, divinamente inspirado, escrevesse a sua história sagrada baseado em várias relações já existentes. Sabemos que a inspiração não exclui a utilização de fontes. Nada impede, portanto, que uma segunda narração venha completar a primeira.
No versículo 7 “...e formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. O corpo do homem não é diferente à restante criação material, e Deus aparece agora a formar esse corpo duma substância já existente, “pó da terra”.
A finalidade desta narração é explicar melhor o significado do ato divino para frisar que, ao contrário do que se passara com a criação dos outros seres, Deus formou o homem "soprando-lhe nos narizes o fôlego da vida"
Composição espiritual do ser humano
Os Dicotomistas
A corrente mais forte da teoria dicotômica é a que considera o homem composto de duas substâncias: a material e a imaterial. Alma e espírito são, nessa teoria, a mesma coisa. A idéia comum de que a alma é apenas um órgão de percepção deste mundo, enquanto o espírito é um órgão distinto, que nos permite estabelecer comunhão com Deus, está fora dos padrões do ensino bíblico, concluem.
Os Tricotomistas
A Bíblia nunca confunde espírito e alma como se fossem idênticos. A Palavra de Deus trata o homem como sendo tripartido: espírito, alma e corpo. Assim, lemos em 1 Tessalonicenses 5.23: “E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”
Visto que Deus distinguiu o espírito humano da alma humana, nós concluímos que o homem é composto não de duas, mas de três partes: espírito, alma e corpo. Os cristãos freqüentemente consideram o que é da alma como sendo espiritual, e por isso permanecem num estado pertencente à alma, não buscando o que é realmente espiritual. Como escaparemos do prejuízo, se confundirmos o que Deus separou?
A Metafísica da Criação do Homem
Tão logo o fôlego de vida, que se tornou o espírito do homem, entrou em contato com o corpo do homem, a alma foi produzida. Portanto, a alma é a combinação do corpo e do espírito do homem.
O que recebemos no novo nascimento é a Própria vida de Deus, como tipificada pela árvore da vida. Mas, nosso espírito humano, embora existindo permanentemente, está destituído da vida eterna. Deus considerou a alma do homem como algo singular. Assim como os anjos foram criados como espíritos, o homem foi criado predominantemente como alma vivente.
Funções respectivas do Corpo, Alma e Espírito
Através do corpo físico o homem entra em contato com o mundo material. Portanto, podemos classificar o corpo como aquela parte que nos dá consciência do mundo.
A alma, que inclui o intelecto, pertence ao próprio ego do homem e revela sua personalidade, ela é denominada a parte de autoconsciência. O espírito é denominado o elemento da consciência de Deus. Deus habita no espírito, o eu habita na alma, enquanto que os sentidos habitam no corpo.
A alma está ligada ao mundo espiritual, através do espírito, e ao mundo material, através do corpo. Ela possui também, o poder do livre arbítrio. O espírito não pode atuar diretamente sobre o corpo. Ele precisa de um intermediário, e este intermediário é a alma.
Destes três elementos, o espírito é o mais nobre porque ele se une com Deus. O corpo é mais inferior porque tem contato com a matéria. A alma estando entre eles, os une e recebe o caráter deles como sendo dela própria, é o lugar da personalidade. A vontade, o intelecto e as emoções do homem estão lá.
A fim do espírito governar, a alma precisa dar seu consentimento; senão o espírito fica sem recursos para regular a alma e o corpo. Mas esta decisão depende da alma, porque nela reside a personalidade do homem. Isso explica o significado do livre arbítrio do homem. O homem não é um autômato que se move conforme a vontade de Deus. Pelo contrário, o homem tem pleno e soberano poder de decidir por si mesmo.
O Espírito do Homem
Segundo o ensino da Bíblia e a experiência dos crentes, pode-se dizer que o espírito humano inclui três partes principais: consciência, intuição e comunhão.
A consciência é o órgão de discernimento, que distingue o certo e o errado. O trabalho da consciência é independente e direto; não se curva às opiniões exteriores. Se o homem agir errado, ela levanta sua voz de acusação.
A Intuição é o órgão sensitivo do espírito humano. É diametralmente diferente do sentido físico e da alma. Ela envolve um sentimento direto e independente de qualquer influência exterior, nossa mente simplesmente nos ajuda a “entender”. Deus é conhecido pelo homem intuitivamente e revela Sua vontade ao homem na intuição. Medida alguma de expectativa ou dedução nos concede o conhecimento de Deus.
A Comunhão é adorar a Deus. Os órgãos da alma são incompetentes para adorar a Deus. Deus não é percebido pelos nossos pensamentos, sentimentos ou intenções, pois Ele só pode ser conhecido diretamente em nosso espírito. Nossa adoração a Deus e as comunicações de Deus conosco são diretamente no espírito.
Nosso alvo, ao estudar a importância do espírito, visa capacitar-nos a entender que nós, como seres humanos, possuímos um espírito independente. O espírito não é a mente, nem a vontade, nem a emoção do homem; pelo contrário, ele inclui as funções da consciência, da intuição e da comunhão. Embora governado pela alma, o espírito não deixa de ser um órgão.
A Alma do Homem
Os elementos que nos fazem seres humanos pertencem à alma. Intelecto, pensamento, ideais, amor, emoção, discernimento, escolha, decisão etc., são apenas as várias experiências da alma. O que constitui a personalidade do homem são as três principais faculdades: vontade, mente e emoção.
Vontade é o instrumento para nossas decisões e revela nosso poder de escolha. Ela manifesta nossa disposição ou indisposição: “queremos” ou “não queremos”. Sem ela o homem é reduzido a um autômato.
A mente, o instrumento para nossos pensamentos, manifesta nosso poder intelectual. Dela surge a sabedoria, o conhecimento e o raciocínio.
A emoção é o instrumento para os nossos gostos e antipatias. Por meio dela somos capazes de expressar amor ou ódio e sentir alegria, ira, tristeza ou felicidade.
A Vida da Alma
A “vida da alma” é a vida natural do homem, aquilo que o faz existir e que o estimula. É a vida pela qual o homem vive hoje; é o poder pelo qual o homem vem a ser o que ele é.
Um homem sem alma, não vive. A Bíblia nunca nos diz que o homem natural possui outra vida além da alma. Quando a alma é unida ao corpo, ela torna-se a vida do homem. Vida é o fenômeno da alma. A vida do homem é, portanto, simplesmente uma expressão de um composto das suas energias mentais, emocionais e volitivas.
A Alma e o Ego do Homem
A alma é a sede da nossa personalidade, o órgão da vontade e da vida natural e podemos concluir que esta alma é também o “verdadeiro Eu” - Eu mesmo. Nosso ego é a alma. Isto pode ser demonstrado também pela Bíblia, que considera a alma do homem ou a vida da alma como o próprio homem.
A vida da alma é a vida que o homem herda no nascimento. Tudo o que esta vida possui e tudo o que ela possa vir a ser está na esfera da alma. Se, distintamente, nós reconhecermos o que é da alma, então será mais fácil reconhecermos o que é espiritual. Será possível separar o espiritual do que é da alma.
A QUEDA DO HOMEM
O homem que Deus formou possuía um espírito semelhante àquele dos anjos e tinha uma alma parecida com a dos animais inferiores. Não era uma máquina dirigida por Deus; ele possuía perfeita liberdade de escolha. Se ele escolhesse obedecer a Deus, assim seria; se decidisse rebelar-se contra Deus, poderia fazer isso também.
A menos que cooperemos ativamente, Deus não realizará nada em nós. Nem Deus, nem o diabo podem fazer qualquer obra, sem primeiro obterem nosso consentimento, porque a vontade do homem é livre.
O fruto do conhecimento do bem e do mal eleva a alma e abafa o espírito. Deus não proíbe o homem de comer deste fruto apenas para testá-lo. Ele o proíbe por saber que ao comer esse fruto, a alma do homem será tão estimulada a ponto de abafar a vida do espírito.
Temos aqui duas árvores - uma germina vida espiritual enquanto que a outra desenvolve a vida da alma. O homem em seu estado original não é nem pecaminoso, nem santo e justo. Ele fica entre os dois. Deus concedeu um perfeito equilíbrio às três partes do homem. Sempre que uma parte se desenvolve em excesso, as outras são contristadas.
Nosso espírito vem diretamente de Deus, nossa alma foi produzida depois que o espírito entrou no corpo. Está portanto, distintamente relacionada com o ser criado. É a vida criada, a vida natural.
Satanás tentou Eva com uma pergunta. Ele sabia que isto despertaria o pensamento da mulher. Se ela estivesse completamente sob o controle do espírito, rejeitaria tal interrogação. A tentação de Satanás alcança primeiro o corpo, depois a alma e finalmente o espírito.
Após ser tentada Eva deu sua decisão:
Primeiro: “a árvore era boa para se comer”. Isto é a “cobiça da carne”. Sua carne foi a primeira a ser despertada.
Segundo: “era agradável aos olhos”. Isto é a “cobiça dos olhos”. Agora tanto seu corpo como sua alma haviam sido seduzidos.
Terceiro: “a árvore era desejável para dar entendimento”. Isto é a “soberba da vida”. Tal desejo manifestou a agitação da sua emoção e vontade.
A árvore do conhecimento provoca a queda do homem, por isso Deus emprega a árvore da loucura para salvar almas. “Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus” (1Co 3.18-20).
A diferenca de Eva, Adão não foi enganado; ele sabia que o fruto era da árvore proibida, e comeu por causa da sua afeição pela mulher e pecou de liberadamente. Ele amava Eva mais do que a si mesmo. Ele fez dela o seu ídolo e por amor a ela estava disposto a rebelar-se contra o mandamento do seu Criador.
Todas as obras satânicas são feitas do exterior para o interior; todas as obras divinas são do interior para o exterior. Desta forma, podemos distinguir aquilo que vem de Deus e o que vem de Satanás.
A diferença entre o espiritual e o que é da alma é clara: o espiritual depende completamente de Deus, e satisfaz-se totalmente com o que Deus deu; o da alma foge de Deus e cobiça o que Deus não concedeu.
Espírito, alma e corpo após a queda
Quando Deus falou com Adão no princípio Ele disse: “no dia em que dela comeres (o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal) certamente morrerás” (Gn 2.17). Entretanto, Adão e Eva continuaram a viver por centenas de anos depois de comerem do fruto proibido. Obviamente, isto indica que a morte predita não era física. A morte de Adão começou no seu espírito.
A morte do espírito é a suspensão da sua comunicação com Deus. A morte do corpo é a interrupção da comunicação entre este e o espírito. O homem espiritualmente morto pode ser religioso, respeitável, educado, capaz, forte e sábio, mas está morto para Deus. Ele pode até mesmo falar sobre Deus, raciocinar sobre Deus e pregar a Deus, mas ainda assim está morto para Ele.
Algumas vezes o espírito de um homem caído pode ser até mais forte do que sua alma ou corpo e ganhar domínio sobre todo o seu ser. Tais pessoas são “espirituais”. Estes são os feiticeiros e bruxos, e verdadeiramente mantém contatos com a esfera espiritual, só que realizam isso através do espírito maligno e não pelo Espírito Santo.
O homem pode pensar que o intelecto e o raciocínio humanos são todo-poderosos, que o cérebro é capaz de compreender todas as verdades do mundo, mas o veredicto da Palavra de Deus é: “vaidade de vaidades”.
Sem a liderança do Espírito Santo, o intelecto não é apenas indigno de confiança, mas também extremamente perigoso. Enquanto o homem é carnal, ele pode ser controlado por mais do que simplesmente a alma; ele pode estar sob a direção do corpo também, porque a alma e o corpo estão intimamente entrelaçados.
O HOMEM SOB TRÊS ASPECTOS
O Homem natural
Ele é chamado natural porque ainda não experimentou a regeneração. Não importa quão bom, culto, educado, experiente, moralista e religioso seja, se não aceitar a Cristo, estará irremediavelmente perdido e morto em seus pecados (Sl 14.1- 3; Rm 3.23-,8.9). Não compreende as coisas de Deus. Ele só entende as coisas físicas, materiais; as coisas deste mundo; desta vida. Ele precisa nascer de novo para tornar-se agradável aos olhos de Deus.
O Homem espiritual
É assim chamado por ser impulsionado, controlado e dirigido pelo Espírito Santo. O homem espiritual aceitou a Cristo como seu Salvador e “nasceu de novo” espiritualmente. A Bíblia descreve a condição do homem espiritual como sentado nas “regiões celestiais” com Cristo.
O homem carnal
É crente e salvo. Não obstante, sua vida cristã é mista. Ele é um crente que “começa pelo Espírito e termina pela carne”. O Espírito Santo não pode levá-lo à vida cristã abundante, poderosa e triunfante, porque o tal crente é imaturo e acha-se preso às coisas desta vida e deste mundo. O crente carnal vive uma vida mista, querendo agradar a si mesmo, aos outros, ao mundo e a Deus.
A ORIGEM DA ALMA E DO ESPÍRITO DO HOMEM
Muitos afirmam que somos filhos do nosso pai somente enquanto corpo, enquanto outros que somos filhos dos nossos pais enquanto a toda natureza e até outros que afirmam que as almas já existiam antes que tivessem um corpo.
Os recentes debates em torno do uso de embriões na pesquisa trouxe ao cenário contemporâneo uma questão metafísica. O embrião é apenas "algo" ou é "alguém"? O embrião tem alma? Em que momento a alma começa a existir?
São três as opiniões que circularam na história do pensamento cristão:
A Preexistencialista afirma que as almas preexistem ao seu nascimento, já tiveram uma existência separada, consciente e pessoal, em um estado prévio. É absolutamente vazia de bases bíblicas e baseia-se no dualismo de matéria e espírito, fazendo da ligação da alma com o corpo uma punição para a alma e tende a nos fazer encarar a vida como transicional e a criação de filhos menos importante.
A Criacionista afirma que cada alma é criada diretamente por Deus, em algum tempo antes do nascimento da criança. Mais não explica a tendência que todos os homens têm de pecar. Ou Deus deve ter criado cada alma em uma condição de pecaminosidade, ou o simples contato da alma com o corpo deve tê-la corrompido. No primeiro caso, Deus é o autor do pecado, e no segundo, o indireto. Tudo isto prova que a teoria da criação é insustentável.
A Traducionista afirma que o homem transmite aos filhos todo o seu ser, corpo e alma, reproduzindo-se, conforme todos os animais, segundo a sua espécie. Sustenta que Deus outorgou a Adão e Eva os meios pelos quais eles teriam descendentes à sua própria imagem, perfazendo, assim, a totalidade da pessoa material e imaterial.
A teoria traducionista merece preferência porque ela melhor se harmoniza com a Escritura, com a teologia e com uma concepção apropriada da natureza humana. Faz do homem um todo homogêneo, e livra o Criador Supremo da responsabilidade direta ou indireta, no atual estado moral e espiritual da humanidade.
Considerações finais
A Bíblia ensina que o homem veio à existência por um ato criativo de Deus, e nesse ato criativo, encontramos certas particularidades que fazem com que o homem se diferencie dos outros seres vivo.
O homem, porém, é o meio instrumental, usado por Deus, para consecução dos seus planos criativos. Deus cria e o homem, em cumprimento da lei divina da genética, gera filhos e filhas na sua composição biológica integral. Assim também Deus é o Criador de cada indivíduo por intermédio dos pais.