Resumo de FILOSOFIA
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CURSO LIVRE DE GRADUAÇÃO BACHAREL EM FILOSOFÍA
DISCIPLINA: APOLOGÉTICA
ALUNO: RSD CLÉMENT 2019033796
RESUMO
CONCEITO GERAL DE APOLOGÉTICA
A apologética é a ciência que se esforça por apresentar a defesa da fé religiosa como o cristianismo, mas que são negadas pelos incrédulos. No uso comum, a palavra é usualmente empregada para indicar a apología do cristianismo.
Positivamente, tenta elaborar e defender uma visão cristã de Deus, da alma e do mundo, apoiada por raciocínios reputados capazes de convencer os não-cristãos da veracidade das doutrinas envolvidas.
Negativamente, trata-se de um esforço para antecipar possíveis pontos de ataque as doutrinas cristãs.
Base bíblica.
Em qualquer instância em que algum argumento é apresentado nas Escrituras, não diretamente alicerçado sobre algum texto de prova, dentro da Bíblia, é uma apologia dentro dos livros sacros.
No Novo Testamento há muita apologia, e em certo sentido, o próprio volume sagrado é uma apologia em prol da nova religião, em conflito com o antigo judaísmo e com o paganismo.
As próprias denominações cristãs são atividades apologéticas. Cada denominação tem sua própria apologia que dá forma às suas doutrinas e ao seu sistema, a despeito da reivindicação de que aquilo que é exposto é apenas a fé bíblica.
A natureza do conhecimento força-nos a apelar para a apologética. O conhecimento não tem uma única origem. Antes, pode ser adquirido por estes meios: A observação empírica; a intuição; a razão; e a revelação, que é conhecimento outorgado como dom de Deus.
O fato de que o conhecimento chega até nós através de grande diversidade de meios, demonstra a nossa necessidade de uma apología mediante a qual possamos testar, avaliar e defender a verdade.
Visão Histórica
A apologética envolve o investigador na filosofia, formal e erudita, ou popular e individualista. Quanto mais uma pessoa distanciar-se da filosofia, menos valor dará à apologética, como uma atividade legitima para os cristãos.
Tertuliano. Supunha que a filosofia é produto da mente pagã, e conseqüentemente, inútil para defender a fé cristã.
Clemente, Orígenes etc. Proposital e habilidosamente eles usavam a filosofia platônica e estóica para dar à fé cristã uma expressão filosófica.
Agostinho ensinava que a filosofia é uma criada útil que pode ser empregada em favor da fé religiosa.
A apologética de Tomás de Aquino se transformou em uma força dominante durante séculos, na Igreja ocidental.
A famosa obra, Analogia da Religião, do bispo Joseph Butler, da Igreja anglicana, é urna obra apologética.
Karl Barth e sua escola (início e meados do século XX) tomaram uma posição negativa em relação à apologética. Porém, ao expressar-se assim, Barth fazia a apologia de seu ponto de vista.
Rudolf Bultmann resolveu redefinir a pregação do Novo Testamento, erigindo uma apologética elaborada a fim de levar avante o seu propósito.
Quando a Igreja enfrenta os ataques dos ateus, dos agnósticas, dos empiristas radicais, dos positivistas, dos relativistas, então torna-se mister que a apologética continue sendo considerada um ramo da teologia cristã. Nunca é bastante dizer “fé somente”, porque a própria fé é definida por uma atividade apologética, consciente ou inconscientemente.
Os Apologetas (Apologistas)
Muitos cristãos subseqüentes e contemporâneos podem ser chamados apologetas, mas, quando usamos as palavras “os apologetas”, estas indicam os primeiros pais da Igreja que se atarefaram nessa atividade.
A pregação de Pedro, do século II d.C., de autor desconhecido, teve larga distribuição e tornou-se parte do livro de Aristides.
O livro chamado Quadratus, foi escrito em Atenas, cerca de 125 d.C. Apenas uma sentença do mesmo foi preservada.
Aristides defendeu o cristianismo contra o paganismo. Ele escreveu em cerca de 147 d.C. A obra desapareceu, excetuando uma tradução siríaca e uma reprodução livre, no romance medieval de Barlaã e Joasafe.
Justino Mártir (cerca de 150 d.C.) Para Justino, o cristianismo era a verdadeira filosofia. A filosofia grega era precursora de algo superior.
Aristo, meados do século II d.C., mostrava que as profecias judaicas cumpriram-se em Jesus. Justino fez uso dessa apologia em sua obra.
Atenágoras, fins do século II d.C., escreveu contra o paganismo, o estado romano e a filosofia grega.
Taciano, discípulo de Justino Mártir, exibiu considerável antagonismo contra a filosofia grega, em seus argumentos.
Teófilo de Antioquia, seguiu o caminho trilhado por Taciano.
Minúcio Félix (fins do século II ou começo do século III d.C.), procurou demonstrar que os cristãos são os melhores filósofos.
Tertuliano (falecido no século III d.C.) considerava a filosofia produto da mente pagã, julgando-a inútil como apoio à fé.
Irineu (cerca de 180 d.C.) bem como seu discípulo, Hipólito, defendeu o cristianismo contra os gnósticos, foi um dos mais influentes cristãos da Igreja antenicena.
Arnóbio (300 d.C.) tinha a filosofia e a razão humana em baixo conceito. Atacou a idéia platônica da preexistência da alma e defendeu o criacionismo.
Lactâncio e Eusébio de Cesárea (III e IV séculos da era cristã) deram continuação à tradição apologética, exaltando o cristianismo em face do paganismo e do judaísmo.
Escolas Históricas
A Escola Subjetiva
Esta inclui grandes pensadores. tais como Lutero. Pascal. Lessing. Kierkgaard. Brunner e Barth. De modo geral rejeitam a filosofia tradicional e a lógica clássica. e ressaltam o trans-racional e o paradoxal e apreciam fortemente o problema da averiguação.
Lessing ressaltou que “as verdades acidentais da história nunca poderão se tornar à prova de verdades necessárias da razão”.
Kierkegaard disse que toda a apologética tem a simples intenção de tornar plausível o cristianismo. Mas tais provas são vãs. porque “defender alguma coisa sempre é desacreditá-la”.
Pascal chegou a fazer uma defesa interessante da fé cristã. Nas suas “Pensées” recomendou a religião bíblica por ter ela um conceito profundo da natureza do homem.
A Escola Objetiva
Coloca o problema da averiguação claramente no âmbito dos fatos objetivos. Existe, no entanto, uma distinção entre duas escolas dentro do campo objetivista:
A Escola da Teologia Natural
Inclui pensadores tais como Tomás de Aquino, Joseph Butler. F. R. Tennant, e William Paley. Por trás de todos estes pensadores há uma tradição empírica na filosofia que remonta até Aristóteles.
Aquino procurava pontos de concordância entre a filosofia e a religião, insistindo em que a existência de Deus podia ser demonstrada pela razão, mas que também era revelada nas Escrituras.
Na sua Analogia da Religião [1736], Butler desenvolveu uma epistemologia muito próxima da atitude pragmática do cientista.
Apologistas desta escola sempre têm uma abordagem ingênua e simplista às evidências a favor do cristianismo. Acham que uma apresentação simples e direta dos fatos (milagres, profecias) bastará para persuadir o descrente.
A Escola da Revelação
Esta inclui pensadores como Agostinho, Calvino, Abraão Kuyper e E. J. Carnell. Estes reconhecem que as evidências objetivas são importantes na tarefa apologética, mas insistem em que o homem não-regenerado não pode ser convertido meramente pelo fato de ser exposto às provas. Será necessário um ato especial do Espírito Santo para permitir que as evidências sejam eficazes.
A escola da revelação, portanto, extrai sua percepção tanto da escola subjetiva quanto da escola da teologia natural. Da primeira, adquirem uma desconfiança da razão não regenerada, e da segunda, uma apreciação apropriada do papel dos fatos na fé cristã.
A Natureza do Antigo Testamento
No estudo do Antigo Testamento é impossível interpretar uma passagem deslocada do seu lugar e do sentido histórico.
A ênfase evolucionista dos críticos levou-os à convicção de que apenas pequenas porções do Antigo Testamento são dignas de estudo. Entretanto, para os escritores do Novo Testamento, o Antigo tinha outro valor, contemplaram a história dos hebreus no seu todo. Jesus sempre considerou as Escrituras como um todo e nunca como uma compilação.
Outros, por sua vez, diminuem o Antigo Testamento, quando o comparam com o Novo Testamento. Afirmam que, sendo o Novo Testamento o cumprimento do Antigo, o estudo das Escrituras judaicas é de pequena valia.
Os que pretendem entender o Novo Testamento ignorando o Antigo são passíveis de penalidades, pelas injustiças e incompreensões de suas interpretações. Tal atitude tem levado muitos eruditos a interpretar o Novo Testamento segundo a literatura e pensamento gregos, ignorando ou pretendendo ignorar o conceito e a natureza hebraica, que lhe deram origem.
Talvez a maior dificuldade que uma pessoa que deseja compreender o Antigo Testamento encontre seja justamente a inadequada compreensão de sua literatura. A menos que seja capaz de determinar se certa passagem é imaginação poética ou prosaica declaração de um fato, o significado da passagem deve permanecer em dúvida.
A Bíblia foi arbitrariamente dividida em capítulos, livros e versos que foram colocados para facilitar a leitura, entretanto o original não tinha nem capítulos nem versos.
Para sua interpretação, é preciso ter em conta: A posição histórica do escritor. Tanto quanto possível, deve-se conhecer a vida particular do autor e, se possível, os seus antecedentes; a língua original em que o autor se expressou; o contexto da passagem; a natureza da literatura, e as relações existentes com o seu futuro cumprimento.
Todo o Novo Testamento se encontra em grego. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico, exceto uns capítulos em em aramaico.
Os judeus foram extremamente zelosos em conservar a pureza original das Sagradas Escrituras. Não obstante, admite-se que alguns erros tivessem sido cometidos na transcrição dos manuscritos antes da época de Esdras e seus escribas.
O manuscrito completo mais antigo que possuímos da Bíblia hebraica data do ano 1000 a.C. mais ou menos, mas alguns dos manuscritos que possuímos são do século quarto da nossa era, escritos em grego. Existem alguns fragmentos de manuscritos em grego e hebraico datados do século segundo.
Os antigos hebreus escreviam sem vogais. O atual sistema foi inventado pelos escribas Massoretas. A ausência de vogais deu margem a muita ambigüidade, depois que o hebraico deixou de ser língua falada. A Septuaginta oferece evidências de que o texto era lido e entendido de modos diferentes.
A divisão que os judeus fazem do Antigo Testamento compreende três partes:
A Lei: os cinco livros de Moisés.
Os Profetas: Os primeiros profetas - Josué, Juizes, Samuel e Reis; e os últimos profetas - Jeremias, Ezequiel, Isaías e os doze profetas menores.
Os Escritos (Hagiógrafos), compreendendo: (1) Os Livros Poéticos: Salmos, Provérbios, Jó; e (2) os Cinco Rolos: Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes e Ester. (3) Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas.
Sumário da História do Cânon do Antigo Testamento
Moisés recebeu de Deus a maior parte do material contido na lei, e este material foi desde logo considerado autorizado. Quando o Deuteronômio foi encontrado, foi também considerado divinamente inspirado, pelo povo e pelo rei, isto em 621 a.C.
Ao tempo de Esdras e Neemias (cerca de 400 a.C.), a Lei tinha aceitação universal como livro inspirado entre os judeus. Certamente, deve ter sido assim considerado por muitos anos ou Séculos antes.
O Pentateuco Samaritano data do cisma realizado por ocasião da reconstrução da cidade de Jerusalém. Os samaritanos sustentam datar de 722 a.C. Todavia, mesmo que o manuscrito do Pentateuco Samaritano seja de data posterior, nada impede que o texto seja muito mais antigo.
Pelos escritos pós-exílicos concluímos que a Lei era há muitos anos considerada canônica.
Os Profetas deviam ter sido o segundo grupo de livros a ser aceito como divinamente inspirado.
Jesus Ben Siraque (cerca de 132 a.C.) escreve que os judeus tinham já três divisões na sua Bíblia: a Lei, os Profetas e os outros livros. Jesus Ben Siraque, o avô (cerca de 180 a.C.), menciona Jeremias, Isaías, Ezequiel e os doze Profetas Menores, e dá evidências de que o Cânon já estava fechado naquela época. Assim, como Cânon, a Bíblia Hebraica estava completa no ano 180 a.C.
Os Escritos ou Hagiógrafos foram o último grupo de livros a ser aprovado como um todo.
As referências em Macabeus, Josefo e em o Novo Testamento indicam que Jesus e os apóstolos possuíam o Antigo Testamento substancialmente, como nós o temos hoje.
Não há qualquer evidência de que os livros Apócrifos, que aparecem na Vulgata Latina, tivessem sido incluídos na coleção sagrada dos judeus. Jerônimo mesmo, que fez a versão, nega esta validade.
Se a revelação escrita contém erros, então dificilmente poderá cumprir seu propósito de transmitir aos homens a vontade de Deus. O raciocínio humano é competente, para julgar as evidências, para determinar se os próprios textos e os dados ali registrados se condizem com as reivindicações da sua origem divina.
Mas quando o raciocínio humano quer emitir seu julgamento sobre a revelação divina, tais julgamentos só poderiam ser válidos se quem julga possui um conhecimento da verdade que é superior aquele da própria revelação.
Portanto, a única maneira pela qual esta revelação pode chegar ao homem numa forma que possa ser empregada e merecedora de confiança, seria como revelação infalível.
A infalibilidade (ou a isenção de todo erro) só se reivindica para os manuscritos originais dos livros bíblicos. Forçosamente, eram isentos de todo e qualquer erro, se não, não poderiam ter sido inspirados por Deus.
Alguns erros de pena se introduziram nas primeiras cópias dos manuscritos originais, e erros adicionais conseguiram entrar nas cópias das cópias.
Há numerosos tipos de erros de manuscrito que o crítico textual pode descobrir nos manuscritos antigos do Antigo Testamento. um estudo cuidadoso das variações (ou leituras diferentes) dos vários manuscritos mais antigos, revela que nenhuma delas afeta uma única doutrina das Escrituras.
O sistema de verdades espirituais, contido no antigo Testamento em hebraico, não se altera nem se compromete por nenhuma das variações que têm sido achadas nos manuscritos de data mais antiga.
As duas cópias de Isaías descobertas em 1947 eram mil anos mais antigas do que o mais antigo manuscrito datado, previamente conhecido (980 d.C.), foi constatado que eram idênticos, palavra por palavra, à Bíblia hebraica, em mais do que 95% do texto. As variações, em 5%, consistem mormente de óbvios erros de pena e variações na ortografia.
Às vezes tem sido levantado o argumento de que as próprias Escrituras não reivindicam sua própria infalibilidade. Mas a investigação cuidadosa demonstra que a exatidão é inerente em cada parte de maneira que, como um todo, a Bíblia é infalível quanto à sua verdade, e final quanto à sua autoridade.
Antiguidade
Uma leitura superficial de Gênesis deixaria a impressão que o processo inteiro da criação levou seis dias de vinte e quatro horas cada. Se esta tivesse sido a verdadeira intenção do autor hebreu estaria em contradição com a pesquisa científica moderna, que indica que o planeta terra foi criado há vários bilhões de anos.
A teoria “época = dia”, pois, explica os seis dias da criação como sendo uma indicação do esboço geral da obra criadora de Deus, na formação da terra e dos seus habitantes.
Geólogos modernos concordam com Gênesis 1 nos seguintes detalhes:
A terra começou sua história numa forma confusa e caótica.
Surgiram as condições apropriadas à manutenção da vida.
A separação da terra do mar precedia a aparição da vida sobre o solo.
A vida vegetal já tinha surgido antes da primeira emergência da vida animal no período cambriano.
As formas mais singelas apareceram em primeiro lugar, e só posteriormente as mais complexas.
A raça humana surgiu como último e mais alto produto do processo da criação.
É verdade que o registro da criação do sol no quarto dia não corresponde à evidência de que a Terra tenha surgido depois da criação do sol. Mas desde que a criação da luz no primeiro “dia” indica a anterior existência do sol, devemos entender, que a ênfase do quarto dia era dada, não à criação original dos corpos celestes como tais, mas sim, à sua disponibilidade para a regulamentação do tempo e dos ciclos da rotação e revolução da terra e da lua.
O Criacionismo Bíblico e o Evolucionismo Moderno
Charles Darwin na sua obra A Origem das Espécies (1859), procurava a explicação da origem das espécies biológicas na seleção natural e não no desígnio de Deus. Isto é: a sobrevivência dos mais capazes. Cada geração demonstra ligeiras modificações e éstas novas características contribuem à formação de novas novas espécies.
Quanto à questão mais fundamental de todas, que é a origem da própria matéria e a origem da primeira forma de vida, Darwin disse “que provavelmente todos os seres orgânicos que já viveram nesta terra são descendentes duma forma primordial, na qual a vida foi originalmente soprada pelo Criador”.
As experiências de Gregor J. Mendel demonstraram que a gama de variações possíveis dentro duma espécie era estritamente limitada e não contribuía com qualquer progresso na direção do desenvolvimento duma nova espécie.
O mesmo veredicto precisa ser pronunciado contra a teoria de Jean Baptiste de Lamarck, da possibilidade de herdar características adquiridas, simplesmente porque não há maneira pela qual estas características possam afetar os genes.
Desde os dias de Darwin, nenhum progresso tem sido feito na solução dos problemas fundamentais da evolução. A seleção natural não pode esclarecer os inúmeros exemplos de adaptação, nos quais não há, aparentemente, nenhum estágio transitório.
Em resumo, a teoria darwinista explica os dados da biologia muito menos adequadamente do que a afirmação de Gênesis capítulo 1.
O abandono moderno da teoria darwiniana da diferenciação gradual como sendo o mecanismo pelo qual todas as classes e ordens de vida se evolveram, levou à substituição dum novo tipo de evolução (a teria dos quanta) que recebe o apoio da maioria dos cientistas de destaque dos nossos dias.
Mas a evolução emergente envolve fatores de mutação ou mudança tão súbita e radical, que pode ser classificada na categoria de mero credo filosófico incapaz de ser averiguando por métodos de laboratório, e de explicação seguindo princípios meramente mecânicos.
Austin H. Clark em "A Nova Evolução" (1930), menciona “a inteira falta de intermediários entre os principais grupos de animais" Disse mais: “Se estivermos dispostos a aceitar os fatos, teríamos que crer que nunca existiram tais intermediários, ou, noutras palavras, que estes grupos principais tiveram o mesmo relacionamento mútuo que até hoje conservam”.
Semelhantemente, G. G. Simpson indicou que cada uma das trinta e duas ordens de mamíferos apareceu subitamente na história paleontológica. Declarou: “Os membros de cada ordem já têm os característicos básicos ordinais desde seu exemplar conhecido mais primitivo, e em nenhum caso se conhece uma seqüência quase contínua duma ordem até outra” (“Ritmo e Modo na Evolução”, 1944).
Clark, Simpson e seus colegas modernos se refugiaram, pois, na teoria da evolução emergente, que afirma que novas formas dramáticas surgem ao mero acaso.
Darwin e seus colegas fizeram os maiores esforços para derrubar o argumento pela existência de Deus, baseado na evidência de haver desígnio na natureza, e exploraram todos os exemplos concebíveis de disteleologia e de falta de propósito que poderiam descobrir.
Por este motivo, o evolucionismo darwiniano tomou-se a filosofia oficial dos principais movimentos ateus do século vinte. Como filosofia ou cosmovisão envolve uma negação aberta de realidades espirituais, assim como rejeita também a existência dum Deus pessoal.
A Antiguidade da Raça Humana
Segundo estimativas modernas, o Homem de Swanscombe, o Pitecantropo, e o Sinantropo, viviam em qualquer época entre há 200.000 e 500.000 anos. Todos eles demonstram diferenças tão marcantes do Homo sapiens, como aquelas que comumente seriam consideradas aceitáveis para justificar uma distinção genética entre o gorila e o chimpanzé.
Quanto ao Homem de Neanderthal, que é datado entre há 50.000 e 100.000 anos, as diferenças esqueléticas entre este e o Homo sapiens são realmente do mesmo montante que aquelas que se aceitam como evidência válida de distinções específicas em outros grupos de primatas.
A Historicidade de Adão e a Queda
Questões têm sido levantadas quanto à seriedade de se aceitar a narrativa inteira sobre Adão e Eva como história literal. Muitos preferem considerá-la um simples mito ou fábula no qual o colapso moral do homem se descreve através dum episódio fictício escrito como ilustração do mesmo.
Nenhuma objeção decisiva, porém, tem sido levantada contra a historicidade de Adão e Eva, em bases históricas, cientificas ou filosóficas. O protesto tem sido baseado essencialmente em conceitos subjetivos de improbabilidade.
Não há nenhuma dúvida que os autores do Novo Testamento aceitaram a historicidade literal de Adão e Eva. A origem da raça humana é necessariamente assunto de revelação da parte de Deus, visto que nenhum registro escrito poderia remontar a uma época anterior à invenção da escrita.
O registro inspirado fala dum Adão e duma Eva literais, e não dá a mínima impressão que a narrativa seja mitológica na sua intenção. Certamente Cristo e os Apóstolos receberam-na como sendo história verdadeira.
O Dilúvio
Com a doutrina denominada uniformitarismo e o darwinismo; o Dilúvio foi rejeitado por motivos geológicos, biológicos e históricos. Os livros de texto destas ciências continuam ignorando-o totalmente, e qualquer pessoa que ainda continue seriamente defendendo a crença no Dilúvio universal encontra oposição, desprezo e o ridículo até mesmo em muitos setores da igreja.
Mas as provas intrínsecas da Bíblia constituem argumento que ninguém consegue refutar, a não ser os que entram no santuário do Livro Santo, com espírito pré-concebido. Estes agem assim, ou por solidariedade com alguém do passado que assim pensou, ou por achar a posição ortodoxa na Palavra de Deus, ridícula para uma época ultra científica como a nossa.
Platão, no seu “Timeo e Cricias” refere-se a um dilúvio ocorrido 9.000 anos antes de Sólon, ou seja, 11.500 anos até nossos dias. Pela prova do carbono 14 descobriu-se que há 11.500 anos, exatamente na época que Platão coloca o seu dilúvio, o nível do mar subiu repentinamente 122 m. Encontrou-se um inexplicável hiato na marcha da cultura, que coincide também com o tempo do dilúvio egípcio. Esse hiato estaria entre os períodos magdaleniense e neolítico, e isto está além da nossa história. Todavia, isso é mera hipótese.
Os Ocupantes da Arca foram oito pessoas. Os animais entraram na arca, como Deus lhe ordenara. Noé não precisou ir caçá-los. Em 6.20 temos o sentido amplo: “Das aves segundo as suas espécies, do gado segundo as suas espécies, de todo réptil da terra segundo as suas espécies, dois de cada espécie, virão a ti, para os conservares em vida”. Os seres das águas já estavam nas águas, eram das águas e nelas continuaram.
A narrativa do dilúvio no Gênesis não é a única do gênero. Tradições semelhantes encontram-se em quase todas as tribos da raça humana.
Essas narrativas, entraram a fazer parte de algumas regras religiosas. Tais tradições foram modificadas através dos séculos. Apesar das modificações, a verdade central ficou, em quatro aspectos principais:
1) Houve uma destruição universal da raça humana e de todos os outros seres viventes por meio de água;
2) Uma arca ou navio, foi o meio para preservar a raça humana;
3) Uma minoria foi poupada com a finalidade de preservar a raça humana;
4) A maldade humana como causa determinante do dilúvio.
O número de tradições sobre o dilúvio é considerável:
Os Persas tinham uma tradição que dizia que o mundo fora corrompido por Ahrimã, o Príncipe das Trevas. Foi necessário cobri-lo com um dilúvio para lavar suas impurezas.
Berosus, conta que no reinado de Xisuthros, o décimo rei da Babilônia, houve um grande dilúvio. Antes disto, o deus Kronos apareceu ao rei e o advertiu de que todos os homens pereceriam através de uma enchente. Ele lhe disse que construísse um navio e que levasse animais selvagens e aves e quadrúpedes.
O poema de Gilgamés foi escrito no tempo de Hamurabi (1900 a.C.). É um poema heróico. Escrito em acádico.
Na antiga cidade de Apamea na Frigia, havia uma coluna na qual se encontrava gravada a figura de uma arca que, de acordo com a tradição repousara exatamente naquele lugar. Encontrou-se também uma moeda que tinha um dos lados a figura de uma arca com a porta aberta e uma figura patriarcal recebendo uma ave que voltava. No outro lado encontra-se um homem com sua esposa saindo da arca e o nome “Noé”.
Segundo os gregos, Desejando Zeus destruir a humanidade, Deucalião, avisado por Prometeu, fez um cofre, no qual entrou com Pirra. Zeus fez cair uma grande chuva, que inundou a maior parte da Grécia. Cessando a chuva, saiu do seu cofre e ofereceu um sacrifício a Zeus. Ovídio preservou o dilúvio, em sua obra “Metamorphoses”.
Manetho, que viveu cerca de 250 a.C. conta que houve uma catástrofe mundial na qual alguém chamado Toth foi salvo. Com a tradição do Dilúvio os egípcios ligaram a homenagem aos mortos.
Os índios Papagos, os Arapaos e os Algonquins do nordeste do continente americano, conservam tradições sobre um dilúvio destruidor.
Herrera, um dos historiadores espanhóis da América, conta que até mesmo entre os nativos brasileiros mais bárbaros há algum conhecimento do dilúvio que foi geral. Que no Peru os velhos índios contavam que, muitos anos antes de existirem os incas, todas as pessoas se afogaram num grande dilúvio, salvando-se seis pessoas numa jangada. Que entre os mechoachens cria-se que uma única família foi preservada, durante o derramamento das águas, numa arca, com um número suficiente de animais para repovoar o novo mundo. Que os antigos habitantes de Cuba costumavam contar que um velho homem, sabendo que o dilúvio viria, construiu um grande navio e entrou nele com sua família e muitos animais;
Evidências na Geologia
A teoria conhecida como o "Choque das conchas", de Cesare Emiliani, baseia-se num protozoário chamado Foraminicefero em cuja carapaça registra-se o grau de salinidade e a temperatura da água. Por esse meio soube-se que as águas do Golfo do México receberam, num certo período, uma enorme massa de água doce proveniente do degelo da calota polar. Isso determinou grandemente o nível dos mares.
Evidências na Arqueologia
C. Leonard Woolley desenterrou a cidade de Ur dos Caldeus, pertencente à civilização sumeriana, e embaixo de uma grossa camada de argila uma outra cidade de edifícios permanentes, solidamente construídos, berço de um povo civilizado.
Woolley disse que entendeu logo que a grossa camada de argila fora depositada por uma inundação sem paralelo na história. Nenhum rio, por grande que fosse, nem inundação pequena, podia ter deixado aquele banco de argila. Isto marcou uma interrupção no curso da história local. Sem dúvida alguma, as provas do dilúvio.
Onde Está a Arca de Noé?
Plantada no sopé do Ararate há uma aldeia Armênia chamada Bayzit, cujos habitantes freqüentemente se referiam à estória de certo pastor, que dizia ter visto no Ararate, os restos de um colossal navio. Em 1833 o governo turco organizou uma expedição que escalou o Ararate e trouxe relatório parecendo confirmar a estória do pastor.
O Dr. Mouri, dignatário eclesiástico de Jerusalém e Babilônia, em 1892, visitando as nascentes do Eufrates, diz ter visto os restos de um navio.
Na Primeira Guerra Mundial, um aviador russo, chamado Roskowitzki, diz ter visto restos de um navio. Nicolas II, enviou para o Ararate uma expedição que viu a arca e a fotografou. Aconteceu, porém, que todos os documentos dessa expedição desapareceram durante a revolução de outubro.
Fernando Navarra, um espanhol, na companhia de seu filho Rafael, fez três viagens ao Ararate: 1952, 1953 e 1954. Diz ter encontrado a arca trouxe pedaços de madeira tiradas da arca, que foram submetidos a provas de laboratório e constatado ser verdadeira a sua versão.
O longo dia de Josué
O Livro de Josué registra vários milagres, como aquele que se vincula à prolongação em vinte e quatro horas do dia no qual se travou a batalha de Gibeom. Uma objeção tem sido levantada de que se a terra realmente tivesse deixado de girar durante um período de vinte e quatro horas, catástrofes inconcebíveis teriam ocorrido no planeta inteiro.
Enquanto as pessoas que crêem na onipotência de Deus dificilmente conceberiam que Deus não poderia ter evitado tais desastres. O versículo 13 declara que o sol “não se apressou a pôr-se, quase por um dia inteiro”. Apoiando esta interpretação, pesquisas revelam que fontes egípcias, chinesas e hindus conservam antigas narrativas dum dia prolongado.
Jonas
Do ponto de vista profético, a experiência de Jonas ao ser enterrado vivo no estômago da baleia serve como protótipo do enterro e da ressurreição do Senhor Jesus.
Quanto a credibilidade do Livro de Jonas, as argumentações em contrário não resistem um análise pormenorizado e a narrativa explica com clareza que a vontade e o poder do Deus onipotente estavam por trás de todo o acontecimento.
Em Mateus 12.40, Cristo diz: “Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da terra”.
E não há qualquer evidência objetiva que Jesus de Nazaré tivesse considerado esta experiência de Jonas como não sendo um fato histórico.