Resumo de FILOSOFIA
Warning: Undefined array key "admin" in /home3/teolo575/public_html/paginas/resumo.php on line 64
DISCIPLINA: ÉTICA-RESUMO
Alice Damasceno Santos
A ética é um dos seis sistemas tradicionais da Filosofia e também faz parte essencial da fé religiosa. Ética é a disciplina que se dedica ao estudo de padrões e de normas que devem ser seguidas por todas as pessoas que desejam conviver em sociedade. Em se tratando de política, é a arte de governar, é o empenho na realização do bem comum, do bem da coletividade de uma população, é a arte e a sabedoria de ganhar apoio dos cidadãos para conquistar e de manter estável o poder. Lógica é uma ciência de grande importância nas operações intelectuais para o conhecimento da verdade, estuda os processos e as condições da verdade de todo e qualquer raciocínio. A gnosiologia conhecida como teoria do conhecimento originou-se do grego “gnosis”, refere-se ao conhecimento adquirido por revelação divina, a gnosis opõe-se a pistis, ou mera crença. A estética é a ciência da criação artística, a busca pelo prazer onde bom é aquilo que é belo, simpático ou agradável. Metafísica estuda tudo que transcende o mundo físico ou natural desde o próprio sistema aristotélico. O termo ética no grego ethos = costume, disposição, hábito . No latim, mos (moris) = vontade, costume, uso, regra. Ética, define-se como parte da filosofia que trata dos costumes do homem. Os códigos morais são costumes que regem a conduta dos membros de uma sociedade garantindo-lhes bem estar através dos princípios de conveniência geral. A conduta moral da humanidade tem se desenvolvido ao longo do tempo em um processo de incorporação progressiva. Todas as culturas justificam suas condutas morais através de mitos, muitos acreditam que só há moral onde houver religião, oque torna confusa ética com teologia moral. Na ética pré-socrática destacaram-se vários filósofos que viveram na Grécia por volta do século VI a.C; Pitágoras (580 a.C.-500 a.C) afirma que a verdadeira substância original é a alma imortal, que preexiste ao corpo e no qual se encarna como em uma prisão, como castigo pelas culpas da existência anterior, Píndaro (528-438) em seu Olímpios, postula o conceito interessante de que este mundo e o vindouro são, reciprocamente, lugares de recompensa e castigo, Xenófanis (494), ensinou o monoteísmo; afirmou que o homem é responsável por seus atos e seu código era semelhante aos Dez Mandamentos do Antigo Testamento, Anaximandro de Mileto ´foi considerado o fundador da astronomia e o primeiro pensador a desenvolver uma cosmologia, ou visão filosófica sistemática do mundo, Protágoras (480-410), um sofista da antiguidade grega, que rompeu o vínculo entre moralidade e religião. Para ele, os fundamentos de um sistema ético dispensam os deuses e qualquer força metafísica, estranha ao mundo percebido pelos sentidos. A ética na filosofia clássica da Grécia Antiga (De 470 a 320 a.C.), deve aos sofistas e a Sócrates suas preocupações metafísicas e seus interesses políticos em criar uma sociedade harmoniosa e justa que pudesse formar o ser humano de acordo com a sabedoria. Eles pretendiam substituir a educação de formação de guerreiros por uma pedagogia destinada a formação de cidadão democrático ateniense, e ao aprendizado da arte da retórica. Para Sócrates a especulação filosófica devia se voltar para o homem e tudo o que fosse humano, como a ética e a política, e que a filosofia não era possível enquanto o indivíduo não se voltasse para si próprio e reconhecesse suas limitações. "Conhece-te a ti mesmo" era seu lema. Segundo Sócrates, a sabedoria é o poder da alma sobre o corpo, a temperança ou o domínio de si, para assim alcançar a ciência do bem. Considerado fundador da ética, Sócrates defendeu uma moralidade autônoma, independente da religião e exclusivamente fundada na razão, ou no logos. Discípulo de Sócrates Platão nasceu em Atenas por volta do ano 428 a.C, para ele as ideias objetos do conhecimento intelectual, a realidade metafísica e a função da Filosofia seria libertar o homem do mundo das aparências, para o mundo real, das essências. Platão é considerado o iniciador do idealismo. Com a morte de Sócrates Platão com sua experiência política concluiu que não seria possível ser justo na cidade injusta e que a realização da filosofia envolve a educação do homem bem como a reforma da sociedade. Os pensamentos de Platão dominam a filosofia cristã e medieval. Platão morreu em Atenas, em 348 ou 347 a.C. Discípulo de Platão e de Sócrates, Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) foi o primeiro filósofo a distinguir a ética da política, onde a ética é centrada na ação voluntária e moral do indivíduo enquanto tal, e a política nas vinculações deste com a sociedade. Em sua ética, os fundamentos da moralidade se deduzem daquilo que é mais peculiar ao homem: razão (logos) e atuação (enérgeia), os dois pontos de apoio da ética aristotélica. Segundo Aristóteles o homem só será feliz se suas ações forem marcadas pela virtude, que pode ser adquirida através da educação. Epicuro nascido no ano 341 a.C. formulou os princípios denominados epicurismo, os quais visavam alcançar sabedoria e felicidade, uma das fórmulas práticas recomendadas pelo epicurismo era rejeitar o medo da morte e dos deuses para atingir a ataraxia. A ataraxia é alcançada pelo prazer sensorial o qual fundamenta-se na retirada das dores físicas e das perturbações da alma. A ética de Epícuro deu inicio ao hedonismo pelo qual se alcança a felicidade através do prazer moderado. A ética dos estoicos atribui à virtude o único bem da vida e prega que devemos viver conforme a natureza, que se identifica com razão.
A ética cristã predominante na Idade Média consiste em valores religiosos baseados no amor ao próximo e que a felicidade é um objetivo do homem que para atingi-la é necessária à prática do bem. Os filósofos cristãos consideram que o ser humano tem destino predeterminado por Deus, sendo Ele o principio da felicidade e da virtude e os discernimentos de bem e mal estão ligados à fé e à esperança de vida eterna. A ética iluminista surgiu entre a Idade Média e a Moderna, período em que o Homem do Renascimento o estadista e escritor Nicolau Maquiavel rompeu com a moral cristã medieval, estudou meios e fins da ação política observando estritamente a sua realidade. Segundo o princípio de Maquiavel, em política, os fins justificam os meios e a ética do estado é a do bem público: em sua obra, o príncipe tudo pode, e tudo deve fazer, se tiver por meta a felicidade de seu povo. Os filósofos que se destacaram na discussão da ética foram o francês Jean-Jacques Rousseau, segundo ele o homem é bom por natureza e seu espírito pode sofrer aprimoramento sem restrição. A ética para Kant é a obrigação de agir de acordo com as regras universais, comum a todos os seres humanos por serem derivadas da razão. Para Hegel a ética é subjetiva ou pessoal e objetiva ou social. A primeira é uma consciência de dever; a segunda, formada por costumes, leis e normas de uma sociedade. Na dialética hegeliana, o sujeito é a Ideia, Razão ou Espírito absoluto, que é a totalidade do real, incluindo o próprio homem como um seu atributo. A sua atividade moral é uma fase do desenvolvimento do Espírito ou um meio pelo qual o Espírito se manifesta e se realiza. Esse processo desenvolve-se em etapas que correspondem respectivamente a lógica, à filosofia natural e a filosofia do espírito. Friedrich Wilhelm Nietzsche também foi um dos críticos que influenciou filósofos, teólogos, psicólogos e escritores do século XX, mas principalmente a ética cristã. Para Nietzsche o valor supremo deve conduzir o critério do que é bom, sendo que bom é o que vem da vontade de potência, é mau o que vem da fraqueza. A ética contemporânea valorizou a autonomia do indivíduo em busca de valores subjetivos e ao reconhecimento do valor das paixões e conduziu ao individualismo intensificado e a anarquia dos valores o que sucedeu na descoberta de situações particulares com suas respectivas morais. O pragmatismo é um método que se caracteriza pela sua identificação da verdade com o útil, em se tratando daquilo que melhor ajuda a viver e a conviver. Referindo-se a ética, considerar algo bom significa afirmar que esse algo conduz eficazmente a obtenção de um fim que alcança o êxito, reduzindo assim o comportamento moral aos atos que levam ao êxito pessoal, o que torna o pragmatismo um método egoísta. A ética formal preocupa-se com o motivo da ação e não com o resultado da conduta. Ou seja, não se prende a resultados. A ética formal é também conhecida como ética Kantiana, por ter como seu precursor Immanuel Kant. Segundo Kant, não se deve analisar apenas a adequação da conduta à norma, mas, procurar desvendar o valor ético da ação empregada. Dualismo ético é um sistema filosófico que admite dois princípios para a origem do mundo. São dualistas as religiões ou doutrinas que admitem um ser divino criador do bem e outro ser criador do mal. Em sentido religioso considera-se dualista a filosofia pitagórica e em sentido ético as teorias que discernem como inconciliáveis o bem e o mal.
A ética é uma crítica, uma reflexão, um juízo sobre a moral, realizado pela consciência do bem, um juízo orientado pela virtude. Sua finalidade maior é o bem, a virtude, e a felicidade pela garantia da integralidade humana. A moral é norma, regra, lei de conduta de um grupo, visa exclusivamente aos fins. Através das regras vêm os princípios, a direção de Deus é a base adequada para a ação. Ele promete graça para cobrir nossos erros éticos e morais cometidos inevitavelmente e conscientemente. Padrão moral é o conjunto de crenças e julgamentos sobre o que é certo ou errado fazer.
A manipulação genética tem sido utilizada para a produção de proteína de alto valor econômico. Muitas dentre elas; insulina, hormônio do crescimento e interferon, sendo atualmente produzidas por células em cultura. A engenharia genética também conhecida como bioengenharia, é um conjunto de tecnologias, baseadas na tecnologia do DNA recombinante, utilizada para alterar a composição genética de um ser vivo para produzir organismos novos ou melhores. As técnicas de manipulação genéticas e suas aplicações têm alcançado diversas áreas como a medicina, a agricultura e a pecuária. Suas aplicações em seres humanos levanta um conjunto de questões éticas, morais, sociais e espirituais sobre a modificação do genoma humano. Jacob e Jacques Monod deduziram o processo pelo qual o ADN rege a síntese de proteínas nas células bacterianas o qual foi o fundamento da disciplina que ficou conhecida como engenharia genética. A engenharia genética permite manipular diretamente genes de determinados organismos, possibilitando isolar e transferir genes responsáveis pela produção de certas substâncias, para outros seres vivos que não produzam essas substâncias, de formas a funcionarem nesses seres. A engenharia genética estuda o patrimônio genético e a biodiversidade existente no meio ambiente, concretizada na prática da atividade de produção e manipulação de moléculas de ADN/ARN recombinante. ADN (ácido disoxirribunocléico) e ARN (ácido ribunocléico), material genético que contém informações que determinam as características hereditárias transmissíveis a descendência. A engenharia genética apresenta problemas éticos e legais, que resultam da possibilidade de se manipular a herança genética do homem com fins eugênicos, ou para criar uma espécie nova por meios não naturais. A ética na politica ao longo dos anos tem vem adquirindo novas formas de valores e atualmente encontra-se numa crise de valores deturpados pela ganancia, pela corrupção moral e pela impunidade, causando inconformismo ao País que clama por justiça. A Transparência Brasil é uma ONG especializada no tema Movimento da Cidadania contra a Corrupção e em Defesa do Brasil, que já está em curso em prol da urgência ética. Independentemente de religião o cidadão evangélico deve ser orientado a votar conscientemente, visando propostas que serão favoráveis ao bem comum da sociedade e não aos seus interesses individuais ou da igreja. A pena capital ou seja, a pena de morte que na antiguidade era aplicada para punir os piores crimes, tem sido questionada de várias formas. Há os que dizem que a Pena capital foi divinamente instituída por necessidade, e os que a consideram bárbara e anti-cristã. A primeira referência a pena capital encontra-se no Antigo Testamento em Gênesis 9:6 “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem.” No Novo Testamento Jesus reafirmou a sua origem no Sermão da Montanha “Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir.” Continuando, Jesus acrescentou: “Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não matarás,’ e: ‘Quem matar estará sujeito a julgamento (pela pena capital).’ Algumas objeções a pena de morte tem surgido pelos que se opõe a ela. Do ponto de vista bíblico temos o caso de Caim que matou seu irmão cujo sangue clamou a Deus por justiça, o princípio bíblico é que somente outra vida pode satisfazer a justiça de uma vida perdida. A mulher apanhada em adultério a qual Jesus se recusou a entrega-la ao julgamento de morte, mas disse-lhe: “Vai e não peques mais” (Jo 8.11). A cruz de Cristo e a Graça perdoadora é contraposta contra a pena capital sustentando que Deus não deseja castigar os homens com a pena de morte, pois todos os nossos crimes foram pregados na cruz do calvário. Cristo cumpriu a lei e satisfez a justiça de Deus. Erros cometidos na aplicação da pena capital não argumentos suficientes para aboli-lo, porém deve ser executada mediante aplicação de correto processo jurídico e se confirmado a culpa do réu, que se faça justiça. De acordo com os padrões da moralidade sexual o cristão precisa ser moral e sexualmente puro ou seja deve abster-se de qualquer relacionamento sexual ilícito que contamine a pureza de sua pessoa na presença de Deus, e isso vale para os solteiros tanto quanto para os casados, “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará” (Hb 13.4). A música no culto é importante se compartilhada com todos, ela faz parte do culto e através dela glorificamos a Deus, porém não devem ser adaptadas do mundo do contrário só serviriam para satisfazerem os ouvidos e o coração continuaria vazio. A bíblia manda que cultuemos a Deus com ética “Guarda o teu pé quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que faz mal” (Ec 5.1). Doença são males que acometem o corpo ou o espírito das pessoas como consequência da desobediência a Deus, sendo que, algumas serão para a glória de Deus, pois serão curadas mediante a fé, pelos dons espirituais, ou pela mão dos homens conforme a vontade de Deus. O Senhor é quem dá a vida e somente ele pode tirá-la, o homem não tem poder sobre ela e não tem o direito de por fim a ela. A eutanásia é sem fundamento cristão, e embora este sofra com tamanha enfermidade, deverá ser paciente esperando a vontade de Deus em sua vida. No entanto deverá ser conscientizado quanto ao seu sofrimento e sua disposição quanto ao tratamento devem ser respeitadas. A doação de órgãos além de um dever cristão também demonstra amor ao próximo.
Deus chama o homem para fazer a sua obra, independente de suas qualificações, Ele capacita-os de forma a poderem desenvolver seu ministério por isso todos os que são chamados são exortados a buscar o poder do Espírito Santo e devem ser vocacionados e chamados por Deus dispostos a servi-lo. A vocação consiste em ser obediente a voz do Senhor, consciente de que passará por sacrifícios e sofrimentos para fazer a obra. O pastor deve seguir as características de Jesus Cristo para que assim possa desenvolver seu ministério, e segundo a bíblia, tendo cuidado de si mesmo e da doutrina (1Tm 4.16). Entre outros recursos a Bíblia é o instrumento indispensável do pastor ela deve estar em sua mão e também no seu coração, para que possa estar preparado para exortar e ensinar. Sua vida particular deve ser pautada pela santificação, visto que Deus é Santo e foi Ele quem o chamou. O pastor assim como todo crente, é morada do Espírito Santo. Ao pastor cabe vigiar para não tropeçar nos pecados da língua como; conversação torpe, crítica, cólera, irreverência ou profanação, leviandade, mentira, murmuração. Além disso, existem perigos que rondam a vida do pastor como; dinheiro, egoísmo, falsidade, imoralidade, inveja, orgulho espiritual, orgulho intelectual, orgulho material e preguiça. Para manusear a Bíblia o pastor precisa aprender a se comunicar de forma adequada para que esteja apto a dirigir seus ensinamentos á igreja e as massas. Da mesma forma também deve saber aproveitar seu tempo, não se deixando levar pela sonolência espiritual, pois o tempo é precioso e irrecuperável. Todo rebanho precisa de um pastor e Jesus querendo que seu rebanho fosse apascentado, guiado e protegido, disse a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.17). Jesus não precisou de púlpito para pregar suas mensagens. Não é o púlpito com sua ornamentação, nem a arte de retórica que fazem o bom pastor, o pregador é o próprio sermão em um púlpito por isso deve seguir as condutas de pregador impostas pela ética. O culto deve iniciar com uma breve oração, em seguida o cântico de hinos pré-selecionados antecedendo a leitura da Palavra de Deus, que deve basear-se principalmente nos Salmos e nos Evangelhos. Após a leitura segue-se a oração intercessória. Neste inicio de culto serão feitos; a apresentação dos visitantes, os anúncios e em seguida o levantamento das ofertas e dízimos. O restante do tempo é prioridade da mensagem da Palavra de Deus, e após o apelo ao pecador para aceitar a Cristo o pastor ministra a benção apostólica encerrando o culto. O pastor como ministro de Deus desempenha tarefas de conselheiro, de administrador e de líder. O líder pode desenvolver vários estilos como; autocrático, burocrático, democrático, laissez-faire, paternalista, participativo. Conforme a conquista da liderança assim é o preço a ser pago. Assim também há preço a ser pago ao administrar o nosso tempo, pois nessa administração inclui-se um tempo reservado para estarmos sós com Deus. A mocidade da igreja é a força vital, João declara-os fortes: “Jovens, sois fortes” (1Jo 2.14). Deve-se aproveitar essa força em benefício da igreja na tarefa de evangelização sob orientação do pastor. Os jovens terão que ser trabalhados a partir da adolescência, nesse período eles encontram-se vulneráveis e estão expostos a perigos, somente um encontro com Cristo os ajudará a atravessar essa etapa de novas descobertas que tendem a deturpar a consciência da juventude.