Resumo de FILOSOFIA
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FACULDADE TEOLÓGICA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS
FILOSOFIA
CONCEITOS BÁSICOS DE FILOSOFIA
O homem sempre se questionou sobre temas como a origem e o fim do universo, as causas, a natureza e a relação entre as coisas e entre os fatos. Essa busca de um conhecimento que transcende a realidade imediata constitui a essência do pensamento filosófico, que ao longo da história percorreu os mais variados caminhos, seguiu interesses diversos, elaborou muitos métodos de reflexão e chegou a várias conclusões, em diferentes sistemas filosóficos.
As novas condições impostas ao mundo grego tornam impossível a participação do indivíduo no governo da polis, que o cidadão helênico conhecera sobre tudo na fase Democrática. O conhecimento deixa de ser preparação para a atividade política (como fora em Platão), passando a se ocupar do aprimoramento interior do homem. Distanciada das preocupações políticas, a Filosofia aspira ao estabelecimento de normas universais para a conduta humana e se propõe a dirigir as consciências: o problema ético torna-se o centro da especulação de diferentes, correntes filosóficas.
O caráter de religiosidade, que se tornará evidente no pensamento ocidental a partir do século I d.C, afirma-se antes em centros orientais da cultura helenística, como Alexandria. Manifesta-se então acentuada tendência à fusão ou ao sincretismo religioso. Ao mesmo tempo, ocorre o confronto entre duas tradições: a greco-romana, formulada através de filosofias dotadas de alto índice de racionalização, e a da religiosidade oriental, fundada — como no judaísmo e no cristianismo — na noção de "verdade revelada". Os primeiros efeitos da repercussão do espírito religioso sobre a filosofia manifestam-se nos judeus alexandrinos
(do século II a.C. ao I d.C), nos neopitagóricos e platônicos pitagorizantes (entre os séculos I a.C. e III d.C.) e nos últimos defensores do pensamento e da religião do politeísmo: os neoplatônicos do século II ao século VI d.C.
GRANDES PERÍODOS DA FILOSOFIA
Pré-socráticos são os filósofos anteriores a Sócrates, que viveram na Grécia por volta do século VI a.C., considerados os criadores da filosofia ocidental.
Os físicos da Jônia, como Tales de Mileto (624 a.C.-545 a.C.), Anaximandro (610 a.C.-547 a.C.), Anaxímenes (585 a.C.-525 a.C.) e Heráclito (540 a.C.-480 a.C.),
Pitágoras (580 a.C.-500 a.C) afirma que a verdadeira substância original é a alma imortal, que preexiste ao corpo e no qual se encarna como em uma prisão, como castigo pelas culpas da existência anterior.
Discípulo de Sócrates, Platão (427 a.C.?-347 a.C.?) afirma que as idéias são o próprio objeto do conhecimento intelectual, a realidade metafísica (ver Platonismo).
Seguidor de Platão, Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) aperfeiçoa e sistematiza as descobertas de Platão e Sócrates. Desenvolve a lógica dedutiva clássica (formal), que postula o encadeamento das proposições e das ligações dos conceitos mais gerais para os menos gerais.
Filosofia pós-socrática de 320 a.C. até o início da era cristã
Filosofia medieval
Ao retomar as idéias de Platão, Santo Agostinho (354-430) identifica o mundo das idéias com o mundo das idéias divinas. Através da iluminação, o homem recebe de Deus o conhecimento das verdades eternas. Esta corrente da Filosofia e seus desenvolvimentos são conhecidos como patrística, por ser elaborada pelos padres da Igreja Católica. (O grande mentorizador)
Filosofia moderna
A desintegração das estruturas feudais, as primeiras grandes descobertas da Ciência – como o heliocentrismo de Galileu Galilei e as leis das órbitas planetárias de Kepler – e a ascensão da burguesia assinalam a crise do pensamento medieval e a emergência do Renascimento.
Renascimento
As grandes transformações culturais, econômicas e sociais dos séculos XV e XVI afetaram também a filosofia, que, de monopólio até então quase exclusivo da classe universitária (“escolástica” é o mesmo que “escolar”)
Filosofia Contemporânea
A partir do começo do século XX teve início uma reflexão radical sobre a natureza da filosofia, sobre a determinação de seus métodos e objetivos. No que diz respeito ao método, destacaram-se as novas reflexões sobre a epistemologia ou ciência do conhecimento surgidas a partir do estudo analítico da linguagem e o impulso dado à filosofia da ciência.
GRANDES MOMENTOS FILOSÓFICOS
Atomismo
Atomismo, no sentido lato, é qualquer doutrina que explique fenômenos complexos em termos de partículas indivisíveis. Enquanto as chamadas teorias holísticas explicam as partes em relação ao todo,
Atomismo clássico
A teoria atomista foi desenvolvida no século V a.C. por Leucipo de Mileto e seu discípulo Demócrito de Abdera. Com extraordinária simplicidade e rigor, Demócrito conciliou as constantes mudanças postuladas por Heráclito com a unidade e imutabilidade do ser propostas por Parmênides.
Dialética
Com a mesma raiz da palavra diálogo, dialética pode significar dualidade, mas também oposição de razões, atitudes ou argumentos. A idéia de oposição, antítese ou contradição, porém, embora essencial à noção de dialética, não esgota seu significado.
Empirismo
Empirismo é a doutrina que reconhece a experiência como única fonte válida de conhecimento, em oposição à crença racionalista, que se baseia, em grande medida, na razão.
Caracterização
Nem sempre é fácil distinguir empirismo e ceticismo. Considerado o fato de que o empirismo não participa da dúvida universal, muitos entendem válida sua conceituação como forma expressiva de dogmatismo. Todavia a dificuldade de caracterizá-lo decorre do número elevado de suas ramificações.
Histórico
O empirismo moderno tem como seus principais representantes John Locke, Thomas Hobbes, George Berkeley e David Hume. Mas não se esgota aí o movimento.
Epicurismo, Epistemologia, O problema do conhecimento, Formas de conhecimento, Doutrinas sobre o conhecimento, Conhecimento científico, Antiguidade clássica,
Marxismo
Fruto de décadas de colaboração entre Karl Marx e Friedrich Engels, o marxismo influenciou os mais diversos setores da atividade humana ao longo do século XX, desde a política e a prática sindical até a análise e interpretação de fatos sociais, morais, artísticos, históricos e econômicos, e se tornou doutrina oficial dos países de regime comunista. Marxismo é o conjunto das idéias filosóficas, econômicas, políticas e sociais que Marx e Engels elaboraram e que mais tarde foram desenvolvidas por seguidores. Interpreta a vida social conforme a dinâmica da luta de classes e prevê a transformação das sociedades de acordo com as leis do desenvolvimento histórico de seu sistema produtivo.
Positivismo
Ao surgir no século XIX, quando as descobertas científicas e os avanços técnicos faziam crer que o homem podia dominar a natureza, o positivismo opôs às abstrações da teologia e da metafísica o método experimental e objetivo da ciência.
Ideologia e movimento filosófico fundado por Auguste Comte, o positivismo tem como base teórica os três pontos seguintes: TODO, EXISTE E TODO; O positivismo é produto direto de sua época. Com a revolução industrial já plenamente realizada, em pleno florescimento das ciências experimentais, que conquistavam progressivamente mais e mais espaço, em detrimento da especulação racionalista, Comte tentou a síntese dos conhecimentos positivos de seu tempo. Era recente e estrondoso o triunfo da física, da química e de algumas idéias biológicas. Com intenção de reforma social, o pensamento de Comte pretendeu ser um comentário geral sobre os últimos resultados das ciências positivas.
Positivismo no Brasil
A ação do positivismo no Brasil lançou-se contra a posição filosófica de base espiritualista, então a única existente. Nesse combate, estava o positivismo ao lado do materialismo e do evolucionismo, que tinham lugar destacado entre os pensadores da época. A influência positivista, que foi preponderante nessa fase de renovação das idéias filosóficas no Brasil.
Consequentemente, a filosofia pode ser dividida em três partes que se articulam. Em primeiro lugar, a lógica, que permitiria distinguir quais as formas de conhecimento verdadeiro, quais as falsas. Em segundo lugar — com base nas soluções indicadas pela lógica —, uma física que mostrasse a verdadeira estrutura da realidade na qual se insere o homem. A lógica e a física constituiriam, assim, as disciplinas preliminares a possibilitar a descoberta dos fundamentos da ética. Esta seria a terceira parte da filosofia e seu objetivo último, constituindo a chave para abrir as portas da felicidade.
Lembra-te de que a Filosofia quer apenas os dons que a tua natureza quer, ao passo que tu quiseras outra coisa não concorde com a natureza. Que há, com efeito, mais atraente que eles? Não é com seus atrativos que o prazer ilude? Bem, examina se não são mais atraentes a grandeza de alma, a liberdade, a lhanura, a nobreza de sentimentos, a piedade. Que há mais fascinante que a própria sabedoria, quando refletimos nos passos em tudo firmes e prósperos da faculdade de observar e conhecer?
AGOSTINHO APOLINÁRIO DO CARMO
DOUTORANDO EM TEOLOGIA CRISTÃ
INSCRITO 2018103559/2018