Resumo de FILOSOFIA
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FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA
RESUMO
JAIR CÁSSIO FARIA
CURSO LIVRE DE GRADUAÇÃO
BACHARELADO
DISCIPLINA: FILOSOFIA
CONCEITO GERAL DE FILOSOFIA CRISTÃ
A palavra filosofia advém do grego, e significa “amor por sabedoria”. A própria palavra indica dois conceitos: amor (ou paixão) e sabedoria (compreensão e conhecimento), ensinando-nos que um grande pensador é aquele que sente paixão pela verdade e amor por ideias. O termo deriva do grego phílos (“amigo”, “amante”) e sophía (“conhecimento”, “saber”).
A filosofia busca mostrar o sentido das coisas. Ela faculta ao homem dar um passo adiante em suas perguntas. A origem das coisas e em especial do próprio ser humano enquanto seu fim ou o propósito da vida é uma das principais perguntas da Filosofia.
Essa busca de um conhecimento que transcende a realidade imediata constitui a essência do pensamento filosófico, que ao longo da história percorreu os mais variados caminhos, seguiu interesses diversos, elaborou muitos métodos de reflexão e chegou a várias conclusões, em diferentes sistemas filosóficos.
O estudo da Filosofia requer um engajamento com o mundo, com ideias, conceitos e pensamentos. Na realidade, todos nós estamos constantemente imersos em alguma forma de filosofia. Isto é, somos seres curiosos por natureza. É de nosso interesse descobrir mais a respeito de nós mesmos e a respeito do mundo e da vida. O grande filósofo Aristóteles acreditava que o início da filosofia é a curiosidade, o questionamento. De fato, as crianças têm o hábito de questionar as coisas até mais que a maioria dos adultos. Elas são naturalmente curiosas. Estão sempre fazendo perguntas, querendo saber o porquê das coisas. À medida que envelhecemos, passamos a aceitar o mundo pelo o que ele é, e não mais a buscar respostas para perguntas. Passamos a aceitar a situação atual do mundo e adotamos muitas das crenças da sociedade na qual vivemos. Infelizmente, muitos adultos perdem a curiosidade, deixam de questionar o mundo e não mais buscam respostas a respeito das questões fundamentais da vida.
O propósito do estudo da Filosofia é o de ajudar o ser humano a adquirir uma melhor compreensão sobre a humanidade e sobre o mundo como um todo. A Filosofia fez parte de praticamente toda grande civilização. O estudo da Filosofia, os filósofos e suas ideias, têm mudado o curso do mundo, às vezes de uma forma sutil, às vezes de modo explícito e evidente. As ideias de democracia na Grécia antiga e as ideias do socialismo implantadas no início do século XX são exemplos de como ideias moldam a sociedade humana e o próprio curso da História. No século XX, as ideias a respeito de direitos humanos influenciaram a legislação de muitos países. Por exemplo, após a Segunda Guerra Mundial, ocorreram os Julgamentos de Nuremberg, onde os perpetradores do Holocausto foram condenados por crimes contra a humanidade. É inegável que culturas e sociedades são definidas pelos seus princípios e ideias filosóficas.
A Filosofia diz respeito a praticamente todo aspecto da vida humana. A Filosofia tem algo a dizer sobre as Ciências, a Arte, a Religião, a Política, a Medicina, etc. O estudo da Filosofia nos ajuda a pensar de forma mais clara e a chegar a conclusões mais confiáveis.
Por meio do estudo da Filosofia, as pessoas questionam seus pontos de vista, suas assunções, seus pensamentos e crenças. Um dos maiores propósitos de considerar ideias antigas e modernas é o de chegar a conclusões confiáveis a respeito do mundo e de nós mesmos.
Portanto, uma definição poderia ser:
“Uma busca da sabedoria, conceito que aponta para um saber mais profundo e abrangente do homem e da natureza, que transcende os conhecimentos concretos e orienta o comportamento diante da vida. A filosofia pretende ser também uma busca e uma justificação racional dos princípios primeiros e universais das coisas, das ciências e dos valores, e uma reflexão sobre a origem e a validade das idéias e das concepções que o homem elabora sobre ele mesmo e sobre o que o cerca.” (Texto original da apostila)
Evolução da filosofia
Como todo disciplina, a Filosofia teve sua evolução. Nascida já num campo dialético entre antagonismos empiristas x racionalistas, materialistas e ainda visões especulativas, tentou ao longo do tempo alcançar um visão totalizante da realidade, porém, ainda se encontra em processo de busca.
Originária desse as culturas mais antigas, orientais, buscava respostas sobre a origem das coisas, principalmente do ser humano. Observando que os antigos narradores -- Homero, Hesíodo -- só transmitiram tradições, sem dar nenhuma prova de suas doutrinas, Aristóteles, um dos fundadores da filosofia ocidental, distinguiu entre filosofia e mito dizendo ser próprio dos filósofos o dar a razão daquilo que falam.
OS GRANDES PERÍODOS DA FILOSOFIA
Filosofia pré-socrática
Filósofos anteriores a Sócrates, que viveram na Grécia por volta do século VI a.C., criadores da filosofia ocidental. Preocupação com a natureza e o cosmos. Nova mentalidade, baseada na razão, e não mais no sobrenatural e na tradição mítica. A escola jônica (ou escola de Mileto), eleática, atomista e pitagórica são as principais do período. Os físicos da Jônia, como Tales de Mileto (624 a.C.-545 a.C.), Anaximandro (610 a.C.-547 a.C.), Anaxímenes (585 a.C.-525 a.C.) e Heráclito (540 a.C.-480 a.C.), procuram explicar o mundo pelo desenvolvimento de uma natureza comum a todas as coisas e em eterno movimento. Heráclito, considerado o mais remoto precursor da dialética, afirma a estrutura contraditória e dinâmica do real. Os pensadores de Eléa, como Parmênides (515 a.C.-440 a.C.) e Anaxágoras (500 a.C.-428 a.C.), ao contrário de Heráclito, dizem que o ser é unidade e imobilidade e que a mutação não passa de uma aparência. Para Parmênides, o ser é ainda completo, eterno e perfeito.
Filosofia clássica (de 470 a 320 a.c.)
A Filosofia da Grécia Antiga teve nos sofistas e em Sócrates seus principais expoentes.
Os sofistas, filósofos contemporâneos de Sócrates, como Protágoras de Abdera (485 a.C.-410 a.C.) e Górgias de Leontinos (485 a.C.-380 a.C.), acumulam conhecimento enciclopédico e são educadores pagos pelos alunos. Pretendem substituir a educação tradicional, destinada a formar guerreiros e atletas, por uma nova pedagogia, preocupada em formar o cidadão da nova democracia ateniense. Com eles, a arte da retórica – falar bem e de maneira convincente a respeito de qualquer assunto – alcança grande desenvolvimento.
Conhecido somente pelo testemunho de Platão, já que não deixou nenhum documento escrito, Sócrates (470 a.C.?-399 a.C.) desloca a reflexão filosófica da natureza para o homem e define, pela primeira vez, o universal como objeto da Ciência. Dedica-se à procura metódica da verdade identificada com o bem moral. Seu método se divide em duas partes. Pela ironia (eironéia, do grego: perguntar), ele força seu interlocutor a reconhecer que ignora o que pensava saber. Descoberta a ignorância, Sócrates tenta extrair do interlocutor a verdade contida em sua consciência (método denominado de maiêutica).
Discípulo de Sócrates, Platão (427 a.C.?-347 a.C.?) afirma que as idéias são o próprio objeto do conhecimento intelectual, a realidade metafísica (ver Platonismo). Para melhor expor sua teoria, utiliza-se de uma alegoria, o mito da caverna, no qual a caverna simboliza o mundo sensível, a prisão, os juízos de valor, onde só se percebem as sombras das coisas. O exterior é o mundo das idéias, do conhecimento racional ou científico. Feito de corpo e alma, o homem pertenceria simultaneamente a esses dois mundos. A tarefa da Filosofia seria a de libertar o homem da caverna, do mundo das aparências, para o mundo real, das essências. Platão é considerado o iniciador do idealismo.
Seguidor de Platão, Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) aperfeiçoa e sistematiza as descobertas de Platão e Sócrates. Desenvolve a lógica dedutiva clássica (formal), que postula o encadeamento das proposições e das ligações dos conceitos mais gerais para os menos gerais. A lógica, segundo ele, é um instrumento para atingir o conhecimento científico, ou seja, aquilo que é metódico e sistemático. Ao contrário de Platão, afirma que a idéia não possui uma existência separada – ela só existe nos seres reais e concretos.
Filosofia pós-socrática de 320 a.C. até o início da era cristã
A filosofia contemporânea surge a partir do começo do século XX, onde se destacaram novas reflexões sobre epistemologia ou ciência do conhecimento -- surgidas a partir do estudo analítico da linguagem -- e o impulso dado à filosofia da ciência, nesse período o pensamento filosófico foi voltado para o homem e sua relação com o mundo que o cerca. O empirismo lógico do Círculo de Viena foi uma das correntes filosóficas que mais ressaltaram ser a filosofia como um método de conhecimento.
A filosofia analítica é um conjunto de tendências, cujo interesse é a lógica e a análise dos conceitos ocultos a linguagem. Na filosofia analítica destacaram-se o austríaco Ludwig Wittgenstein, que ensinou em Cambridge e diversos pensadores, entre os quais o americano, Willard Van Orman Quine. A filosofia indiana é um conjunto de concepções, teorias e sistemas desenvolvidos pelas civilizações do subcontinente indiano. O pensamento filosófico indiano tem como base o eu, ou alma (atman), as ações (karma), e a libertação (moksha). Todas as filosofias indianas adotam esses três conceitos e suas inter-relações exceto charvaka (materialismo radical). O pensamento filosófico indiano é influenciado pela cultura hindu através dos escritos sagrados principalmente os Vedas, Upanishads e o Mahabharata. Os sistemas clássicos, ou ortodoxos (astika) caracterizam-se pela aceitação da autoridade dos Vedas, são eles: Nyaya, Vaisesika, Samkhya, Ioga, Purva Mimansa e Vedanta. Os sistemas não-ortodoxos (nastika) não aceitam a autoridade dos Vedas, entre eles estão o charvaka, o budismo e o jainismo. No século XX surgiu a primeira faculdade de filosofia na India na Universidade de Caucutá, tendo como primeiro catedrático da matéria o acadêmico Sir Brajendranath Seal, logo surgiram Kant e Hegel, filósofos mais estudados nas universidades indianas. Sri Aurobindo, Rabindranath Tagore, Mahatma Gandhi e Mohamed Iqbal foram indianos que viveram na metade do século XX e merecem ser lembrados por suas contribuições originais ao pensamento filosófico. Filosofia islâmica é o pensamento explícito em língua árabe e está ligado à religião muçulmana, que desenvolveu-se entre os séculos VII e XV. Essa filosofia transmite ao mundo ocidental os fundamentos da maioria dos pensamentos filosóficos do Renascimento. Originalmente a filosofia árabe era uma filosofia de teólogos. O primeiro representante dessa época foi Hasan al-Basri, integrante do grupo denominado Companheiros do Profeta. Após o século IX surgiram as primeiras seitas e escolas ascéticas como as de Antioquia (século III), de Nasibim de Nasibim-Edessa. Nessas escolas se destacaram Alfarabi, Avicena, Avempace, Abubaker e Averroés, os três últimos já na Espanha, desenvolveram questionamentos sobre os atributos divinos e os conflitos entre a predestinação e o livre-arbítrio, oque contribuiu para a formação de uma reflexão filosófica que se tornaria autônoma, cujo personagem principal foi Alkindi, que viveu no século IX. As doutrinas de Avicena e Algazali, destacam-se aquelas que foram disseminadas na Espanha pelos pensadores muçulmanos a partir do século XI, onde destaca-se o nome de Averroés, o maior filósofo árabe. Em sua obra Averroés procurou conciliar filosofia e dogma. O averroísmo defendia a idéia de que a eternidade do mundo, por ter sido criada por Deus não havia na eternidade uma contradição.
Existiram grandes movimentos filosóficos como o atomismo que considerava as formas observáveis da natureza como um agregado de entidades menores. A teoria atomista foi concebida no século V a.C por Leucipo de Mileto e seu discípulo Demócrito de Abdera. A doutrina atomista pouco repercutiu na idade média em consequência da predominância das ideias de Platão e Aristóteles. O atomismo grego pretendia tanto solucionar os problemas da mutabilidade e pluralidade na natureza quanto encontrar explicações para fenômenos específicos. Enquanto que a moderna teoria atômica tem seu interesse voltado para a relação entre as propriedades dos átomos e o comportamento exibido por eles nos diversos fenômenos em que estão envolvidos. A dialética, com a mesma raiz da palavra diálogo, tornou-se com Hegel e Marx uma das categorias mais importantes do movimento filosófico. A dialética possui duplo significado, dualidade ou oposição às razões. Para Hegel, a dialética é a estrutura do real que envolve os momentos da identidade do ser em si (tese); da negação, do ser para si (antítese) e o da negação da negação, do ser em si e para si (síntese). Marx também utilizou a dialética em suas teorias. Segundo o empirismo surgido na Inglaterra nenhuma certeza é possível, nenhuma verdade é absoluta, visto que o pensamento é fruto da experiência sensível. O empirismo valoriza a experiência como única fonte de conhecimento opondo-se a doutrina racionalista. O empirismo iniciou uma nova etapa da história da filosofia possibilitando o aparecimento da moderna metodologia científica. O empirismo possui diversas ramificações oque dificulta sua caracterização. O fenomenismo de David Hume e o imaterialismo de George Berkeley são duas de suas ramificações mais significativas. Os principais representantes do empirismo foram Heráclito, Protágoras e Epicuro na filosofia grega, Guilherme de Occam na idade Média, John Locke, Thomas Hobbes, George Berkeley e David Hume no período moderno, além de representantes posteriores que embora enfrentando uma série de dificuldades como a que Immanuel kant reconheceu (1781; Crítica da razão pura), o empirismo continuou se desenvolvendo. Epicurismo eram princípios enunciados por Epicuro que segundo ele, a alma é uma entidade física distribuída por todo o corpo e que a pós a morte se desintegra nos átomos que a constituem. Os epicuristas consideravam a percepção sensorial através da alma, a única fonte de conhecimento e recomendavam o estudo da natureza para alcançar a sabedoria e felicidade. Apesar de aceitar a existência dos deuses, Epicuro recomendava a não temê-los. Para Epicuro o prazer sensorial era o único meio de se chegar a ataraxia, tal prazer consiste em afastar as dores físicas e as perturbações da alma. O epicurismo foi a primeira filosofia grega difundida em Roma e se tornou um poderoso rival do cristianismo. Epistemologia, gnosiologia ou teoria do conhecimento é a parte da filosofia cujo objetivo é estudar e refletir criticamente a origem, natureza, limites e validade do conhecimento humano. Kant apresenta e debate o conceito de juízo estético, investiga os limites daquilo que podemos conhecer pela nossa capacidade de julgamento levando em consideração não apenas a razão, mas também a memória e os sentimentos. Kant também discorreu sobre a teoria das Belas artes, embora não tenha fundado uma teoria estética, mas fundou os alicerces para a teoria de Hegel. Segundo Hegel o belo artístico é de origem da produção do homem, e por ser uma produção do espírito humano é superior ao belo natural. Para ele a natureza não realiza efetivamente a beleza, considera a produção humana um fenômeno puramente artístico. Os princípios estéticos de Hegel foram preservados na Itália por Francesco De Sanctis e por seu sucessor Benedetto Croce, este último considerava qualquer ato artístico como meio de expressão sendo esta a origem do lirismo. A estética marxista, apenas sintetizada na obra de Marx e Engels, é dependente da estética hegeliana, em que se encontra justificada. Criado pelo cipriota Zenão de Cício por volta do ano 300 a.C. o estoicismo passou por três períodos: antigo, helenístico-romano e imperial romano. O estruturalismo teve origem como método científico e estuda seu próprio objeto, ou seja, a cultura, linguagem psiquismo humano além de outros, sendo que os elementos que o constituem mantém relações estruturais entre si. O termo estrutura de onde se origina o conceito de estruturalismo designa um conjunto de elementos cujas partes e funções são dependentes uma das outras. Existencialismo foi o nome dado a uma série de doutrinas filosóficas que surgiram em consequência do homem se sentir ameaçado em sua individualidade e em sua realidade concreta. A fenomenologia é o estudo dos fenômenos em si mesmos, ou seja, daquilo que se manifesta. A fenomenologia tem como objeto a mente pensante, e os fenômenos intelectuais que nela se manifestam. Nela estudam-se os fenômenos da consciência do ser humano procurando interpretá-los, através dessa realidade que seria passível de apreensão. Considera-se que o método de reflexão fenomenológico é intuitivo. Idealismo foi o termo usado para designar o platonismo, em oposição ao materialismo, que é uma doutrina segundo a qual a única realidade é a matéria, a reflexão filosófica do idealismo considera a ideia como sendo o princípio do ser e do conhecer. Todas as doutrinas idealistas concordam em que existe uma realidade última, que ultrapassa o mundo físico e lhe dá sua razão de ser. Marxismo é um conjunto de idéias filosóficas socioeconômicas sobre as relações de classe e conflito social, elaboradas por Marx e Hengels. O marxismo critica radicalmente não só a filosofia, como também o sistema filosófico idealista de Hengel. Essa doutrina compõe-se de duas tendências: o materialismo histórico, para o qual o fato econômico é base e causa determinante dos fenômenos históricos e sociais, inclusive as instituições jurídicas e políticas, a moralidade, a religião e as artes e o materialismo dialético, para o qual a natureza, a vida e a consciência se constituem de matéria em movimento e evolução permanente. Segundo o materialismo, o mundo material é anterior ao espírito e este deriva daquele. Materialismo é todo pensamento filosófico que aponta a matéria como única substância formadora de qualquer ser ou do universo. O materialismo contrapõe-se ao idealismo, cujo objeto é a ideia, o pensamento ou o espírito. O positivismo é uma corrente filosófica que tem como um dos principais idealizadores o pensador Auguste Comte. O positivismo de Auguste Comte surgiu no século XIX, e seus adeptos foram os ortodoxos, que o acompanharam em sua fase religiosa; e os heterodoxos, que se mantiveram fiéis somente à primeira fase, de cunho científico e filosófico. Há, no entanto, outras correntes que se consideram positivistas como: O positivismo crítico que são os pensamentos enunciados pelo alemão Richard Avenarius, que chamou seu sistema de empiriocriticismo, e o austríaco Ernst Mach e o positivismo lógico também chamado neopositivismo, cuja base foi o Círculo de Viena. Observa-se a influência do positivismo no processo de consolidação da Proclamação da República pelo positivista republicano coronel Benjamim Constant. A bandeira do Brasil é uma prova dessa influência na política nacional. Nela a divisa, Ordem e Progresso, inspirou-se no conceito elaborado por Comte, de uma sociedade exemplar onde teria o amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por meta, representando as aspirações a uma sociedade justa, fraterna e progressista. Uma série de sistemas metafísicos fundados na base de que a razão é o principal instrumento para a compreensão do mundo, essa era a ideia principal comum ao conjunto de doutrinas conhecidas tradicionalmente como racionalismo, sua primeira manifestação aparece na obra de René Descartes. O racionalismo prioriza a razão como acesso para se alcançar a verdade e também a considera como origem do real tanto natural quanto histórico. Dois elementos marcariam o desenvolvimento da filosofia racionalista clássica no século XVII. A confiança na capacidade do pensamento matemático, símbolo da autonomia da razão, para interpretar adequadamente o mundo; e a necessidade de conferir ao conhecimento racional uma fundamentação metafísica que garantisse sua certeza. Ambas as questões conformaram a ideia basilar do Discours de la méthode (1637; Discurso sobre o método) de Descartes, texto central do racionalismo tanto metafísico quanto epistemológico. O racionalismo metafísico cuja s regras seriam Descartes, Spinoza e Leibniz não se restringiam em apontar a primazia da razão como instrumento do saber mas entendia a totalidade do real como estrutura racional criada por Deus. A doutrina de Leibniz baseou-se na “harmonia preestabelecida” da realidade por obra da vontade divina. Segundo ele se conhecêssemos as coisas em seu conceito, como Deus as conhece, poder-se-ia prever os acontecimentos, uma vez que a estrutura do real é racional ou inteligível. Concluindo assim que o método da ciência não poderia ser o da indução, mas a dedução. Filósofos empiristas como John Locke David Hume, embora insistissem em que todo conhecimento deve provir de uma “sensação”, não negaram o papel da razão como organizadora dos dados dos sentidos. O racionalismo cartesiano e o empirismo inglês despejaram-se no Iluminismo do século XVIII. Com a razão e a experiência adquirida pelo conhecimento científico passou-se a criticar os valores do mundo medieval. O racionalismo além de corresponder a uma exigência fundamental da ciência, sustenta que a razão é a unidade não só do pensamento consigo mesmo, mas a unidade do mundo e do espírito, o fundamento substancial tanto da consciência quanto do exterior e da natureza, pressuposto que assegura a possibilidade do conhecimento e da ação humana coerente.