Resumo de FILOSOFIA
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O problema educativo é universal, como já vimos. Surge em todos os povos e em todas as civilizações.
A princípio, os homens agiam empiricamente. Mas, a partir de certo momento, e à medida que iam adquirindo novos conhecimentos, começaram a ponderar, que a educação também era suscetível de estudo, de investigação e de sistematização.
Em geral, eram os filósofos que versavam os problemas educativos. Entre a realidade e a filosofia havia uma grande distância, que raramente se transpunha.
As idéias sobre educação eram empíricas, e ninguém se lembrou de procurar, desde logo, qualquer palavra para designar o conjunto metodizado de conhecimentos, respeitantes à questão educativa. Só muito tarde aparece o vocábulo Pedagogia, para designar uma ciência e uma arte que tinham raízes antiquíssimas, quase tão velhas como a própria Humanidade.
Com o decorrer do tempo, o pedagogo subiu um poço de categoria: começou por um simples condutor ou guardião da criança, no seu percurso de casa até à escola, e acabou, em Roma, por se transformar num preceptor. Roma conquistara a Grécia, e entre os prisioneiros, reduzidos à escravidão, tinham vindo muitos atenienses cultos e ilustrados, cujas habilidades e conhecimentos os romanos sumamente apreciavam. É ver o que, ao tempo, Juvenal escrevia, a respeito dos helenos: “... Têm gênio galhofeiro, audácia Em face desta multiplicidade de conhecimentos, os patrícios e cavaleiros romanos entregaram a educação dos filhos a gregos, seus escravos, alguns dos quais eram filósofos, sofistas, rectores, sábios enfim.
Passaram, então, a receber o nome de pedagogos os estudantes universitários pobres, que se instalavam, nos castelos senhoriais e nos solares, servido de preceptores dos filhos dos fidalgos e grandes senhores. Enquanto estudavam, iam ensinando. Em geral, recebiam, em paga, pequenas importâncias. Na maioria dos casos, ensinavam apenas a troco de comida, luz e roupa lavada.
Simplesmente, como estes estudantes-pedagogos se apresentavam de modo irritante, com um certo ar doutoral e de superioridade, que o humilde mestre-escola não tinha, o público atribuiu ao vocábulo, pedagogo, um sentido pejorativo: “Aquela palavra foi por muito tempo tomada numa acepção deprimente e como sinônima de pedante”.
Este significado persistiu durante muito tempo, na linguagem corrente, como o atestam os diversos dicionários.
Foi da palavra pedagogo que derivou, mais tarde, o termo Pedagogia, e só então começou aquela palavra a nobilitar-se verdadeiramente.
“Pedagogia: O tom, e superioridade dos pedagogos; magistralidade, pedantaria, dogmatismo; diz-se à má parte: “não sofrem bem a sua pedagogia”, “depor a pedagogia”, “a pedagogia dos mais filósofos do tempo tem corrompido a mocidade desassisada”, “a sua impertinente pedagogia poderá mestrar e sobressair em escolas de aldeia”.
Com a formação definitiva da Ciência da Educação, o vocábulo Pedagogia não só se nobilitou a si próprio, mas também enobreceu a palavra e a profissão de pedagogo.