Resumo de GEOGRAFIA BIBLICA
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CONCEITO GERAL GEOGRAFIA BÍBLICA
Conceito: Geografia Bíblica é a parte da Geografia Geral que tem por objetivo o conhecimento das diferentes áreas de superfície da terra, relacionadas á Bíblia.
A importância do estudo da Geografia está no auxilio que ele nos oferece na apreciação e interpretação dos fatos bíblicos, pois se trata do cenário terreno e humano da revelação Divina, ou, como diz John L. Mackie (1917-1981), Filósofo australiano, “painel bíblico em que o Reino de Deus na terra teve o seu inicio e onde experimentou os seus triunfos”. Localizando, fixando e documentando os autênticidade, bem como novo relevo e perspectiva mais viva.
O Porquê dessa importância:
- a) A Geografia é o palco terreno e humano da revelação Divina. É ela que juntamente com a cronologia situa a mensagem no tempo e no espaço, quando for o caso.
- b) Ela dá cor ao relato Sagrado, ao localizar, situar, fixar o documentar os mesmos. Através dela, os acontecimentos históricos tornaram-se vividos e as profecias mais expressivas. O ensino da Bíblia torna-se objeto e de fácil comunicação quando podemos apontar, mostrar e descrever os locais onde os fatos se desenrolaram. Ex. “Descia um homem de Jerusalém para Jericó” (Lc 10: 30; Dt 1: 7). Ai nós temos uma profunda aula de Geografia da terra prometida.
- c) O estudo da Geografia Bíblica da Palestina e nações circunvizinhas esclarece muitos fatos e ensinos constates das escrituras.
- d) As nações vêm de Deus, logo o estudo deste assunto à luz da Bíblia é propício sob todos os pontos de vista. (Dt 32: 8; At 7: 26).
O que é a Geografia?
A palavra Geografia, etimologicamente, significa “descrever a terra”, Geografia, esta ciência até o século 19 limitava-se a descrever a terra, mas após esta época passou também a explicar os fatos. No entanto existem várias definições de Geografia.
A Enciclopédia Mirador Internacional; observa: “tomar como tal apenas a face exterior da camada sólida líquida, iluminada pela luz do sol, equivale a suprimir no campo de interesse geográfico as minas a atmosfera. Nesta ocorrem os fenômenos meteorológicos e se configuram os tipos climáticos de profunda influência na vida de todos os seus e, particularmente na vida humanas”.
Para o, Dicionário Aurélio, a descrição de Geografia é: “Ciência que tem por estudo a descrição da superfície da terra, o estudo dos seus acidentes físicos, climas, solos e vegetações e das relações entre o meio natural e os grupos”.
Sem dúvida que estas descrições são boas, embora as duas últimas parecem mais abrangentes.
A Geografia (do grego geo=grafia = descrição, tratado, estudo) é a ciência que estuda a terra na sua forma. Ou seja, estuda os acidentes físicos; o clima; as populações. As divisões politicas etc. Neste sentido, a Geografia subdivide-se em diversas outras disciplinas: a geografia humana, a geografia econômica, a geografia física, a geografia politica e a geografia histórica, dentre outras.
A Geografia Humana preocupa-se em estudar os grupamentos humanos em suas relações com a terra: como repartem o espaço; como se adaptam às condições naturais, como se organizam para explorar os recursos provenientes da natureza etc.
A Geografia Econômica esta atenta ao estudo dos recursos econômicos – de origem vegetal, animal e mineral – presentes nas diversas regiões da terra e sua formas de exploração.
A Geografia Física estuda os traços físicos dos diversos regiões da terra, o que inclui o estudo do relevo, do clima, da vegetação da fauna e da flora.
A Geografia politica estuda a influência da geografia na politica, a relação entre o poder de um país e sua geografia física e humana, bem como o estudo do reparto politico da terra.
A Geografia História procura reconstruir os aspectos humanos, econômicos, físicos e políticos de uma região do passado. É neste campo que se insere a geografia do mundo Bíblico, que se dedica a estudar as diversas regiões que serviram de palco para os acontecimentos narrados nos livros da Bíblia.
A geografia do Mundo Bíblico
A Geografia Bíblica ocupa-se do estudo sistemático do cenário da revelação Divina e da influência que teve o meio ambiente na vida de seus habitantes.
A Geografia Bíblica, portanto, é uma disciplina muito importante, pois auxilia a todos que querem conhecer melhor a História Sagrada e o texto bíblico através de esclarecimentos quando aos grupos humanos, as diversas regiões citadas na Bíblia. Além disso, ela nos permite localizar e situar os relatos bíblicos no espaço em que estes ocorrem, auxiliando – nos na reconstrução dos eventos. Assim, por exemplo, conhecendo a Geografia Bíblica, pode nos compreender os séculos que aconteceram para a conquista da terra de Canaã pelos Israelitas, já que seremos capazes de identificar as característica culturais e localização dos diversos povos que habitaram as diferentes regiões da Palestina no momento da chegada dos hebreus; apontar os variados acidentes físicos que dificultavam os deslocamentos; localizar, no mapa, os locais de batalhas etc.
Principais áreas do Mundo Bíblico:
Mesopotâmia (Meso=entre; potamos=rios) – região marcada pela presença de dois grandes rios que fertilizaram a região, tornando-a propicia para agricultura: Tigre e Eufrates. Nesta área, no decorrer da história, surgiram grandes e poderosos impérios: o Sumério, o Acadiano, o Babilônico e o Persa.
Península Arábica – Extensa península formada por poucas áreas férteis e muitos desertos. Ali se desenvolveu um importante reino, o da Sabá.
Egito – Situa-se no nordeste do continente Africano. Como a Mesopotâmia, tem sua fertilidade garantia pela presença do rio Nilo, que atravessa toda a região. Nesta região se organizou um grande império, o Egito.
Canaã – região estratégica por seu caráter de passagem entre as diversas regiões do mundo Bíblico. Reunia a Síria e a Palestina. Nesta área se estabeleceram diversas povos, como os filisteus, os fenícios, e os próprio hebreus.
Europa – cenário de importantes impérios, como o Macedônico, também conhecido como império de Alexandre, que reuniu a Grécia, a Macedônia e o Oriente Médio, e o Romano, que a partir da cidade de roma, situada na atual Itália, unificou as regiões mediterrânicas da Europa Ocidental e na Oriental o Norte da África e o Oriente Médio. Possuí, uma grande diversidade geográfica e cultural. A Europa faz-se presente na Bíblia, de forma efetiva, nos livros do Novo Testamento.
O mundo Antigo: ou mundo bíblico compreende todos os povos antigos mencionados na Bíblica e que habitavam a área banhada pelo Mediterrâneo (Grande Mar) e aqueles que ficam entre este, o Mar Negro, o Mar Cáspio (Mar Setentrional), Golfo Pérsico (Mar Meridional) e Mar Vermelho (denominado pelos romanos de Mar Eritreu). Considerado que o relato bíblico de ambos os testamentos abrange desde a Espanha, o ponto mais Ocidental do programa de atividade missionárias do apóstolo Paulo, até a Pérsia, país mais Oriental como que esteve relacionado o povo de Israel, e desde o ponto, província mais setentrional da Ásia Menor, ao Sul do Mar Negro, cujo povo estava representado em Jerusalém no dia de pentecostes (At 2: 9), até o extemo sul da Arábia, onde, provavelmente, ficava a lendária terra de Ofír, tantas vezes mencionada na Bíblia, podemos dizer que as expressões mundo antigo e mundo bíblico são praticamente sinônimos.
Limites. Em termos gerais, pode-se delimitar a área do mundo antigo da seguinte maneira:
Norte – uma linha reta que começa na Espanha, passa pelo norte da Itália e Mar Negro e vai até o Mar Arábico.
Leste – uma linha reta que, parte do Mar cáspio, e, passando pelo Golfo Pérsico, vai até o mar Arábico.
Sul – uma linha reta partindo do Mar Arábico, vai na direção oeste, passando pela Etiópia e terminando no deserto da Líbia, no continente africano.
Oeste – uma linha reta que parte do Sul do deserto da Líbia e termina na Espanha, abrangendo o Egito e as regiões do norte da África.
Em termos mais específicos, diríamos que a referenda área fica situada entre 5° oeste e 55° leste, entre 10° e 45° latitude norte.
Hidrografia, rios: Na vasta área do Mundo Antigo podemos considera quatro rios importantes: Nilo, Tigre, Eufrates e Jordão.
Nilo – De cerca de 6,500 quilômetros de comprimento, o Nilo e o rio mais extenso do mundo, tenho suas nascentes na região dos grandes lagos da África Equatorial, por onde se estendem os seus braços chamado, Nilo branco e Nilo Azul e seus afluentes. O Nilo corre na direção Sul – norte através do Egito, desaguando no Mediterrâneo através de um vasto estuário de 250 Km de largura, formado pelos três braços (antigamente eram sete), denominado delta. As chuvas produzidas pelas nuvens formadas sobre o oceano Indico e levadas pelos ventos sobre as cordilheiras da África Oriental e Equatorial faziam transbordar o Nilo e seus afluentes, levando para o Egito o aluvião fertilizante das vertentes das montanhas. O transbordamento do Nilo nas regiões áridas do Egito e consequentemente abundância das colheitas notadamente na região do delta, era considerado pelos egípcios, obra dos seus Deuses.
Tigre (Gr.) ou Hídequel (Hebraico) – Este e o rio que, nascendo nas montanhas da Armênia, corre na direção sudoeste, banhado o lado oriental da Mesopotâmia até juntar-se com o rio Eufrates cerca de 160 km antes do golfo Pérsico. Devido a mudança no leito do rio através dos tempos – quer pelos meios naturais (inundação), quer pelos artificiais (canalização) – e também preferenciais de suas diversas nascentes, o percursos total do Tigre varia entre 1.780 km, segundo os dados oferecidos pelos diversos autores. Nos tempo remoto ele desaguava diretamente no golfo Pérsico, mas, devido ao aluvião formado na baixa Mesopotâmia hoje despeja suas águas no Eufrates, que dai para frente recebe o nome de Shat-el-Arabé.
Eufrates – também conhecido como “grande rio”. As suas nascentes formam-se no maciço montanhoso na Armênia. De inicio, o rio corre para o Ocidente, chegando a uma distância de apenas 93 km do Mediterrâneo. Depois torna a direção sudeste, atravessando a célebre cidade de Babilônia a cerca de 140 km de seu estuário. O curso total deste rio também varia entre 2.880 e 3.330 km, segundo diversos autores. Aparentemente esta diferença se explica pelos mesmas razões citadas com referência ao comprimento do rio Tigre. Na época da maior, gloria do domínio hebreu, o rio Eufrates era o seu limite nordeste, também constituía o limite ocidental na Mesopotâmia.
Jordão – Este é o rio da terra santa, inúmeras vezes referido nas Escrituras Sagradas. É formado por vários nascentes nas encostas noroestes e Oeste do monte Hérmon – sendo as quatro principais a Bareighit, a de Hasbani, Leda e Banias – e corre na direção norte – sul. No seu percurso total de cerca de 340 km pelo leito sinuoso através dos lagos – o de Meron (atualmente chamado Hulé) e o da Galileia - desaguando no Mar Morto. A peculiaridade do Jordão é que este é o único do mundo cujo leito é inferior ao nível do mar. A depressão começa desde a 3 km ao sul das de Meron e continua cada vez mais acentuada até chegar a 426 metros no Mar Morto, cujo profundidade chega 400 metros, portanto trata-se de uma depressão de 826 metros, sendo a mais profunda do globo terrestre.