Resumo de GEOGRAFIA BIBLICA
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Faculdade Teológica das Assembleias de Deus
Curso Livre de Graduação
Aluno: Francisco de Paula Mesquita
Curso: Bacharelado em Teologia
Disciplina: Panorama Bíblico
RESUMO
Há uma diferença entre o mundo antigo em relação ao nosso mundo atual; todavia, o que pensamos e nos vangloriáramos com a nossa modernidade, há de se considerar de que até certo ponto o povo antigo não perderia muito para o nosso new modernismo. Claro, que não tinham essa facilidade de nossos dias, mas do que se refere à corrupção, a maldade nos corações das pessoas e principalmente do que tange à desigualdade social, não caminhamos nenhum pouco para que fosse melhorado em algum sentido.
Entre o homem moderno e os escritos bíblicos, podemos levar em consideração, por exemplo, os costumes, o sistema de governo o sistema politico e jurídico, bem como até mesmo os rituais religiosos; tudo isto nos confrontará as dificuldade no entendimento e da verdadeira interpretação das Escrituras Sagradas. Sistema de medida, de peso, modo de vestir, modelo de comemorações e cerimoniais, por exemplo, tudo pode influenciar a cultura e ou a aculturação de um povo; não em vão foram adotadas as disciplinas de “antropologia” nos cursos de teologia, tão indispensável como história do mundo bíblico, geografia bíblica e quantas outras disciplinas que grandemente possam enriquecer os conhecimento do estudante ou simples leitor da Bíblia.
Panorama Bíblico – Grande quadro circular ou cilíndrico disposto de modo que os espectadores, colocado ao centro, vê o objeto como se estivesse observando do alto de uma montanha todo o horizonte em volta; grande extensão de paisagem que se descortina de uma eminência; vista; vasta exposição. (gr. Pan+horama) Dicionário Brasileiro Contemporâneo, Francisco Fernandes, Globo de Porto Alegre RS.
Essa disciplina com o nome de Panorama Bíblico é muito mais do que uma simples exposição; é, entretanto, uma grande contribuição para o nosso enriquecimento do ponto de vista ao vocabulário bíblico, pois proporciona o conhecimento dos costumes, da geografia e da cultura do povo daquela época. De posse e domínio deste conhecimento pode-se obter maior segurança na formação das ideias do ponto de vista interpretativo das letras Bíblicas.
De costumes podemos citar as casas, sua arquitetura ou rusticidade, pois ao que parece, com raríssimas exceções trata-se de casas bem rudimentares; a socialização era uma constante, mas, havia os tipos de pessoas indocilizáveis, já que se tratava de pessoas altamente perigosas e violentas. As comemorações de épocas não parece diferirem por muito em ralação às nossas festas, folguedos e alegorias; parece até, herdamos de certa forma das antigas civilizações, principalmente as nossas idolatrias e bajulações. Tanto gostamos de bajular os mais ricos, como adoramos sermos bajulado (estou me referindo ao sentido genérico).
Orgulho – A ganancia e o orgulho era um ponto alto, principalmente na Laodicéia, protagonista da mensagem de Apocalipse, 3. 14-22; Não nos parece ter alguma diferença em relação a esse povo, no que tange orgulho, ganancia e principalmente preconceito; inclusive, entre os crentes, por exemplo, os “santarrões” que julgam serem os únicos escolhidos e somente esses terão a entrada no reino de Deus, o que constitui mais um pecado.
Existem diversos abismos: culturais, geográficos, sociais, tecnológicos, econômicos etc.
Casas e telhados
Nos tempos bíblicos as casas eram construídas de somente um cômodo. No telhado da casa muitas atividades eram praticadas, como, por exemplo, reuniões de famílias, atividades sociais, e em noites quentes toda a família dormia no telhado. Como as diferenças sociais eram poucas em meio à sociedade judaica, então as moradias (com raras exceções) não mudavam muito, eram quase iguais.
No geral as pessoas eram conhecidas com a associação de suas profissões ou lugar de nascimento associadas ao nome; daí, os nomes: Saulo de Tarso, Jesus de Nazaré, o publicano etc. Infelizmente, essa é uma herança que nossa sociedade “moderna” ostenta em relação a esse povo quase que primitivo; pois, gostamos de apelidar os nossos irmãos e os chamamos pelo apelido de “ceguinho” pelo fato de ele ser cego, “aleijadinho”, por ele ter alguma deficiência física, “manquinho” pelo seu problema de dificuldade de caminhar, “pretinho, negão, ou neguinha”, por causa da cor da pele; e, assim conciliamos ou misturamos nosso preconceito com o desrespeito ao nosso próximo. Outro quesito que parece havermos herdado desse povo da antiguidade, trata-se de o “efeito multidão”, As vezes uma pessoa completamente calma, de comportamento exemplar, se junta com uma multidão ai, vira uma vera indomável, pratica vandalismo, inflige as leis e até pratica crimes de maior gravidade; para esse tipo de comportamento que é quase que identicamente comparado ao comportamento do povo antigo, os psicólogos com muita criatividade inventaram essa nomenclatura de “efeito multidão”.
Agricultura – Os agricultores atribuíam a Deus a responsabilidade pelo clima, se chovia bem, se a seca castigava, mas, faziam a sua parte no sentido de cuidados com as plantações; devido à escassez de água, e por falta de tecnologia a agricultura da época era quase que de subsistência. Havia outra dificuldade para os agricultores que eram as oscilações e precipitações das chuvas que às vezes vinha em forma de tempestades, que além de causar erosões danificava as plantações, mas quando vinha seca aí, era dificuldades e perdas nas lavouras e nas hortaliças. Em muitos casos se valiam dos poços e de açudes para a prática de irrigação, tanto, que ainda hoje a irrigação em Israel é uma pratica crescente e com grande emprego de tecnologia outro fator que não consta desta apostila é a pratica de hidropônica (cultivo sem solo) que é de certa forma pioneira nas regiões de Israel e uma pratica milenar, claro, que não com tecnologia de ponta como se emprega hoje, todavia de forma bastante rudimentar. As hortaliças (que chamamos erroneamente de verduras) eram muito cultivadas e tinha grande aceitação e consumo no mercado daquele tempo; outro cultivo muito importante era também, a olericultura (pomar) pois as frutas eram muito bem vindas no mercado de consumo e, havia inúmeras plantas de pomar que eram nativas das regiões do Jordão, por exemplo.
Pecuária – a pratica da pecuária daquele tempo não se restringia apenas à criação de ovelhas, mas era essa criação uma das maiores praticas da ocasião segundo o autor apostila, essa criação poderia atingir cifras de milhões de cabeças em todo seu rebanho. Apesar de ser lucrativa a criação de ovelhas era muito trabalhoso, pois a ovelha é um animal dócil, mas muito sensível e suscetível a perdas. Havia a criação de cabras, porém em menor quantidade em relação às ovelhas, além da carne, a cabra fornece o leite que se transforma (ou pode ser transformado) em uma grande variedade de produtos, fornece ainda o pelo para fazer tapetes e tecidos e o couro (pele). A criação do Boi – em menor quantidade era usada na maioria das propriedades e dos rebanhos como animais de tração, como, para puxar o arado durante o beneficiamento do solo para o plantio, tração para as carroças, para puxar os trenós na debulha dos cereais, puxavam as rodas d’água e era tratado com todo o carinho, pois um boi valia para os Israelitas, como vale hoje um trator para nós. Jesus, quando da censura por parte dos presentes durante a cura de uma enferma, comparou o ser humano a um boi: “10 Ora, ensinava Jesus no sábado numa das sinagogas. 11 E veio ali uma mulher possessa de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava ela encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se. 12 Vendo-a Jesus chamou-a e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade; 13 e, impondo-lhe as mãos, ela imediatamente se endireitou e dava gloria a Deus. 14 O chefe da sinagoga, indignado de ver que Jesus curava no sábado, disse à multidão: Seis dias há em que se deve trabalhar; vinde, pois nesses dias, para serdes curado, e não no sábado. 15 Disse-lhe, porém, o Senhor: Hipócritas, cada um de vós, não desprende da manjedoura, no sábado, o seu boi, ou o seu jumento, para leva-lo a beber? 16 Porque motivo não se devia livrar desse cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos”? (Lucas, 13. 10-16).
Os equinos eram usados na maior parte, como animais de suporte para o exército e, nas comunicações de uso dos correios.
Camelos – por se tratar de um animal resistente no deserto, esse era usado pelos viajantes e pelos nômades, e, segundo informe entre os pastores havia aqueles que viviam no transito como um nômade, muitos levavam suas famílias, sortimentos e às vezes até mercadorias para vender.
Porcos – se criava porcos em Israel, somente para a comercialização vez que o povo de Israel não coma carne de porco por considera-lo sujo; hoje, porém o porco não é mais porco, pois é criado com tanta tecnologia que se transformou em suíno, ou seja, mudou até de nome.
Música – a música era e ainda o é, grandemente apreciada pelo povo de Israel, com o uso dos mais variados instrumentos a música é uma das principais práticas de diversão, cantavam e tocava nas festas familiares, nos templos ou sinagogas e até nas solenidades fúnebres, que além da pratica do choro profissional, havia a seção de cânticos e melodias; mas a poesia era muito apreciada entre os povos daquele tempo, enfim, havia um bom nível cultural entre os povos da antiguidade, ou seja, do mundo bíblico.
Francisco de Paula Mesquita
franciscopmesquita@outlook.com